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terça-feira, 17 de setembro de 2024

A transformação digital exige um novo tipo de atendimento ao cliente

Especialista comenta os quatro pilares para trazer excelência ao relacionamento entre empresa e consumidor


As tendências de consumo para 2024 revelam um consumidor cada vez mais conectado com a tecnologia, especialmente com a inteligência artificial, mas ele não abre mão da humanização. Um estudo da Euromonitor aponta que 40% dos consumidores se sentem confortáveis em receber recomendações personalizadas por assistentes de voz, mas a interação com bots ainda encontra resistência. Isso sugere que, enquanto a integração com a IA avança, as marcas precisarão equilibrar a inovação com experiências mais humanizadas para atender às expectativas dos consumidores.

Outro aspecto de destaque é a crescente preocupação com a sustentabilidade. Mais de 60% dos consumidores buscam ter um impacto positivo no meio ambiente e as energias renováveis estão se tornando cada vez mais relevantes. No entanto, a demanda por transparência também cresce, com o público atento ao greenwashing e exigindo ações concretas e sérias das empresas em prol do meio ambiente.

Com as rápidas transformações no comportamento do consumidor impulsionadas também pela era digital, as corporações enfrentam desafios crescentes para atender às novas expectativas do mercado. O best-seller “O Poder da Atitude”, escrito por Alexandre Slivnik, especialista em excelência de serviços e vice-presidente da Associação Brasileira de Treinamento e Desenvolvimento (ABTD), aborda essas mudanças e apresenta estratégias atualizadas para que os negócios se adaptem e prosperem. “É necessário criar uma conexão emocional com os consumidores”, aconselha. 

A transformação digital, o uso crescente de novas tecnologias e o papel central das redes sociais moldaram um novo tipo de cliente, mais exigente, informado e ávido por interações personalizadas e instantâneas. Neste cenário, o conceito de "hacker de valor" define esse consumidor de 2024, que está cada vez mais seletivo e busca otimizar seus gastos. “Ao mesmo tempo, a saúde mental e o bem-estar se tornam prioridades, com as marcas sendo chamadas a participar dos momentos de descontração e alívio dos consumidores”, completa o especialista. Mesmo cautelosos, os brasileiros, por exemplo, estão encontrando maneiras de se permitir pequenas indulgências, o que reflete um otimismo moderado em relação ao futuro.


Pilares da excelência no atendimento

Nesta nova edição revista e ampliada de seu livro, Slivnik explora como a experiência do cliente evoluiu, destacando que as empresas precisam oferecer muito mais do que um simples atendimento. “O comportamento do consumidor mudou drasticamente nos últimos anos. Hoje, o cliente espera ser encantado, não apenas atendido. Para se destacar, é preciso ir além da eficiência e buscar surpreendê-lo a cada interação”, pontua. 

Ele acrescenta que o sucesso no encantamento de clientes começa dentro da empresa, com colaboradores engajados e uma cultura que promove atitudes positivas. A publicação é estruturada em torno de quatro pilares fundamentais que guiam os negócios no caminho para uma experiência de atendimento diferenciada: Propósito, Cultura, Liderança e Encantamento.

 

  1. Propósito – Um propósito claro é essencial para engajar colaboradores e clientes. Ele serve como norte para as ações e decisões da empresa, criando uma conexão emocional que vai além da simples transação comercial. 
  1. Cultura – A criação e manutenção de uma cultura organizacional forte, que valoriza o bem-estar e o desenvolvimento dos colaboradores, refletem diretamente no atendimento ao cliente.  
  1. Liderança – A liderança eficaz é o alicerce de uma organização orientada para o encantamento do cliente. Líderes inspiradores são capazes de transformar a visão e os valores da empresa em realidade, influenciando positivamente o comportamento dos colaboradores. 
  1. Encantamento – O objetivo não é apenas satisfazer o cliente, mas encantá-lo. Cada ponto de contato deve ser tratado como uma oportunidade para superar expectativas e criar experiências memoráveis. O encantamento é o fator que transforma clientes em defensores da marca. 

“O consumidor busca interações rápidas, personalizadas e, acima de tudo, humanizadas. Ferramentas como inteligência artificial e automação ajudam a agilizar processos, mas o diferencial competitivo continua sendo o fator humano. Clientes querem ser ouvidos e valorizados em suas interações com as marcas”, conclui Alexandre.  



Alexandre Slivnik - único brasileiro a dar a volta ao mundo em um avião privado da Disney para conhecer os bastidores de todos os parques da empresa no mundo, juntamente com seus maiores executivos. É reconhecido oficialmente pelo governo norte americano como um profissional com habilidades extraordinárias na área de palestras e treinamentos (EB1). Autor de diversos livros, entre eles do best-seller O Poder da Atitude. Diretor executivo do IBEX – Institute for Business Excellence, sediado em Orlando / FL (EUA). Vice-Presidente da ABTD - Associação Brasileira de Treinamento e Desenvolvimento. Professor convidado do MBA de Gestão Empresarial da FIA / USP. Palestrante com mais de 20 anos de experiência na área de RH e Treinamento. Atualmente um dos maiores especialistas em Encantamento de Clientes no Brasil. Palestrante Internacional com palestras feitas nos EUA, EUROPA, ÁFRICA e ÁSIA, tendo feito especialização na Universidade de Harvard (Graduate School of Education - Boston / EUA).
www.alexandreslivnik.com.br


