Pesquisar no Blog

segunda-feira, 16 de setembro de 2024

7 destinos para pedestres e amantes do “slow travel”

Civitatis destaca locais perfeitos para quem deseja explorar a pé, longe do caos urbano


Para celebrar o Dia Mundial Sem Carro, a
Civitatis, plataforma líder em reservas online de visitas guiadas, excursões e atividades em português, apresenta sete destinos imperdíveis para os viajantes que preferem o "slow travel". A proposta é explorar a pé, em contato direto com a natureza e a cultura local, longe do trânsito, da poluição e do barulho das grandes cidades. 

Comemorado em 22 de setembro, o Dia Mundial Sem Carro é uma iniciativa global que visa conscientizar a população sobre a importância de reduzir o uso de veículos, promovendo práticas mais saudáveis e sustentáveis, tanto para as pessoas quanto para o meio ambiente. 

Alinhada com essa proposta, a Civitatis se compromete a oferecer alternativas de turismo responsável e sustentável. A tendência do "slow life", que preza por vivências mais lentas e imersivas, incentiva um ritmo de viagem que valoriza o contato genuíno com o entorno, além de minimizar o impacto ambiental. 

“A verdadeira beleza desses destinos é a possibilidade de desvendá-los a pé, longe do estresse e da poluição. Além de reduzir a pegada de carbono, caminhar permite uma conexão mais autêntica com a essência de cada lugar”, afirma Alberto Gutiérrez, CEO da Civitatis. “Nosso objetivo é promover um turismo responsável, oferecendo experiências que aliam sustentabilidade e profundidade cultural”, completa Gutiérrez.

Confira a seleção de sete destinos ideais para pedestres e amantes do slow travel:


1. Morro de São Paulo, Brasil

Neste paraíso tropical, veículos são proibidos, permitindo que os visitantes apreciem suas praias de areia branca e águas cristalinas em total harmonia com a natureza. Para os que desejam explorar mais, a Civitatis oferece o Tour pelo arquipélago de Cairu, volta à ilha.
 


2. La Cumbrecita, Argentina 


Localizada nas serras de Córdoba, esta encantadora vila é uma reserva natural onde a circulação de carros é restrita. Com trilhas cênicas e uma atmosfera tranquila, La Cumbrecita convida os visitantes a explorarem sua arquitetura charmosa e a deliciosa gastronomia local a pé. 

 

3. Cabo Polonio, Uruguai
 


Este remoto balneário, parte de um parque nacional, encanta com suas praias selvagens e uma colônia de leões-marinhos. Em Cabo Polonio, não há eletricidade nem iluminação pública, o que reforça sua essência slow. Os visitantes podem chegar a pé, a cavalo ou em veículos 4x4, atravessando dunas e florestas.


4. Caleta Tortel, Chile 


Na isolada Caleta Tortel, no sul do Chile, o cenário é composto por fiordes, geleiras e passarelas de madeira que conectam as casas sobre palafitas. Para explorar toda a região de forma sustentável, a Civitatis sugere o
Tour de 10 dias de bicicleta pela Carretera Austral Sur. 


5. Veneza, Itália
 


Na icônica cidade dos canais, os carros são inexistentes, e o passeio a pé ou de gôndola é a melhor forma de absorver a atmosfera única.Entre as opções da Civitatis estão o Passeio de gôndola pelos canais de Veneza e a Ponte dos Suspiros ou o Free tour por Veneza.

 


6. Zermatt, Suíça
 


Este vilarejo alpino é inteiramente livre de carros, e os visitantes só podem chegar de trem. Uma vez lá, a locomoção é feita a pé ou em veículos elétricos. Ideal para quem aprecia trilhas e vistas panorâmicas das montanhas, Zermatt oferece tranquilidade e ar puro.

 


7. Hidra, Grécia
 


Nesta pitoresca ilha no Mar Egeu, os únicos meios de transporte são a pé, de burro ou barco. As paisagens intocadas e as vilas tranquilas tornam Hidra o destino perfeito para uma imersão no estilo de vida grego. A Civitatis oferece o Cruzeiro a Hidra, Poros e Egina, partindo de Atenas. 

Esses destinos representam uma alternativa consciente ao turismo tradicional, permitindo que os viajantes vivenciem experiências mais ricas, profundas e sustentáveis. Para mais informações e reservas, visite o site da Civitatis.


A importância da leitura e da escrita na formação de novos escritores

Jovem de 13 anos faz sucesso nas redes sociais com seu primeiro livro publicado


Desde cedo, aprender a ler e escrever é importante para o desenvolvimento. Isso ajuda a entender melhor o mundo, a enriquecer vocabulário e aumentar a capacidade de expressar ideias, de forma muito mais clara e persuasiva. Com estímulos adequados e prática regular, crianças podem aumentar o interesse pelo aprendizado, descobrindo o prazer de explorar novos horizontes literários e desenvolver habilidades que serão fundamentais ao longo de suas vidas.

 

Mariana Bruno Chaves, pós-graduada em psicopedagogia e especialista em educação na rede Kumon, afirma que “as crianças manifestam curiosidade pela escrita desde muito pequenas, então, é imprescindível encorajá-las e proporcionar um ambiente estimulante onde possam explorar sua criatividade e desenvolver habilidades linguísticas de forma natural e positiva”.

 

Já sobre a leitura, a especialista reitera a sua importância: “É um poderoso elemento de desenvolvimento cognitivo, intelectual e criativo. O contato com os livros faz com que a criança vivencie o imaginário, reproduzindo e criando as suas próprias histórias”, afirma.

