Pesquisar no Blog

quinta-feira, 16 de maio de 2024

Qual a importância da tecnologia para o varejo?

O varejo está entre os setores mais promissores do país. Prova disso, de acordo com dados do IBGE, é que, só em janeiro de 2024, o segmento registrou uma alta de 8,2% em comparação com o mesmo mês no ano anterior. No entanto, sua característica de sazonalidade traz à tona uma série de desafios constantes que o segmento enfrenta em toda cadeia produtiva, desde as atividades de compras e vendas até o comportamento do público. Diante desses aspectos, que tornam toda essa gestão em algo complexo e desafiador, contar com o apoio da tecnologia é uma excelente estratégia.

Diferentemente de outros setores, o varejo possui um sistema operacional com especificidades. Isso é, ele atua durante os sete dias da semana, tendo um aumento das operações entre sexta e domingo. Esse fluxo tende a se potencializar ainda mais em datas comemorativas que, ao mesmo tempo que impulsionam o desempenho do comércio, também exigem um planejamento prévio, visto que não há margem para erro.

Na prática, exercer esse controle não é, de longe, uma tarefa simples, tendo em vista que a vertical atua com diversos fornecedores e precisa adquirir mercadorias na quantidade correta, de modo que atenda a demanda do público e, simultaneamente, não seja excedente ao ponto de deixar produtos parados em estoque. Considerando tal desafio, a tecnologia tem se mostrado cada vez mais um recurso indispensável nas operações do setor.

Com a facilidade de acesso que a era da conectividade nos trouxe, vimos crescer a quantidade de e-commerces e redes varejistas que adaptaram suas operações para a internet, o que favoreceu as vendas em qualquer lugar ou região do país. Sendo assim, a tecnologia é um mecanismo essencial para garantir a logística de toda essa cadeia, fornecendo recursos como, por exemplo, a Inteligência Artificial, que ajuda no gerenciamento da cadeia através de análises preditivas, históricos dos meses anteriores, entre outros aspectos que auxiliam na maior assertividade.

Por sua vez, é importante chamar atenção ao fato de que, mais do que compreender como os recursos tecnológicos ajudam nas operações, é preciso adotar a ferramenta que venha ao encontro das dores do negócio. E, em se tratando do varejo, é crucial que o setor opte por um sistema que tenha embutido funcionalidades especificas do segmento, como realizar compras de forma estratégica, análise do processo de estoque, e realização de marcações automáticas, de forma que ajude o varejista a tomar decisões assertivas e estratégias em seu negócio.

Certamente, implementar um novo sistema e metodologia não e algo que acontece da noite para o dia. Além disso, tradicionalmente, o mundo dos negócios foi constituído com teorias voltadas para a operação industrial, o que fez cada varejo implementar um método próprio.

Sendo assim, nessa jornada, contar com o apoio de uma consultoria especializada no segmento, detendo amplo know how sobre as características específicas da vertical, é uma excelente alternativa para garantir resultados, identificar pontos de gargalos e estabelecer ações efetivas que assegurem a solidez do negócio como um todo.

A tendência é que, mesmo com períodos de altas e baixas, o setor de varejo continuará crescendo. Isso exige que, desde já, os varejistas busquem se atentar às novas tendências e implementar recursos da tecnologia que ajudem a potencializar sua atuação de forma estratégica e ágil. Afinal, um setor que nunca dorme precisa contar com os ativos certos para tomar a melhor decisão a qualquer hora e lugar.

 

Alexandro Dias - CEO da ALFA Sistemas.

ALFA Sistemas
https://alfaerp.com.br/


Prejuízos no RS: como organizar o plano de reconstrução do estado?

Devastador e desesperador. O custo para reconstrução do Rio Grande do Sul já chegou à estimativa dos R$ 19 bilhões a médio e longo prazo, segundo dados do governo local, o que pode ser ainda maior com novas previsões de chuvas no estado. Mesmo que, neste momento, seja extremamente complexo prever uma volta à normalidade diante de tantas destruições que ainda precisam ser avaliadas, existem certos aspectos que devem ser levados em consideração, desde já, para que a união de forças em prol desta causa seja aplicada com assertividade para a habitação destas vítimas.

Sempre, depois de grandes tragédias, é usual observar uma série de oportunidades a serem exploradas a favor da recuperação do que, supostamente, foi perdido. No caso do Rio Grande do Sul, apesar de, hoje, não haver muito o que ser feito até o cessar das chuvas, já notamos uma mobilização nacional da sociedade, governo e empresas em uma força tarefa visando o abrigo destas vítimas e, posteriormente, reconstrução de suas moradias.

Em dados da Prospecta Obras, startup de construção civil que fornece informações completas sobre todas as obras em andamento no país através de um algoritmo de inteligência artificial, o sul do Brasil é a segunda maior região em termos de construção. Apenas de que no RS, existiam cerca de 79 mil obras mapeadas em andamento, das quais 90% foram afetadas pelo desastre natural, os prejuízos poderão aumentar ainda mais nas próximas semanas, o que exige um planejamento muito cuidadoso pensando nos próximos passos a serem tomados.

