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segunda-feira, 19 de agosto de 2024

Apneia do sono pode favorecer surgimento de doenças graves

Em entrevista, otorrinolaringologista da Unimed Araxá fala sobre sintomas, diagnóstico e tratamento

 

Uma noite bem dormida é essencial para manter o organismo funcionando adequadamente e assim garantir nossa saúde, pois o sono é fundamental para o descanso do corpo e da mente. Uma das doenças que podem contribuir para essa má qualidade é a apneia obstrutiva do sono, ou, como é mais conhecida, apneia do sono. 

Em entrevista, o médico otorrinolaringologista da Unimed Araxá, Marcelo Viviani, fala sobre sintomas, diagnóstico e tratamento. Leia abaixo:

 

O que é a apneia do sono?

É uma condição que se caracteriza por períodos de pausas respiratórias, que duram cerca de 10 a 20 segundos. Nela ocorre a interrupção completa do fluxo de ar através do nariz ou da boca. Essas paradas reduzem os níveis de oxigênio no sangue, aumentam os batimentos cardíacos e a pressão arterial, o que pode favorecer, no longo prazo, o surgimento de doenças graves, como hipertensão, arritmia, infarto e insuficiência cardíaca congestiva. 

Alguns estudos relacionam um quadro de apneia do sono como sendo uma das causas de aterosclerose, que pode ser um fator de risco para infarto agudo do miocárdio e derrame cerebral. Pessoas que já fazem tratamento para doenças do coração e pressão alta precisam estar atentas para o diagnóstico da apneia do sono, pois quando não tratada, ela contribui para a piora da função do coração e aumenta o risco de morte.

 

Por que a apneia do sono ocorre?

Quando dormimos, a musculatura da garganta relaxa e, consequentemente, a língua cai e há um deslocamento da mandíbula. Esse quadro leva à obstrução da garganta, impedindo a passagem do ar (apneia). Quando isso ocorre, a pessoa desperta e a musculatura da garganta retoma sua força, o que mantém a garganta aberta e desobstruída. O problema é que, quando a pessoa volta a adormecer, o ciclo se repete, pois a via aérea fecha novamente. E isso vai acontecendo durante toda a noite.

 

Quais são os sintomas da apneia do sono?

Os principais sintomas desse distúrbio são: ronco, sono agitado, dor de cabeça, dificuldade de atenção e concentração, problemas de memória, sonolência excessiva durante o dia, alterações de humor, sensação de sufocamento ao acordar, dor no peito, desconforto ao despertar, boca seca ou dor de garganta pela manhã e falta de disposição.

 

Como é feito o diagnóstico da apneia do sono?

O diagnóstico da apneia do sono é feito pelo otorrinolaringologista, levando em consideração os sintomas presentes, exame físico e o resultado de testes como a polissonografia, que é um exame que pode identificar as alterações na respiração da pessoa durante o sono.

 

Como é o tratamento?

O tratamento visa manter a abertura da via aérea, evitando sua obstrução. Assim, consegue-se prevenir a apneia (pausa), a queda da oxigenação do sangue e o aumento da pressão arterial, devolvendo ao paciente uma melhoria em sua qualidade de vida. 

A escolha pelo tratamento leva em conta fatores como: resultado da polissonografia, grau de queda da oxigenação do sangue e presença de outras doenças associadas. 

Em geral, nos casos leves e em alguns moderados pode ser tratada com mudanças nos hábitos de vida, como, por exemplo: perder peso; evitar o uso de medicamentos para dormir; praticar atividades físicas; evitar o consumo de bebidas alcoólicas; dormir de lado; evitar o consumo de comidas mais pesadas antes de dormir; reduzir o uso de cigarros algumas horas antes de se deitar e manter a cabeceira da cama elevada entre 15 e 20 cm. 

Também pode ser recomendado o uso de aparelhos intraorais, que ajudam a aumentar a passagem do ar pela garganta. O aparelho traciona a mandíbula do paciente para frente, trazendo consigo todos os tecidos moles da base da língua e parte da faringe, criando, assim, um espaço e melhorando o tônus na região. 

Já os casos mais graves podem exigir o uso do CPAP (pressão aérea positiva contínua), um aparelho que promove um bombeamento de ar contínuo durante o período de sono para impedir o fechamento da garganta, evitando a apneia e suas consequências. O equipamento conta com uma máscara, que é colocada no nariz, e um compressor de ar, que força a entrada do ar dentro do nariz e nas vias aéreas. Essa pressão mantém as vias aéreas abertas e permite que a pessoa durma e respire normalmente durante a noite. 