 

Criar a própria história foi o que fez a estudante Taís Assis. A cearense publicou seu primeiro livro, intitulado “A Astronauta Mila”, aos 10 anos de idade, em 2021. Sua carreira como escritora começou com um concurso de redação do Kumon, intitulado como “O meu jeito de mudar o mundo”, onde se destacou ao ser uma das primeiras colocadas. Isso proporcionou que a estudante ganhasse gosto pela escrita e motivação para escrever o seu primeiro livro, o qual é inspirado na primeira cosmonauta russa Valentina Tereshkova, a primeira mulher a ser enviada ao espaço, em 1963: “Sempre gostei de escrever sobre o espaço e sobre planetas, mas essa foi a primeira vez que escrevi sobre uma mulher”, diz.

 

Antes disso, Taís foi aluna do Kumon no início de sua alfabetização, o que foi primordial para a sua relação com os livros e a escrita: “conheci clássicos da literatura e livros mais atuais, e esse contato me fazia sempre procurar aqueles livros e lê-los de forma completa. Isso tudo me deu mais conhecimento e me fez escrever melhor”, conta.

 

Em especial sobre sua relação com o método, Taís afirma que o Kumon a ajudou proporcionando o contato com diferentes tipos de textos: “o fato de o Kumon ter vários exercícios para melhor fixação, me deixou mais confiante nesse processo”. A estudante ainda conta um pouco de como era sua rotina: “era bem puxada, pois eu sempre estudei em turno integral, mas eu ia dois dias da semana de forma presencial e nos demais dias, fazia as tarefas quando chegava da escola. Aplicava os aprendizados nas provas e nas redações”.

 

Taís conta também sobre a importância da presença dos pais no processo de aprendizagem e de escrita de seu livro: “Meus pais já me incentivavam a ter contato com os livros antes mesmo de aprender a ler e antes de fazer Kumon”. Ainda sobre o método, ela complementa: “todos os livros que eu conheci por meio da Bibliografia Recomendada do Kumon me ajudaram a ter vocabulário e conhecimento para escrever meus textos e até me encorajaram a escrever meus próprios livros”.

 

Em 2020, com a pandemia e a obrigação de ficar em casa para se proteger da Covid-19, Taís viu uma oportunidade de espalhar seu conhecimento sobre os livros nas redes sociais, e criou o perfil Passaporte Mágico, onde compartilha suas resenhas e divulga seu livro. “Eu já fazia resenhas dos livros que eu lia e, nesse período, por ter mais tempo disponível, conseguia gravar muitos vídeos. Depois, percebi que tinha muito material e que isso poderia servir para incentivar outras pessoas a lerem”, relata.

 

Ainda sobre o período da pandemia, Taís conta que os livros foram seus melhores amigos durante o isolamento: “Com os livros eu podia ‘viajar dentro de casa’. Mesmo com tudo fechado, eu não me sentia presa, pois tinha muitos ‘passaportes mágicos’”.

 

Sobre a sua carreira como jovem escritora, Taís celebra suas conquistas: “Meu livro foi lançado de forma independente em 2021 e, de lá para cá, muita coisa aconteceu. Visitei muitas escolas, participei de muitas lives e, em 2023, depois que ele entrou no catálogo de uma editora, tive algumas conquistas mais profissionais, como ele ser escolhido para ser livro do mês de um clube de assinatura nacional e ter sido selecionado em um edital público na minha cidade. Isso tudo me deixa muito feliz e realizada”, conta.

 

A estudante conta um pouco de sua rotina como escritora e dá spoilers sobre o seu futuro profissional “Gosto de ler, escrever e quero continuar fazendo isso e, se achar que escrevi algo legal, publicar. E estou em fase de edição do meu novo livro, que é um reconto da Branca de Neve e terá o pré-lançamento agora em setembro, na Bienal de SP”.

 

Por fim, Taís aconselha outras crianças que, assim como ela, desejam escrever e publicar um livro: “Mostrem suas redações para seus pais, para seus professores, pois eles possuem mais conhecimento e conseguem reconhecer o potencial das histórias. O processo é muito enriquecedor e vale muito a pena”.

 

O incentivo à leitura é primordial no método Kumon, sendo feito desde antes da alfabetização. Com o contato com diversos tipos de textos e contextos, a criança aumenta o seu vocabulário e amplia sua criatividade, tornando a leitura uma atividade prazerosa.

 

A rotina com o método Kumon incentiva a leitura tanto por meio do material didático, como de livros selecionados que fazem parte da Bibliografia Recomendada Kumon, disponível em todas as unidades, além do momento de leitura durante o tempo de estudo na própria unidade. O Kumon de Português favorece o gosto pela leitura e o desenvolvimento de habilidades essenciais, proporcionando um aprendizado com mais disciplina e organização. De forma objetiva, o estudo privilegia o aluno de modo que ele consiga se organizar e ter uma rotina clara e leve para realizar suas atividades.

 

O método desenvolve a habilidade acadêmica e outras mais, como: autodidatismo, concentração, capacidade de síntese, raciocínio lógico, independência, hábito de estudo, responsabilidade e autoconfiança, por meio do material didático próprio e exclusivo que é autoinstrutivo e dividido em estágios, fazendo com que seja facilmente incluído no planejamento preparatório da rotina do aluno.

 

Para mais informações acesse o site kumon.com.br

 


Kumon
http://www.kumon.com.br/franquia
telefone 0800 728 1121.


Sudão: situação nutricional é catastrófica no acampamento de Zamzam

Médicos Sem Fronteiras apela para que todos os esforços sejam feitos e que os suprimentos essenciais cheguem às comunidades


Uma triagem nutricional realizada pelas autoridades de saúde do Sudão e por Médicos Sem Fronteiras (MSF) no início deste mês, no acampamento de Zamzam, em Darfur do Norte, apontou que a situação nutricional da população é catastrófica e está piorando.

