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quarta-feira, 3 de setembro de 2025

Farmacêutico na farmácia de manipulação: aliado na rotina com medicamentos e cosméticos

 

Divulgação

 Cresce a procura por fórmulas personalizadas no Brasil e especialistas apontam que o acompanhamento do farmacêutico é decisivo para eficácia, segurança e adesão aos tratamentos. 

 

Seja para ajustar a dose de um medicamento, criar um suplemento mais fácil de tomar ou preparar um creme facial sob medida, o farmacêutico que atua em farmácia de manipulação tem ganhado um papel cada vez mais importante no dia a dia dos brasileiros, integrando conhecimento técnico com cuidado humanizado para atender às necessidades individuais de cada paciente.

Segundo dados do setor, o Brasil conta com cerca de 8,7 mil farmácias de manipulação e mais de 93 mil farmácias e drogarias no total. Em 2024, os serviços clínicos em farmácias — que incluem aferição de pressão, orientação sobre uso de medicamentos e acompanhamento terapêutico e monitoramento de possíveis interações e efeitos adversos  — ultrapassaram 14 milhões de atendimentos, beneficiando mais de 8 milhões de pessoas. Esse crescimento reflete uma transformação no conceito do atendimento farmacêutico, que hoje integra conhecimento técnico e cuidado humanizado para melhor atender às necessidades individuais dos pacientes.

“O diferencial da manipulação é poder personalizar: ajustar doses, escolher bases adequadas, unir princípios ativos em uma única fórmula, e ainda monitorar o tratamento para evitar riscos e garantir segurança ao paciente”, explica Fabíola Faleiros, farmacêutica da La Pharma.


Personalização que faz diferença

O acompanhamento farmacêutico é um aliado contra um problema comum: a baixa adesão ao tratamento. A Organização Mundial da Saúde estima que apenas metade dos pacientes com doenças crônicas seguem corretamente as orientações médicas. Fórmulas personalizadas podem reduzir barreiras, como dificuldade para engolir cápsulas grandes ou uso de vários produtos ao longo do dia.

Um exemplo é o de um paciente idoso que usava múltiplos remédios e tinha dificuldade para lembrar os horários. Com a manipulação, foi possível criar uma formulação adaptada e organizar um esquema simples de uso. O resultado foi um aumento significativo na regularidade do tratamento. Esse tipo de intervenção farmacêutica também contribui para a redução de erros de medicação e melhora a qualidade de vida dos pacientes, especialmente em populações vulneráveis.

Além disso, o farmacêutico atua em estreita colaboração com médicos e outros profissionais de saúde, formando uma equipe multidisciplinar que ajusta o tratamento continuamente conforme as necessidades do paciente, garantindo um cuidado completo e eficaz.


No universo dos cosméticos

O Brasil está entre os maiores mercados mundiais de cosméticos e higiene pessoal, e o farmacêutico de manipulação contribui criando dermocosméticos personalizados que respeitam as características de cada pele, especialmente as mais sensíveis, prevenindo irritações e potencializando resultados.

“Cosmético eficaz não é o que está na moda, mas o que combina ativo, concentração e veículo certos para cada pele. Em peles sensíveis, começamos com doses menores e aumentamos conforme a tolerância”, explica Fabíola.

 

Orientações para quem busca manipulação

Fabíola destaca alguns cuidados na hora de escolher e usar produtos manipulados:

  • Sempre apresentar a prescrição médica ou odontológica.
  • Procurar farmácias regularizadas pela Anvisa.
  • Seguir à risca o modo de uso orientado pelo farmacêutico.
  • Guardar os produtos conforme indicado, para preservar eficácia.

“O farmacêutico é um tradutor da ciência para a rotina. Nosso papel é garantir que o paciente tenha segurança, eficácia e praticidade no tratamento”, conclui Faleiros.

Além dos benefícios individuais, essa atenção personalizada tem impacto socioeconômico positivo, reduzindo custos com complicações e internações, e promovendo melhor qualidade de vida.

 

Planos de Saúde – Novas coberturas obrigatórias entram em vigor em setembro e ampliam direitos dos beneficiários

Implanon e radioterapia IMRT passam a ser oferecidos pelos planos de saúde

 

Desde 1º de setembro de 2025, os planos de saúde no Brasil passam a oferecer de forma obrigatória duas importantes tecnologias médicas: o Implanon, implante contraceptivo hormonal para pessoas entre 18 e 49 anos, e a Radioterapia de Intensidade Modulada (IMRT), indicada para tratamento de tumores do canal anal. A decisão foi aprovada pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e reflete um movimento de ampliação do acesso a métodos mais modernos e eficazes.


Avanços no cuidado e no acesso à informação

O Implanon é um implante subdérmico que libera hormônio continuamente por até três anos, considerado um dos métodos contraceptivos mais seguros. Para Wanderlei Machado, Coordenador Nacional de Vendas do Grupo AllCross, a medida representa um avanço significativo em termos de autonomia.

“O Implanon amplia a liberdade de escolha das mulheres, garantindo acesso a um método contraceptivo de longa duração com alta eficácia. Trata-se de um recurso que empodera a paciente e traz mais segurança na tomada de decisão sobre o próprio corpo”, destaca Machado.

