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terça-feira, 17 de setembro de 2024

Você pode estar pagando mais INSS do que deveria; entenda

O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) é responsável por administrar a previdência social no Brasil, garantindo benefícios como aposentadorias, pensões e auxílios. Contudo, é possível que muitos contribuintes estejam pagando mais do que o necessário devido a erros de cálculo, mudanças na legislação, contribuições acima do teto ou outros fatores. Se você suspeita que pode estar pagando valores excessivos, é crucial entender como isso pode acontecer e quais são os procedimentos para recuperar o valor pago a mais.


1. Como você pode estar pagando a mais?

1.1. Erros no cálculo da contribuição

Uma das principais razões para o pagamento excessivo de INSS é o erro no cálculo das contribuições. As alíquotas são progressivas e variam conforme a faixa salarial. Se houver um erro no cálculo ou na aplicação das faixas, você pode acabar contribuindo com um valor maior do que o devido.


1.2. Atualização de faixas e alíquotas

As faixas de contribuição e as alíquotas do INSS são atualizadas anualmente. Se você não acompanhar essas mudanças e ajustar suas contribuições em conformidade, pode estar pagando a mais. Isso é particularmente relevante para contribuintes individuais e autônomos.


1.3 Contribuições acima do teto

O teto do INSS é o valor máximo de remuneração sobre o qual incide a contribuição previdenciária. Em 2024, o teto do INSS é de R$ 7.786,02.

Contribuir acima do teto do INSS não resulta em benefícios adicionais e pode resultar em pagamento excessivo. Além disso, a contribuição sobre valores que ultrapassam o teto não é usada para calcular a aposentadoria ou outros benefícios, pois o teto é um limite máximo para a base de cálculo. Tais contribuições podem ocorrer no caso de professores, médicos e enfermeiros, por exemplo.


2. Procedimentos para recuperar o valor pago a mais

2.1. Revisão das contribuições

O primeiro passo é revisar suas contribuições. Para trabalhadores com carteira assinada, isso envolve verificar os holerites e o extrato de contribuições disponível no portal Meu INSS. Para contribuintes individuais, é necessário conferir os comprovantes de pagamento do carnê ou guia e declarações feitas ao INSS.

Se você identificar pagamentos a mais, pode solicitar a revisão do valor pago. Para isso, você deve:

  • Trabalhador com carteira assinada: Verifique com o departamento de recursos humanos ou com o setor responsável pelo pagamento das contribuições. Em muitos casos, o empregador pode corrigir a discrepância e realizar ajustes.
  • Contribuinte individual: Acesse o portal Meu INSS e entre em contato com a Receita Federal para corrigir a base de cálculo e ajustar as contribuições.


2.2. Pedido de restituição

Para solicitar a restituição de valores pagos a mais:

  • Preenchimento de formulário: Acesse o site da Receita Federal e preencha o formulário de restituição ou ajuste. No caso de contribuintes individuais, isso pode ser feito diretamente pelo programa da Receita Federal.
  • Documentação necessária: Prepare a documentação que comprove o pagamento a mais, como comprovantes de pagamento, extratos bancários, holerites e declarações anteriores.
  • Acompanhamento do processo: Após o pedido, acompanhe o status da restituição através do portal da Receita Federal.


2.3. Consulta a especialistas

Se o processo parecer complexo ou se houver dúvidas sobre como proceder, consulte um contador ou um advogado especializado em Direito Tributário e/ou Previdenciário. Eles podem fornecer orientação detalhada e ajudar na resolução de qualquer questão.


2.5. Ajustes futuros

Para evitar pagamentos excessivos no futuro acompanhe as mudanças na Legislação e mantenha-se atualizado sobre as alterações nas faixas de contribuição e alíquotas. Faça revisões periódicas das suas contribuições para garantir que estejam corretas.


3. Fique de olho:

Pagar mais INSS do que o necessário pode impactar suas finanças pessoais. Identificar os erros e realizar os ajustes necessários é essencial para garantir que você não esteja perdendo dinheiro. Se necessário, buscar a ajuda de especialistas pode facilitar o processo e garantir que tudo esteja em conformidade com a legislação e não cause prejuízos.


 

Nayhara Cardoso - Head de Direito Tributário e Previdenciário na RGL Advogados

 

É possível planejar a viagem para as festas de final de ano e férias de 2024 e evitar a oscilação do dólar

Destinos nacionais são opções para fugir
da oscilação do dólar
Divulgação
Sócia das agências Sports Trip e Azul Viagens dá dicas para economizar e evitar surpresas com gastos

 

O Brasil aparece em 9º lugar nas estimativas de gastos internacionais com viagens de turismo para o exterior nas festas de final de ano e férias escolares de janeiro de 2025. Segundo o estudo: “Mapping the Future of Global Travel and Tourism” (Mapeando o Futuro das Viagens e do Turismo Global), realizado pela Visa Performance Solutions – consultoria da Visa, os brasileiros devem gastar US$ 38 milhões na próxima temporada no exterior. 

O aumento na cotação do dólar nos últimos meses – já acumula alta de 14,75% em 2024 - é uma das preocupações para quem já está se planejando viajar para fora do Brasil ou mesmo pelo Brasil. Para a maioria das pessoas, as cotações de pacotes e compra de passagens aéreas costumam acontecer com antecedência, com início em setembro. 

Apesar do cenário desafiador, Yandra Gonçalves, sócia das agências de viagens Sports Trip – focada em viagens de experiências esportivas – e das franquias da Azul Viagens em Paulínia, Valinhos, Mogi Guaçu e Limeira, diz que é possível economizar e evitar surpresas com os gastos nas viagens com um planejamento antecipado. 

Uma das dicas da empresária é fazer a compra antecipada de pacotes, reservas de hospedagem e das passagens. “Isso garante melhores tarifas e evita as altas de preços de última hora”, diz Yandra. 

Para quem prefere curtir as festas de Natal e Réveillon e as férias no exterior, Yandra diz que uma forma de economizar seria explorar destinos onde a alta do dólar tem menos influencia, como destinos na América do Sul (Montevideo, Chile, Buenos Aires) ou destinos do Caribe, como Curaçao, que apesar de utilizar a moeda dólar, oferecem resorts all inclusive, permitindo fechar reservas agora no Brasil, com pacotes que incluem passeios e opções de entretenimento. 