Existem também cirurgias para o tratamento da apneia do sono, sendo indicadas em casos selecionados. O objetivo é corrigir anormalidades que podem ser a causa do comprometimento da respiração, como amígdalas aumentadas, pólipos nasais, desvio de septo nasal e malformações do queixo e do palato mole. 

Quando a qualidade do sono não vai bem, os impactos na saúde e qualidade de vida podem ser enormes. Por isso, é sempre importante consultar um otorrinolaringologista quando perceber algum indicativo de que suas noites de sono não têm sido adequadas.


Especialistas confirmam: check-up da saúde mental é possível seguindo 12 passos

Crédito GLADI para Pixabay
Avaliações físicas, geralmente, são práticas comuns; mas especialistas do Vera Cruz Hospital dão dicas para equilibrar a saúde do corpo e da mente 


Em agosto, duas datas são dedicadas a profissionais que cuidam da saúde mental: 13/8 é o Dia do Psiquiatra; e 27/8 é o Dia do Psicólogo. O mês, portanto, acende um alerta: assim como fazemos check-ups anuais (ou de outra periodicidade) da saúde física, é possível fazer o mesmo com a saúde mental? O psicólogo Gabriel Banzato e o psiquiatra Fernando Tomita, ambos do Vera Cruz Hospital, em Campinas (SP), propõem algumas sugestões para serem incorporadas no dia a dia e manter o bem-estar e a qualidade de vida.

 

1. Pratique atividade física regularmente: segundo o psiquiatra, o exercício libera endorfinas, que ajudam a melhorar o humor e reduzir o estresse. “Não precisa ser nada muito intenso e prolongado, pode ser meia-hora de caminhada ou atividades de menor impacto, como yoga e natação, ou outra atividade que você goste e lhe traga prazer”, sugere Tomita.

 

2. Tenha uma alimentação balanceada: tal fator contribui diretamente para a saúde mental, por isso é importante que tenha qualidade e variedade de nutrientes, a velha história do prato colorido: quanto mais cores, maior a diversidade de vitaminas e nutrientes, que dão equilíbrio ao corpo. “Inclua frutas, vegetais, grãos integrais, proteínas magras e beba bastante água. Evite o consumo excessivo de açúcar e alimentos processados”, explica o psiquiatra.

 

3. Durma bem: o sono é essencial para o bom funcionamento do cérebro, para evitar o cansaço ao longo do dia e a fadiga. “O ideal é que se tenha de sete a nove horas de sono por noite, procurando ter uma rotina consistente. Para que isso seja possível, tente criar um ritual do sono, ou seja, pouco antes de se deitar, evitar o contato com telas, procure ingerir um chá calmante, minimize a iluminação, evite assistir programas com notícias trágicas ou filmes de muita ação... Enfim, procure serenar a mente para que a noite seja mais tranquila e realmente repousante, permitindo que o corpo e a mente possam se recompor para um novo dia”, sugere Banzato.

 

4. Pratique técnicas de relaxamento: mesmo que esteja no trânsito, no intervalo de uma atividade e outra, ao acordar, ou mesmo pouco antes de dormir, incorpore no seu cotidiano atividades como meditação, respiração profunda, mindfulness e outras técnicas do gênero. “Essas pequenas doses de relaxamento ao longo do dia, podem ajudar a reduzir o estresse e melhorar o bem-estar emocional; Além disso, são rápidas: cinco ou dez minutos de prática já surtem resultados positivos”, diz o psicólogo.

 

5. Mantenha conexões sociais: relacionar-se com outras pessoas, trocar informações, conhecimento e interação pessoal são essenciais para se sentir pertencente e acolhido. “Não meça esforços para manter relacionamentos saudáveis com amigos e familiares. Participe de grupos sociais ou comunitários, pois também são uma boa opção”, destaca Banzato.

 

6. Estabeleça limites saudáveis: para ser aceito em determinado grupo social, nem sempre devemos nos submeter a algumas situações. Por isso, o psiquiatra Fernando Tomita orienta que saber dizer “não”, respeitando seus próprios limites, é crucial para evitar sobrecargas e situações desgastantes, preservando a saúde mental.

 

7. Busque equilíbrio entre trabalho e vida pessoal: num mundo dinâmico, que exige o desempenho de diversos papeis ao mesmo tempo (como por exemplo, ser mãe ou pai, bom profissional, bom filho ou filha, ter um bom relacionamento familiar, entre tantos outros), é preciso dosar de forma adequada o tempo dedicado a cada um. “Neste caso, a orientação é buscar autoconhecimento e estabelecer um equilíbrio saudável entre as responsabilidades profissionais e pessoais, evitando o estresse excessivo”, propõe Tomita.