No caso da oncologia, a inclusão da IMRT possibilita maior precisão no tratamento de tumores do canal anal, reduzindo danos a tecidos saudáveis e melhorando a qualidade de vida dos pacientes.

“Estamos falando de uma tecnologia que não apenas combate o câncer de forma mais eficiente, mas também preserva funções essenciais do corpo. Essa mudança pode transformar o enfrentamento da doença, trazendo mais dignidade e menos efeitos colaterais para o paciente”, reforça Wanderlei Machado.


Mais do que cobertura, um passo para cidadania em saúde

As novas incorporações reforçam o papel da regulação em ampliar acesso e reduzir desigualdades no cuidado em saúde suplementar.

“Quando a ANS atualiza o rol, não está apenas trazendo uma tecnologia a mais. Está garantindo que milhares de pessoas tenham acesso ao que há de melhor em prevenção e tratamento. Esse é um passo importante para transformar a relação do beneficiário com seu plano de saúde”, conclui Wanderlei Machado.

 

Grupo AllCross
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@grupo.allcross


6 suplementos que podem ajudar no bem-estar mental, segundo estudos

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Veja o que a ciência mostra sobre o potencial de alguns suplementos no humor, estresse e cognição — e quando faz sentido usá-los


Cuidar do sono e da alimentação, praticar atividade física, ter os amigos por perto e fazer sessões de terapia são pilares que todas as pessoas poderiam ou deveriam cultivar para cuidar da saúde mental. Dentro desse contexto, os suplementos nutricionais também podem entrar como coadjuvantes — principalmente em casos de deficiência nutricional ou de objetivos específicos, como ajudar a modular o estresse ou apoiar o sono. 

“Os suplementos não substituem psicoterapia nem a indicação de remédio, mas podem apoiar o bem-estar mental desde que se tenha uma recomendação individualizada em doses seguras para cada caso”, orienta o médico nutrólogo Nataniel Viuniski, membro do Conselho para Assuntos de Nutrição da Herbalife.

A seguir, confira quais os suplementos que possuem boas evidências científicas, apoiadas em estudos e que são mencionados pelo nutrólogo:
 

Ômega-3

Apesar de ser muito conhecido por contribuir para a saúde do coração, os ácidos graxos ômega-3 atuam na composição das membranas dos neurônios, ajudando na comunicação entre eles e modulando processos inflamatórios que podem afetar o humor. Uma meta-análise publicada no Translational Psychiatry mostra que suplementos ricos em EPA — um dos tipos de ômega-3 — foram os mais eficazes para reduzir sintomas depressivos, especialmente em doses de até 1 grama por dia. Já o DHA, isoladamente, não apresentou o mesmo efeito.
 

Vitamina D

Conhecida por seu papel na saúde óssea, a vitamina D também participa da regulação de neurotransmissores como serotonina e dopamina, sendo que baixos níveis dela têm sido associados à piora de humor e a um maior risco de depressão. Inclusive, uma meta-análise publicada no Psychological Medicine concluiu que a suplementação pode reduzir sintomas depressivos em adultos com deficiência comprovada, embora não tenha mostrado efeito consistente na remissão total da depressão nem na ansiedade.
 

Magnésio

Trata-se de um mineral essencial para centenas de reações no organismo, incluindo processos cerebrais que envolvem a produção e a regulação de neurotransmissores. Também participa de mecanismos que favorecem a saúde e a adaptação do cérebro. Nesse contexto, uma meta-análise publicada no Frontiers in Psychiatry apontou que a suplementação de magnésio reduziu de forma significativa os escores de depressão, sugerindo seu papel como aliado em casos leves a moderados.
 

Vitaminas do complexo B

Um artigo publicado no Psychiatric Clinics of North America aponta que o folato (vitamina B9) e a vitamina B12 são essenciais para a produção de neurotransmissores, e sua deficiência está ligada a maior risco de depressão, especialmente em idosos. O artigo também destaca que uma substância produzida a partir dessas vitaminas — a S-adenosilmetionina (SAMe) —, apresentou efeito antidepressivo consistente em mais de 40 estudos clínicos.
 

L-teanina

Esse aminoácido natural do chá verde é conhecido por promover relaxamento, favorecendo foco e tranquilidade sem causar sonolência, ao modular ondas cerebrais e neurotransmissores. Esse efeito foi confirmado em um estudo publicado na revista Nutrients, que mostrou a redução dos sintomas relacionados ao estresse — incluindo ansiedade e depressão leves — após algumas semanas de suplementação. Além disso, alguns aspectos da função cognitiva em adultos saudáveis também melhoraram. Mas são necessárias mais pesquisas para definir a dose, já que o estudo utilizou doses altas.
 

Creatina

Famosa entre o público da academia, a creatina também parece desempenhar um papel importante no cérebro, ajudando na produção de energia essencial para o funcionamento dos neurônios. Além disso, acredita-se que esse suplemento possa ser interessante como coadjuvante no tratamento da depressão, mas ainda são necessários mais estudos para comprovar essa ação. 