“Assim os gastos no destino vão ser bem menor, com bebidas e comidas inclusas, além de passeios”, alerta ela. “Além de conseguir parcelar no boleto ou cartão de crédito”, acrescenta Yandra. 

Outra opção para quem quer evitar gastos em dólar, são as viagens internas pelo Brasil. “A pessoa já pode reservar resorts e destinos para as festas de final de ano, como Natal e Réveillon, ou mesmo as férias de janeiro, com planejamento e pagar de forma parcelada, evitando surpresas de última hora e gastos acima do esperado”, explica a empresária.


Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência: data sugere uma reflexão sobre a inclusão social no Brasil

É essencial demonstrar que a participação dessas pessoas na sociedade deve ser uma realidade constante, e não em um evento pontual

 

A data de 21 de setembro marca as conquistas obtidas pelas diversas mobilizações de políticas públicas e sociais que envolvem, há dezenove anos, o Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência. Para a especialista em temas de inclusão e diversidade, Natalie Schonwald, a causa tem o propósito de chamar a atenção da sociedade para uma profunda conscientização sobre a importância de respeitar os direitos destes cidadãos, assim como “fazer valer” as reivindicações destas pessoas por uma inclusão social cada vez mais real. “É essencial pontuar que a maior compreensão sobre as questões que afetam diretamente esses grupos deve começar desde a infância, pois facilita a relação pessoal e naturaliza a convivência de indivíduos com e sem deficiência”, afirma Natalie.


Empatia

Segundo Natalie, há inúmeras maneiras de apoiar e promover a inclusão no dia a dia, e esses temas devem estar sempre em pauta. “Entendo que para que o Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência ganhe cada vez mais visibilidade, é essencial demonstrar que a participação dessas pessoas na sociedade deve ser uma realidade constante, e não em um evento pontual.  O reconhecimento e a celebração do momento devem servir como um ponto de partida para a verdadeira inclusão. Se a participação desse público for limitada a uma data comemorativa, em vez de se tornar parte integrante do cotidiano, o que ocorre é uma forma de exclusão disfarçada”, reforça. 


Acolhimento

Com a aproximação do dia 21 de setembro, ações que envolvam o mundo corporativo, escolar e esportivo, como o acesso a esportes adaptados, programas de educação inclusiva em atividades práticas que trabalham com todos os envolvidos, preparando-os para receber com naturalidade e respeito, enaltecem a data. “Essas iniciativas tendem a sensibilizar e garantir que a inclusão de pessoas com deficiência se torne uma prática cotidiana, transformando-se em um verdadeiro compromisso com a acessibilidade e equidade”, pontua a profissional.


Evoluções

Mais do que obter uma maior compreensão de todos os assuntos relacionados à inclusão social, é preciso se atentar sobre as necessidades de transformação de comportamento coletivo: “O que ainda precisamos conquistar são mudanças que vão além dos aspectos legais, pois ainda estamos longe do que é realmente necessário. Embora a legislação esteja em vigor, o preconceito persiste como uma preocupação significativa, pois não é uma questão de lei, mas sim de uma transformação social profunda. Esse é um dos principais desafios que as pessoas com deficiência ainda enfrentam no Brasil”, enfatiza Natalie.

Como especialista em temas de inclusão e diversidade, Natalie garante que existem diversas ações que ajudam as empresas a fomentar e estimular a inclusão e a acessibilidade: 

  • Aplicar a Lei de Cotas - ajuda pessoas com deficiências a serem inseridas no mercado de trabalho. No entanto, Natalie faz uma observação: “Embora legalmente exista ainda muita dificuldade de crescimento nos cargos, pois muitas vezes as empresas fazem a contratação para evitar o pagamento de multa, e não porque querem realmente incluir esta população no mercado de trabalho”.
  • Adequações arquitetônicas - rampas e elevadores contribuem para a acessibilidade em vários ambientes.
  • Investir em tecnologia - programas tecnológicos como, por exemplo, aplicativos de programas de voz, possibilitam a realização adequada das atividades de colaboradores com deficiências, favorecendo sua autonomia.
  • Comitê dedicado à diversidade – é composto por pessoas que já trabalham na empresa para acolher e auxiliar grupos minoritários como por exemplo, negros, deficientes e pessoas trans. 


Natalie Schonwald - psicóloga, pedagoga, palestrante de inclusão e diversidade e autora dos livros “Na Cidade da Matemática” e “Na Cidade da Matemática – Bairro das Centenas”. É pós-graduanda em Psicopedagogia pelo Instituto Singularidades (SP). Na área da educação, trabalha com os anos finais da Educação Infantil e iniciais do Ensino Fundamental I. Nesta área, Natalie completa seu trabalho escrevendo artigos. A profissional também faz parte da direção da Associação dos AVCistas do Brasil - uma organização comunitária de acolhimento às vítimas de AVC e seus familiares, e da Comunidade Educadores Reinventares. Como atleta, participou do mundial de adestramento paraequestre em 2003 – pratica esporte desde seus 9 anos e também é embaixadora da equipe feminina de surfe adaptado. Após um AVC com 8 meses, enfrentou um caminho de superação. Sua história é marcada não apenas pela adversidade, mas pela resiliência e conquistas que a transformou em fonte de inspiração, destacando a importância da inclusão e da diversidade em todas as suas formas.


Inclusão digital na terceira idade: CEUB oferece curso de informática gratuito para público 60+

Com inscrições abertas até 19 de setembro, os alunos receberão noções de informática básica e interação nas redes sociais


O Centro Universitário de Brasília (CEUB) está com inscrições abertas para curso gratuito de noções básicas de informática e internet, voltado para o público da terceira idade. As aulas são presenciais estão previstas para ocorrer entre setembro e dezembro, aos sábados, das 9h às 12h. As matrículas para o projeto podem ser feitas até 19 de setembro. Com vagas limitadas, os participantes receberão certificado da instituição. 