A importância do diagnóstico correto para a segurança anestésica é tema da campanha da SBA para o Dia Mundial da Segurança do Paciente


Data foi criada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e conta com apoio da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)



Em 17 de setembro é comemorado o Dia Mundial da Segurança do Paciente e a Sociedade Brasileira de Anestesiologia (SBA) celebrará data com uma campanha, que tem o tema central "Melhorando o Diagnóstico para a Segurança do Paciente" e o slogan "Acerte, faça com segurança!". A iniciativa destaca a relevância de diagnósticos precisos, especialmente no contexto anestesiológico, para garantir a segurança durante procedimentos cirúrgicos e redução de erros através de intervenções, que envolvem desde melhorias no registro de históricos médicos até o uso de tecnologias para melhorar o processo diagnóstico.

 

Na anestesiologia, o diagnóstico correto é fundamental não só para a escolha adequada de medicamentos e dosagens, mas também para o monitoramento contínuo das condições do paciente durante e após a cirurgia. Através da campanha, a SBA visa aumentar a conscientização sobre a importância dessa etapa na segurança dos pacientes sob anestesia, reforçando o papel dos anestesiologistas. “A precisão no diagnóstico é uma etapa essencial para garantir a segurança do paciente. Ao celebrar o Dia Mundial da Segurança do Paciente, reforçamos nosso compromisso em trazer conhecimento, visando aumentar a qualidade e segurança nos cuidados.”, comenta Dr. Luis Antonio Diego, Presidente da SBA.

 

A campanha contará com uma série de ações voltadas tanto para profissionais de saúde quanto para o público em geral, incluindo conteúdo digital educativo e o vídeo da campanha, visando esclarecer dúvidas comuns e desvendar alguns dos mitos que ainda cercam a anestesia, mostrando o que é verdade e o que não passa de mito, para que as pessoas possam se sentir ainda mais seguras e informadas ao realizar um procedimento anestésico. Além disso, as redes sociais da SBA exibirão vídeos informativos com a participação de presidentes das Sociedades Regionais de Anestesiologia e especialistas da área; e um episódio especial do Mesacast SBA, com os Doutores Luis Antonio Diego e Jedson Nascimento, que debaterão como diagnósticos corretos impactam diretamente a segurança do paciente sob anestesia. Todas essas ações visam conscientizar as pessoas sobre a importância de diagnósticos precisos em cirurgias e tratamentos pós-operatórios.

 

A SBA convida também outras Sociedades, Centros de Especialização e Treinamento (CETs) e entidades médicas a se juntarem à campanha, usando a hashtag #segurançadopaciente. A colaboração com a Federação Brasileira de Cooperativas de Anestesiologistas (Febracan) tem o objetivo de fortalecer a divulgação das ações propostas, ampliando o alcance das mensagens. “Nosso objetivo com esta campanha é não apenas conscientizar os profissionais de saúde, mas também o público em geral sobre a importância de diagnósticos precisos para a segurança deles. A SBA acredita que, com mais conhecimento e ferramentas apropriadas, podemos prevenir complicações graves e elevar o padrão de cuidados, beneficiando toda a sociedade”, diz.

 

A Sociedade Brasileira de Anestesiologia (SBA)

A Sociedade Brasileira de Anestesiologia (SBA) é uma associação sem fins lucrativos fundada em 1948. Tem como propósito educar, formar, certificar e representar médicos anestesiologistas por meio de ações, canais de comunicação e campanhas. Em seus123 Centros de Ensino e Treinamento em Anestesiologia espalhados pelo Brasil, a SBA forma, em média, 700 novos especialistas por ano.


A falta de cobertura do home care e o braço de ferro entre operadoras e pacientes

O home care é um serviço de assistência médica que oferece uma série tratamentos e cuidados no domicílio do paciente, abrangendo desde visitas de enfermagem, até tratamentos mais complexos que envolvem equipe multidisciplinar e uso de equipamentos especializados. No contexto dos planos de saúde, o home care tem se tornado um tema cada vez mais discutido, à medida que cresce a demanda por esse tipo de serviço e a judicialização em torno da sua cobertura. 

Recente levantamento revelou que em São Paulo ocorreu um aumento de 64% nas ações judiciais relacionadas a esse tipo de tratamento, sinalizando um cenário de incerteza e conflito entre consumidores e operadoras de planos de saúde. 

O principal ponto de discussão gira em torno da Lei 14.454, sancionada em setembro de 2022, que modificou significativamente o entendimento sobre o rol de procedimentos obrigatórios da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Antes dessa legislação, as operadoras de saúde eram obrigadas a cobrir apenas os procedimentos incluídos na lista da ANS. Contudo, com a nova lei, o rol passou a ser considerado exemplificativo, permitindo que tratamentos prescritos por médicos, mesmo que não estejam no rol, sejam reivindicados judicialmente pelos pacientes. Essa mudança impulsionou o aumento das demandas judiciais, especialmente em relação ao home care.

 

Dados do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) mostram que, em 2023, foram registrados 451 processos relacionados ao tratamento domiciliar, um aumento significativo em comparação aos 275 processos protocolados em 2022. Esse crescimento reflete a crescente insatisfação dos consumidores com a recusa das operadoras de saúde em cobrir o home care, mesmo diante de uma prescrição médica que recomenda esse tipo de serviço.

