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segunda-feira, 19 de agosto de 2024

Ansiedade e transtornos mentais crescem entre jovens e adolescentes

Psiquiatra explica principais fatores que contribuem para este cenário

 

O aumento dos transtornos mentais em adolescentes e jovens tem preocupado especialistas em saúde mental. Estudo da Universidade de Michigan (EUA) avaliou 781 pais, e 25% deles acreditam que os filhos sofrem de ansiedade. No Brasil, o Ministério da Saúde acaba de divulgar um levantamento que mostra que, em 10 anos (de 2013 a 2023), o número de internações relacionadas ao estresse e à ansiedade cresceu 136% entre pessoas de 13 a 29 anos. 

O uso excessivo de redes sociais e tecnologias vem despontando como uma das principais razões para este cenário. No entanto, existe um outro fator que pode contribuir para que o adolescente desenvolva um quadro ansioso: a família. O psiquiatra Ricardo Patitucci, Diretor Assistencial da Clínica da Gávea, do grupo ViV Saúde Mental e Emocional, explica que é preciso verificar se o núcleo familiar está saudável e se os pais também não precisam de algum tratamento. “Crianças e adolescentes são espelhos do comportamento dos próprios pais e a ansiedade delas é, no fundo, o reflexo de uma dinâmica familiar ansiosa”. 

O médico ressalta ainda que muitos desses jovens convivem com pais que são dependentes químicos, ou que possuem transtornos graves de humor, personalidade e quadros de psicose. “Temos que considerar ainda possíveis conflitos psicológicos decorrentes de um casamento instável, por exemplo, alienação parental, dificuldades financeiras, violência urbana, entre outros”, afirma. 

Os diagnósticos mais comuns entre jovens são depressão, dependência química, transtornos alimentares e de personalidade. Em muitos casos, os sintomas são negligenciados por falta de conhecimento e conscientização sobre saúde mental ou pelo estigma que impede o paciente de procurar ajuda. 

A Clínica da Gávea, unidade da ViV no Rio de Janeiro, atende no Núcleo da Infância e da Adolescente (NIAG), adolescentes entre 12 e 18 anos incompletos. Além de um tratamento humanizado e personalizado, a clínica conta com uma equipe multidisciplinar que envolve psiquiatras especializados nesse público, assim como psicólogos, assistentes sociais, terapeutas ocupacionais e enfermeiros, e que atende não apenas o paciente, mas toda a família.

 

ViV Saúde Mental e Emocional


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