Um ensaio clínico publicado no American Journal of Psychiatry mostrou que mulheres com depressão que receberam a creatina junto ao antidepressivo apresentaram melhora mais rápida e significativa dos sintomas em comparação ao grupo que usou apenas o medicamento. Acredita-se que, nessas pessoas, o metabolismo energético cerebral possa estar comprometido — especialmente em regiões como o córtex pré-frontal e o hipocampo, áreas-chave na regulação do humor e da cognição. 



Herbalife
www.Herbalife.com

 

Você vive gripando? Talvez seu sistema imunológico esteja pedindo ajuda

Médico alerta sobre sinais de baixa imunidade e como fortalecer o organismo para enfrentar infecções comuns


 

Gripes recorrentes, resfriados que parecem não ter fim e infecções frequentes podem ser sinais de que o corpo está em alerta. De acordo com o Dr. Carlos Alberto Reyes Medina, Diretor Médico da Carnot Laboratórios, o enfraquecimento do sistema imunológico pode estar por trás desses episódios, e merece atenção.

Segundo o National Institute for Health and Care Excellence (NICE), adultos têm, em média, de 2 a 4 resfriados por ano, principalmente durante os períodos mais frios. Crianças, especialmente aquelas em idade escolar, podem apresentar de 6 a 10 episódios anuais .

“É comum que as pessoas acreditem que gripar muitas vezes no ano seja normal, mas quando isso acontece com frequência, pode ser um indicativo de que as defesas naturais do organismo não estão funcionando como deveriam”, explica o médico.

Entre os principais fatores que contribuem para a baixa imunidade, o especialista destaca má alimentação, estresse, falta de sono, uso indiscriminado de medicamentos e doenças crônicas, como diabetes e hipertensão. Além disso, a mudança de estações, especialmente no inverno, costuma sobrecarregar o sistema imunológico.

O Dr. Carlos alerta ainda para os riscos de negligenciar esse quadro. “Quando a imunidade está baixa, o corpo não consegue reagir adequadamente a vírus e bactérias, aumentando não apenas a frequência das infecções, mas também a intensidade e o tempo de recuperação”, ressalta.

Para fortalecer as defesas naturais do organismo, o médico recomenda investir em hábitos saudáveis. Uma alimentação equilibrada, rica em frutas, verduras e proteínas de qualidade, é fundamental para fornecer vitaminas e minerais essenciais. Praticar exercícios físicos, manter uma boa rotina de sono e controlar o estresse também são atitudes que ajudam a reforçar a imunidade.

Outro ponto importante é o uso responsável de medicamentos. “O autotratamento é perigoso, porque pode mascarar sintomas e até agravar a fragilidade do sistema imunológico. Sempre que os episódios de gripe forem frequentes, é essencial procurar um médico para investigar as causas e indicar a melhor conduta”, orienta o Dr. Carlos.

A mensagem, segundo o especialista, é clara: viver gripando não deve ser encarado como normal. Com atenção aos sinais do corpo e acompanhamento médico adequado, é possível identificar desequilíbrios e recuperar a força do sistema imunológico, garantindo mais qualidade de vida e proteção contra doenças.

 

Carnot® Laboratórios

 

Alopecia Areata: quando o corpo ataca os próprios fios

No mês de conscientização da doença, Sociedade Brasileira de Dermatologia faz alerta sobre sinais e sintomas 


A Sociedade Brasileira de Dermatologia orienta a população que a queda repentina de cabelos ou pelos pode ser mais do que um problema estético. Em muitos casos, trata-se de uma condição autoimune chamada Alopecia Areata. Setembro é considerado o mês de conscientização da doença que pode surgir em qualquer fase da vida e exige atenção médica dermatológica para diagnóstico e acompanhamento. 

“A alopecia areata é uma doença autoimune em que o próprio sistema imunológico ataca os folículos pilosos, provocando a queda dos fios em áreas específicas do corpo, como couro cabeludo, sobrancelhas, cílios e barba”, explica Dra. Violeta Tortelly, coordenadora do Departamento de Cabelos da SBD. 

Embora possa acometer qualquer pessoa, há maior risco entre indivíduos com histórico familiar de doenças autoimunes, como lúpus, artrite reumatoide e distúrbios da tireoide. Costuma surgir em surtos imprevisíveis, com fases de melhora e recidiva, o que torna o monitoramento contínuo essencial. 

O sintoma mais comum é o surgimento de áreas arredondadas de queda capilar, onde o couro cabeludo fica completamente liso, sem qualquer sinal de inflamação visível. 

“Essas áreas costumam aparecer de forma repentina e são, geralmente, indolores. Mas o impacto emocional pode ser significativo, especialmente em adolescentes e mulheres, pela ligação direta com a autoestima”, alerta Dra. Violeta. 

O tratamento é personalizado e depende da extensão e gravidade da queda. Há desde opções tópicas, como cremes e loções com ação anti-inflamatória, até aplicações locais de medicamentos por meio de injeções diretamente nas áreas afetadas. 