 

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) também relatou um aumento no número de ações contra operadoras de planos de saúde em geral, com cerca de 234,1 mil processos em 2023, o equivalente a uma nova ação judicial a cada dois minutos. Esse panorama chamou a atenção do Supremo Tribunal Federal (STF), que está estudando maneiras de lidar com o aumento das disputas judiciais no setor de saúde suplementar.

 

A ANS, por sua vez, mantém a posição de que a cobertura do home care não é obrigatória, a menos que esteja expressamente prevista no contrato. Contudo, entidades de defesa do consumidor, como o Procon-SP, e o próprio Judiciário têm adotado uma posição contrária, defendendo que o rol da ANS é exemplificativo e que uma prescrição médica deve ser suficiente para garantir o direito ao tratamento domiciliar. Além disso, decisões judiciais anteriores à Lei 14.454, como a do Superior Tribunal de Justiça (STJ), já haviam estabelecido que a cláusula contratual que proíbe a internação domiciliar é abusiva quando o home care é uma continuidade necessária do tratamento hospitalar.

 

As operadoras de saúde, no entanto, argumentam que a obrigatoriedade de cobrir tratamentos não previstos em contrato, como o home care, aumenta a insegurança jurídica e coloca em risco a sustentabilidade financeira do sistema. 

 

O debate sobre o home care no Brasil exemplifica um desafio maior enfrentado pelo setor de saúde suplementar: como garantir que os beneficiários tenham acesso aos tratamentos de que necessitam sem comprometer a viabilidade econômica das operadoras de saúde. O aumento expressivo das ações judiciais em São Paulo demonstra que soluções urgentes precisam ser discutidas para harmonizar os interesses de consumidores, operadoras e reguladores.

 

Portanto, o aumento das ações judiciais por home care em São Paulo sublinha a complexidade do sistema de saúde suplementar no Brasil. Um diálogo contínuo entre todas as partes envolvidas será essencial para encontrar um equilíbrio justo e sustentável, que respeite os direitos dos beneficiários e, ao mesmo tempo, preserve a sustentabilidade do setor de saúde. A judicialização é uma alternativa, mas não será a solução.

 

 

Natália Soriani - especialista em Direito da Saúde e sócia do escritório Natália Soriani Advocacia

 

Proposta sugere inclusão de violência vicária em Lei Maria da Penha

Drama de brasileira no Chile reforça combate a esse tipo de violência na América Latina.

 

A Lei Maria da Penha completou 18 anos em 2024. Apesar de ser um marco no combate à violência contra mulher no Brasil, essa legislação tem recebido propostas para ter um maior alcance. Prova disso é o pedido do grupo Ecofeminino de incluir na lei brasileira a violência vicária, que se caracteriza pelo agressor utilizar os filhos ou outros entes queridos da vítima para provocar dor e sofrimento. 


A violência vicária é mais comum nos casos de separação ou disputa de guarda, quando o agressor tenta manter o controle sobre a vítima por meio dos filhos. Em muitos casos, o agressor parental impede o contato da mãe com os filhos, causando danos emocionais para as crianças e a vítima.

 

Um exemplo dessa modalidade de violência é o caso da ex-modelo brasileira Roberta Melo dos Santos, que vive no Chile há quase duas décadas. Mãe de quatro filhos de um relacionamento de 13 anos com um empresário chileno, ela está divorciada há três anos e enfrenta diversas ações judiciais promovidas por um grupo de advogados, contratado pelo ex-marido, que a impedem de conviver com os filhos. Também no período em que esteve casada, sofria violência econômica, sendo impedida de trabalhar para obter seus ganhos.

 

De acordo com estudo do psicólogo espanhol Miguel Lorente Acosta, a violência vicária é muito difícil de ser provada em tribunais, fazendo com que a vítima tenha uma situação mais complicada, com dificuldades para proteger os filhos e a si mesma.

 

Cenário

Por ser um conceito novo, o combate à violência vicária é incipiente em diversas partes do mundo. A Espanha, por exemplo, foi um dos primeiros países a inserir essa modalidade de violência na legislação, em 2021. Essa mudança foi uma resposta a uma série de assassinatos de crianças, que foram mortas por pais ou parceiros das mães, como forma de vingança contra as companheiras.

 

Outro fator que motivou essa modificação foi um estudo realizado, em 2017, pela Fundação Mujeres, responsável por identificar que 79% das mulheres vítimas de violência doméstica na Espanha também detectaram que os agressores ainda usavam os filhos como ferramenta de agressão psicológica.

 

Mais um estudo que reforça a necessidade de um combate mais claro à violência vicária foi o promovido pela organização britânica de caridade Women’s Aid, em 2018. Essa pesquisa mostra que 62% das mulheres em situação de abuso no Reino Unido relataram que seus parceiros usaram os filhos para causar sofrimento emocional e prolongar o controle.

 

No Chile, há um projeto de lei, de 2021, que visa suspender a relação direta e regular entre pai e filho, quando existem antecedentes de violência doméstica contra a mãe do menor. No Brasil, quase 259 mil mulheres foram vítimas de algum tipo de violência doméstica, em 2023, de acordo com o Anuário Brasileiro de Segurança Pública. Esse número representa um aumento de 9,8% em relação a 2022 e mostra a gravidade do problema em território nacional.