MSF apela para que a Organização das Nações Unidas (ONU) e as demais partes internacionais envolvidas na negociação de um acesso humanitário mais amplo considerem todas as opções para entregar rapidamente alimentos e suprimentos essenciais na área, inclusive por meio de lançamentos aéreos.

“Os resultados (da triagem) não só confirmam o desastre que nós e outras partes interessadas temos observado e alertado há meses, mas também indicam que, a cada dia, a situação está piorando e estamos ficando sem tempo. Estamos falando de milhares de crianças que morrerão nas próximas semanas sem acesso a tratamento adequado. Precisamos de soluções urgentes para permitir que a ajuda humanitária e bens essenciais cheguem a Zamzam”, Michel Olivier Lacharité, coordenador de emergência de MSF.

Desde que o Comitê de Revisão da Fome concluiu que as condições de fome prevaleciam na área, em 1º de agosto deste ano, nenhuma quantidade significativa de ajuda humanitária chegou à população no acampamento de Zamzam e na cidade vizinha de El Fasher, devastada pela guerra.

A maioria das estradas, usadas para levar suprimentos, é controlada pelas Forças de Apoio Rápido (FAR), o que tornou quase impossível levar alimentos terapêuticos, medicamentos e suprimentos essenciais para o acampamento desde a intensificação dos combates em torno de El Fasher em maio.

 

Condições de fome prevalecentes no acampamento de Zamzam

Não há mais tempo a perder se quisermos evitar milhares de mortes preveníveis. Na semana passada, durante uma campanha de vacinação no acampamento de Zamzam, entre as mais de 29.000 crianças com menos de cinco anos examinadas, 10,1% sofrem de desnutrição severa grave, uma condição que ameaça a vida. Enquanto 34,8% sofrem de desnutrição aguda, que evoluirá para uma forma mais grave de desnutrição, se não for tratada de maneira eficaz e em tempo hábil.

As taxas de desnutrição encontradas durante a triagem são enormes e, provavelmente, estão entre as piores do mundo atualmente. É ainda mais assustador, pois sabemos por experiência que os resultados são frequentemente subestimados na área, quando usamos apenas o critério da circunferência do braço superior, como fizemos aqui, em vez de combinar com a medição do peso e altura”, explica Claudine Mayer, referente médica de MSF.

Em março de 2024, uma triagem em massa realizada por MSF revelou uma taxa de desnutrição severa grave de 8,2% e uma taxa de desnutrição aguda de 29,4%, que já era o dobro do limite de alerta da Organização Mundial da Saúde (OMS), que é de 15%.

 

Bloqueios no fornecimento de suprimentos e preços altos agravam a situação

A única comida disponível vem de estoques pré-existentes, que não são suficientes para as pessoas que vivem na área, e os preços dos alimentos estão pelo menos três vezes mais altos do que no resto de Darfur. Os preços dos combustíveis também estão disparando, tornando muito difícil bombear água e administrar clínicas que dependem de geradores para fornecimento de eletricidade. Nossa equipe no local relata que, para muitos, é impossível contar com mais de uma refeição por dia.

“Em uma situação tão desesperadora, deveríamos estar ampliando nossa resposta. Em vez disso, e com estoques de suprimentos criticamente baixos, estamos chegando ao limite. Recentemente, fomos forçados a reduzir nossas atividades para focar, exclusivamente, nas crianças em condições mais severas”, diz Claudine Mayer. “Isso significa que tivemos que suspender o tratamento para as formas menos severas de desnutrição, que representam um grupo de 2.700 crianças, e, por fim, suspender as consultas oferecidas a adultos e crianças acima de cinco anos, que representavam milhares de atendimentos por mês.”

Estima-se que o acampamento de Zamzam abrigue entre 300.000 e 500.000 pessoas, muitas delas deslocadas múltiplas vezes. Elas estão tentando fugir da guerra que vem destruindo seu país desde o ano passado. Em El Fasher, onde muitos dos deslocados costumavam viver, apenas um hospital permanece parcialmente de pé, depois que os outros foram danificados ou destruídos no conflito.

“Por causa desses bloqueios inaceitáveis de suprimentos, sentimos que estamos deixando para trás um número crescente de pacientes, que já têm pouquíssimas opções para receber atendimento médico que salva vidas”, acrescenta Michel Olivier Lacharité. “Se as estradas não são uma opção para levar grandes quantidades de suprimentos urgentes para o acampamento, as Nações Unidas deveriam analisar todas as opções disponíveis. Atrasar esses suprimentos significa causar mais mortes — milhares delas, entre os mais vulneráveis.”


Quanto custa morar no Canadá?

Daniel Braun, CEO da Meegra
Daniel Braun, especialista em imigração e fundador da Meegra, plataforma que descomplica a imigração para o país, destaca como funciona esse investimento

 

Muitas pessoas que desejam morar no Canadá não fazem ideia do quanto precisam investir para viver no país ou muitas vezes acreditam que é preciso colocar inicialmente um valor muito alto para realizar esse sonho. “Me perguntam praticamente todos os dias se é muito caro morar no Canadá. Eu entendo essa pergunta porque é natural ficar preocupado com o quanto você vai gastar de dinheiro pra chegar no país. Eu não estaria falando a verdade caso não dissesse que realmente precisa de algum investimento, até porque meus mentorados que foram para o Canadá investiram pra chegar no país mas com valores acessíveis”, ressalta Daniel Braun, especialista em imigração e fundador da Meegra, plataforma que descomplica a imigração para o país. 