Uma vez normalizada a chuva, será preciso pensar em soluções práticas, rápidas e seguras para a reconstrução dos empreendimentos, de forma que se tornem mais aptas a suportar certos desastres naturais fora de nosso controle. Na Flórida, nos Estados Unidos, como exemplo, existem os chamados “prédios anti-furacão”, os quais são feitos com uma estrutura especial capaz de suportar a força dos ventos que, no estado, se tornam frequentes de serem vistos.

No Brasil, a mesma premissa precisa ser adotada, buscando por soluções inteligentes que se adaptem à realidade local para evitar danos severos em casos destes acontecimentos – tais como construções pré-moldadas que facilitem a agilizar este processo com segurança e eficiência. Junto a isso, é preciso priorizar o reaproveitamento dos materiais, visando reduzir, ao máximo, o descarte e custo destes projetos diante de um cenário econômico já abalado.

Essas opções devem ser cogitadas conforme cada caso, afinal, cada construção precisará ser avaliada individualmente pela defesa civil, engenheiros e profissionais da fiscalização, entendendo se a moradia ainda é estável e segura para habitação. Caso sua estrutura tenha sido afetada, é preciso compreender este grau para que, com isso, determinem qual o melhor procedimento a ser seguido – seja pela demolição total perante uma reconstrução do zero, ou se será possível aproveitar parte da estrutura para aplicar os ajustes pontuais necessários.

Em termos de mão de obra, as empresas do setor devem direcionar seus esforços para atrair e qualificar seus profissionais para que consigam unir forças para que essa reconstrução ocorra o mais rápido possível. Apesar deste ser um desafio para a construção civil, visto que o segmento enfrenta um déficit de talentos jovens ingressando na área, é uma oportunidade intensificar a contratação de outros estados, uma vez que o estado precisará da maior quantidade possível de pessoas aptas a ajudar neste processo.

Ainda temos um longo caminho pela frente e, é difícil estimar um tempo para que as pessoas voltem a ter seus lares em bom estado de moradia. Agora, é momento de aguardar até que as chuvas encerrem para que, depois, seja possível avaliar e fiscalizar as obras e direcionar esforços para a reconstrução destes lares e empreendimentos. 



Wanderson Leite - fundador do EuConstruindo.com, IA especializada em orçamentos para construção civil; e da Prospecta Obras, empresa de análise de dados especializada em mapeamento de obras.

EuConstruindo.com


Menos de 40% dos cargos executivos no país são ocupados por mulheres

Iniciativa do Pacto Global da ONU pretende levar mais de 11 mil mulheres para cargos de alta liderança até 2030


Apesar de representarem 51,5% da população brasileira, as mulheres continuam a enfrentar obstáculos significativos em sua ascensão rumo à liderança no mercado de trabalho. Segundo dados do último Censo, menos de 40% dos cargos executivos no país são ocupados por mulheres, refletindo diretamente em sua remuneração, que é em média 21,1% menor do que a dos homens. Diante desse cenário, o movimento Elas Lideram, iniciativa do Pacto Global da ONU, propõe um caminho de mudança ao mobilizar 1.500 empresas brasileiras com o objetivo de levar mais de 11 mil mulheres para cargos de alta liderança até 2030. 

De acordo com a professora do curso de MBA em liderança feminina da Human SA, Dani Plesnik, para enfrentar esse desafio e preparar as mulheres para os cargos de liderança, é necessário que existam medidas concretas para cumprir o compromisso com a diversidade de gênero, dentre eles: revisão nos processos de contratação e promoção, mentoria, sponsoring, políticas públicas e investimentos privados. 

“Há anos estamos mapeando, descrevendo e quantificando os problemas que as mulheres enfrentam no mundo corporativo. Já sabemos os benefícios que a representatividade feminina na liderança representa. Aumento de inovação, criatividade, produtividade, dentre tantos outros efeitos positivos já mapeados. Agora é necessário agir”, destaca. 

Apesar das mulheres serem ainda minoria nos cargos de gestão, o país está avançando. O Brasil ocupa o 11º lugar no ranking de países com maior presença de mulheres em cargos de liderança, segundo a empresa global de consultoria Grant Thornton. Porém, persistem desafios que impactam esse ranking, como a disparidade na divisão de afazeres domésticos, com as mulheres dedicando em média 9,6 horas a mais por semana do que os homens. Essa sobrecarga é ainda mais evidente entre as mães, conforme demonstra pesquisa da Fundação Getúlio Vargas, que revela que quase metade das mulheres que tiram licença-maternidade não retorna ao mercado de trabalho após 24 meses. Já uma pesquisa da Ticket, marca de benefícios da Edenred Brasil, revelou que 52% das mulheres com filhos já sofreram algum tipo de preconceito no ambiente profissional, seja em processos seletivos ou nos locais em que trabalharam. 