 

Enfrentamento  

O combate à violência vicária tem sido feito por campanhas de conscientização promovidas por Organizações Não-Governamentais (ONGs) e movimentos feministas em diversas partes do mundo.

 

Em geral, as vítimas desse tipo de violência se manifestam por meio de obras artísticas e formação de grupos para ajudar outras pessoas que enfrentam o mesmo problema. Um exemplo disso é o da ex-modelo brasileira Roberta Melo dos Santos, que trava uma batalha judicial pela guarda dos quatro filhos no Chile, as autoridades brasileiras já foram inclusive notificadas sobre o caso.

 

Com apoio de amigas e do prefeito de Concón, na Região de Valparaíso, ela foi uma das fundadoras da Fundação Nemesis, organização chilena que busca dar visibilidade, informar e apoiar aqueles que são afetados por situações relacionadas à violência vicária.

 

“Também escrevi o livro A Verdadeira História de Leo – Relatos sobre Violência Vicária. É uma história inspirada em relatos de muitas mulheres que sofrem com uma perseguição covarde que afeta não só a elas, mas também os filhos”, relatou Roberta Melo dos Santos, que está com nova audiência marcada para dia 30 de setembro. 


Nove em cada dez brasileiros acreditam que as empresas de redes sociais não fazem o suficiente para proteger crianças e adolescentes, aponta Datafolha

Pesquisa, encomendada pelo Alana, também mostra que oito em cada dez acreditam que a lei brasileira protege menos do que as de outros países

 

O que a população brasileira pensa sobre o uso da internet e de redes sociais por crianças e adolescentes? Que opinião tem sobre os mecanismos de proteção a elas no ambiente digital? Esse foi o tema da pesquisa Datafolha encomendada pelo Instituto Alana que investiga a percepção sobre a atuação das plataformas, o tempo gasto por crianças nas redes, o nível de conhecimento de pais e mães sobre formas de monitorar esses acessos, e como veem a atuação das empresas e do poder público quando se trata de manter crianças e adolescentes seguros no ambiente digital. 

Foram entrevistadas 2009 pessoas, com 16 anos ou mais, de todas as classes sociais, entre os dias 12 e 18 de julho, e os resultados da pesquisa revelam preocupações consistentes, com amplo índice de concordância sobre a vulnerabilidade das crianças nas redes sociais. Entre as principais percepções apontadas está a de que nove em cada dez brasileiros acreditam que as empresas não fazem o suficiente para proteger crianças e adolescentes, com resultados muito similares entre pessoas sem (85%) e com filhos de entre 0 e 17 anos (87%). 

Entre os respondentes com filhos até 17 anos, as opções que mais se destacaram em relação ao que as empresas podem fazer para proteger crianças e adolescentes estão a comprovação de identidade dos usuários (56%), a proibição de publicidade e venda de itens a crianças (42%) e a melhora no atendimento e apoio ao consumidor em caso de denúncias (41%). 

Outra das principais constatações da pesquisa foi a de que oito em cada dez brasileiros (78%) acreditam que a lei brasileira protege menos as crianças e adolescentes do que as de outros países, percentual ligeiramente superior entre os entrevistados com filhos entre 0 e 17 anos (83%). Quando a questão recai sobre a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), sete em cada dez brasileiros acreditam que ela não tem sido eficaz no combate à publicidade infantil. 

Os números expressivos mostram que há uma clara e generalizada percepção de que as redes sociais e os ambientes digitais exercem grande impacto sobre a saúde e o cotidiano das crianças e adolescentes:

  • 93% concordam que as crianças e adolescentes estão ficando viciadas em redes sociais;
  • 92% concordam que é muito difícil para crianças e adolescentes se defenderem sozinhas de violências e de conteúdos inadequados para sua idade nas redes sociais;
  • 87% concordam que a exibição de propagandas e comerciais para crianças e adolescentes nas redes sociais incentiva o consumo em excesso;
  • 86% concordam que os conteúdos mais acessados atualmente por crianças e adolescentes nas redes sociais não são adequados para a idade deles;
  • 84% concordam que as empresas fornecedoras de redes sociais não apoiam as famílias adequadamente para que elas consigam acompanhar o conteúdo que as crianças e adolescentes consomem;
  • 83% concordam que as crianças e adolescentes têm fácil acesso a conteúdos ou atividades impróprios para sua idade nas redes sociais;
  • e 83% concordam que o uso das redes sociais pelas crianças e adolescentes hoje em dia traz mais malefícios que benefícios.


Responsabilidade do poder público ou das empresas? Percepções divididas 

A pesquisa aponta um empate quando se questiona os entrevistados sobre quem é o principal responsável por combater o uso excessivo das redes sociais: 41% dos brasileiros acreditam que é o poder público, mesmo percentual dos que consideram que são as empresas de redes sociais. A percepção de que a responsabilidade é do Estado aumenta de acordo com a idade dos entrevistados. 

Outro dado de relevo mostra que a maioria da população brasileira (53%) considera que 14 anos é a idade mínima adequada para realizar atividades como usar redes sociais e aplicativos de mensagens, ter celular ou tablet próprio, jogar jogos eletrônicos e assistir filmes por streaming sem supervisão de adultos. 

“A pesquisa e seus resultados expressivos mostram que é realmente difundida a percepção de que a falta de ação das empresas no sentido cumprir com seu dever constitucional de proteger as crianças e os adolescentes no ambiente digital está impactando negativamente seu desenvolvimento integral", avalia Maria Mello, co-lider do Eixo Digital e coordenadora do programa Criança e Consumo, do Instituto Alana.
 

