No mês de conscientização da doença, Sociedade
Brasileira de Dermatologia faz alerta sobre sinais e sintomas
A Sociedade Brasileira de Dermatologia orienta a população que a queda
repentina de cabelos ou pelos pode ser mais do que um problema estético. Em
muitos casos, trata-se de uma condição autoimune chamada Alopecia Areata.
Setembro é considerado o mês de conscientização da doença que pode surgir em
qualquer fase da vida e exige atenção médica dermatológica para diagnóstico e
acompanhamento.
“A alopecia areata
é uma doença autoimune em que o próprio sistema imunológico ataca os folículos
pilosos, provocando a queda dos fios em áreas específicas do corpo, como couro
cabeludo, sobrancelhas, cílios e barba”, explica Dra. Violeta Tortelly,
coordenadora do Departamento de Cabelos da SBD.
Embora possa
acometer qualquer pessoa, há maior risco entre indivíduos com histórico
familiar de doenças autoimunes, como lúpus, artrite reumatoide e distúrbios da
tireoide. Costuma surgir em surtos imprevisíveis, com fases de melhora e
recidiva, o que torna o monitoramento contínuo essencial.
O sintoma mais
comum é o surgimento de áreas arredondadas de queda capilar, onde o couro
cabeludo fica completamente liso, sem qualquer sinal de inflamação visível.
“Essas áreas
costumam aparecer de forma repentina e são, geralmente, indolores. Mas o
impacto emocional pode ser significativo, especialmente em adolescentes e
mulheres, pela ligação direta com a autoestima”, alerta Dra. Violeta.
O tratamento é
personalizado e depende da extensão e gravidade da queda. Há desde opções
tópicas, como cremes e loções com ação anti-inflamatória, até aplicações locais
de medicamentos por meio de injeções diretamente nas áreas afetadas.
“Em quadros mais
intensos, usamos medicamentos orais, incluindo imunossupressores. E mais
recentemente, os chamados Inibidores de JAK têm se mostrado promissores ao
interferir na resposta inflamatória do organismo, ajudando no controle doença e
no estímulo ao crescimento dos fios”, explica.
Embora tenha forte
componente genético, a doença também pode ser desencadeada por fatores
ambientais, como infecções virais (inclusive a COVID-19), mudanças hormonais ou
altos níveis de estresse.
“Não há uma forma
segura de prevenir a alopecia areata, mas conhecer seus gatilhos pode ajudar a
minimizar os riscos. O estresse emocional, por exemplo, é um fator que
frequentemente contribui para o surgimento ou agravamento dos sintomas”,
reforça Dra. Violeta.
A recomendação é
clara: ao notar falhas incomuns nos cabelos ou pelos, procure um médico dermatologista.
O diagnóstico precoce e a abordagem multidisciplinar fazem toda a diferença
para o controle da doença e a qualidade de vida do paciente.
Para
mais informações sobre essa e outras condições dermatológicas, além de cuidados
com a saúde da pele, cabelos e unhas, acesse as redes sociais @dermatologiasbd
ou o site www.sbd.org.br. Encontre um especialista associado à SBD em sua região e
cuide de sua saúde integral.
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