“Em quadros mais intensos, usamos medicamentos orais, incluindo imunossupressores. E mais recentemente, os chamados Inibidores de JAK têm se mostrado promissores ao interferir na resposta inflamatória do organismo, ajudando no controle doença e no estímulo ao crescimento dos fios”, explica. 

Embora tenha forte componente genético, a doença também pode ser desencadeada por fatores ambientais, como infecções virais (inclusive a COVID-19), mudanças hormonais ou altos níveis de estresse. 

“Não há uma forma segura de prevenir a alopecia areata, mas conhecer seus gatilhos pode ajudar a minimizar os riscos. O estresse emocional, por exemplo, é um fator que frequentemente contribui para o surgimento ou agravamento dos sintomas”, reforça Dra. Violeta. 

A recomendação é clara: ao notar falhas incomuns nos cabelos ou pelos, procure um médico dermatologista. O diagnóstico precoce e a abordagem multidisciplinar fazem toda a diferença para o controle da doença e a qualidade de vida do paciente. 

Para mais informações sobre essa e outras condições dermatológicas, além de cuidados com a saúde da pele, cabelos e unhas, acesse as redes sociais @dermatologiasbd ou o site www.sbd.org.br. Encontre um especialista associado à SBD em sua região e cuide de sua saúde integral.


Novos estudos apontam que vacina contra meningite B pode oferecer proteção parcial contra gonorreia

Os avanços na medicina preventiva ganham destaque com a crescente busca por soluções que abordem os desafios de saúde pública de forma mais ampla e integrada. A relevância aumenta à medida que cresce a conscientização sobre a importância da educação em saúde e políticas que promovam a prevenção de doenças e a igualdade no acesso aos serviços de saúde. Estudos recentes, um deles publicado no The Journal of Infectious Diseases , em julho de 2024 1 e outro, uma meta-análise, publicado em fevereiro deste ano no PubMed 2, apontam que a vacina meningocócica B (MenB), desenvolvida originalmente para prevenir a meningite, pode oferecer proteção parcial contra essa infecção sexualmente transmissível (IST), cujos casos continuam a crescer no mundo 4.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2020 houve cerca de 82,4 milhões de novos casos de gonorreia em pessoas de 15 a 49 anos no mundo, com a maior parte das infecções ocorrendo na África e na Região do Pacífico Ocidental. A incidência global foi estimada em 19 casos por mil mulheres e 23 casos por mil homens 4.

Desafio crescente: resistência da bactéria que causa gonorreia

A gonorreia, causada pela bactéria Neisseria gonorrhoeae, é uma IST que pode contaminar os genitais, reto, garganta e até olhos. Muitos casos são assintomáticos, o que contribui para a sua disseminação silenciosa. Quando se manifestam, eles incluem:

  • Dor ao urinar;
  • Corrimento genital;
  • Desconforto ou dor durante relações sexuais.

Segundo a ginecologista Maria dos Anjos Neves, do Delboni, marca da Dasa em São Paulo, a transmissão ocorre principalmente por relações vaginais, anais ou orais sem proteção com uma pessoa infectada. "Qualquer pessoa sexualmente ativa está suscetível, independentemente de identidade de gênero ou orientação sexual", alerta.

Um agravante é a crescente resistência da bactéria aos antibióticos. "Já existem registros de cepas resistentes à ceftriaxona, principal medicamento de primeira linha, o que aumenta os temores de uma chamada ‘supergonorreia’", explica a especialista. Além disso, infecções por gonorreia podem facilitar a transmissão do HIV, gerar infertilidade, doenças inflamatórias pélvicas e complicações tanto para gestantes quanto para recém-nascidos.


Vacina MenB: esperança com limites

Embora não tenha sido projetada especificamente para a gonorreia, pesquisas têm sugerido que a vacina meningocócica B (MenB) pode oferecer um benefício inesperado: proteção cruzada contra a bactéria Neisseria gonorrhoeae 3.

Essa proteção parcial chamou a atenção mundial. No Reino Unido, o Serviço Nacional de Saúde (NHS) se prepara para um marco histórico ao lançar, em agosto, o primeiro programa de vacinação contra a gonorreia usando a vacina MenB. Nesta primeira fase, o enfoque será em grupos de maior risco, como homens gays e bissexuais com histórico recente de múltiplos parceiros ou ISTs anteriores, seguindo recomendações do Comitê Conjunto de Vacinação e Imunização (JCVI)3.

Os dados por trás dessa decisão são promissores. O estudo publicado no Journal of Infectious Diseases indicou que a vacina MenB-4C (Bexsero), administrada em duas doses, pode reduzir o risco de contrair gonorreia em até 40%. Apesar de não ser uma proteção completa, especialistas acreditam que esse impacto já representa uma valiosa ferramenta no controle da doença. "Com mais de 80 milhões de casos registrados anualmente no mundo, a ideia de uma vacina já existente ajudar nesse cenário é animadora", comemora a infectologista Rosana Richtmann, consultora de vacinas na Dasa 4.


Prevenção tradicional ainda é essencial

Rosana reforça que, apesar do potencial da vacina MenB, ela não substitui estratégias já consolidadas de prevenção. Nada pode substituir o uso consistente de preservativos, a testagem regular de ISTs e o acompanhamento com profissionais de saúde.