Alana


Crise climática desafia cadeia de frio na área da saúde

A crise climática é um dos maiores desafios globais da
atualidade e seus impactos são sentidos em diversos
setores, sendo um deles, a cadeia de frio  
FreePik
Ondas de calor e desastres naturais impõem riscos no transporte e armazenamento de vacinas e medicamentos termolábeis; diretora técnica do Grupo Polar explica

 

Ondas de calor e secas intensas assolam o Brasil e o restante do planeta. O ano de 2023 foi o mais quente da história, segundo dados da Organização Meteorológica Mundial (OMM) e, em solo brasileiro, a média das temperaturas ficou acima da média histórica de 1991/2020. Já neste ano, o mês de agosto foi o agosto mais quente já registrado globalmente, segundo dados do observatório europeu Copernicus.

 

A crise climática é um dos maiores desafios globais da atualidade e seus impactos são sentidos em diversos setores, sendo um deles, a cadeia de frio, fundamental para manter a qualidade e a segurança, por exemplo, de vacinas e medicamentos termolábeis (caso da insulina e de diversas medicações de alto custo), ao longo da jornada do fabricante até o consumidor.

 

“O cenário marcado pela crescente preocupação com as mudanças climáticas e seus impactos está impondo novos desafios ao setor de cadeia de frio, essencial para o armazenamento e transporte de vacinas e medicações que requerem controle de temperatura”, fala Liana Montemor, farmacêutica e diretora técnica do Grupo Polar, pioneiro no Brasil em pesquisa e desenvolvimento de soluções para a cadeia de frio.

 

Segundo a especialista, a preservação de vacinas e medicamentos, que muitas vezes requerem temperaturas rigorosamente controladas, tornou-se um aspecto primordial na mitigação dos riscos de falhas de armazenamento que podem comprometer a eficácia desses itens.

 

“A elevação das temperaturas médias globais e o aumento da frequência de ondas de calor colocam uma pressão adicional sobre os sistemas de refrigeração. Com o calor extremo, os equipamentos de resfriamento precisam trabalhar mais intensamente para manter as temperaturas dentro da faixa segura, o que pode resultar em falhas, pois a sobrecarga pode levar ao desgaste mais rápido dos componentes e a falhas no equipamento. Um outro ponto é que sistemas de refrigeração que operam sob condições de calor extremo consomem mais energia para manter as temperaturas necessárias, o que pode aumentar os custos operacionais”, explica Liana.

 

Apagões - Os apagões, que vêm ocorrendo com frequência em vários estados do país, também são uma consequência dessa situação e representam um grande prejuízo para a cadeia de frio. A elevação das temperaturas pode aumentar a demanda por energia, especialmente para sistemas de resfriamento em dias muito quentes. Isso pode sobrecarregar as redes elétricas e, em casos extremos, levar a blecautes se a demanda exceder a capacidade de geração ou transmissão.

 

Já secas prolongadas, como as que o Brasil vem enfrentando, podem reduzir a capacidade de geração hidrelétrica. A escassez de água pode levar a problemas técnicos e maiores necessidades de manutenção nas usinas, contribuindo para paradas inesperadas ou reduzidas.

 

Temporais - A farmacêutica lembra, ainda, dos eventos climáticos extremos, como tempestades e inundações – a exemplo do que ocorreu neste ano, no Rio Grande do Sul – e que também têm implicações expressivas. “Eles podem danificar a infraestrutura de armazenamento e transporte, interromper a operação de sistemas de refrigeração e causar atrasos na entrega. Os temporais podem causar quedas de árvores que interrompem linhas de energia, enquanto inundações podem submergir equipamentos essenciais. A destruição de armazéns e centros de distribuição devido a desastres naturais pode levar a perdas consideráveis de vacinas e medicamentos, comprometendo tratamentos e campanhas de imunização”, diz.

 

Ameaça - Liana ressalta que a crise climática representa uma ameaça significativa para a integridade da cadeia de frio para vacinas e medicamentos termolábeis. “A manutenção da eficácia e segurança desses produtos depende de um controle rigoroso das condições de armazenamento e transporte, que se torna cada vez mais desafiador diante do que estamos vivenciando”, salienta.

 

Com o cenário, a diretora técnica do Grupo Polar salienta que as mudanças climáticas exigem investimentos adicionais em tecnologia e infraestrutura para garantir a resiliência da cadeia de frio. “Sistemas avançados de monitoramento e soluções de refrigeração mais eficientes são essenciais para mitigar os riscos associados ao aumento das temperaturas e às condições climáticas adversas”, pontua. “Além disso, a adaptação das infraestruturas para torná-las mais robustas frente a eventos climáticos extremos é uma prioridade para enfrentar esses desafios e proteger a saúde pública global”, conclui.

  

Grupo Polar - Polar Store


Serviço de empregabilidade da Prefeitura oferece mais de 800 vagas de emprego nesta semana


Com salários de até R$ 3.996, processos seletivos do Cate estão com inscrições abertas até quarta-feira (18)

 

Para os próximos dias de setembro quem está procurando emprego conta com 887 oportunidades disponíveis no Cate – Centro de Apoio ao Trabalho e Empreendedorismo da Prefeitura de São Paulo. As inscrições estão abertas até quarta-feira, 18 de setembro e podem ser realizadas presencialmente em uma das unidades do Cate - Centro de Apoio ao Trabalho e Empreendedorismo ou pela própria plataforma do serviço - Portal Cate. Os processos seletivos abrangem diversas áreas, com destaque para os setores de serviços, comércio e indústria. Os salários variam de R$ 829, para jovem aprendiz, até R$ 3996, para profissionais especializados. 