De acordo com o agente de imigração, o que acontece é que diferente de outros países, no Canadá o investimento é menor. “Dependendo do país e da forma de imigração, os custos podem chegar a mais de 200 mil reais. Outro exemplo é a dupla cidadania para diversos países ao redor do mundo que tem um valor super alto para quem deseja fazer o processo. Têm outros países também que você paga mais de 25 mil dólares só para conseguir a residência permanente, já o investimento para o Canadá é bem menor e completamente diferente. Existem diversos programas que você pode seguir um passo a passo para chegar no país gastando pouco e realizando o sonho de morar em um dos lugares mais desejados do mundo. No caminho de já ir para lá contratado por uma empresa, geralmente é a própria empresa que vai arcar com os custos do visto, isso é lei do governo”, conclui o especialista em imigração Daniel Braun.  

Para saber mais informações sobre o processo de imigração para o Canadá, acesse https://www.instagram.com/danielmbraun?igsh=cDc5Y2N2aHNudmc3

  

Meegra - plataforma que descomplica o processo de imigração.

 

O que muda para o MEI com a reforma tributária

Fernando Frazão/Agência Brasil
Até o final da transição entre os dois sistemas tributários em 2033, todos os MEIs vão recolher R$ 3 de IBS e CBS, além dos atuais 5% sobre o salário mínimo de contribuição previdenciária 


A reforma tributária sobre o consumo em discussão no Congresso Nacional será implementada em etapas, com a unificação dos impostos a partir de 2026 e conclusão em 2032.

Durante esse período, diversos tributos serão extintos ou substituídos pelos novos IBS (Imposto sobre Bens e Serviços) e CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços), com transições graduais para dar tempo para que o governo e as empresas adaptem seus sistemas.

Os MEIs (Microempreendedores Individuais), que hoje somam cerca de 15 milhões no país, também foram incluídos nessa fase de transição entre os dois sistemas tributários, conforme tabela anexa ao texto do PLP 68, a primeira fase da reforma tributária. Já aprovado pela Câmara, o projeto agora está em discussão no Senado Federal.

Atualmente, além da contribuição previdenciária, fixada em 5% sobre o valor do salário mínimo – R$ 70,60 em valores atuais -, os microempreendedores do comércio e da indústria recolhem R$ 1 de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), e aqueles que atuam na área de serviços pagam R$ 5 de ISS (Imposto sobre Serviços) por meio de uma única guia, a DAS (Documento de Arrecadação do Simples Nacional).

Durante a transição da reforma, de 2027 a 2028, eles pagarão os dois impostos que serão extintos (ISS e ICMS), e os novos CBS e IBS, sem contar a contribuição ao INSS. A partir de 2033, quando a reforma estiver completamente concluída, tanto os MEIs que atuam no comércio e na indústria como os prestadores de serviços vão recolher um total de R$ 3, sendo R$ 1 relativo à CBS, e R$ 2 de IBS.  

“Na prática, MEIs que exercem atividades de comércio e indústria vão pagar R$ 2 a mais em tributos - fora a contribuição previdenciária - depois de concluída a reforma. E quem atua na área de serviços vai recolher R$ 2 a menos na comparação com os valores atuais”, explica Flávio Perez, consultor tributário da Orcose Contabilidade.



NANOEMPREENDEDOR

Durante a votação do PLP 68 na Câmara, foi incluída de última hora a criação de uma nova figura jurídica no Simples Nacional, dispensada de recolher o IBS e a CBS: o nanoempreendedor.

No caso desses novos empreendedores, deverá ser respeitado um limite de faturamento de até 50% da receita bruta anual estabelecida para a adesão ao MEI, hoje de R$ 81 mil. A categoria engloba pessoas físicas que não aderiram ao regime de MEI, com receita bruta anual inferior a R$ 40,5 mil.

“De acordo com o PLP 68, o nanoempreendendor não poderá ter aderido ao regime do MEI. Portanto, se mantido o texto original, acredito que MEI não poderá passar à condição de nanoempreendedor mesmo que esteja dentro do limite de faturamento permitido”, esclarece.

Dados do grupo de trabalho na Câmara que analisou a reforma tributária apontam que existem no Brasil aproximadamente cinco milhões de nanoempreendedores. O texto aprovado não deixa claro se essa categoria será obrigada ou não a recolher contribuição previdenciária.  



Silvia Pimentel
https://dcomercio.com.br/publicacao/s/o-que-muda-para-o-mei-com-a-reforma-tributaria

 

Sol laranja e céu vermelho?

Crédito: Ana Guzzo / Flickr / Creative Commons
Professores explicam o fenômeno

 Alexandre Groth, professor de Geografia e André Coelho, docente de Física, da Plataforma Professor Ferretto esclarece o evento climática que tem acontecido no Brasil

 

Nas últimas semanas um fenômeno tem chamado a atenção da população de grande parte do Brasil. O sol tem se mostrado com um tom alaranjado, quase vermelho e, embora a coloração seja bonita, gerando belas fotos, por trás deste acontecimento há um ponto alarmante. 

Um bloqueio atmosférico ao sul do país e a presença de uma massa de ar seco, chamada massa tropical continental, estão provocando uma crise ambiental significativa, que afeta o ar atmosférico de parte do país. “Esse bloqueio impede a chegada de frentes frias e intensifica a seca no Brasil central e no sul, criando condições ideais para o aumento das queimadas”, explica o Professor de Geografia Alexandre Groth. 

Mas o que isso significa? Segundo o docente, as queimadas, muitas vezes causadas por práticas agropecuárias, estão se multiplicando devido ao clima seco, “A fuligem e outros poluentes das queimadas estão se espalhando pela atmosfera, criando uma impressionante tonalidade alaranjada no céu”. Nos últimos dias, sites de monitoramento estão alertando para baixa qualidade de ar, de acordo com o IQAir, o ar da região metropolitana de São Paulo foi classificado como muito ruim por dias consecutivos.