Embora a descoberta traga esperança para o controle da gonorreia, permanece um desafio global o desenvolvimento de uma vacina especificamente destinada à bactéria Neisseria gonorrhoeae. As iniciativas em torno da MenB abrem um caminho promissor, lembrando que ciência e prevenção sempre caminham juntas na luta pela saúde de todos. 

 



1 - https://academic.oup.com/jid/article-abstract/231/1/61/7724768?redirectedFrom=fulltext&login=false

2 - https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/39082700/

3 - https://www.gavi.org/vaccineswork/uk-launches-worlds-first-roll-out-meningitis-b-vaccine-combat-gonorrhoea

4 - https://www.who.int/news-room/fact-sheets/detail/multi-drug-resistant-gonorrhoea#:~:text=Gonorrhoea%20is%20a%20sexually%20transmitted,gonorrhoea%20superbugs%20or%20super%20gonorrhoea.

 

Setembro Laranja: 1 em cada 3 adolescentes brasileiros já têm excesso de peso

Em dez anos, sobrepeso entre jovens subiu quase 9% e já afeta 2,6 milhões de crianças e adolescentes no Brasil 

 

Setembro é o mês dedicado à conscientização sobre a obesidade infantil um problema que já atinge níveis alarmantes no Brasil. Dados recentes do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN), analisados pela ImpulsoGov, revelam que um em cada três adolescentes de 10 a 19 anos apresenta excesso de peso. Em apenas dez anos, o índice cresceu quase 9%, somando hoje 2,6 milhões de jovens brasileiros acima do peso.

A obesidade infantil não é apenas uma questão estética: ela aumenta consideravelmente o risco de doenças como diabetes, hipertensão, colesterol alto, problemas cardíacos e até AVC ainda na juventude.

Segundo o levantamento, a região Sul lidera o ranking, com 37% das crianças e adolescentes com sobrepeso em 2024. Entre as capitais, São Paulo aparece em primeiro lugar, com mais de 76 mil jovens nessa condição, seguida por Rio de Janeiro e Manaus.

O pediatra Dr. Paulo Telles, membro da SBP, alerta que a obesidade começa a ser construída dentro de padrões culturais transmitidos de geração em geração.

“Nossa cultura ainda busca o ‘comer bastante para ficar saudável’. Muitos pais crescem com frases como ‘rapa o prato para crescer’ ou ‘a gestante deve comer por dois’. Esses hábitos, embora comuns, acabam reforçando a cultura da obesidade”, afirma.

Para o especialista, é essencial respeitar a autorregulação natural da fome e saciedade das crianças, presente desde o aleitamento materno. Além disso, ele reforça a importância de não usar comida como recompensa.

“Ao invés de dizer ‘se você se comportar, te dou um sorvete’, proponha uma atividade física em família, como jogar bola no parque. Isso ajuda a não associar o comer apenas ao prazer e à recompensa”, completa Dr. Paulo.

De acordo com a pediatra Dra. Anna Bohn, também membro da SBP, o diagnóstico é feito clinicamente, a partir do IMC adequado para cada idade.“Existem diferentes graus de sobrepeso e obesidade, que precisam ser acompanhados de perto. Muitas vezes, já encontramos alterações de colesterol, açúcar no sangue e até pressão alta em crianças cada vez mais novas”, alerta.

O tratamento, segundo a médica, não se resume a dietas restritivas.

“A chave está em mudar o estilo de vida: alimentação equilibrada, sono adequado, prática de esportes e menos tempo de tela. O uso de medicamentos pode ser indicado em casos específicos, mas nunca substitui as mudanças de hábitos”, explica Dra. Anna.
 

As consequências do excesso de peso
 

-Curto prazo: dificuldades de mobilidade, baixa autoestima, bullying e prejuízos emocionais.

-Longo prazo: risco aumentado de diabetes, hipertensão, doenças cardiovasculares e obesidade na vida adulta.

A prevenção da obesidade infantil depende de um esforço coletivo.

“Não basta olhar apenas para a criança: precisamos repensar a sociedade como um todo, desde a publicidade infantil até a oferta de alimentos nas escolas. A solução é multidisciplinar e precisa envolver família, escola, profissionais de saúde e políticas públicas”, reforça Dra. Anna.
 

5 Dicas práticas para pais e cuidadores

  1. Seja exemplo – crianças aprendem mais pela observação do que pela imposição.
  2. Atividade física em família – praticar exercícios juntos fortalece vínculos e cria hábitos duradouros.
  3. Prefira comida de verdade – frutas, legumes, grãos e proteínas magras devem estar à frente dos ultraprocessados.
  4. Controle o uso de telas – após os 2 anos, limite o tempo e nunca use telas como companhia durante as refeições.
  5. Introdução alimentar consciente – respeite sinais de fome e saciedade e ofereça variedade de texturas e sabores desde cedo.

 



Dr. Paulo Nardy Telles - CRM 109556 @paulotelles - Formado pela Faculdade de medicina do ABC. Residência médica em pediatra e neonatologia pela Faculdade de medicina da USP. Preceptoria em Neonatologia pelo hospital Universitário da USP. Título de Especialista em Pediatria pela SBP. Título de Especialista em Neonatologia pela SBP. Atuou como Pediatra e Neonatologista no hospital israelita Albert Einstein 2008-2012.