“É fundamental cuidar da saúde mental para enfrentar os desafios com resiliência. A pressão para conciliar as demandas profissionais com as responsabilidades domésticas e familiares, juntamente com preconceitos e micro agressões no ambiente de trabalho, pode levar ao esgotamento físico e mental das mulheres. De forma ainda mais elevada em grupos étnicos minoritários. A busca por um futuro mais justo e igualitário requer esforços contínuos e colaborativos, com a conscientização de que a liderança feminina não é apenas um desejo, mas uma necessidade para construir uma sociedade equilibrada e sustentável. Isso permeia a educação somada a ação”, comenta a professora do curso de Liderança Feminina. 


Human SA


Após três meses de alta, confiança dos empresários paulistanos volta a cair

 Pesquisa da FecomercioSP aponta que percepção em relação às condições econômicas atuais piorou nos comparativos mensal e anual

 

Depois de três meses de altas seguidas, a confiança do empresariado paulistano voltou a recuar. Em abril, o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC), da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) registrou queda de 1,9% em comparação a março, passando de 111 para 108,9 pontos [tabela 1]. O índice varia de zero a 200 pontos, em que abaixo de 100 pontos reflete o sentimento de pessimismo dos empresários, e acima desse patamar aponta otimismo.

 

O resultado foi influenciado, principalmente, pela deterioração da percepção quanto às condições econômicas atuais. Embora a atividade econômica e o mercado de trabalho tenham apresentado bons resultados, a pressão inflacionária sobre alguns grupos no início do ano, a revisão da meta fiscal e seus efeitos sobre o ciclo de cortes na taxa de juros parecem ter preocupado os empresários. O elevado porcentual de famílias inadimplentes também é um fator de atenção. 

 

[TABELA 1]
ÍNDICE DE CONFIANÇA DO EMPRESÁRIO DO COMÉRCIO (ICEC)
Série histórica (12 meses)
Fonte: FecomercioSP


Esse cenário é confirmado ao verificar que o Índice das Condições Atuais do Empresário do Comércio (ICAEC), um dos subindicadores do ICEC, caiu 5%, em relação a março, e 4,1%, na comparação com o mesmo mês do ano passado. Além disso, ao marcar 86,5 pontos, o ICAEC segue refletindo o sentimento de pessimismo dos empresários a respeito do momento atual (abaixo dos 100 pontos). 

O Índice de Expectativa do Empresário do Comércio (IEEC), outro subindicador, responsável por medir as perspectivas futuras dos negócios, também caiu ao passar de 142,4 pontos, em março, para 140,6 pontos, em abril, queda de 1,2%. No entanto, é o item mais bem avaliado do ICEC. Em relação ao mesmo período do ano passado, houve leve alta de 0,8%. Já o Índice de Investimento do Empresário do Comércio (IIEC), variável que mede a disposição dos empresários a realizar contratações ou a investir na estrutura física da empresa, se manteve estável em relação ao mês de março, nos mesmos 99,5 pontos.

 

ADEQUAÇÃO DE ESTOQUES ATINGE MAIOR NÍVEL EM QUASE DOIS ANOS


O índice que mede o sentimento dos empresários quanto ao nível de estoque (IE) avançou 4,6% em abril, passando de 114,7 pontos, em março, para 120 pontos, em abril, o maior patamar desde maio de 2022. A alta foi motivada pelo porcentual de empresários que consideram os estoques adequados, saltando de 57%, em março, para 59,7%, em abril, enquanto a parcela que considera ter estoques em excesso caiu de 26,7% para 24,4%, no mesmo período.

 

A FecomercioSP segue alertando os empresários de que estoque parado é dinheiro paralisado. Contar com uma gestão eficiente é fundamental para manter a saúde financeira, principalmente em períodos de juros elevados.

 

BOLETIM DE INVESTIMENTOS | PRINCIPAIS INDICADORES



Notas metodológicas

ICEC


O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC) contempla a percepção do setor em relação ao seu segmento, à sua empresa e à economia do País. São entrevistas feitas em painel fixo de empresas, com amostragem segmentada por setor (não duráveis, semiduráveis e duráveis) e por porte de empresa (até 50 empregados e mais de 50 empregados). As questões agrupadas formam o ICEC, que, por sua vez, pode ser decomposto em outros subíndices que avaliam as perspectivas futuras, a avaliação presente e as estratégias dos empresários mediante o cenário econômico. A pesquisa é referente ao município de São Paulo, contudo sua base amostral reflete o cenário da região metropolitana.

 

IEC


O Índice de Expansão do Comércio (IEC) é apurado todo o mês pela FecomercioSP desde junho de 2011, com dados de cerca de 600 empresários. O indicador vai de 0 a 200 pontos, representando, respectivamente, desinteresse e interesse absolutos em expansão de seus negócios. A análise dos dados identifica a perspectiva dos empresários do comércio em relação a contratações, compra de máquinas ou equipamentos e abertura de novas lojas. Apesar de esta pesquisa também se referir ao município de São Paulo, sua base amostral abarca a região metropolitana.