 

8. Cultive hobbies e interesses: ter um tempo para se dedicar a algo que você goste e lhe traga prazer é fundamental, então nunca deixe de praticar um hobby ou uma atividade que traga satisfação, como cozinhar, ler, pintar, tocar um instrumento musical e muitas outras possibilidades.

 

9. Fuja de substâncias nocivas: embora sejam consideradas drogas lícitas, evite fazer o uso abusivo de álcool, nicotina e outras substâncias psicoativas, inclusive medicamentos usados para aliviar tensões que não foram recomendadas por um psiquiatra.

 

10. Cultive a resiliência: o psiquiatra explica que a resiliência é a capacidade de se adaptar e enfrentar situações estressantes, conflitos com opiniões diferentes, obstáculos e adversidades. “Agir com resiliência em diversas situações contribui para que o estresse desnecessário seja evitado, o que é muito importante para a saúde mental”.

 

11. Procure ajuda profissional quando necessário: todos nós temos momentos de dúvidas, incertezas e dificuldades em lidar com situações emocionais ou mentais. “Não hesite em recorrer ao apoio de um profissional, seja psicólogo ou psiquiatra, que estão preparados para lhe ajudar com questões pessoais de forma saudável, promovendo reflexão, autoconhecimento e novas descobertas. É extremamente saudável fazer terapia”, afirma o psicólogo Gabriel Banzato.

 

12. Pratique a gratidão: saber valorizar as coisas boas da vida, mesmo as pequenas, contribui para melhorar o estado de espírito. “A sensação de gratidão contribui para ter uma perspectiva de vida mais positiva e ter mais ânimo para viver, agradecer pela saúde, pela vida, contemplar um pôr-do-sol, a natureza, são coisas simples, mas que promovem uma grande sensação de bem-estar”, afirmam ambos especialistas.

 

Se você já adota essas ações no seu dia a dia, podemos dize que seu check-up mental está em dia. Se ainda não tem tais hábitos, desenvolva-os aos poucos para poder sentir os benefícios.

 

Vera Cruz Hospital


Publicação do The Lancet reforça que tratamento eficaz e contínuo da obesidade tem de aliar intervenções terapêuticas a mudanças no estilo de vida

 Revisão sobre opções de tratamento da doença tem como coautor o Dr. Ricardo Cohen, médico cirurgião do Centro Especializado em Obesidade e Diabetes do Hospital. 

 

Não é possível garantir sucesso no tratamento da obesidade sem que haja a combinação entre intervenções terapêuticas e mudanças no estilo de vida do paciente, essa é a conclusão da revisão das opções de tratamento da doença que publicada na sexta-feira, 16 de agosto, na The Lancet, uma das revistas científicas de maior relevância mundial. 

O artigo, que tem como coautor o Dr. Ricardo Cohen, médico cirurgião do Centro Especializado em Obesidade e Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz e atual presidente mundial eleito da Federação Internacional de Cirurgia da Obesidade e Distúrbios Metabólicos (IFSO), reafirma que apenas intervenções no estilo de vida não são suficientes para atingir e manter as metas de tratamento da doença sem intervenções terapêuticas adicionais. 

A publicação mostra a eficácia e segurança das modernas opções de medicação disponíveis e afirma que a cirurgia bariátrica e metabólica é o tratamento mais eficaz para a remissão da doença obesidade e das complicações a ela associadas. As evidencias científicas robustas sobre a segurança e os efeitos de longo prazo da cirurgia levaram a International Federation for the Surgery of Obesity e a Metabolic Disorders and the American Society for Metabolic and Bariatric Surgery a revisarem e atualizarem as indicações de 1991 para a indicação do procedimento operatório. 

De acordo com as revisões, as intervenções no estilo de vida que visam melhorar os padrões alimentares dos pacientes, a adoção da prática regular de atividade física, redução dos níveis de estresse e boa qualidade do sono são a base do tratamento para obesidade e componentes importantes de qualquer abordagem de tratamento voltada para melhorar os resultados de saúde a longo prazo. No entanto, intervenções terapêuticas são necessárias para haja sucesso efetivo e a longo prazo no tratamento da doença que segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde) deve comprometer a qualidade da saúde de cerca de 2,5 bilhões de pessoas em todo o mundo até 2035.

 

Prevenção 

Dados da Federação Mundial de Obesidade (World Obesity Federation) estimam que em 2035, 41% da população brasileira será obesa e que o que o crescimento anual da doença será de 2,8% no país. Os pesquisadores envolvidos na revisão do The Lancet alertam que apesar de os tratamentos medicamentosos e cirúrgicos oferecerem benefício consideráveis às pessoas com obesidade é crucial aumentar os esforços na prevenção para frear o avanço da epidemia mundial de obesidade. 