DRA ANNA DOMINGUEZ BOHN - CRM SP 150 572 - QE 106869/ 1068691. Registro pela Sociedade Brasileira de Pediatria Registro de Terapia Intensiva Pediátrica pela Associação de Medicina Intensiva. Graduação em Medicina pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Residência em Pediatria e Terapia Intensiva Pediátrica pela Universidade de São Paulo. Curso de especialização em cardiointensivismo pelo Hospital SICK KIDS, Universidade de Toronto. Pós-graduação em Síndrome de Down pelo CEPEC - FMABC (centro de pesquisa e estudos) MBA em gestão de saúde pelo Hospital Israelita Albert Einstein Vice-presidente do Núcleo de Estudos da criança e adolescente com deficiência, Sociedade Paulista de Pediatria. 2018-2023 Médica do Instituto do Coração. 2020-2023 coordenadora da unidade de terapia intensiva pediátrica pré-operatória do Instituto do coração – FMUSP. Pediatra do corpo clínico dos Hospitais Israelita Albert Einstein e Sírio Libanês. Membro do Grupo Médico Assistencial sobre a pessoa com deficiência do Hospital Albert Einstein


Setembro Verde: Conheça detalhes sobre o transplante de fígado

O fígado é um dos órgãos possíveis de serem transplantados entre pessoas vivas. Médica hepatologista explica como se dá a cirurgia, os cuidados e os procedimentos concernentes à operação

 

Dia 27 de setembro celebra-se o dia nacional da doação de órgãos e tecidos. E, ao longo do chamado Setembro Verde, secretarias de saúde mobilizam ações de incentivo à doação e ao conhecimento do assunto. 

Dra. Patrícia Almeida, Hepatologista pela Sociedade Brasileira de Hepatologia Doutora pela Universidade de São Paulo (USP), explica sobre o transplante de fígado. Transplante que pode ser feito de uma pessoa viva para a pessoa que precisa de um fígado novo. 

"O transplante intervivos acontece quando o paciente recebe parte do fígado de outra pessoa viva. No caso duas pessoas são submetidas a cirurgia no mesmo momento. Nesses casos, há várias particularidades para a escolha do doador, a fim de obter segurança e sucesso do procedimento", explica a médica. 

A Dra. Patricia enfatiza que qualquer pessoa (que não seja transplantada de fígado) pode ser uma doadora. "Basta informar a sua família para realizar seu desejo”, conta. Ela, inclusive, reforça que não há burocracia para se tornar um doador: "Não há necessidade de registrar em cartório ou colocar na carteira de identidade. Apenas declarar explicitamente escolha de ser doador de órgãos à sua família", diz Dra. Patricia.

 

Motivos que levam à necessidade de um transplante de fígado 

Segundo a hepatologista, o transplante pode ser a única possibilidade quando o fígado é lesionado persistentemente, por muito tempo, por vários agentes. "Os mais comuns são o abuso de álcool, as hepatites B e C, gordura no fígado, doenças autoimunes, uso de medicamentos tóxicos, além de outras doenças genéticas", conta ela. 

Além desse quadro, a Dra. Patricia conta que o órgão também pode ser acometido de forma aguda e grave, levando à necessidade de transplante em dias ou semanas, em razão de ingestão de altas doses de paracetamol, uso de fórmulas e chás com ervas/produtos naturais específicos.

 

Organização da fila para o transplante de fígado 

O grau de gravidade de cada paciente determina sua ordem na lista de transplante hepático, informa a médica. "Atualmente, usamos o valor do Meld Na para alocar os pacientes na lista. Esse índice é calculado com os resultados dos exames (creatinina, bilirrubina total, INR, sódio) de cada paciente. Os pacientes mais graves têm Meld Na maior e tem prioridade na lista", detalha ela, ao acrescentar que há condições especiais que podem gerar maior pontuação, como câncer de fígado, ascite refratária e encefalopatia hepática persistente. "O tempo de lista atualmente serve apenas critério de desempate", lembra a hepatologista.

 

A vida pós-transplante 

Na meta de viver uma vida saudável após receber um transplante de fígado, o paciente transplantado deve ter rigor na alimentação e na prática de atividades físicas. "Ressalto fortemente que o paciente transplantado precisará adotar um estilo de vida saudável, com alimentação baseada em alimento in natura e rica em legumes, grãos e frutas", destaca a Dra. Patricia, recomendando o não consumo de alimentos processados/industrializados, como fast foods e refrigerantes. 

Associado a esses cuidados, ela explica que os pacientes receptores também passam a fazer uso de imunossupressores de forma rigorosa, além da necessidade de regularidade nas consultas médicas de acompanhamento. 