O curso de informática para o público 60+ oferece aprendizado digital com foco em navegação segura, abordando desinformação, fake news e ferramentas do Google. Seus módulos incluem sistemas operacionais, internet e dispositivos móveis, além de ferramentas de escritório, como editores de texto, planilhas e Canva. O curso termina com uma avaliação geral para medir o progresso dos alunos.

 

Como participar

A capacitação do CEUB terá turmas presenciais de até 50 alunos. Após realizar a inscrição, o aluno receberá o calendário das aulas por e-mail e WhatsApp. Para participar, é exigido o uso de e-mail da plataforma Google, a fim de facilitar o acesso às reuniões online via Meet. Para receber o certificado ao final do curso, é obrigatório registrar presença em 75% das aulas e ser aprovado na avaliação final.

 

Serviço:

CEUB: Curso de Informática Básica para a Comunidade 60+

Prazo: inscrições até 19 de setembro

Inscrições:https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSeya8dbVT_noqoqX62t3WLxm68Sx3XM6Yg9u9Xub8SOUEBBVA/viewform

Aulas: setembro a dezembro de 2024

Local: CEUB - Campus Asa Norte e Taguatinga


Pesquisa inédita mostra que 1 em cada 10 pessoas usa o chat inteligente como amigo e alguns pensam em até casar com o chat

Imagem: Criada por Inteligência Artificial
Alguns indivíduos usam a IA como psicólogos, e parceiros: quais os pontos positivos e negativos que isso tem para a saúde mental? Entenda! 

 

O avanço das Inteligências Artificiais (IA) trouxe inúmeras possibilidades para resolver problemas cotidianos, otimizar o trabalho e até mesmo fornecer suporte emocional. Um recente levantamento da Talk Inc indica que 1 em cada 10 pessoas utilizam plataformas de IA, como chats, como uma espécie de amigo ou conselheiro. Esse dado levanta um debate urgente sobre os limites emocionais e éticos dessa tecnologia, e como ela está moldando as interações humanas. 

As IAs vêm ganhando popularidade por sua capacidade de simular conversas inteligentes e empáticas, atendendo prontamente a dúvidas pessoais, profissionais e até mesmo dando conselhos sobre relacionamentos ou decisões de vida, uma espécie de terapia. Mas até que ponto esse processo é saudável? E quais são as implicações éticas quando pessoas começam a criar vínculos emocionais com uma entidade não-humana? 

Não apenas a IA, mas diversos fatores combinados contribuem para o apego emocional a "quem estiver ali para ouvir". A OMS declarou em 2023 que vivemos uma epidemia da solidão. Pesquisas nos EUA mostram um enorme declínio no número médios de amigos que jovens possuem (com pessoas declarando não possuir nenhum). “No Brasil também vemos casos de solidão, em pessoas que moram sozinhas ou mesmo pessoas que têm pouco tempo para estar com sua família. Isso estimula uma busca por "alguém" que escuta, está presente o tempo todo, que não julga, que demonstra "empatia", guarda suas informações e conversa com você, é onde essas pessoas buscam esse conforto com os chats inteligentes”, comenta Carla Mayumi, sócia fundadora da Talk Inc. 

Embora a IA possa ser útil em muitas situações, o uso frequente dela como uma fonte de conforto emocional pode gerar preocupações. Especialistas alertam para o risco de dependência emocional, onde a confiança excessiva em uma IA pode comprometer o desenvolvimento de relações humanas saudáveis e significativas.

“Casos de afeição mais profunda, como alguém se apaixonar por uma IA, ainda são uma anomalia, mas casos radicais de “namoro” ou “casamento” já estão pipocando na superfície da cultura. O “Afeto Artificial” é uma tendência real, mapeado como tendência pela Talk.Inc e que estaremos acompanhando nos próximos anos. Essa é uma das principais tendências de nosso observatório sobre os futuros da IA”, afirma Tina Brand, cofundadora da Talk. 

A raça humana ainda não tem repertório suficiente para entender o efeito criado pela acelerada tendência do “Afeto Artificial”. Aliás, uma das primeiras startups unicórnio a atingir o valor de mais de US$ 1 bilhão usando IA afetiva é a Character.AI, criada por ex-funcionários do Google, e que se embasa em criar companheiros digitais específicos e especializados. A tendência é existirem uma variedade tão grande de assistentes de IA quanto existem de seres humanos. 

Acaba de ser lançada a Hume AI, co-fundada por Alan Cowen, que trabalhava com tecnologias emocionais no Facebook. A empresa é voltada para interfaces de vozes empáticas (“empathic voice interface”) e ele diz que "se especializam em personalidades empáticas que falam da mesma forma que as pessoas, e não como uma assistente AI". Essa nova tecnologia captura o tom da voz do usuário, então alguém que converse num tom triste ou determinado, a voz irá reagir de acordo com esse tom. 

Tudo isso é um indício de que os Afetos Artificiais realmente chegaram para ocupar um espaço na vida humana, então basta saber como prosseguir para não deixar que a utilização dessas ferramentas se torne algo indispensável para viver em sociedade.

 

Talk Inc - uma das primeiras empresas brasileiras a tentar entender como a IA está afetando a vida e a rotina dos brasileiro. A empresa já desenvolveu projetos e pesquisas para Itaú, Heineken, Pepsico, Uber, Grupo SBF, B3, Dasa, UHG, Grupo Anima, entre outros. A Talk é uma empresa de pesquisas que desafia seus clientes a terem um olhar voltado para o futuro, utilizando os aprendizados obtidos em pesquisas com consumidores. Combinamos uma abordagem consultiva e estratégica para ajudar as pessoas a inovarem. Saiba mais, aqui!


Setor de franquias em alta: veja dicas essenciais para não errar no investimento

Especialista mostra que escolher a franquia certa exige alinhamento com os padrões da rede e uma análise financeira cuidadosa

 

O setor de franchising brasileiro faturou um total de R$240,661 bilhões e 2023, representando um aumento de 14% em relação ao ano anterior, segundo dados da Associação Brasileira de Franchising (ABF). Com o crescimento do setor, mais pessoas começaram a enxergar as franquias como uma oportunidade promissora de entrada no mundo dos negócios ou até mesmo uma forma interessante de diversificar seus investimentos. Contudo, alguns cuidados devem ser considerados.