O professor de Física, André Coelho da Plataforma Professor Ferretto, explica que a tonalidade do céu, “Durante o pôr do Sol, ele está mais próximo do horizonte, o que significa que a luz solar tem que atravessar uma camada maior de atmosfera antes de chegar aos nossos olhos. Ao atravessar a camada atmosférica ocorre uma dispersão (espalhamento) da luz em diferentes direções ", diz. “A presença de partículas em suspensão na atmosfera, tais como poeiras, aerossóis, fumaça ou poluentes, pode afetar a cor do céu durante o pôr do Sol intensificando os tons laranja e avermelhados do céu” , completa o docente. 

Infelizmente, o impacto da poluição é muito maior do que apenas a coloração do céu: “O ar extremamente seco eleva as temperaturas diurnas, tornando o calor ainda mais intenso e potencializando as queimadas. À noite, embora as temperaturas possam cair, o calor extremo do dia e a poluição persistente geram um ambiente perigoso para a saúde e o meio ambiente” ressalta Groth. 

O sol laranja e o céu vermelho são sinais de uma crise ambiental em crescimento. “Fique atento às condições climáticas e às ações necessárias para enfrentar essa situação. O que estamos vendo no céu pode ser apenas a ponta do iceberg de um problema muito maior”, finaliza o professor de Geografia.
 

Plataforma Professor Ferretto


Desafios e soluções para CISOs com a falta de talentos em segurança cibernética


Um dos maiores problemas que os CISOs (Chief Information Security Officer ou Diretor de Segurança da Informação, em tradução livre) enfrentam é a escassez de profissionais qualificados em cibersegurança. A falta de talentos especializados, combinada com o elevado custo de implementação e treinamento de plataformas de segurança, tem gerado preocupações profundas entre os líderes de segurança. 

De acordo com um levantamento da Fortinet, o Brasil necessita de aproximadamente 750 mil especialistas em cibersegurança, enquanto a lacuna global atinge a marca alarmante de 4 milhões de vagas abertas. Este cenário evidencia a importância crítica da cibersegurança para o futuro das empresas. Em 2023, 87% das empresas experimentaram algum tipo de violação de sistemas. A falta de recursos humanos para lidar com esses problemas foi a causa disso. Mais de 50% das empresas afetadas por esses ataques cibernéticos tiveram perdas superiores a US$ 1 milhão como resultado de ações maliciosas. 

Entre as principais dificuldades enfrentadas pelos CISOs estão a falta de habilidades no campo da cibersegurança, baixos recursos para a contratação e a gestão eficaz de ferramentas de segurança. Ao contrário das tradicionais equipes de TI, que podem se especializar em sistemas específicos, as funções cibernéticas exigem um entendimento abrangente de redes, endpoints, aplicativos e uma série de outras competências, tornando-as difíceis de preencher. 

Além disso, a evolução tecnológica, que vai desde a Internet e os dispositivos móveis até a ascensão recente da inteligência artificial (IA), trouxe novos desafios de segurança. Desta forma, esses profissionais enfrentam exigências extensas e cada vez mais complexas, que incluem conhecimento profundo e habilidades técnicas e interpessoais. Com o aumento das regulamentações de segurança de dados, como a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), os profissionais de cibersegurança precisam ter um entendimento profundo dessas leis e de como aplicá-las efetivamente nas organizações. 

Essa escassez é ainda mais agravada pelos desafios associados às ferramentas de segurança como Detecção e Resposta de Endpoint (EDR/XDR), que enfrenta limitações na correlação de telemetria de rede e nuvem e altos custos de implementação. E o Gerenciamento de Informações e Eventos de Segurança (SIEM) e Orquestração, Automação e Resposta de Segurança (SOAR) que exige habilidades especializadas para implantação e treinamentos caros. 

Para suprir esta demanda, muitas empresas estão flexibilizando seus critérios de contratação e incentivando a formação contínua. Embora 71% dos líderes ainda exijam que os candidatos tenham uma graduação de quatro anos, mais de 90% dos indivíduos preferem contratar profissionais com certificação em cibersegurança. Isso mostra o valor cada vez maior das certificações como uma validação de habilidades e conhecimentos atualizados no campo. As empresas estão se esforçando para diversificar suas contratações, com 83% dos negócios definindo metas de diversidade para os próximos anos. 

Enquanto as organizações não entenderem a real necessidade de se ter a quantidade certa de profissionais especializados, o número de profissionais atuantes na área e os investimentos em qualificação estarão sempre em baixa. 

Essa falta de profissionais capacitados resulta em sobrecarga para as equipes existentes, que frequentemente enfrentam condições de trabalho equivalentes a dois empregos para acompanhar as ameaças emergentes. Pesquisas indicam que muitos profissionais da área estão migrando para outras especialidades, refletindo a insatisfação com as condições de trabalho. 

A solução para essa crise exige uma abordagem multifacetada, incluindo a flexibilização dos critérios de contratação, o incentivo à formação contínua e a criação de ambientes de trabalho que promovam o desenvolvimento profissional. Somente assim será possível mitigar a escassez de talentos e garantir uma defesa cibernética robusta para o futuro das organizações. 

A cibersegurança é um campo em constante evolução, com novas ameaças e tecnologias surgindo regularmente. Portanto, é fundamental incentivar a formação contínua. Isso pode ser feito por meio de programas de treinamento interno, subsídios para cursos externos, e parcerias com instituições educacionais para fornecer acesso a treinamentos especializados. Investir no desenvolvimento contínuo dos funcionários ajuda a manter suas habilidades atualizadas e a prepará-los para os desafios futuros. 

Além disso, a construção de uma base sólida de conhecimento para esses profissionais é facilitada por ambientes que promovem o aprendizado contínuo. Cultivar um ambiente de trabalho que valorize e promova o crescimento profissional é essencial para atrair e reter talentos. Isso pode incluir a oferta de mentorias, oportunidades de crescimento na carreira, e um suporte ativo para a obtenção de certificações e qualificações adicionais.