 

IE


O Índice de Estoque (IE) é apurado todo o mês pela FecomercioSP desde junho de 2011 com dados de cerca de 600 empresários do comércio no município de São Paulo. O indicador vai de 0 a 200 pontos, representando, respectivamente, inadequação total e adequação total. Em análise interna dos números do índice, é possível identificar a percepção dos pesquisados relacionada à inadequação de estoques: “acima” (quando há a sensação de excesso de mercadorias) e “abaixo” (em casos de os empresários avaliarem falta de itens disponíveis para suprir a demanda a curto prazo). Como nos dois índices anteriores, a pesquisa se concentrou no município de São Paulo, entretanto sendo a sua base amostral considera a região metropolitana.

 

FecomercioSP

 

Como obter a eficiência empresarial com o apoio do CSC?

Nos ambientes empresariais contemporâneos, a busca pela eficiência é fundamental. Sendo assim, uma estratégia inovadora amplamente adotada é a implementação dos Centros de Serviços Compartilhados (CSC). Isso porque eles consolidam funções administrativas em uma única unidade para servir diversas áreas da organização, promovendo a otimização de processos, redução de custos e aumento da eficiência operacional.

Os CSCs atuam como hubs centralizados, garantindo consistência, padronização e qualidade nos serviços administrativos oferecidos, além de um rápido retorno de investimento. Não à toa, de acordo com a Pesquisa do Centro de Serviço compartilhados S-LATAM, 2023, realizada pela Deloitte, foi constatado que 57% dos centros recuperam o valor investido em, no máximo, um ou dois anos.

No entanto, para assegurar a efetividade desse processo, a governança corporativa é algo crucial, tendo em vista que, mais do que simplesmente focar na produtividade, é vital garantir a segurança da informação, a consistência dos processos, uma gestão eficaz dos dados, e a identificação e correção ágeis de falhas.

Por sua vez, é importante destacar que, quando falamos sobre produtividade, essa ação não se resume apenas a economizar mão de obra, mas sim em garantir alta disponibilidade, operar 24 horas por dia durante a semana, adaptar-se rapidamente às demandas que mudam conforme o calendário e ter um processo autoscaling (escalonamento automático).

E, levando em conta a atual fase de transformação digital que as organizações estão inseridas, trilhando um caminho sem volta para a modernização e incluindo cada vez mais recursos tecnológicos, o CSC é considerado um passo essencial nessa jornada, visto que ajuda na potencialização de dados e aproveitamento de tecnologias como a Inteligência Artificial.

Essa estratégia não apenas simplifica a gestão, mas também libera recursos para direcionar ações com foco em iniciativas estratégicas. Isso é, ao integrar um CSC com uma abordagem de autosserviço, as empresas promovem uma cultura de eficiência e responsabilidade. Além disso, essa sinergia aumenta a satisfação e o engajamento dos funcionários, contribuindo para um ambiente de trabalho mais produtivo e colaborativo.

Isso porque, enquanto o CSC lida com tarefas complexas e estratégicas, o autosserviço capacita os colaboradores a resolverem questões mais simples por conta própria. Essa combinação não apenas impulsiona a eficiência operacional, mas também promove uma cultura organizacional de responsabilidade e excelência. Afinal, profissionais engajados e bem capacitados são capazes de potencializar o negócio da empresa, implementando melhorias contínuas e ajustando-se rapidamente às mudanças necessárias.

A expectativa é que cada vez mais as empresas globais forneçam um maior valor a um custo menor. A rentabilidade e aceleração dos negócios são prioridades estratégicas no investimento em empresas globais que, em média, atingem 30% de benefícios de uma só vez, além de 10% de taxa de execução, segundo a Deloitte. Assim, ao investir na estruturação e fortalecimento do CSC, as organizações se posicionam para alcançar novos patamares de sucesso nos negócios, adaptando-se de forma ágil e eficaz a um ambiente empresarial dinâmico e desafiador. 



Thiago Massari - Squad Leader da Viceri-SEIDOR


Viceri-Seidor
www.viceri.com.br


O Espelho do Planeta: Reflexões sobre nossa solidariedade ambiental

Em meio ao turbilhão de informações e ao ritmo frenético do cotidiano, uma pergunta essencial muitas vezes escapa ao nosso escrutínio diário: onde anda o nosso espírito solidário com o planeta? Enquanto percorremos nossas rotinas, entre o conforto dos espaços climatizados e a conveniência dos transportes que nos isolam da natureza, raramente paramos para considerar nosso impacto no mundo natural que sustenta nossa própria existência.

A crise climática, o desmatamento florestal e a poluição ambiental não são apenas manchetes que temporariamente capturam nossa atenção antes de serem ofuscadas por outras notícias; são sintomas persistentes de uma relação profundamente desequilibrada. Este desequilíbrio não surge do nada. Ele é alimentado por nossas escolhas diárias, por nossos hábitos de consumo, pelo nosso engajamento — ou pela falta dele — em práticas sustentáveis.