“Essa nova revisão ressalta que as estratégias de prevenção da obesidade são diferentes das de tratamento. Estas últimas incluem a farmacoterapia moderna associada a cirurgia em alguns casos para o melhor desfecho para os pacientes”, afirma o Dr. Ricardo Cohen, coautor da publicação e médico cirurgião do Centro Especializado em Obesidade e Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.

 

Hospital Alemão Oswaldo Cruz – Link


Burnout parental atinge 9 em cada 10 mães, sendo uma das grandes consequências da falta de equidade de gênero no mercado de trabalho

Para trazer luz ao problema, a B2Mamy, em parceria com a Kiddle Brasil, acaba de lançar os resultados da primeira pesquisa sobre o tema no Brasil; 

 

O burnout parental é um tema cada vez mais relevante e urgente. De acordo com a pesquisa inédita realizada pela B2Mamy, maior comunidade de mães do país, em parceria com a Kiddle Pass, primeiro aplicativo de atividades interativas para crianças, 9 em cada 10 mães sofrem com esse tipo de esgotamento. Este é um dos maiores obstáculos para a equidade de gênero no mercado de trabalho. O levantamento revela também que 5 em cada 10 já receberam algum tipo de diagnóstico referente à saúde mental, enquanto 6 em cada 10 foram questionadas sobre filhos em momentos de promoções e seleção para vagas. 

“Começamos este projeto com o olhar do esgotamento materno, algo que presenciamos em nosso dia a dia com toda a comunidade. Entretanto, ao nos depararmos com os resultados, entendemos que se trata de algo maior que apenas a rotina diária das mães. O impacto está em todos os lugares e tem consequências na sociedade e no ambiente de trabalho. Discutir e trazer à luz a sobrecarga materna e o burn out parental é falar também sobre equidade de gênero” diz Lygia Imbelloni, médica e Head de Saúde e Bem-estar da B2Mamy. A pesquisa contou com mais de 1.500 participantes em um pouco mais de um mês no ar. 

Apesar de ter sido discutido pela primeira vez em 1983, foi só nos anos 2000 que o burnout parental ganhou destaque, impulsionado pela crescente participação das mulheres no mercado de trabalho e pelo aumento do burnout profissional. A pandemia de COVID-19 agravou a situação, revelando as desigualdades que as mães enfrentam. O assunto foi discutido em um estudo de 2022 da Universidade de Ohio, que revelou que 66% dos pais que trabalham sofrem de burnout parental, com 68% das mães e 42% dos pais afetados.

 

Mães em foco 

Como a primeira análise realizada apenas com mães, o resultado da pesquisa de Burnout Parental é preocupante. Mais da metade das entrevistadas estão em estado de esgotamento mental, com estágios entre graves ou moderados. 

Mariana Pereira, diretora do projeto e Educadora Parental na Kiddle Pass, destaca que o cenário é mais agravante em grupos minorizados. "Esperávamos um levantamento muito parecido com os da Universidade de Ohio, porém quando olhamos os marcadores sociais, encontramos uma realidade alarmante, condizente com o cenário de saúde mental dos brasileiros, de maneira geral. Segundo o Relatório Mundial de Estado Mental do Mundo 2024, o Brasil tem o terceiro pior índice de saúde mental no mundo, só perdendo para África do Sul e Reino Unido”, alerta.

 

Maternidade x mercado de trabalho 

Das mulheres ouvidas, cerca de 85% estão exercendo atividades remuneradas, e entre essas, 57% reportaram já terem sido questionadas sobre maternidade e gravidez em processos seletivos e promoções. Quando indagadas acerca da rede de apoio, a maior parte conta com suporte da família ou não possui assistência com os pequenos em casa. A assistência das empresas se limita ao básico e, com iniciativas obrigatórias: licença, plano de saúde e auxílio creche. 

Outra preocupação intensa percebida na análise é a culpa e a sobrecarga na conciliação trabalho e filhos. Em média, 75% das mães/figuras parentais maternas chegaram a questionar, em algum momento, a permanência no mercado de trabalho diante do adoecimento e transtornos mentais, diagnosticados em mais da metade das respondentes. 

Não é à toa que, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a participação de mulheres sem filhos no mercado é 35% maior do que as que são mães. “Enquanto as engrenagens das corporações não se atualizarem, a fim de entenderem e atenderem as demandas do público feminino em suas políticas, iniciativas e benefícios, a permanência da mulher no mercado de trabalho continuará sendo condicionada a um malabarismo que tenderá a adoecê-la” reforça Mariana Espindola, CEO da Kiddle. 