Ter sinergia e identificação com a franquia escolhida é o primeiro passo. Franqueadoras trabalham com regras e padrões pré-determinados, com fornecedores e insumos especificados, que devem ser utilizados por todos os franqueados da rede, além de ações de marketing criadas pela franqueadora que serão disseminadas em todas as lojas da rede, muitas vezes estabelecidas previamente por contrato.

“É extremamente vantajoso abrir uma franquia que já vem com modelo e know-how anteriores e bem definidos, mas franquias precisam e devem ter normas firmes para garantir a qualidade e sucesso de todas as lojas. Dessa forma, todos que entrarem na rede precisam manter esse padrão”, diz Matheus Krauze, sócio-fundador da SOFT Ice Cream, rede de franquias especializada em sorvetes artesanais.

Para o empresário, ter a compreensão dessas regras é o primeiro passo antes de fechar um contrato com a sua franquia de preferência, e deve ser acompanhado de um entendimento profundo sobre a parte financeira da rede e da unidade em específico. “Toda franqueadora deve passar a Circular de Oferta de Franquias (COF) para todos seus potenciais franqueados, e divulgar todos os custos que seu franqueado terá com a loja, antes e depois das obras da unidade, discriminadamente”, complementa o empresário.

Custos como capital de giro, pró-labore e contas básicas, como luz e água, devem estar descritas no documento, assim como a definição de todos os itens a serem comprados para o funcionamento da operação.

“Entrar em contato com franqueados já ativos na rede é também uma ótima ideia, pois eles podem mostrar a realidade que vivem na operação e até mesmo retirar dúvidas do dia a dia da sua unidade”, comenta Krauze.

Segundo o franqueador, estando de acordo com estes processos, e compreendendo a realidade diária e financeira da franquia escolhida, aliada à uma gestão próxima da operação, aumentam as chances de sucesso do negócio.


Cuidado com fraudes: centenas de famílias devem à justiça italiana por processos de cidadania

Advogados golpistas se aproveitam de desinformação sobre os trâmites; Contar com uma empresa especialista é um caminho seguro

 

Por conta dos vários benefícios, brasileiros têm cada vez mais buscado por cidadania italiana. Segundo os números levantados pelo Eurostat, em 2022, os brasileiros foram uma das dez nacionalidades do mundo que registraram uma cidadania europeia – 70% delas foram obtidas em Portugal e na Itália. Ao todo, foram 11,2 mil cidadanias concedidas a brasileiros, dobrando o número registrado no ano anterior.

O processo é baseado na lei jus sanguinis e deve ser aprovado por um juiz italiano, assim, exige importante habilidade profissional e técnica daqueles que formalizam o pedido junto ao governo. A cidadania dá direito de residir em toda a Europa, trabalhar e estudar nos países do bloco e ainda permite entrar em mais de 192 países sem visto, incluindo os EUA. Frente a esses inúmeros benefícios, algumas famílias ficam expostas a golpes e à falta de transparência e  surgem instituições promovendo soluções milagrosas e baratas de conseguir o passaporte europeu, que deixou famílias brasileiras em dívida com a justiça da Itália.


Posicionamento do Governo

No último Convegno di Studi  - congresso sobre cidadania italiana - na Universidade de Pádova, Salvatore Laganà, atual presidente do Tribunal de Veneza, relatou que cerca de 700 processos tiveram suas taxas obrigatórias não paga pelos advogados ou intermediários que representavam essas famílias, gerando uma dívida de R$ 2.1 milhões. A Agenzia delle Entrate, a “Receita Federal Italiana”, iniciou as cobranças diretamente das famïlias desse valor, expondo-as a um ônus financeiro imprevisto. Isso acarreta multas e penalidades impostas pelos tribunais italianos, criando uma dívida inesperada e onerosa para as famílias que muitas vezes não estavam cientes dessas obrigações. 


A falsa sensação de economia

O time de advogados da io.gringo, empresa especializada em cidadania italiana, foi convidado a participar do congresso e reforça que o caminho seguro para a obtenção do passaporte europeu é contar com uma empresa com credibilidade no mercado. “ Na fase de contratação dos serviços,  muitos clientes são atraídos por orçamentos mais baixos e pela promessa de um processo que não exige cuidado técnico. Essa falsa economia no entanto é ilusória e põe em risco a conquista da cidadania da família”, comenta Matheus Reis, fundador da io.gringo.


Como não cair em golpes

O cliente deve procurar empresas que tenham atendimento e escritórios tanto no Brasil quanto na Itália, evitar empresas pequenas que terceirizam seus trabalhos devido à exposição dos dados pessoais da família, não fazer transferências internacionais para desconhecidos  e duvidar de promessas milagrosas de reconhecimento rápido e barato. A conquista do direito da cidadania é algo que muda as oportunidades de vida da família e deve, portanto, ser vista como um investimento a ser feito de forma segura, finaliza Matheus.

A io.gringo oferece suporte completo, que vai desde a busca da certidão italiana até a tradução juramentada dos documentos, assegurando que todas as etapas do processo de cidadania sejam conduzidas dentro da legalidade. Um dos grandes diferenciais da empresa é o comprometimento com o cumprimento de prazos e o pagamento adequado de taxas, eliminando assim o risco de multas e penalidades que poderiam resultar em dívidas judiciais.

“Na io.gringo temos todos nosso processos foram aprovados pelos juízes italianos, é um caminho certeiro para aqueles que buscam evitar golpes, fraudes ou armadilhas. Além de mais de 6 mil clientes italianos já reconhecidos”, afirma Matheus Reis, fundador da io.gringo. 



Io.Gringo
https://iogringo.com.br/


Suicídios em alta: especialista aponta estratégia para empresas salvarem vidas

Neste Setembro Amarelo, plataforma de cuidados com a saúde mental nas empresas reforça a importância da prevenção

 

O suicídio é um desafio crítico de saúde pública, que afeta a sociedade como um todo e demanda atenção urgente. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) revelam uma realidade alarmante: anualmente, mais pessoas perdem a vida por suicídio do que por HIV, malária ou câncer de mama, superando até mesmo o número de mortes decorrentes de guerras e homicídios. 