Pensemos no desmatamento, um dos maiores vilões da crise climática. À medida que florestas são derrubadas, seja pela expansão agrícola, seja pela extração de madeira, perdemos não apenas árvores, mas complexos ecossistemas que são vitais para a regulação do clima global e para a biodiversidade. Quando optamos por produtos sem verificar sua origem, quando não questionamos as políticas das empresas que sustentam nossos estilos de vida, estamos implicitamente endossando esse ciclo destrutivo.

Da mesma forma, a poluição ambiental, seja ela atmosférica, terrestre ou aquática, é muitas vezes um subproduto direto de nossas atividades diárias. Carros que emitem poluentes, plásticos descartáveis que acabam em aterros ou oceanos, eletroeletrônicos que deixamos de reciclar — cada ato tem uma repercussão, cada escolha é um voto no tipo de mundo que queremos habitar.

E o que dizer dos nossos hábitos saudáveis com a natureza? Quantas vezes realmente priorizamos o meio ambiente em nossas rotinas? Substituir sacolas plásticas por reutilizáveis, reduzir o consumo de água, optar por transportes menos poluentes, apoiar a agricultura local e sustentável — são passos simples, mas que, se adotados coletivamente, podem gerar mudanças significativas.

O desafio está em não deixar que nossa preocupação se desvaneça como a névoa da manhã. É vital cultivar uma consciência ambiental que perdure, que transforme preocupação em ação. Não basta ser solidário com o clima quando o tema está em voga ou quando a catástrofe bate à nossa porta; a solidariedade deve ser uma constante, um compromisso integrado ao nosso modo de viver.

Assim, enquanto avançamos por nossas vidas, talvez seja hora de olhar no espelho e perguntar: estamos realmente fazendo o suficiente? Nossa solidariedade com o planeta é genuína, ou apenas superficial? As respostas a essas perguntas definirão não só o legado que deixaremos, mas a qualidade do mundo que habitaremos. Agir em favor do meio ambiente é um dever que temos com as gerações futuras e com nós mesmos. Não é tarde demais para refletir sobre por onde anda o nosso espírito solidário com a Terra. Afinal, é o único lar que temos.

 

Francisco Carlos

Mundo RH

Sefras participa da 2ª Semana do Registro Civil, na Praça da Sé

Iniciativa acontece até sexta (17) com o objetivo de regularizar a documentação de pessoas em situação de rua

 


A segunda edição da Semana do Registro Civil acontece até sexta (17), a partir das 10h, com o principal objetivo de regularizar a documentação de pessoas em situação de rua. A ação é realizada pelo Registra-se e Pop Rua Jud em parceria com o Sefras — Ação Social Franciscana, Prefeitura Municipal de São Paulo, Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (SMADS), além da participação de órgãos como INSS e Poupatempo. Os atendimentos ocorrerão na Praça da Sé, no Centro de São Paulo.

 

Estão sendo regularizados diversos documentos, como Certidão de Nascimento, Certidão de Casamento, Certidão de Óbito, Registro Geral (RG), Título de Eleitor, Cadastro de Pessoa Física (CPF) e Certificado de Reservista. “Na 1ª Semana do Registro Civil, em 2023, atendemos aproximadamente mil pessoas no Chá do Padre. E neste ano, seguimos comprometidos em garantir que cada cidadão tenha acesso aos seus direitos básicos. Essa é uma oportunidade crucial para assegurar que milhares de pessoas consigam exercer plenamente sua cidadania”, explica Frei José, Diretor do Sefras.

 

Durante a ação, o Sefras está distribuindo marmitas na Sé, e prestando serviços de orientação de regularização migratória e social por meio do CRAI Móvel, que trabalha  pela promoção dos direitos dos imigrantes no Brasil. Além da emissão de documentos, as pessoas que estiverem presentes no local receberão orientações sobre combate a violência contra a mulher, atendimento à comunidade LGBTQIA+, atividades estéticas, orientações médicas e odontológicas, além de atendimento jurídico e previdenciário. A edição anterior promoveu 998 registros e a expectativa para 2024 é ampliar o número de emissões, a fim de garantir o direito à cidadania e segurança civil aos beneficiados pelo projeto.

 

Sobre o Sefras

Sefras é uma organização social apartidária e de princípios franciscanos com mais de 23 anos de ação em 17 territórios pelo país. Guiados pelos valores de acolher, cuidar e defender, atende mais de 4 mil pessoas todos os dias, atuando diariamente no combate às violações de direitos e pela inserção econômica e social de populações extremamente vulneráveis: pessoas idosas, migrantes e refugiados, crianças e adolescentes, população em situação de rua e pessoas acometidas pela hanseníase. Também atua na promoção do trabalho decente, em combate ao trabalho análogo à escravidão em grandes metrópoles, na luta contra a fome e pela preservação da Amazônia e defesa intransigente das pessoas e comunidades que a defendem.