 

Paulo Baldin - CISO & CTO da Flipside, responsável pelo Mind The Sec


A sua empresa se preocupa com a sua saúde mental na prática?

 O mês de setembro é marcado pelo debate em torno da saúde mental, tanto que ganhou a alcunha de ‘Setembro Amarelo’, justamente para fazer um alerta sobre a importância do tema, ajudando na prevenção ao suicídio. Embora tenha se tornado um assunto mais presente na mídia, a discussão parece só ter relevância durante este mês, sendo que deveria ser levado mais em consideração pelo restante do ano e sair das palavras e ações soltas que não endereçam de fato o tema, afinal, estamos falando da saúde de todos.

É comum que as pessoas queiram saber se você cuida da sua saúde mental, mas ninguém costuma perguntar se a organização se preocupa com a questão. E como fazer isso? O primeiro passo é a liderança da empresa começar a entender o quão importante é para ela que os seus colaboradores estejam mentalmente bem e estáveis, e aqui não estou só falando do lado profissional, mas também do pessoal.

Hoje em dia, um dos principais problemas dos ambientes corporativos é não conseguirem enxergar seus colaboradores como pessoas, vendo apenas como força de trabalho, como um número, sendo que ninguém é uma máquina sem sentimentos. Existem dias bons, dias ruins, pontos fortes e pontos fracos, como qualquer ser humano. E a empresa mais preparada é aquela que sabe disso e cria uma rede de apoio para o seu time.

Segundo dados de uma pesquisa realizada pela Vittude, plataforma de terapia online, em parceria com a Opinion Box, cerca de 70% dos brasileiros afirmam que as empresas não sabem lidar com saúde mental e 72% escolheriam trabalhar em empresas que têm políticas de cuidado com a saúde mental dos empregados. Para essa amostra, foram entrevistadas cerca de 2 mil pessoas em todas as regiões do Brasil.

Diante desses dados, fica claro que não dá mais para as organizações falarem uma coisa sendo que fazem outra completamente diferente, como postar nas redes sociais frases motivacionais de Setembro Amarelo, enquanto a gestão não se preocupa com o bem-estar dos seus colaboradores. Além de contraditório, fará com que essas pessoas se desmotivem cada vez mais com o trabalho, e o ambiente - ao invés de melhorar -, fica pior ainda.

Não estou dizendo que a liderança deve ser babá dos integrantes da equipe, mas é preciso entender quando existem problemas e promover o acolhimento, oferecendo ajuda, quando possível e viável. A partir do momento que o time sabe que pode contar com seus gestores, o cenário muda e cria-se uma relação de confiança, extremamente necessária para que as trocas entre líder e liderados sejam verdadeiras e transparentes.

É claro que existe a linha tênue para a gestão entre ser compreensiva demais e ingênua, e existem casos em que um ou outro colaborador pode querer se aproveitar dessa bondade, porém, não devemos generalizar. Uma empresa que tem como premissa de gestão criar um ambiente de trabalho acolhedor, que está disposta a ouvir e que se disponibiliza a ter atitudes para melhorar cada vez mais, está se preocupando com a saúde mental de seus funcionários.

Por fim, algo precisa ficar claro. Embora eu tenha falado da responsabilidade da empresa ao longo do texto, o primeiro responsável pela saúde mental é o próprio colaborador. E este colaborador precisa ser responsável o suficiente para não ficar criando desculpas e arrumando situações para afirmar que não tem segurança psicológica no trabalho ou que a empresa não cuida. Se estivéssemos falando de uma escola com crianças, tudo bem, mas estamos falando de empresas onde trabalham pessoas adultas, supostamente.



Pedro Signorelli - um dos maiores especialistas do Brasil em gestão, com ênfase em OKRs. Já movimentou com seus projetos mais de R$ 2 bi e é responsável, dentre outros, pelo case da Nextel, maior e mais rápida implementação da ferramenta nas Américas. Mais informações acesse: http://www.gestaopragmatica.com.br/


CPTM realiza ação em referência ao Setembro Dourado nesta segunda-feira (16)

Entre 10h e 12h, estação Tatuapé da CPTM recebe iniciativa em parceria com o Instituto ITACI; Passageiros poderão cortar e doar de cabelos


A estação Tatuapé da CPTM recebe ação em referência ao Setembro Dourado para conscientizar sobre o diagnóstico precoce do câncer infantojuvenil, na segunda-feira (16/09). Em parceria com o Instituto de Tratamento do Câncer Infantil (ITACI), uma equipe de voluntários e o personagem Nino, mascote do instituto, abordará os passageiros com informações sobre a doença, além de distribuir abraços e tirar muitas fotos. 

“Muitos sintomas do câncer infantojuvenil podem ser confundidos com outras doenças, que são comuns na infância. Por isso, é essencial que pais, familiares e a comunidade saibam reconhecer esses sinais para procurar um especialista”, afirma Liliane Moraes, coordenadora da Fundação Criança - ITACI.

A iniciativa acontece das 10h às 12h. No local também haverá um espaço para corte e doação de cabelos, realizado pela Associação Rapunzel Solidária, que confecciona perucas, sem custo, e doa aos pacientes do ITACI, quando é solicitado.

"Ações como essa são de extrema importância para a CPTM. Possibilitar que os nossos passageiros tenham acesso à informação que pode salvar vidas, que podem ajudar no diagnóstico precoce por meio dessa troca de informações", destaca Michael Cerqueira, presidente da CPTM.

Ações de Cidadania

Todas as iniciativas são realizadas com o apoio da CPTM, que abre espaços em suas estações para a realização de atividades ligadas à promoção do bem-estar de seus passageiros.