Essa triste realidade é ainda mais preocupante entre os jovens, sendo o suicídio a quarta principal causa de morte entre aqueles de 15 a 29 anos, ficando atrás apenas de acidentes de trânsito, tuberculose e violência interpessoal.

De acordo com Bia Nóbrega, especialista em Desenvolvimento Humano e Organizacional com quase 30 anos de experiência e embaixadora da orienteme, plataforma que oferece soluções integradas para promover a saúde, bem-estar e produtividade, a mobilização de esforços globais para enfrentar essa crise é fundamental e as empresas também precisam estar atentas a seus colaboradores. “Transformar a prevenção do suicídio em uma prioridade global é fundamental para salvar vidas”, diz.

Desde 2013, a campanha internacional Setembro Amarelo®, introduzida no Brasil por Antônio Geraldo da Silva, presidente da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), tem desempenhado um papel de conscientização e rompimento de estigmas na sensibilização para o tema. Em parceria com o Conselho Federal de Medicina (CFM), a ABP vem promovendo a campanha anualmente desde 2014, alcançando parceiros em todo o país. 

Embora o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio seja celebrado oficialmente em 10 de setembro, as ações do projeto se estendem ao longo do ano, constituindo-se na maior campanha anti-estigma do mundo. Em 2024, o lema escolhido é "Se precisar, peça ajuda!".  "Oferecer ajuda é fundamental, especialmente quando sabemos que praticamente 100% dos casos de suicídio estão relacionados a doenças mentais, muitas vezes não diagnosticadas ou tratadas inadequadamente", completa a especialista.

Ela é um exemplo de liderança que utiliza sua experiência para criar um impacto positivo no ambiente corporativo. Em 2020, enquanto geria a área de Pessoas de uma organização, ela desenvolveu um programa anti estigma voltado para a saúde mental, sensibilizando e capacitando outros gestores e o time de Recursos Humanos. Além disso, promoveu ações integradas que envolviam saúde mental, práticas culturais, esportivas, nutrição e bem-estar. 

“Com o apoio de avaliações permanentes e a oferta de atendimento psicológico amplo e irrestrito, os resultados foram bem positivos: a empresa alcançou a certificação GPTW e entrou no Top 10 de Melhores Bancos para Trabalhar no Brasil, além de ser reconhecida como a Melhor Instituição Financeira em Saúde Mental do país”, lembra, reforçando que o maior ganho ainda está em promover ações para uma melhor qualidade de vida dos funcionários e prevenir problemas que possam levar ao ato fatal.


Cenário brasileiro preocupa

No Brasil, o cenário é particularmente grave. Entre 2016 e 2021, as taxas de mortalidade por suicídio entre adolescentes de 15 a 19 anos aumentaram 49,3%, enquanto que entre jovens de 10 a 14 anos o aumento foi de 45%, conforme dados da Secretaria de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde. Em termos absolutos, 12,6 a cada 100 mil homens e 5,4 a cada 100 mil mulheres no país perdem a vida dessa forma trágica.

Globalmente, as taxas de suicídio variam de maneira significativa. Enquanto alguns países europeus têm conseguido reduzir os índices, outras nações, especialmente na Ásia Oriental, América Central e América do Sul, registram um aumento preocupante. Apesar da gravidade da questão, poucos países tratam a prevenção do suicídio como uma prioridade de saúde pública: apenas 38 países possuem uma estratégia nacional dedicada ao tema.

Atualmente, Bia Nóbrega segue propagando a importância do tema por meio de suas redes, mentorias e palestras. Este ano, ela dá mais um passo ao se tornar embaixadora da orienteme, plataforma parceira em saúde mental desde 2020 e a única no Brasil a oferecer soluções integradas para o bem-estar e produtividade dos colaboradores. A ferramenta unifica atendimento psicológico, nutricional e de orientação física, proporcionando uma redução importante nos índices de depressão (34,48%), ansiedade (25,14%) e estresse (21,25%) – problemas críticos em um país que é o segundo mais depressivo e o primeiro mais ansioso do mundo.

Além de atendimentos especializados via videochamadas, a plataforma possibilita que os profissionais de saúde estejam disponíveis para conversas via chat, com opções de troca de mensagens de texto, áudio, vídeo e imagem, garantindo um suporte contínuo e próximo. A orienteme ainda conta com ferramentas para identificação de casos de risco, como os de ideação suicida, e protocolos de atendimento especializado, que age de forma ágil, humana e sensível para ajudar essas pessoas a encontrarem novas razões para continuar.

 “As empresas, por meio de iniciativas como essa, podem desempenhar um papel divisor de águas na promoção da saúde mental e na prevenção do suicídio, ajudando a construir um futuro mais saudável e solidário para seus colaboradores e para toda a sociedade”, conclui. 



Bia Nóbrega - com mais de 25 anos de experiência como Executiva de Gente & Cultura e reconhecida como LinkedIn Top Leadership Voice, é uma especialista dedicada ao Desenvolvimento Humano e Organizacional. Sua trajetória profissional é marcada por liderar equipes em variados setores e empresas de diferentes tamanhos, além de conduzir projetos internacionais e enfrentar desafios complexos. A partir de 2019, Bia expandiu seu campo de atuação para incluir Experiência do Cliente, Excelência e Governança, utilizando Metodologias Ágeis para promover um crescimento sustentável. Atuando também como palestrante, mentora, conselheira, embaixadora de soluções inovadoras, escritora e professora, Bia tem impactado inúmeras empresas e indivíduos, fornecendo orientações valiosas em temas como Liderança, Governança e Desenvolvimento Pessoal, sempre enfatizando o potencial ilimitado do ser humano.
https://www.linkedin.com/in/beatrizcaranobrega
www.bianobrega.com.br


Pesquisa aponta que 14% dos brasileiros consideram as apostas e casas lotéricas como uma possibilidade para melhorar vida financeira

 Educador financeiro faz projeção do rendimento da média de gastos em casas de apostas em investimentos seguros de curto, médio e longo prazo 


Um levantamento da Creditas Benefícios, em parceria com a Opinion Box, mostrou que 14% dos trabalhadores brasileiros enxergam as apostas e casas lotéricas como uma possibilidade de melhorar a vida financeira. O estudo, realizado com 1.347 pessoas que possuem contratos de trabalho no regime CLT nas cinco regiões do Brasil, foi aplicado com o objetivo de descobrir como os brasileiros se relacionam com dinheiro, saúde mental e, principalmente, em relação à educação financeira no dia a dia.