O alcance da equidade de gênero torna essencial fortalecer ambientes de trabalho que apoiem a maternidade e famílias, considerando que 51% da população é feminina. Os resultados da análise deixam claro que é necessário incentivar políticas corporativas e públicas para garantir o bem-estar das mães e de seus filhos, independentemente do ambiente em que estejam.




B2Mamy
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Kiddle Pass
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Massa magra tem impacto abrangente na saúde

Especialista explica que além de auxiliar na mobilidade, o aumento dos músculos contribui para prevenção de doenças, como diabetes, hipertensão e obesidade

 

Com o passar dos anos, é natural que as funções do corpo humano passem por alterações. Uma das principais mudanças é a perda de massa muscular, que pode acarretar dores nas articulações e ter um impacto sistêmico na saúde. 

Dr. Nemi Sabeh, médico do esporte credenciado pela Omint, explica que a diminuição da massa magra pode levar ao aumento da glicemia no sangue. "Isso ocorre porque o músculo é o principal órgão do nosso corpo responsável pela quebra da glicose", afirma. 

O especialista destaca ainda que o aumento da glicemia é uma das consequências da perda de densidade muscular, mesmo que a rotina alimentar não tenha sofrido modificações. “Essa alteração no sangue pode se transformar em reserva de gordura, abrindo caminho para o sobrepeso e a obesidade. Diversas condições estão relacionadas ao aumento corporal, sendo as principais a hipertensão, o diabetes e questões musculoesqueléticas”, reitera Sabeh. 

A mobilidade também é bastante afetada pela perda muscular, dificultando o equilíbrio e aumentando o risco de quedas. “É um conjunto de fatores. Não perdemos apenas força, mas também a capacidade de nos movimentar. Algumas ações tão naturais passam a ser realizadas com dificuldade, como sentar, levantar e deitar”, explica o médico. 

 

Fortalecimento muscular  

Em artigo publicado pela Nature, uma das revistas científicas mais respeitadas mundialmente, foi destacado que, nas últimas sete décadas, a expectativa de vida saltou de 47 para 73 anos. Embora as pessoas vivam mais, a qualidade de vida para os mais idosos ainda é precária. Por isso, o termo em inglês healthspan tem ganhado cada vez mais visibilidade por denotar a busca por saúde na longevidade. 

O segredo não é apenas viver mais, mas viver com mais qualidade e saúde. Assim, hábitos saudáveis tornam-se imprescindíveis. “Sair do sedentarismo é essencial. Introduzir uma atividade física diária, como a caminhada, já pode causar uma melhora significativa nas funções do corpo. Mas o que mais vai fazer diferença para aumentar o volume de massa magra é o exercício físico que consiste em executar ações com carga repetidamente e uma alimentação adequada”, afirma Sabeh.  

 

Benefícios para o corpo e para a mente 

Embora o exercício seja fundamental, a saúde mental também deve ser considerada. O estado de bem-estar é beneficiado pelo fortalecimento muscular devido aos hormônios que o exercício físico promove, como endorfina, serotonina e dopamina. Para o médico do esporte, “o corpo e a mente juntos resultam em uma melhoria no sono, nos hábitos e até na prevenção de doenças que afetam pessoas com idades mais avançadas”, diz. 

Ele recomenda não apenas o treino de força, mas também a inclusão de séries de alongamento, exercícios de flexibilidade e treinamento focado no abdômen. “Para ser mais eficiente, o ideal é separar as atividades a serem realizadas de acordo com os dias, em vez de misturar tudo”, afirma. 

Como tudo na vida é um processo, o médico do esporte dá cinco dicas para sair do sedentarismo: 

1.   Encare as tarefas domésticas: atividades como arrumar um armário e cortar a grama podem ser uma forma eficaz de se manter ativo. 

2.   Brinque com seus filhos: além de ser divertido, brincar com seus filhos é uma excelente maneira de exercitar a mente e o corpo ao mesmo tempo. 

3.   Evite depender sempre do carro: tente caminhar mais, alcançando, por exemplo, sete mil passos por dia. 

4.   Pratique um esporte de sua preferência: escolher uma atividade que você goste ajudará a manter a regularidade e a motivação. 

5.  Comece com pilates ou musculação leve: inicie com intensidade baixa e vá aumentando gradualmente conforme ganha resistência e confiança. 


