Revisão sobre opções de tratamento da doença tem como coautor o Dr. Ricardo Cohen, médico cirurgião do Centro Especializado em Obesidade e Diabetes do Hospital.
Não é possível garantir sucesso no tratamento da obesidade sem que haja a combinação entre intervenções terapêuticas e mudanças no estilo de vida do paciente, essa é a conclusão da revisão das opções de tratamento da doença que publicada na sexta-feira, 16 de agosto, na The Lancet, uma das revistas científicas de maior relevância mundial.
O artigo, que tem como coautor o Dr. Ricardo Cohen, médico cirurgião do Centro Especializado em Obesidade e Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz e atual presidente mundial eleito da Federação Internacional de Cirurgia da Obesidade e Distúrbios Metabólicos (IFSO), reafirma que apenas intervenções no estilo de vida não são suficientes para atingir e manter as metas de tratamento da doença sem intervenções terapêuticas adicionais.
A publicação mostra a eficácia e segurança das modernas opções de medicação disponíveis e afirma que a cirurgia bariátrica e metabólica é o tratamento mais eficaz para a remissão da doença obesidade e das complicações a ela associadas. As evidencias científicas robustas sobre a segurança e os efeitos de longo prazo da cirurgia levaram a International Federation for the Surgery of Obesity e a Metabolic Disorders and the American Society for Metabolic and Bariatric Surgery a revisarem e atualizarem as indicações de 1991 para a indicação do procedimento operatório.
De acordo com as revisões, as intervenções no estilo de vida que
visam melhorar os padrões alimentares dos pacientes, a adoção da prática
regular de atividade física, redução dos níveis de estresse e boa qualidade do
sono são a base do tratamento para obesidade e componentes importantes de
qualquer abordagem de tratamento voltada para melhorar os resultados de saúde a
longo prazo. No entanto, intervenções terapêuticas são necessárias para haja
sucesso efetivo e a longo prazo no tratamento da doença que segundo a OMS
(Organização Mundial da Saúde) deve comprometer a qualidade da saúde de cerca
de 2,5 bilhões de pessoas em todo o mundo até 2035.
Prevenção
Dados da Federação Mundial de Obesidade (World Obesity Federation) estimam que em 2035, 41% da população brasileira será obesa e que o que o crescimento anual da doença será de 2,8% no país. Os pesquisadores envolvidos na revisão do The Lancet alertam que apesar de os tratamentos medicamentosos e cirúrgicos oferecerem benefício consideráveis às pessoas com obesidade é crucial aumentar os esforços na prevenção para frear o avanço da epidemia mundial de obesidade.
“Essa nova revisão ressalta que as estratégias de prevenção da obesidade são diferentes das de tratamento. Estas últimas incluem a farmacoterapia moderna associada a cirurgia em alguns casos para o melhor desfecho para os pacientes”, afirma o Dr. Ricardo Cohen, coautor da publicação e médico cirurgião do Centro Especializado em Obesidade e Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.
Hospital
Alemão Oswaldo Cruz – Link
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