 

 

SERVIÇO:


Semana Nacional do Registro Civil

16 e 17 de maio de 2024, a partir das 10h

Praça da Sé - São Paulo/SP

Documentos para emissão: Certidões de Nascimento, Casamento e Óbito; além de RG, CPF, Reservista, Título de Eleitor e Carteira de Trabalho

Cadastro: INSS e CadÚnico

Ação Gratuita



quarta-feira, 15 de maio de 2024

Ação interativa na sede da ARTESP conscientiza população sobre riscos do celular ao volante

Divulgação
Aberta ao público, iniciativa das concessionárias Ecovias e Ecopistas dá a chance aos participantes de experimentar equipamentos de simulação


A ARTESP - Agência de Transporte do Estado de São Paulo e as concessionárias Ecovias e Ecopistas realizarão uma ação aberta ao público com o tema “uso do celular ao volante”, no bairro do Itaim Bibi, nesta quinta-feira (16).

 

Com o objetivo de conscientizar os motoristas sobre os perigos de dividir a atenção com o telefone, a iniciativa contará com recursos como simulador de impacto e também um circuito com óculos simulador de embriaguez. “A agência acredita que é muito importante realizar ações educativas para toda a população. Quanto mais pessoas conscientizadas sobre os riscos no trânsito, melhor”, comenta Milton Persoli, diretor geral da ARTESP.

 

A atividade faz parte do Movimento Maio Amarelo, mês escolhido para chamar a atenção da sociedade para os números de mortos e feridos em acidentes de trânsito e com a finalidade de diminuir os índices para garantir um trânsito mais seguro para todos. Neste ano, o lema da campanha é “Paz no trânsito começa por você”.

 

Simulador de impacto


As concessionárias farão o lançamento oficial do simulador nesta ação. Dentro do simulador, a pessoa coloca os óculos de realidade virtual, onde se enxerga no banco do motorista de um veículo em movimento.

 

A tecnologia oferece uma experiência altamente realista, com imagem em 360° e som imersivo, mostrando o trecho da rodovia e todas as imprudências feitas pelo motorista até a colisão traseira em um caminhão. Após a experiência, a equipe da concessionária explicará os erros que levaram à colisão, enfatizando a importância de evitar comportamentos perigosos no trânsito como uso de celular ao volante, excesso de velocidade, falta de atenção e desrespeito às sinalizações.

 

O equipamento pode ser utilizado por maiores de 12 anos e que não apresentem problemas de saúde, já que, mesmo com baixa velocidade, é possível sentir o impacto da colisão e a projeção do corpo.


 

Óculos simulador de embriaguez


Além do simulador de impacto, as concessionárias levarão mais um dispositivo de conscientização no evento. O Óculos Simulador de Embriaguez utiliza um conjunto de lentes que criam uma distorção na visão, simulando os efeitos do consumo de álcool no organismo e na percepção ao dirigir sobre o efeito do álcool. A experiência é similar a níveis entre 0,38 e 0,71 mg de álcool por litro de sangue, o que equivale ao consumo de duas a quatro latas de cerveja em um homem adulto com peso aproximado de 80 kg. 

 

Serviço

Data: 16/05

Horário: das 10h às 14h

Endereço: Rua Iguatemi, 105 - Itaim Bibi, na calçada da sede da ARTESP 


Saúde na Estrada da Ipiranga volta a rodar o Brasil com atendimento de saúde e exames gratuitos nos postos Rodo Rede


A maior carreta de saúde do país inicia trajeto em São Roque, em São Paulo, e conta com serviços como checkup básico de saúde, teste de glicemia, bioimpedância, acuidade visual, vacinação, barbearia e orientação em segurança sobre temas diversos.

 

O Saúde na Estrada, iniciativa itinerante de saúde e responsabilidade social da Ipiranga, retorna às estradas nacionais a partir de maio para mais uma temporada dedicada ao cuidado com a saúde e bem-estar de caminhoneiros e comunidades próximas aos postos Ipiranga Rodo Rede de todo o país. Este ano, serão realizados 98 eventos, em 95 cidades brasileiras, percorrendo 16 estados. A rota deste ano terá início no dia 16 de maio, no Auto Posto Quinta Do Marquês, localizado em São Roque (SP), seguindo para o Posto Sessenta, na mesma cidade, no dia 17 de maio. 

A trajetória do Saúde na Estrada traz números e resultados relevantes. Ao longo dos últimos 17 anos, o projeto beneficiou mais de 700 mil pessoas, atendendo a quase 230 municípios, em 22 estados. Com mais de 1.620 eventos realizados e 600 mil quilômetros percorridos, a iniciativa teve o apoio de mais de 55 mil profissionais da saúde voluntários. 