Omint


Ansiedade e transtornos mentais crescem entre jovens e adolescentes

Psiquiatra explica principais fatores que contribuem para este cenário

 

O aumento dos transtornos mentais em adolescentes e jovens tem preocupado especialistas em saúde mental. Estudo da Universidade de Michigan (EUA) avaliou 781 pais, e 25% deles acreditam que os filhos sofrem de ansiedade. No Brasil, o Ministério da Saúde acaba de divulgar um levantamento que mostra que, em 10 anos (de 2013 a 2023), o número de internações relacionadas ao estresse e à ansiedade cresceu 136% entre pessoas de 13 a 29 anos. 

O uso excessivo de redes sociais e tecnologias vem despontando como uma das principais razões para este cenário. No entanto, existe um outro fator que pode contribuir para que o adolescente desenvolva um quadro ansioso: a família. O psiquiatra Ricardo Patitucci, Diretor Assistencial da Clínica da Gávea, do grupo ViV Saúde Mental e Emocional, explica que é preciso verificar se o núcleo familiar está saudável e se os pais também não precisam de algum tratamento. “Crianças e adolescentes são espelhos do comportamento dos próprios pais e a ansiedade delas é, no fundo, o reflexo de uma dinâmica familiar ansiosa”. 

O médico ressalta ainda que muitos desses jovens convivem com pais que são dependentes químicos, ou que possuem transtornos graves de humor, personalidade e quadros de psicose. “Temos que considerar ainda possíveis conflitos psicológicos decorrentes de um casamento instável, por exemplo, alienação parental, dificuldades financeiras, violência urbana, entre outros”, afirma. 

Os diagnósticos mais comuns entre jovens são depressão, dependência química, transtornos alimentares e de personalidade. Em muitos casos, os sintomas são negligenciados por falta de conhecimento e conscientização sobre saúde mental ou pelo estigma que impede o paciente de procurar ajuda. 

A Clínica da Gávea, unidade da ViV no Rio de Janeiro, atende no Núcleo da Infância e da Adolescente (NIAG), adolescentes entre 12 e 18 anos incompletos. Além de um tratamento humanizado e personalizado, a clínica conta com uma equipe multidisciplinar que envolve psiquiatras especializados nesse público, assim como psicólogos, assistentes sociais, terapeutas ocupacionais e enfermeiros, e que atende não apenas o paciente, mas toda a família.

 

ViV Saúde Mental e Emocional


Silvio Santos: Saiba o que é a Broncopneumonia. A causa da morte do apresentador

Silvio havia sido internado com H1N1 em julho, chegou a ter alta, mas acabou desenvolvendo uma pneumonia 

 

O apresentador Silvio Santos faleceu na madrugada deste sábado (17), aos 93 anos de idade, em São Paulo. De acordo com o boletim médico do hospital Albert Einstein, divulgado agora a pouco, a causa foi uma broncopneumonia, após complicações de uma infecção por Influenza (H1N1).

Silvio havia sido internado em julho, quando foi diagnosticado com a doença, recebeu alta alguns dias depois para se recuperar em casa. 

Mas no início deste mês ele precisou ser internado novamente, e o quadro acabou evoluindo para uma broncopneumonia e o apresentador não resistiu.

 

O que é a broncopneumonia?

De acordo com o médico Dr. Vital, a broncopneumonia pode ter várias causas e afeta os pulmões do paciente. 

A broncopneumonia é um tipo de pneumonia que inflama os alvéolos, as estruturas dos pulmões responsáveis pela troca de oxigênio com o sangue”.  

A pneumonia, normalmente, é provocada por microrganismos como vírus, bactérias ou fungos, ou mesmo pela inalação de substâncias que afetam as estruturas pulmonares”. 

A broncopneumonia afeta as estruturas dos pulmões
responsáveis pela troca de oxigênio com o sangue
FreePik

Principais fatores de risco para a broncopneumonia


- Uso frequente de ar condicionado;

- Mudanças bruscas de temperatura do local;

- Fumar;

- Uso excessivo de bebidas alcóolicas;

- Mal tratamento de resfriados.

 

Sintomas mais comuns da pneumonia:

- Tosse com secreção;

- Falta de ar;

- Febre alta;

- Dores no peito;

- Suor excessivo (sudorese;

- Calafrios.

 

Como é feito o tratamento?

O tratamento para broncopneumonia, em geral, começa com antibióticos para combater a infecção. Para aliviar a dor e a febre, o médico pode recomendar analgésicos e medicamentos para reduzir a temperatura”.

 Caso o paciente tenha problemas respiratórios, também pode ser necessário usar oxigênio extra, mas em casos mais sérios, pode ser preciso ficar internado no hospital para receber cuidados mais intensivos”, afirma o Dr. Vital.