“A nossa pesquisa focou em trabalhadores CLT, ou seja, pessoas que já tem uma certa estabilidade na renda mensal. Fazer essa projeção para uma população que não tenha garantia de renda fixa torna tudo mais alarmante. Em muitos casos, vemos que a maioria compromete parte de suas finanças essenciais, seja parte do aluguel, conta de luz, entre outros, que podem gerar dívidas e perdas enormes para o país no longo prazo”, afirma Guilherme Casagrande, educador financeiro da Creditas.


 
Apostas x Investimentos 

Para ajudar as pessoas a entenderem a importância da educação financeira, do investimento a longo prazo e de como se organizar melhor com as finanças, o educador financeiro Guilherme Casagrande preparou um cruzamento do quanto é possível ganhar com a sorte versus um investimento a longo prazo.
 
Os apostadores, em média, ganham apenas quatro vezes a cada dez apostas realizadas. Sendo o valor médio investido de R$ 263,00 em 10 apostas, o gasto financeiro total desta operação seria de R$ 2.630,00. Em um cenário otimista, supondo que esta pessoa multiplique o ganho em até três vezes, na média, em um período de quatro meses, teria um ganho de R$ 3.156,00. Descontando o valor investido, sobrariam, de fato, R$ 526,00 reais.
 
“Este cenário que traçamos das apostas é um cenário que parece otimista de fato. Elaboramos uma tabela com algumas carteiras mais simples de investimento para mostrar que é possível alcançar um resultado mais seguro e saudável com o mesmo valor investido e dentro de um mesmo período. Na largada, os ganhos parecem menos atrativos, mas o caráter comportamental é uma das principais questões envolvidas. As pessoas buscam o dinheiro da forma mais fácil e rápida, o que na maioria das vezes não é algo possível já que preciso ter paciência para ter ganhos verdadeiros”, complementa o executivo.

*As projeções financeiras feitas abaixo consideram dados do mercado de renda fixa de agosto de 2024 
 
Ganho financeiro médio em 10 meses:
LCI e LCA – R$ 192,26
CDB – R$ 180,83
Tesouro Precificado – R$ 177,79
Tesouro Selic – R$ 176,07
Fundo DI – R$ 171,60
Tesouro IPCA+ - R$ 155,91
Poupança – R$ 153,12
 
O ganho financeiro médio em 24 meses: 
LCI e LCA – R$ 1.032,39
CDB – R$ 1.027,49
Tesouro Precificado – R$ 1.001,92
Tesouro Selic – R$ 991,72
Fundo DI – R$ 962,18
Tesouro IPCA+ - R$ 872,88
Poupança – R$ 812,19
 
O ganho financeiro médio em 120 meses: 
LCI e LCA – R$ 23.573,08
CDB – R$ 21.634,74
Tesouro Precificado – R$ 21.428,12
Tesouro Selic – R$ 21.347,94
Fundo DI – R$ 20.500,25
Tesouro IPCA+ - 18.118,37
Poupança – 16,044,93
 
Educação Financeira na Creditas 
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Com seca e calor, cidades de SP decretam racionamento de água

Alesp/Divulgação

Cidades importantes como Bauru e São José do Rio Preto já enfrentam escassez. Sistema Cantareira (foto), que abastece grande parte da Grande SP, está com 55% do volume útil e opera na faixa de atenção

 

A seca e o calor já levam municípios a adotar ou prever racionamento de água no interior de São Paulo. Cidades importantes como Bauru e São José do Rio Preto enfrentam escassez de água para abastecimento. Em Bauru e outras cidades, o rodízio já está em vigor.

Rio Preto vai decidir se adota a medida na terça-feira, 17/09. Os incêndios agravam a situação, elevando o consumo de água, usada para a limpeza da fuligem nas casas e no combate às chamas. Ao menos 53 municípios do Estado estão em emergência devido à seca e aos incêndios, segundo a Defesa Civil estadual.

No final de julho, eram dez cidades nessa condição. Com a previsão de atraso na temporada de chuvas este ano, as prefeituras realizam campanhas e impõem multas pelo desperdício.

Na quarta-feira, 11, Atibaia decretou emergência hídrica e adotou o rodízio devido ao risco de desabastecimento. A cidade foi dividida em três setores que recebem água em dias alternados.

Foram fixadas multas para quem lava carros, calçadas ou regar jardins. Moradores foram convocados a denunciar desperdícios. "A medida pretende mitigar os efeitos das secas e manter o sistema de abastecimento de água com o menor prejuízo possível à população", diz o decreto.

Em Rio Preto, os 501 mil habitantes estão com risco de racionamento. De janeiro até o último dia 12, choveu 47% menos do que no mesmo período do ano passado. O município está há 153 dias sem precipitação expressiva. E em agosto, sob influência dos incêndios, o consumo aumentou 3,09% ante julho. Na Represa Municipal, onde é feita a captação, o Lago 1 está com 2 centímetros acima do vertedouro e o Lago 2, com 4 cm. O sistema opera no limite.

"Devido à gravidade da situação, o Semae - Serviço Municipal Autônomo de Água e Esgoto - precisou reduzir a captação de água na Represa Municipal. O volume médio de captação na represa é de 450 l/s (litros por segundo). Neste momento, a ETA está captando menos da metade, 220 l/s. Esse é o limite da captação", informa a prefeitura.