“O Cate está com um bom volume de vagas ainda nesta segunda semana do mês. Realizamos um mutirão com oportunidades temporárias na última sexta, com cerca de 280 vagas e, aproximadamente, 300 encaminhamentos. Uma mostra que é um bom momento para se candidatar, pois as empresas estão nos procurando para ampliar as equipes”, comenta Eunice Prudente, secretária municipal de Desenvolvimento Econômico e Trabalho.

 

Oportunidades

As vagas para atendimento ao cliente concentram nessa semana 138 postos em processos seletivos do Cate. As escalas de trabalho variam de 5x2 e 6x1, e os salários oferecidos vão de R$ 1.154 a R$ 1.949. Para se candidatar às vagas é necessário estar cursando a partir do ensino fundamental. A maior parte das vagas não pedem experiência anterior na função - as que pedem exigem no mínimo seis meses.  

O setor de Telemarketing também se destaca, sendo oferecidas 100 oportunidades para essa semana. Em sua maioria, os cargos são para telemarketing ativo, onde o contratado entra em contato com o cliente para oferecer serviços. Os salários variam de R$ 1.412 a R$ 2.400. além de benefícios. A escolaridade mínima exigida é o ensino médio, que pode estar em andamento. Além disso, metade das vagas pede experiência de ao menos seis meses na área.   

Nesta semana também são oferecidas 82 oportunidades para pessoas com deficiência. Os cargos variam desde porteiro chefe até operador de caixa. Os salários oferecidos são de R$ 1.412 a R$ 1.982, mais benefícios. As contratações são para vagas permanentes e pedem que os inscritos nos processos seletivos tenham a partir do ensino fundamental incompleto. A maioria das posições não exigem experiência.   

As demais vagas podem ser consultadas no Portal Cate ou indo a uma das 36 unidades físicas da rede Cate. Ao se candidatar para qualquer vaga é necessário ter em mãos o RG, CPF e a carteira de trabalho (que pode ser a digital).
 

Serviço: 

Processos seletivos para vagas de emprego no Cate

Dias: até o dia 18 de setembro, quarta-feira, às 18h

Inscrição: Portal Cate
 

Ou em uma das 36 unidades do Cate

 Horário de funcionamento: das 8h às 17h

 É necessário apresentar RG, CPF e a carteira de trabalho (que pode ser a digital).
 

Zona Central

· Cate Central - Av. Rio Branco, 252 – Campos Elíseos

· Cate Central - Rua Quinze de Novembro, 268 (Descomplica SP)
 

Zona Norte

· Cate Freguesia/Brasilândia - Av. João Marcelino Branco, 95 – Vila dos Andrades (Descomplica SP)

· Cate Jaçanã/Tremembé  - Rua Luis Stamatis, 300 - Jaçanã (Descomplica SP)

· Cate Jaraguá - Estrada de Taipas, 990 – Pq. Nações Unidas (Descomplica SP)

· Cate Perus - Rua Ylídio Figueiredo, 285 – Perus (Descomplica SP)

· Cate Pirituba - Rua Paula Ferreira, 1708 – Vila Pirituba (Descomplica SP)

· Cate Santana - Av. Tucuruvi, 808 – Tucuruvi (Descomplica SP)

· Cate Casa Verde - Avenida Ordem e Progresso, 1001 (Descomplica SP)

· Cate Vila Maria/Vila Guilherme - Rua General Mendes, 111 – Vila Maria Alta (Descomplica SP)

 

Zona Sul

· Cate Campo Limpo - Av. Giovanni Gronchi, 7143 - 4º andar - Vila Andrade (Descomplica SP)

· Cate Cidade Ademar - Av. Yervant Kissajikian, 416 – Vila Constância (Descomplica SP)

· Cate Interlagos - Av. Interlagos, 6122 - Interlagos

· Cate Ipiranga - Rua Breno Ferraz do Amaral, 425 – Ipiranga (Descomplica SP)

· Cate Jabaquara - Av. Eng. Armando de Arruda Pereira, 2314 - Jabaquara (Descomplica SP)

· Cate M’Boi Mirim – Av. Guarapiranga, 1695 – Vila Socorro (Descomplica SP)

· Cate Parelheiros - Estrada Ecoturística de Parelheiros, 5252 – Jd. Dos Alamos (Descomplica SP)

· Cate Santo Amaro - Praça Floriano Peixoto, 54 – Santo Amaro (Descomplica SP)

· Cate Vila Mariana - Rua José de Magalhães, 500 - Vila Clementino (Descomplica SP)

. Cate Capela do Socorro - Rua Cassiano dos Santos, 499 – Jd. Clipper (Descomplica SP)

 

Zona Leste

· Cate Aricanduva – Av. Aricanduva, 5777 – Aricanduva (Descomplica SP)

· Cate Cidade Tiradentes - Av. Ragueb Chohfi, 7001 – Guaianases (Descomplica SP)