“O Saúde na Estrada representa o compromisso da Ipiranga com a jornada de mobilidade dos brasileiros, em especial do público das estradas. Ao mesmo tempo em que oferecemos produtos e serviços que facilitam o dia a dia dos consumidores, também levamos um programa voltado para o cuidado com a saúde, qualidade de vida e bem-estar dos que trabalham ou vivem nas estradas, como caminhoneiros e população do entorno. Temos orgulho dos resultados desse projeto, que vem fazendo a diferença na vida das pessoas e leva para as rodovias o nosso propósito, que é de abastecer a vida em movimento”, comenta Bárbara Miranda, vice-presidente de Marketing e Desenvolvimento de Negócios da Ipiranga.

 

Serviços

O Saúde na Estrada disponibiliza exames focados no check-up básico de saúde, incluindo medições de oximetria para avaliar a oxigenação no sangue, temperatura corporal, pressão arterial e batimentos cardíacos. Além disso, são oferecidos testes oftalmológicos, avaliações de glicemia para monitorar o nível de açúcar no sangue, bioimpedância para determinar a composição corporal e avaliar o estado nutricional, testes rápidos para detecção de HIV, sífilis; e hepatite B e C. 

Também serão disponibilizadas vacinas, em conjunto com as secretarias municipais de saúde. Serão aplicadas vacinas para H1N1, Covid, Tétano, Rubéola, Hepatite B e Febre Amarela. 

Além dos serviços de saúde, a carreta prioriza o bem-estar e a segurança dos motoristas. Para isso, a carreta conta com Espaço Zen, equipada com cadeiras de massagem para proporcionar momentos de relaxamento e com serviços de barbearia a todos os frequentadores. 

A carreta também irá oferecer orientações de trânsito, visando a segurança de todos nas estradas, em parceria com a Polícia Rodoviária Federal (PRF).

 

História e impacto social - Durante o período da pandemia, foram implementadas diversas iniciativas para apoiar os motoristas. Isso incluiu a distribuição de kits de higiene, a realização de testes rápidos e a administração de vacinas. Além disso, a Ipiranga, por meio do Saúde na Estrada, ofereceu cerca de 4 milhões de refeições em uma ação de troca de pontos do Km de Vantagens Caminhoneiro. 

 

Lançamento do Saúde na Estrada 2024

Horário: 9hh as 17hs

 

Serviço: 

16/5 - Auto Posto Quinta Do Marquês Ltda

Rodovia Pres. Castelo Branco, 345 - Km 57 (São Roque – SP)

 

17/05 - Posto Sessenta Ltda

Est. Oito s/n, Pq. Recreio Mirante (São Roque – SP)


AMRIGS convoca voluntários da área da saúde para apoiar na triagem e organização de medicamentos para vítimas das cheias

Entidade busca reforço urgente para lidar com o volume de doações


A Associação Médica do Rio Grande do Sul (AMRIGS) solicita urgentemente o apoio de voluntários da área da saúde para auxiliar na triagem de medicamentos destinados às vítimas das enchentes. Médicos, residentes, acadêmicos de Medicina, farmacêuticos, enfermeiros e técnicos de enfermagem são chamados a contribuir. Estima-se que sejam necessários pelo menos 30 voluntários adicionais para organização da escala.

Para se voluntariar e contribuir com essa causa, entre em contato diretamente com a AMRIGS através do grupo de WhatsApp https://bit.ly/voluntariosamrigs 


Marcelo Matusiak

 

BOLETIM DAS RODOVIAS

Principais rodovias concedidas apresentam pontos de congestionamento

 

A ARTESP - Agência de Transporte do Estado de São Paulo informa as condições de tráfego nas principais rodovias que dão acesso ao litoral paulista e ao interior do Estado de São Paulo no início da tarde desta quarta-feira (15). 

 

Sistema Anchieta-Imigrantes (SAI)

Operação Normal (5x5). A Rodovia Anchieta (SP-150) sentido litoral apresenta congestionamento do km 39 ao km 43+600, no sentido capital o tráfego é normal. Na Rodovia dos Imigrantes (SP-160) o tráfego é normal, sem congestionamentos.

 

Sistema Anhanguera-Bandeirantes

A Rodovia Anhanguera (SP-330) apresenta tráfego normal, sem congestionamentos. Já na Rodovia dos Bandeirantes (SP-348), há congestionamento do km 40 ao km 38 e do km 66 ao km 64 no sentido capital. No sentido interior, o tráfego é normal.

 

Sistema Castello Branco-Raposo Tavares

Tráfego normal, sem congestionamentos.

 

Rodovia Ayrton Senna/Carvalho Pinto

O corredor Ayrton Senna/Carvalho Pinto (SP-070) apresenta tráfego lento do km 19 ao km 23, sentido interior.

 

Rodovia dos Tamoios

Tráfego normal, sem congestionamentos.


Dia Internacional de Conscientização das MPSs: diagnóstico precoce e novo medicamento trazem esperanças para pacientes brasileiros

 

Medicamento inovador que aguarda aprovação da ANVISA é capaz de tratar os efeitos neurológicos da MPS- II, proporcionando benefícios e suporte para os pacientes 


 

 

Celebrado em 15 de maio, o Dia Internacional de Conscientização das Mucopolissacaridoses (MPSs) tem como objetivo trazer maior conscientização e conhecimento acerca dessas patologias, reforçando a importância do diagnóstico precoce, por meio da expansão do teste do pezinho, e do tratamento mais adequado.  