Para compensar, foi aumentada a captação dos poços de 16 horas para 22 horas, também no limite de operação. Segundo o Semae, caso não chova ou o consumo caia nos próximos dias, o racionamento será inevitável. Na terça-feira, 17, o comitê se reúne para decidir sobre o racionamento. O superintendente do Semae, Nicanor Batista Jr., disse que a autarquia faz campanhas de conscientização sobre economia de água.

Já o Departamento de Água de Bauru, que tem 380 mil habitantes, iniciou na segunda-feira, 9, uma série de manobras na rede para se adequar à queda drástica no nível do reservatório do Rio Batalha. Na quarta, o patamar do rio atingiu 1m, mais de três vezes abaixo do ideal (3,20 m). Vários bairros passaram a receber água de poços profundos para equilibrar a distribuição.

O racionamento teve início no dia 9 de maio, e hoje os bairros ficam 24 horas com água e 48 sem. Em Vinhedo, o rodízio também perdura desde maio. A multa para quem desperdiça é de R$ 663, valor que dobra em caso de reincidência. Moradores reclamam que recebem água suja na retomada do fornecimento, durante o rodízio. A Sanebavi, empresa de saneamento do município, diz que a água retorna com muita velocidade e leva resíduos presos na tubulação.


LAVANDO FULIGEM

O maior consumo de água para limpar fuligem das queimadas também prejudica o abastecimento, segundo a Companhia de Saneamento Básico do Estado (Sabesp). 

No fim de agosto, a companhia alertou sobre risco de falta de água em Franca e Restinga, devido ao alto uso de água para esse fim.

Em Sorocaba, a prefeitura assinou decreto declarando emergência climática no município. A norma prevê multa de até R$ 150 mil para quem for flagrado colocando fogo em mato. Devido ao grande número de focos, o uso de água para abastecer caminhões-pipa dos Bombeiros e da Defesa Civil para combater incêndios tem causado risco para o abastecimento urbano.

Os incêndios que se espalham pelo interior, além de elevar o consumo de água para a limpeza da fuligem e o combate às chamas, têm impacto direto no abastecimento.

Em Marília, no domingo, 8, o fogo atingiu transformadores e equipamentos do sistema de captação do Rio do Peixe, que abastece 50% da cidade. A suspeita é de que uma queimada no terreno vizinho atingiu o local. Até a manhã desta quinta, havia falta pontual de água. 


CANTAREIRA EM ATENÇÃO

O Sistema Cantareira, que abastece grande parte da Grande São Paulo, está com 55% do volume útil total e opera na faixa de atenção, segundo o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden). A faixa de alerta começa quando o sistema opera abaixo de 40%. No fim de agosto, o volume útil total era de 57%, enquanto em julho estava com 62%. No início de setembro de 2023, o Cantareira operava com 73% do volume útil.

Desde maio, o Cantareira é alimentado com a água proveniente da bacia do Rio Paraíba do Sul, captada na Represa do Jaguari. Atualmente, são captados 7,5 metros cúbicos por segundo. Conforme o Cemaden, o sistema está classificado em situação de seca hidrológica variando de moderada a severa. Além do Cantareira, a região metropolitana conta com outros seis sistemas de abastecimento, mas alguns estão em situação mais crítica.

O Rio Claro tinha 26,9% do volume útil nesta quinta, enquanto a Represa de Guarapiranga estava com 40%. Na média, o volume armazenado total dos sistemas era de 52,8%, mas com operação negativa, ou seja, maior saída do que entrada de água.

O cenário afeta também bacias hidrográficas importantes para o abastecimento público. Nesta quinta (12/09), o Rio Piracicaba, que abastece Piracicaba e Americana, estava com vazão 60% abaixo da média para setembro, segundo o Consórcio das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ). Na área urbana de Piracicaba a situação é mais crítica, com vazão de apenas 18,3 mil litros por segundo, um terço da média histórica (55,3 mil litros).

O Serviço Municipal de Água e Esgoto (Semae) capta de 300 a 400 litros por segundo, mas a má qualidade da água causa queda na oxigenação e dificulta o tratamento. Isso ocorre, diz a prefeitura, porque alguns municípios à montante de Piracicaba não tratam seus esgotos. O nível baixo causa mortandade de peixes. A cachoeira, atração turística, se transformou em fios de água entre as pedras. Em Porto Ferreira, o Rio Mogi Guaçu, no ponto de captação, está com 0,73 metro, quando o mínimo necessário para a captação é de meio metro.

"Diante do cenário de atenção pelo nível do manancial e, especialmente, com as altas temperaturas, que têm gerado aumento no consumo de água, a concessionária destaca que o uso racional do recurso por parte da população é um importante aliado para atravessarmos o momento mais crítico da estiagem este ano", disse a BKR, responsável pelo abastecimento.


SEM RACIONAMENTO

A Sabesp informou que o Sistema Integrado Metropolitano operava nesta quinta-feira, 12, com 52,8% do volume total, e se mantém na média dos últimos cinco anos, que ficou em 52%.

"O sistema é composto por 7 mananciais, o que possibilita abastecer áreas diferentes da metrópole com mais de um sistema, conforme a necessidade", disse, em nota.

A companhia destacou os investimentos realizados desde a crise hídrica de 2014/15 para tornar o sistema mais robusto. "Não há racionamento neste momento nos 375 municípios operados pela Sabesp, mas, como mostram a severa estiagem e as altas temperaturas que afetam o país, a Companhia ressalta que o uso consciente da água é essencial em qualquer época."


CHUVAS PODEM ATRASAR

Conforme o Cemaden, a previsão meteorológica indica um provável atraso no início da próxima estação chuvosa, o que resultará na prolongação do período de estiagem nos rios de todas as regiões do país, com exceção da região Sul.

O provável atraso é devido ao maior aquecimento do Oceano Atlântico na região da América Central, favorecendo chuvas mais intensas que o normal nessa região, o que acarreta diminuição das chuvas sobre a maior parte da América do Sul, incluindo o Brasil.

Como resultado, a situação de seca deve persistir ou até se agravar na maioria das bacias hidrográficas do país. Ainda segundo o Cemaden, as causas da seca na região Sudeste, que inclui São Paulo, resultam de uma combinação de fatores como o déficit de chuvas na estação passada, devido a uma atuação mais intensa do fenômeno El Niño. Em consequência, não houve a recarga dos aquíferos, mantendo os rios abaixo dos níveis esperados.