 

Dra. Patricia Almeida - CRM SP 159821 - Possui graduação em Medicina pela Universidade Federal do Ceará (2010). Residência Médica em Clínica Médica no Hospital Geral Dr César Cals em Fortaleza-CE- (2011-12). Residência em Gastroenterologia no Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo-(USP RP) (2013/15). Aprimoramento em Hepatologia no Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (USP RP)- (2016). Aprimoramento em Transplante de fígado no Hospital das clínicas da Universidade de São Paulo (USP RP) (2017). Observership no Jackson Memorial Hospital em Miami/EUA 2017. Doutorado em Hepatologia no Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo. Título de Especialista em Gastroenterologia pela FBG Título em Hepatologia pela SBH. Hepatologista do Hospital Israelita Albert Einstein.

 

Trombose em jovens: sinais de alerta que exigem atenção imediata


 

Embora muitas vezes associada ao envelhecimento, a Trombose Venosa Profunda (TVP) não é uma condição restrita a idosos. Cada vez mais frequente em pessoas jovens, a doença exige atenção aos fatores de risco e aos sinais iniciais para que o diagnóstico e o tratamento sejam feitos de forma eficaz. 

De acordo com o médico João de Toledo Martins, radiologista intervencionista do Hospital Evangélico de Sorocaba (HES), os fatores que mais contribuem para o desenvolvimento da TVP em jovens incluem traumas, cirurgias ortopédicas ou de grande porte, além da associação entre tabagismo e uso de anticoncepcionais.

 

Sintomas que não podem ser ignorados 

Os primeiros sinais de trombose costumam surgir de maneira súbita, de um dia para o outro. Entre os sintomas mais comuns, estão o inchaço (edema), enrijecimento da musculatura, além de dor intensa e repentina. “Nos jovens, as manifestações clínicas são mais exuberantes, enquanto nos idosos é mais comum um quadro subclínico, com sintomas sutis que podem dificultar o diagnóstico”, explica o médico. 

A complicação mais temida da trombose é o Tromboembolismo Pulmonar (TEP), que pode levar a óbito. Nesse caso, os sinais de alerta incluem dor no peito súbita e persistente, falta de ar, tosse seca e, mais raramente, escarro com sangue.

 

Complicações graves e sinais de urgência 

“Em jovens, quando não tratada adequadamente, a TVP pode evoluir com complicações crônicas relacionadas à insuficiência venosa e a hipertensão venosa crônica”, alerta Dr. João de Toledo. As consequências são inchaço constante, dor ao final do dia, recorrência de trombose e, até mesmo, alterações na pele. “Desde o escurecimento (dermatite ocre) e endurecimento (dermatofibrose) até a formação de úlceras dolorosas e de difícil cicatrização”, exemplifica o médico.
 

Tratamento e cuidados 

O tratamento da trombose deve ser iniciado o quanto antes, sempre sob orientação médica. Em geral, envolve o uso de medicamentos anticoagulantes, que impedem o crescimento do coágulo e reduzem o risco de complicações. Em situações específicas, pode ser necessária a realização de procedimentos intervencionistas para remover ou dissolver o trombo.
 

Como reduzir os riscos 

De acordo com o radiologista intervencionista, entre as principais medidas de prevenção da trombose estão: 

- Praticar atividade física regularmente;

- Evitar o tabagismo;

- Avaliar com um médico métodos contraceptivos alternativos ao uso prolongado de anticoncepcionais, como o DIU;
- Controlar o peso e prevenir a obesidade.

 

Hospital Evangélico de Sorocaba


Saneamento inadequado causou mais de 80.000 internações e 8.830 mortes de idosos, em 2024


Doenças Relacionadas ao Saneamento Ambiental Inadequado (DRSAI) foram responsáveis por mais de 80.000 internações de idosos em todo o país, em 2024. Sendo que 8.830 evoluíram para óbito – o equivalente a 76,4% do total de mortes (11.554) relacionadas a essas enfermidades. Os números são de um levantamento realizado com base em dados do Departamento de Informação e Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS).


“Apesar dos avanços que o país registrou nos últimos cinco anos, com o Novo Marco Legal do Saneamento Básico, ainda temos uma grande parcela da população sem acesso a serviços adequados de saneamento. Portanto, é urgente avançar muito mais para que possamos reduzir esses tristes índices”, afirma Elzio Mistrelo, diretor da Apecs (Associação Paulista de Empresas de Consultoria e Serviços em Saneamento e Meio Ambiente).


Segundo dados da OMS (Organização Mundial da Saúde), 94% dos casos de diarreia no mundo são devidos à falta de acesso à água de qualidade e ao saneamento precário. Além dessa doença, os brasileiros sem água tratada e esgotamento sanitários estão vulneráveis a males como Hepatite A, leptospirose, esquistossomose, cólera, giardíase e amebíase, febre tifoide, helmintíases, infecções de pele e micoses.


Atualmente, no Brasil há aproximadamente 34 milhões de pessoas que ainda não têm acesso à água tratada e mais de 90 milhões continuam sem receber serviço de coleta e tratamento de esgoto. No entanto, de acordo com o Novo Marco Legal do Saneamento Básico, até 2033 o país precisa atingir a meta de 99% de toda a população atendida por estes serviços. “Ainda restam oito anos e o setor está aquecido, estamos no caminho”, conclui Mistrelo.