 

Diagnóstico laboratorial é fundamental no controle da Mpox

Especialista da SBPC/ML destaca a importância da identificação precoce e das medidas preventivas para evitar a disseminação da doença viral

 

A Mpox, uma doença viral aguda causada pelo Orthopoxvirus, está sob vigilância global após a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarar estado de emergência de saúde global. Celso Granato, médico infectologista e patologista clínico da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica e Medicina Laboratorial (SBPC/ML), ressalta a importância fundamental da medicina laboratorial no diagnóstico precoce e na contenção da doença.

Granato explica que o período de incubação da Mpox varia de 5 a 21 dias. Os primeiros sintomas incluem febre, dor de cabeça e mal-estar, seguidos por erupções cutâneas, que podem surgir em qualquer parte do corpo, devido ao contato pele a pele com uma pessoa infectada. "Essas lesões são características e aparecem em estágios uniformes, o que as diferencia de outras doenças como a catapora", explicou. 

No diagnóstico, Granato enfatiza o uso do PCR em tempo real, uma técnica molecular que detecta o DNA do vírus de forma rápida e precisa. “Esse teste é o mais confiável e seguro, sendo amplamente utilizado em laboratórios de referência como o Instituto Adolfo Lutz, Fiocruz e Evandro Chagas, além de laboratórios privados,” destacou o especialista da SBPC/ML, acrescentando que embora a Mpox tenha uma semelhança clínica com a varíola, doença erradicada nos anos 70, hoje há ferramentas laboratoriais avançadas que permitem diferenciar claramente o vírus da Mpox de outros vírus similares. 

No entanto, ressalta Granato, é necessário que haja vigilância constante, principalmente em portos e aeroportos, para identificar e isolar casos suspeitos, minimizando o risco de disseminação global. Ele também menciona que, embora exista uma vacina eficaz contra a Mpox, sua disponibilidade é limitada e, por isso, é priorizada para indivíduos que tiveram contato próximo com casos confirmados. 

Além do diagnóstico inicial, a medicina laboratorial é essencial para monitorar possíveis complicações, como infecções bacterianas secundárias, e garantir que o tratamento seja adequado e eficaz, contribuindo para uma recuperação segura dos pacientes. "O alerta da OMS funciona como um chamado à ação para os profissionais de saúde e para a população em geral, lembrando que o diagnóstico precoce e a prevenção são as melhores armas contra a disseminação da Mpox, finalizou.



SBPC/ML - Sociedade Brasileira de Patologia Clínica e Medicina Laboratorial

 

Afinal, o que é tromboflebite e qual sua relação com as varizes?


Vermelhidão e inchaço nos pés, tornozelos e pernas são familiares para você? A condição é bastante comum, embora nem todo mundo saiba o que é tromboflebite. Trata-se de uma inflamação da veia acompanhada por um coágulo sanguíneo que pode ter complicações mais sérias. 

Já que falamos em edema nas pernas, pensamos logo em varizes, certo? Mas será que elas têm alguma relação com esse problema? 

Preparamos este post para você entender o que é tromboflebite, como surge e qual a sua relação com as famosas varizes. Confira!

 

O que é tromboflebite e como ela acontece? 

Flebite é como se chama qualquer tipo de inflamação nas paredes das veias. Pode acontecer em qualquer veia do corpo, apesar de ser menos comum nos membros superiores. Todas as vezes que houver uma alteração da parede da veia, por exemplo, por uma injeção, diminuição da velocidade do fluxo de sangue, por exemplo, quando ficamos muito tempo deitados, internados no hospital, ou quando há uma tendência própria do indivíduo a formar coágulos (trombofilia). Como existe sempre uma associação entre inflamação da veia e formação de coágulo, e a este coágulo dá-se o nome de trombo, resolve-se denominar todos estes quadros de Trombose Venosa. A trombose que ocorre nas pernas pode ser nas veias do sistema superficial ou do sistema profundo. 

O primeiro tipo, mais comum, ocorre em veias superficiais, gerando um processo inflamatório local, parede venosa e tecidos adjacentes. Costuma ter evolução benigna, mas, ainda assim, apresenta riscos de complicação. Este quadro é popularmente chamado de Flebite Superficial ou Tromboflebite. 

Quando o coágulo se forma nas veias do sistema profundo é chamada de trombose venosa profunda, deve ser tratada como urgência médica devido ao risco de o coágulo se deslocar, causando embolia pulmonar.

 

Qual é a sua relação com as varizes?