· Cate Guaianases - Rua Copenhague, 92 – Guaianases (Descomplica SP)

· Cate Itaim Paulista - Av. Marechal Tito, 3012 – São Miguel Paulista (Descomplica SP)

· Cate Itaquera - Rua Augusto Carlos Bauman, 851 - Itaquera

· Cate Itaquera 2 - Av Itaquera 6735 (Descomplica SP)

· Cate Penha - Rua Candapuí, 492 – Vila Marieta (Descomplica SP)

· Cate São Mateus - Av. Ragueb Chohfi, 1400 – Jd. Três Marias (Descomplica SP)

· Cate São Miguel Paulista - Rua Dona Ana Flora Pinheiro de Souza, 76 – Vila Jacuí (Descomplica SP)

· Cate Sapopemba - Av. Sapopemba, 9064 – Jd. Aurora (Descomplica SP)

· Cate Vila Prudente - Av. do Oratório, 172 – Jd. Independência (Descomplica SP)

· Cate Ermelino Matarazzo - Rua Boturussu, 1180 – Parque Boturussu (Descomplica SP)

· Cate Mooca – Rua Hipódromo, 1552 – Mooca (Descomplica SP)

 

Zona Oeste

· Cate Butantã - Rua Doutor Ulpiano da Costa Manso, 201 – Jd. Peri (Descomplica SP)

· Cate Pinheiros - Avenida Dra. Ruth Cardoso, 7123 (Descomplica SP)

· Cate Lapa - Rua Guaicurus, 1000 – Água Branca (Descomplica SP)

 

Para agendamento de atendimento nas unidades do Cate no Descomplica SP, acesse:

· Descomplica SP


Banco Central precisará ou observar inflação ou estancar possível aquecimento da demanda para definir Selic

Para FecomercioSP, preços continuam comportados e cenário externo é mais favorável à manutenção da taxa Selic, mas demanda continua bastante aquecida

 
Há alguns dias, o boletim Focus, do Banco Central (Bacen), afinou as expectativas do mercado sobre o que vai acontecer nesta semana, quando o Comitê de Política Monetária (Copom) da instituição se debruçará novamente sobre a taxa básica de juros, a Selic. Segundo a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), dado o cenário paradoxal, será uma reunião em que a instituição terá de tomar uma decisão difícil. Mas... por quê?
 
Quem argumenta que é possível manter a Selic no patamar atual (10,5%) usa os dados inflacionários recentes para dizer que os preços estão comportados. De fato, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de agosto, divulgado pelo IBGE há alguns dias, mostrou queda de 0,02%. Com isso, o indicador acumula altas de 2,85%, no ano, e de 4,24%, em 12 meses — abaixo da banda superior da meta. É uma taxa inferior ao 0,23% registrado em agosto de 2023. Especialmente nas aberturas, o índice do mês passado mostrou mesmo um bom comportamento. O grupo de alimentação e bebidas registrou deflação de 0,44%, por exemplo, influenciado pelo consumo em domicílio (-0,73%). A alimentação fora do domicílio, por sua vez, aumentou 0,33%.
 
A conjuntura internacional joga também pelo lado da manutenção da taxa. É muito provável que o FED, o banco central dos Estados Unidos, corte a taxa básica de juros do país na próxima reunião, o que pode levar a uma valorização do real e a uma diminuição do efeito inflacionário do câmbio. Além disso, os preços do petróleo vêm despencando, o que pesa nos índices brasileiros. Mas há um consenso nos agentes de mercado de que a inflação só ficará dentro da meta estabelecida pelo Bacen (de 3%) se os juros subirem agora. Ainda que o IPCA tenha caído timidamente, o acumulado de 2024 está perto dessa margem.
 
Sem contar que o setor de Serviços subiu 0,24% em agosto, taxa considerada positiva, mas que chegou após uma elevação de 0,75% no mês imediatamente anterior. Em outras palavras, é uma volatilidade que impede uma análise mais concreta sobre arrefecimento dos custos. Não é à toa que o Focus projete taxas da Selic de 11,25%, para o fim deste ano, e de 10,25%, para 2025.
 
Ademais, há um elemento que nem todos os analistas do mercado estão observando — e que tem se refletido nas reuniões do Conselho Superior de Economia, Sociologia e Política da Federação: uma conjuntura de aquecimento de demanda, marcada por uma taxa de desemprego em queda brusca (6,8%, no trimestre encerrado em julho), que já alcançou o menor patamar desde 2012, e por uma massa de renda real em níveis históricos. Tudo isso se reflete no PIB, que também registrou crescimento de 1,4% no segundo trimestre em relação ao primeiro. Na comparação com o mesmo período do ano passado, o salto foi de 3,3% — muito além do que o mercado esperava.
 
Esse cenário faz com que o Bacen tenha de esperar os próximos números da inflação — para confirmar essa trajetória de queda — ou agir agora para estancar, desde já, esse potencial aquecimento.
 

FecomercioSP
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Mudanças climáticas podem alterar emissão e captação de metano na Amazônia

Variações no nível da água nas estações de cheia e seca no Rio
 Amazonas nas proximidades de Santarém, no Pará
(
fotos: Júlia B. Gontijo)
Pesquisadores da USP simularam em laboratório condições extremas de temperatura e precipitação e avaliaram o efeito em amostras de solo; resultados indicam a possibilidade de modificação no equilíbrio do gás de efeito estufa gerado pela decomposição microbiana de matéria orgânica

 

Condições extremas de temperatura e umidade (chuva excessiva ou seca) previstas para a região amazônica no contexto das mudanças climáticas podem aumentar o volume de microrganismos produtores de metano em áreas inundadas e diminuir em até 70% o potencial de consumo desse gás de efeito estufa em florestas de terra firme, causando impactos globais.