Também houve antecipação da estação seca no Estado, com chuvas escassas desde o mês de maio. Essa situação deixou o solo e a vegetação extremamente secos, criando um ambiente favorável para a propagação de grandes incêndios.

O órgão vinculado ao Ministério da Ciência Tecnologia e Inovações destaca situações que atuam no longo prazo, como as mudanças climáticas, que geram aquecimento progressivo da atmosfera, produzindo sequências mais longas de dias sem chuva, e as mudanças no uso do solo, com a substituição de áreas de floresta por campos dedicados à agricultura e pecuária - o que resulta em redução da umidade ambiente e, consequentemente, das precipitações.



Estadão Conteúdo


Programa conecta grandes e pequenas empresas: cada R$ 1 investido gera R$ 28 em negócios

Conexões Corporativas, do Sebrae, já atendeu mais de 141 mil pequenas empresas e 536 grandes corporações parceiras, com resultados expressivos

 

Aumento médio de 200% no faturamento e 112% na produtividade são apenas alguns dos resultados colhidos por pequenos negócios que participam de projetos promovidos pelo Sebrae em parceria com grandes empresas dentro da estratégia de Conexões Corporativas. Em três décadas, foram beneficiados mais de 141 mil pequenos negócios, envolvendo 536 grandes empresas de setores como agronegócio, alimentos e bebidas, mineração, moda, automotivo, saúde, tecnologia, entre outros. São R$ 398 milhões investidos no total, que resultaram em mais de R$ 10 bilhões em negócios realizados. Ou seja, a cada R$ 1 aplicado no Conexões Corporativas, há uma geração de R$ 28 em negócios firmados por micro e pequenas empresas.

Os dois lados, grandes e pequenas empresas, saem beneficiados com as parcerias: enquanto os negócios maiores ganham na otimização de investimentos para o desenvolvimento da cadeia de valor; os menores tornam-se mais produtivos, competitivos e lucrativos. Nos dias 9 e 10 de outubro, será realizado o evento “30 anos de Conexões Corporativas” em São Paulo (SP), com debates e apresentação de painéis, com a participação de parceiros do Sebrae no programa.


Aurora Alimentos

A Aurora Alimentos é uma das grandes empresas que fizeram história no programa Conexões Corporativas. A parceria com o Sebrae ocorre desde 1998, por meio do Encadeamento Produtivo, uma das ações do Conexões Corporativas, com vários projetos voltados ao desenvolvimento de fornecedores, beneficiando produtores de aves, suínos e leite. O programa oferece os conhecimentos necessários para que os pequenos produtores rurais administrem suas empresas de forma eficiente e tenham uma visão corporativa. Na área de inovação, o projeto introduziu melhorias genéticas nas cadeias produtivas, aumentando a produtividade, a renda e reduzindo custos. Com isso, os indicadores de faturamento das empresas rurais envolvidas melhoraram.

O produtor rural Antônio José Maldaner é um dos que participam do programa. Dono de uma propriedade de 10,5 hectares na Linha Salete, em Pinhalzinho (SP), ele cultiva aves, suínos e bovinos. Maldaner diz que o tripé da sustentabilidade — econômica, social e ambiental — foram trabalhados para que a empresa tivesse sucesso. “Tem sido uma experiência muito positiva. A gente busca excelência trabalhando e se preocupando com o meio ambiente e com a qualidade do produto entregue para a agroindústria”, explica.

Na visão dele, as estratégias de planejamento adotada, a partir do Encadeamento Produtivo, geraram diversos benefícios: “Todos esses treinamentos fizeram com que a gente abrisse a nossa visão de futuro e nos deram uma oportunidade de crescimento. Os resultados que colhemos com esses projetos foram satisfação pessoal, gosto pelo campo onde vivemos e qualidade de vida, pois começamos a planejar as atividades do dia a dia e os investimentos, gerando menos estresse na família”.

Coordenador do Programa Encadeamento Produtivo Aurora Coop, Marcos Lopes ressalta que empresários rurais de pequeno porte, que fazem parte das cooperativas, tiveram suas vidas transformadas com o projeto. “Há 25 anos, os empresários são envolvidos e estimulados a crescer e produzir com qualidade, sustentabilidade e responsabilidade social. Criamos o encadeamento produtivo, no qual, através da parceria com o Sebrae, desenvolvemos programas de qualidade que visam desenvolver o nosso empresário rural com essa visão, porque ele é gestor de uma empresa que precisa produzir com qualidade, de olho nos custos, nas receitas e no meio ambiente”, completa.

O processo de capacitação envolve várias trilhas de qualidade que ajudam empresas de produção de aves, suínos, bovinos e leite a se desenvolverem. “Os programas são voltados para que a propriedade possa estar bem-organizada, para que o produtor possa se sentir bem com o que produz e que a família tenha satisfação, se sinta bem no local em que mora, podendo ter uma boa qualidade de vida. Tudo isso reflete na produtividade”, avalia Marcos. “Nós continuamos observando melhorias nas nossas empresas rurais assistidas. Esperamos que a gente possa continuar por muitos anos desenvolvendo pequenas empresas rurais e estimulando-as a crescer como é feito até hoje”, conclui o coordenador da Aurora,


Conexões Corporativas

O evento “30 anos de Conexões Corporativas”, que será realizado nos dias 9 e 10 de outubro em São Paulo (SP), contará com debates, painéis e cases, marcando a importância e a amplitude do programa. “Serão dois dias de evento, quando traremos executivos das principais empresas do país. Nossa expectativa é a melhor possível, pois iremos conector com o time que trabalha no tema em todo Sistema Sebrae, bem como reconhecer empresas que contribuem para a promoção do desenvolvimento econômico do país por meio dos pequenos negócios”, destaca o gerente-adjunto nacional de Acesso a Mercados, Ivan Tonet.

SAIBA MAIS SOBRE O CONEXÕES CORPORATIVAS: https://sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/conexoescorporativas 

 

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