A tromboflebite é bastante comum em pessoas que têm varizes, já que as duas condições se relacionam com a circulação sanguínea. Em resumo, a formação do coágulo ocorre porque na doença venosa crônica, a velocidade da circulação do sangue cai devido a dilatação da veia, facilitando a formação de trombos.

 

Veja abaixo as condições gerais que predispõem aos trombos:

 

Falta de movimento

Longos períodos sem movimentar as pernas, como durante uma viagem de avião ou carro, tempo acamado após uma cirurgia ou trauma, perna quebrada etc.

 

Problemas na coagulação sanguínea

Algumas doenças causam distúrbios de coagulação, como trombofiliacâncer e infecções generalizadas. Um histórico familiar que indique problemas de coagulação ou tendência à formação de coágulos também são fatores de risco.

 

Gravidez

Devido às alterações hormonais, a gestação também altera o processo de coagulação sanguínea nas pessoas predispostas, isto é, apresentam algum tipo de trombofilia. O mesmo acontece em situações como uso de pílula anticoncepcional e terapias de reposição hormonal.

 

Lesão na veia

Outra causa comum da tromboflebite é a ocorrência de alguma lesão na veia provocada pela presença de cateter para administração de medicamentos ou por injeções.

 

Varizes

Caracterizam-se pela inflamação e dilatação das veias, que deixam de cumprir seu papel, prejudicando o retorno venoso e a velocidade da circulação sanguínea . Assim, são uma das causas mais comuns da tromboflebite superficial.

 

Como podemos tratar a tromboflebite?

O principal tratamento consiste em controlar a causa do problema, por exemplo, a remoção das varizes. Além disso, devem ser adotadas medidas de controle dos sintomas, como: 

  • elevação da perna afetada;
  • aplicação de compressas de gelo;
  • prática de exercícios físicos moderados, como a caminhada;
  • uso de anti-inflamatórios e anticoagulantes. 

Agora que você já sabe o que é tromboflebite, é importante ter em mente que buscar tratamento adequado é essencial. Embora a condição seja tratada em casa, há um risco de o paciente desenvolver TVP (trombose venosa profunda) nos 30 dias subsequentes ao início do quadro. Por isso, não deixe de consultar um especialista ao notar os sintomas.


Bruxismo, ranger involuntário dos dentes, requer cuidados

Seconci-SP disponibiliza a confecção de placas dentárias para tratamento

 

Se você range os dentes sem se dar conta, pode estar sofrendo de bruxismo e deve procurar o dentista, recomenda o dr. Douglas Felix do Nascimento, dentista do Seconci-SP (Serviço Social da Construção).

“O bruxismo é um problema dentário que se caracteriza pelo desgaste e diminuição dos dentes, que ficam parecendo pequenos e retos. Isso acontece pela frequência de apertos ou movimentos involuntários, geralmente durante a noite, principalmente quando se está dormindo. Esses movimentos são feitos lateralmente onde a parte superior da boca, o maxilar, encosta na parte inferior, a mandíbula, com a emissão de sons dos dentes raspando uns aos outros”, explica o profissional.

O dr. Nascimento destaca que um recurso poderoso para evitar o desgaste dos dentes é o uso de placa de bruxismo. “Essa placa pode ser feita através de uma moldagem com uma massa especial utilizada por dentistas ou mediante escaneamento das arcadas dentárias. A placa, na grande maioria dos casos, é utilizada para dormir ou como o dentista orientar. Geralmente, o uso ocorre durante o sono. O Seconci-SP disponibiliza a confecção dessas placas”.


Estresse e ansiedade

De acordo com o dr. Nascimento, o problema pode ser ocasionado por estresse, preocupações, ansiedade. “Algumas pesquisas mostram também que a genética pode estar relacionada ao problema. Uso de alguns medicamentos e excesso de cafeína podem agravar essa situação”.

Também podem ocorrer dores frequentes de cabeça, na nuca e nas faces. “Na maioria das vezes, o ato inconsciente de apertar ou ranger os dentes acontece à noite, durante o sono. É considerado um distúrbio do sono, chamado de bruxismo noturno, e pode ter origem física ou emocional”, prossegue.

O bruxismo também pode ocorrer durante o dia, enquanto a pessoa está acordada. Esse é o bruxismo diurno, também chamado de bruxismo em vigília, e normalmente está relacionado às atividades que exigem esforço físico ou muita concentração.

“É possível amenizar o bruxismo mediante tratamento multidisciplinar, com acompanhamento do dentista, de psicólogo para reduzir o estresse psíquico, de educador físico e, em alguns casos, com a utilização de tranquilizantes prescritos por psiquiatra. Também podem ser feitas sessões de fisioterapia, acupuntura e quiropraxia”.


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