A conclusão é de um estudo realizado por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) e publicado na revista Environmental Microbiome. Os resultados, segundo os autores, reforçam a necessidade de políticas de conservação e manejo.

Durante pelo menos seis meses do ano, mais de 800 mil quilômetros quadrados de planícies da floresta amazônica – equivalentes a 20% de sua extensão total – são inundados pelas precipitações. A consequente elevação do volume dos rios cria as condições anaeróbicas ideais (ausência de oxigênio) para o aumento da produção de metano decorrente da decomposição microbiana de matéria orgânica. De acordo com estudos recentes, as áreas inundáveis da Amazônia podem ser responsáveis por até 29% das emissões globais desse gás de efeito estufa. Em contraste, as florestas de terra firme da região são reconhecidas por sua capacidade de captar metano da atmosfera, desempenhando papel importante na regulação das emissões.

“Embora já esteja comprovado que fatores como temperatura atmosférica e condições sazonais de inundação são capazes de influenciar a composição das comunidades microbianas e, consequentemente, o fluxo de metano nesses ambientes, o que poderíamos esperar em cenários de mudanças climáticas, considerando as previsões de alteração nos padrões de chuva e de temperatura, com extremos mais intensos?”, aponta Júlia Brandão Gontijo, pós-doutoranda na Universidade da Califórnia em Davis, Estados Unidos, e primeira autora do artigo.

Apoiada pela FAPESP por meio de três projetos (14/50320-418/14974-0 e 19/25924-7), a investigação foi conduzida ainda durante o doutorado de Gontijo no Centro de Energia Nuclear na Agricultura (Cena) da USP, sob orientação da professora Tsai Siu Mui. “Já sabemos que, globalmente, a concentração atmosférica desse gás aumentou aproximadamente 18% nas últimas quatro décadas”, comenta a orientadora.

Foi essa combinação que Gontijo testou, em parceria com pesquisadores da Academia Real Holandesa de Artes e Ciências (Países Baixos), das universidades Stanford, na Califórnia, de Massachussets e do Oregon (Estados Unidos) e Federal do Oeste do Pará. Em um experimento de 30 dias, submeteu amostras de solo de duas planícies de inundação e de uma floresta de terra alta dos municípios de Santarém e Belterrada, localizados na região centro-oeste do Pará, a temperaturas (27°C e 30°C) e condições de umidade extremas.

 

Julia Moióli
Agência FAPESP
https://agencia.fapesp.br/mudancas-climaticas-podem-alterar-emissao-e-captacao-de-metano-na-amazonia/52762


Consulado da Mulher abre inscrições para programa de capacitação gratuito e online, com 750 vagas

Lari e Cida do empreendimento Boo Kombucha
A sétima edição da mentoria #EmpreendeNoZap oferece capacitação para empreendedoras brasileiras por meio de aulas via WhatsApp

 

Estão abertas as inscrições para a sétima edição do #EmpreendeNoZap, programa gratuito realizado pelo Instituto Consulado da Mulher, que possui a Whirlpool como principal mantenedora, e capacita mulheres para a gestão simplificada de negócios, e crescimento pessoal. As aulas são ministradas por meio de vídeos e atividades interativas enviadas via WhatsApp para o celular das participantes. O Instituto Consulado da Mulher, apoia mulheres a empreenderem por meio de formações e mentorias. 

"Queremos democratizar o conhecimento em empreendedorismo e apoiar a autonomia das mulheres.. Para essa edição, nosso foco será no Marketing Digital e teremos conteúdos e lives com a participação de profissionais do mercado. São 750 vagas para mulheres empreendedoras de todo o país. Para participar, é preciso ter 18 anos ou mais, negócio próprio há pelo menos 6 meses, em qualquer área, e renda familiar de até um salário mínimo por pessoa" explica Adriana Carvalho, Diretora Executiva do Consulado da Mulher. “Além disso, como as mentorias serão online e via aplicativo, é preciso que as interessadas tenham acesso à internet”, completa a executiva. 

Ao todo, serão quatro semanas de conteúdos, com aulas sobre Gestão, Finanças e Pessoas - Com lives com foco no marketing digital, com certificado ao final do programa. As 50 mulheres que tiverem o melhor desempenho durante as aulas terão direito a duas horas de consultoria exclusiva voltada para o negócio e receberão R$1.500,00, como doação, para potencializar o empreendimento. 

As empreendedoras interessadas poderão consultar o regulamento e se inscrever até o dia 30 de setembro pelo site: Link

 

Sobre o Instituto Consulado da Mulher

O Instituto Consulado da Mulher é uma organização que visa autonomia das mulheres através do empreendedorismo. Apoiamos mulheres, que fazem de conquistas pessoais transformações em cadeia, conseguem impactar as suas comunidades e não deixam ninguém de fora dessa história. Em nossos 22 anos de atuação, são quase 40 mil pessoas beneficiadas e mais de 2200 projetos apoiados por todo o Brasil. A gente faz história! Outras informações: www.consuladodamulher.org.br.


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