Rede Mater Dei otimiza detecção precoce de câncer de pulmão com Inteligência Artificial

Tecnologia que analisa tomografias e prontuários tem expandido a capacidade de identificação de tumores pulmonares e agilizado o início de tratamentos 

 

O câncer de pulmão é uma doença caracterizada pelo crescimento desordenado de células nos tecidos pulmonares1, sendo a principal causa de mortalidade por câncer no Brasil. Além disso, a neoplasia é o segundo tipo de câncer de maior incidência em homens e o quarto tipo de câncer de maior incidência em mulheres no país.2 A condição é fortemente ligada ao tabagismo, com cerca de 85% dos casos diagnosticados da doença tendo associação ao consumo de derivados do tabaco3. 

Visto que os sintomas iniciais da doença são inespecíficos, sua detecção precoce é um grande desafio. Para otimizar esse processo, a Rede Mater Dei de Saúde está utilizando inteligência artificial (IA) para identificar tumores de pulmão em estágios iniciais. A tecnologia Atlas Finder, desenvolvida pela empresa NeuralMed, analisa tomografias de tórax e extrai informações relevantes dos prontuários médicos dos pacientes da rede para identificar nódulos pulmonares com 6mm ou mais, possibilitando a detecção antecipada da doença. Os dados são organizados em uma plataforma dedicada, que serve como um apoio para o plano de cuidado do paciente, facilitando o acompanhamento médico. 

Implementada a partir de agosto de 2023, a IA está em operação nos hospitais Mater Dei da região de Belo Horizonte e em Salvador, com previsão de expansão para outras unidades da rede e outras áreas de atuação. A mesma abordagem também é aplicada atualmente para o diagnóstico de câncer de mama. 

Para identificar tumores no pulmão, somente em julho de 2025 foram analisados mais de 5700 laudos da rede. A partir disso, a IA identificou 270 pacientes com nódulos pulmonares maiores que 6mm. Destes, 58 foram considerados elegíveis para uma análise médica, por meio da qual 30 foram identificados como tendo potencial oncológico. Desses 30, 26 foram encaminhados para atendimento especializado com sucesso. 

“A identificação antecipada permite que a equipe técnica composta por pneumologistas, cirurgiões torácicos e enfermagem defina linhas de tratamento mais eficazes e menos invasivas após atendimento médico, impactando em melhores desfechos clínicos para os pacientes. Já para a equipe assistencial, o uso da IA faz com que um mesmo time possa cuidar de mais pessoas, otimizando o fluxo de trabalho e o tempo dos profissionais”, aponta o Dr. Bruno Horta, Coordenador do serviço de Pneumologia na Rede Mater Dei de Saúde. 

Foi por meio dessa tecnologia que a equipe de Mater Dei pôde identificar o tumor do Sr. João Antônio, de 80 anos, e iniciar seu tratamento com celeridade. Ele foi ao hospital para investigar uma dor no ombro, por suspeitar ter dormido de “mau jeito”, e por meio da realização de exames de imagem rotineiros, constatou-se o câncer. Após o tratamento para diminuição do nódulo e uma cirurgia robótica, o aposentado está se recuperando bem e destaca como métodos mais modernos fazem a diferença no diagnóstico e na recuperação de quem precisa. “Eu aprovo completamente a utilização de métodos mais modernos como esse, de aperfeiçoamento. Ajuda bastante”, conta o aposentado.

 

Primeiros Sinais e Prevenção 

O câncer de pulmão geralmente não apresenta sintomas até que já esteja em estágio avançado, mas é possível que alguns sinais se manifestem em fases iniciais da doença. Alguns deles são tosse persistente, rouquidão, dor no peito, falta de ar, cansaço, assim como bronquite ou pneumonia recorrente. Nos fumantes, um indicativo são crises de tosse em horários incomuns e alteração no ritmo habitual da tosse.3 

Caso algum desses sintomas se manifeste, é necessário buscar atendimento médico. Apesar dos principais fatores de risco serem o tabagismo e a exposição passiva ao tabaco, a doença pode ocorrer em pessoas que nunca tiveram contato com a substância. Portanto, é recomendado adotar práticas de prevenção da doença, como não fumar, evitar o tabagismo passivo e a exposição a agentes químicos, e ter um estilo de vida saudável, realizando atividade física de forma habitual.3

 

Referências

1 - BUZAID, Antonio Carlos; MALUF, Fernando Cotait. Câncer de pulmão | O que é? Instituto Vencer o Câncer, 2024. Disponível em: https://vencerocancer.org.br/tipos-de-cancer/cancer-de-pulmao-o-que-e/. Acesso em: 27/08/2025.

2 - Araujo1 LH, 2 , a , Baldotto1 C, 2 , b , et al. Lung cancer in Brazil. J Bras Pneumol. 2018;44(1):55-64. Disponível em: https://jbp.org.br/details/2761/pt-BR/cancer-de-pulmao-no-brasil. Acesso em: 27/08/2025.

3 - Câncer de pulmão. Ministério da Saúde, 2022. Disponível em: https://www.gov.br/inca/pt-br/assuntos/cancer/tipos/pulmao. Acesso em: 27/08/2025.



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