Sobre o ITACI – Instituto de Tratamento do Câncer Infantil

Construído a partir de uma parceria entre a Fundação Criança, Ação Solidária Contra o Câncer Infantil (ASCCI) e a Fundação Oncocentro de São Paulo, o ITACI é um hospital público que iniciou suas atividades em 2002 e oferece tratamento a crianças e adolescentes, diagnosticados com câncer e outras doenças hematológicas ou raras, de 0 a 18 anos. Atuante na área de oncologia pediátrica no Brasil, realizou em seu ambulatório, em 2023, mais de 28 mil consultas médicas e multiprofissionais, cerca de 5 mil sessões de quimioterapia e 20 transplantes, entre eles, autólogo, alogênico aparentado e alogênico não aparentado. Entre as especialidades atendidas, leucemias, linfomas, neuroblastomas, sarcomas das partes moles, retinoblastomas, doenças hematológicas não oncológicas e tumores sólidos (do sistema nervoso central, ósseos, das células germinativas, renais e hepáticos).
 

Serviço
ITACI no Setembro Dourado Estação Tatuapé
Onde: Estação Tatuapé, que atende as Linhas 11-Coral e 12-Safira
Data: Segunda-feira (16/09)
Horário: das 10h às 12h


domingo, 15 de setembro de 2024

Estação Brás da CPTM recebe ação do ‘CIEE em Movimento’ nesta segunda-feira (16)

Estudantes entre 14 e 24 anos poderão se cadastrar em vagas de estágios das 11h às 15h

 

Quem passar pela Estação Brás da CPTM nesta segunda-feira (16/09), poderá participar da ação do 'CIEE em Movimento'. Serão ofertados serviços como ação de cadastramento em vagas de estágio e cursos de aprendizagem oferecidos pelo Centro de Integração Empresa Escola (CIEE). 

Estudantes entre 14 e 24 anos matriculados no ensino médio, técnico ou superior podem se inscrever e concorrer a vagas de acordo com o perfil. 

Durante a atividade, haverá divulgação de cursos online, orientações e atendimento pelos profissionais do CIEE, que prestam apoio aos jovens na procura de vagas de estágio e auxilia na solução de dúvidas em relação ao mundo do trabalho.

 

Ações de Cidadania

Todas as iniciativas são realizadas com o apoio da CPTM, que abre espaços em suas estações para a realização de atividades ligadas a promoção do bem-estar de seus passageiros.

 

Serviço

CIEE em Movimento

Data: segunda-feira (16/09)

Horário: 11h às 15h

Local: Estação Brás, que atende as linhas 7-Rubi, 10-Turquesa, 11-Coral e 12-Safira


Dia Mundial do Doador de Medula Óssea: como doar?

 Brasil tem 5,7 milhões de pessoas cadastradas como possíveis doadoras no banco de dados do REDOME

 

Com a chegada do Dia Mundial do Doador de Medula Óssea, em 16 de setembro, o debate sobre a importância da doação ganha mais evidência. O transplante de medula óssea pode ser essencial no tratamento de doenças que afetam o sangue, como leucemias e anemias. A carência de doadores também se acentua entre doadores negros, de origem asiática e indígenas. 

Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), até 2025 devem surgir cerca de 34,6 mil casos de leucemia no Brasil. Roberto Luiz da Silva, hematologista e coordenador da equipe de transplante de medula óssea e terapia celular na Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, descreve abaixo os principais sintomas da leucemia.

“O diagnóstico precoce e o tratamento adequado são fundamentais para aumentar as chances de cura ou controle da doença. Os principais sintomas incluem fadiga, perda de peso, sangramentos e infecções frequentes. O transplante de medula óssea é uma das formas de tratamento e possibilidade de cura da leucemia”, comenta o hematologista.

Em 2024, de acordo com o Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea, cerca de 71 mil doadores se cadastraram no registro até o início de setembro (02/09/2024). Por volta de 15 mil doadores são do estado de São Paulo.

Em junho deste ano, a unidade Ipiranga da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo inaugurou a área de Transplante de Medula Óssea (TMO) com dez leitos habilitados com infraestrutura para a realização do procedimento. O transplante autólogo de medula óssea pode ser uma alternativa importante para tratar mielomas e linfomas.

Onde doar?

Atualmente, mais de 5,7 milhões de brasileiros estão cadastrados no REDOME, sendo que 2,5 milhões destes doadores estão localizados na região sudeste do país. O Brasil se destaca mundialmente nesse campo, possuindo um dos maiores registros de doadores de medula óssea, de acordo com o REDOME. 

Para se cadastrar como doador voluntário, acesse o site do REDOME (redome.inca.gov.br) e encontre o hemocentro mais próximo. No local, será preciso, realizar um documento chamado Termo de Consentimento Livre e Esclarecido e o hemocentro irá coletar amostras de sangue para exame de tipagem antígeno leucocitário humano.

Os resultados ficam no banco de dados do REDOME para buscas de compatibilidade com quem precisa de doações. O especialista reforça a necessidade de incentivar um maior número de doações na região norte e de doadores negros, de origem indígena e asiática. Isso pode aumentar as possibilidades de se encontrar um doador compatível. 

“Medula óssea é uma substância que fica localizada dentro dos ossos e tem a capacidade de produzir as células sanguíneas como, glóbulos brancos e vermelhos, assim como plaquetas. Quando a pessoa recebe o transplante, o organismo tem mais chances de começar a produzir as células saudáveis”, explica ele.

Para ser um doador, é fundamental:

  • Ter idade entre 18 e 35 anos;
  • Estar saudável;
  • Não ser portador de doenças incapacitantes, infecciosas, câncer, condições imunológicas ou doenças hematológicas.

Porém, algumas condições de saúde não necessariamente impedem que as pessoas sejam doadoras. Por conta disso, é necessário que cada situação seja analisada individualmente. É essencial que todas as pessoas inscritas no REDOME atualizem seus cadastros, facilitando o contato caso seja encontrado um receptor compatível.

 

Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo



Remédio da alma: musicoterapia passa a fazer parte de "prescrição" médica em hospitais e piano ganha espaço nos corredores

Pacientes que experimentam sinergia entre música e saúde relatam 48% menos dores, aponta estudo da UFPR; impacto positivo é observado em pacientes, profissionais e voluntários


A relação entre música e saúde não é uma novidade. Desde a Grécia Antiga, o filósofo Pitágoras já destacava os efeitos da música como um instrumento capaz de harmonizar ou desarmonizar o estado psicológico das pessoas. Acreditava-se que a música não era apenas arte, mas uma ciência com o poder de promover saúde e bem-estar, equilibrando corpo e alma.

Hoje, a ciência comprova os pensamentos antigos. Um estudo conduzido pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) com pacientes em tratamento oncológico revelou que o uso da musicoterapia foi capaz de reduzir mais de 78% das náuseas e cerca de 48% das dores relatadas pelos participantes. Além disso, ao longo do último ano, as chamadas práticas integrativas, que englobam técnicas como meditação, reiki e musicoterapia, foram incorporadas ao Sistema Único de Saúde (SUS) como terapias complementares, beneficiando mais de sete milhões de brasileiros em 83% dos municípios do país. 


Quem canta, os males espantam

A música estimula a liberação de hormônios como dopamina e endorfina, proporcionando sensações de alegria e tranquilidade, além de auxiliar no alívio da dor. Esses benefícios vão além do tratamento dos pacientes hospitalizados, alcançando também os profissionais envolvidos com a musicoterapia. É o caso da pianista voluntária dos hospitais Universitário Cajuru e São Marcelino Champagnat, Josiani Aparecida Cruz, que acredita que a música nos corredores dos hospitais é mais que um som: é uma ponte de conexão, capaz de gerar conforto em um ambiente frequentemente marcado pela tensão e incerteza. “Poder levar emoções para outras pessoas é emocionante para nós também. É uma troca maravilhosa, e  acredito que ganhamos muito mais do que doamos. É fantástico”, afirma Josiani. 

Em muitas ocasiões, o alívio que as melodias proporcionam torna-se um aliado em situações de estresse, especialmente para aqueles que lidam diariamente com a responsabilidade de salvar vidas. Para o cardiologista Fernando Luchina Alves, a música sempre foi uma companhia constante. Ele começou a aprender piano aos seis anos e, embora inicialmente não unisse o talento musical com sua profissão, com o tempo percebeu o impacto positivo que a música exercia sobre seu temperamento. A partir disso, passou a tocar piano também no Hospital São Marcelino Champagnat, onde trabalha. "A música me ajuda a ter mais tranquilidade, especialmente em momentos de emergência, que enfrentamos com frequência na profissão. Existe, sim, uma sinergia entre ouvir boas músicas e a saúde; temos sorte pela existência da ciência da musicoterapia", pontua.

Para pacientes que enfrentam problemas psicológicos, como ansiedade e depressão, a utilização da música no ambiente hospitalar pode atuar como um remédio para aliviar os sintomas. “Em pacientes com condições psicológicas, a música reduz a ansiedade e melhora a qualidade do sono, propiciando um maior autocontrole para lidar com situações de medo e incertezas, como uma internação”, relata o cardiologista. 


Música como tratamento estratégico

Mais do que apenas despertar alegria nos pacientes, a presença da música nos hospitais vai além de um simples entretenimento. Ela se estabelece como um instrumento terapêutico que impacta diretamente a saúde dos pacientes. A musicoterapeuta dos hospitais Universitário Cajuru e São Marcelino Champagnat, da frente de saúde do Grupo Marista, Telma Rodrigues, explica que a música é inserida no tratamento de acordo com um planejamento personalizado de  práticas integrativas para cada caso. “Realizamos uma investigação chamada anamnese socioemocional e espiritual, na qual traçamos um plano terapêutico que inclui abordagens de práticas integrativas. Nessas ações, a música quase sempre faz parte do tratamento”, explica. 

Pode parecer um método simples, mas a musicoterapia precisa ser aplicada de forma estratégica para garantir resultados benéficos aos pacientes. “Em situações de medo extremo, a escolha de melodias com tons menores, por exemplo, pode acalmar, trazendo uma sensação de afeto e confiança”, descreve a musicoterapeuta. Além disso, a letra e o ritmo da música desempenham um papel crucial na criação de um ambiente de conforto. A combinação de melodia, letra e o cuidado envolvido na prática da musicoterapia auxilia o paciente a enfrentar a internação com mais serenidade e esperança.


Um som, múltiplos benefícios 

A música pode ser utilizada para promover o bem-estar em diversas áreas da medicina, desde a saúde mental e sintomas físicos até os cuidados paliativos. Um dos aspectos mais importantes da musicoterapia é o fato de a memória musical ser a última a se perder em casos de demência e outras condições neurodegenerativas. As memórias associadas à música estão armazenadas em áreas profundas do cérebro, ligadas às emoções e à identidade. Por isso, uma simples melodia pode ativar memórias e conexões afetivas, mesmo em pacientes com estágios avançados de comprometimento cognitivo. “A musicoterapia é uma ferramenta valiosa, não apenas para reabilitação, mas também para proporcionar conforto e qualidade de vida àqueles que enfrentam as mais diversas e desafiadoras doenças. Além disso, é parte essencial de um suporte multidisciplinar que torna o tratamento mais humanizado e empático”, finaliza Telma.

 

Hospital Universitário Cajuru


Posts mais acessados