 

As MPSs são doenças genéticas raras, sendo o tipo II (também chamado de Síndrome de Hunter ou MPS-II), o que tem mais pacientes no Brasil. A falha em um gene localizado no cromossomo X (razão pela qual a MPS-II afeta quase exclusivamente os meninos) leva à deficiência na produção de uma das enzimas responsáveis pela degradação dos glicosaminoglicanos (GAGs), substâncias do nosso corpo presentes em quase todos os tecidos. Quando não são degradadas, essas substâncias se acumulam nas células do organismo, podendo causar aumento dos órgãos, problemas respiratórios, circulatórios, esqueléticos, surdez, dificuldade no desenvolvimento e deterioração neurológica, comprometendo a qualidade de vida e reduzindo a expectativa de vida dos pacientes afetados.  

 

Os sintomas começam a ser perceptíveis nos primeiros meses de vida: a criança com MPS-II pode ter aumento do fígado e o baço, articulações enrijecidas, atraso na fala, dificuldades de atenção e perda de habilidades adquiridas, entre outras manifestações. Contudo, esses sinais podem ser confundidos com outras patologias, fazendo com que o paciente passe por diferentes especialistas e seja submetido a uma série de exames, por vezes a tratamentos inadequados, até receber o diagnóstico correto, por meio de testes bioquímicos e genéticos.  

 

A expansão do teste do pezinho para incluir as MPS seria uma maneira de detectar rapidamente a MPS-II, além de outras doenças raras, garantindo o tratamento adequado para minimizar os efeitos dessas patologias nos pacientes. O exame já é previsto em lei desde 2021, mas o Brasil ainda enfrenta dificuldades para efetivar sua implantação em toda a rede do SUS


 

Novo medicamento pode revolucionar tratamento da MPS tipo II 

 

Atualmente, o tratamento disponível no Brasil para a MPS-II não é capaz de tratar os efeitos neurológicos da doença por causa da chamada “barreira sangue-cérebro”, formada por um conjunto de células que atuam como um filtro altamente seletivo, que protege o sistema nervoso central de ataques de microrganismos e impede que medicamentos administrados por via oral ou injetados no sangue cheguem até o cérebro. 

 

“Aos três anos de idade meu filho foi diagnosticado com Mucopolissacaridose II, também conhecida como Síndrome de Hunter. O medicamento disponível no Brasil não conseguia controlar a piora no quadro em relação ao sistema neurológico. Depois de pesquisas incessantes conheci esse tratamento inovador e, desde então, venho atuando no convencimento junto a ANVISA, para que o tratamento seja uma realidade para todos os pacientes com MPS II, e não apenas o meu filho que está participando da pesquisa clínica”, reflete Antoine Daher, pai de Anthony e presidente da Casa Hunter, fundada por ele para ajudar famílias que enfrentam doenças raras.   

 

Aprovado desde 2021 no Japão, o mais novo tratamento para a MPS II pode revolucionar o curso da doença. A tecnologia, que no Brasil está em análise pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), permite que uma medicação administrada na veia seja capaz de atravessar a barreira sangue-cérebro e fazer com que moléculas cheguem até o sistema nervoso central. Um dos primeiros medicamentos a usar essa tecnologia é o alfapabinafuspe, que disponibiliza a todo o organismo, incluindo o sistema nervoso, a enzima deficiente nos pacientes com MPS II.  

 

Roberto Giugliani, geneticista do Hospital de Clínicas de Porto Alegre e Professor Titular do Programa de Pós-Graduação em Genética e Biologia Molecular da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul), além de Head de Doenças Raras da Dasa Genômica e Co-Fundador da Casa dos Raros, lembra que o Brasil está participando ativamente dessa revolução da medicina. A pesquisa clínica sobre a utilização do alfapabinafuspe para o tratamento de pacientes com MPS II também está sendo realizada no país desde 2018. 

 

“Nos estudos clínicos, os indicadores de eficácia foram bem evidentes, com redução dos biomarcadores da doença no sangue, na urina e no líquido céfalo-raquidiano (que indica a atuação junto ao sistema nervoso central). Esta é uma indicação bem clara, além de diversos outros fatores positivos como melhora cognitiva, diminuição da medida do fígado e do baço, melhora da respiração, entre outros, que o medicamento se mostrou muito eficaz, fazendo uma grande diferença na qualidade de vida dos pacientes e dos familiares. Quando pensamos que a MPS II é uma doença rara, com cerca de apenas 2 novos casos diagnosticados no país a cada mês e que os pacientes que estão fora do estudo não estão recebendo o tratamento e que pioram a cada dia no seu quadro neurológico, entendemos que se torna necessária e urgente a aprovação do novo medicamento pela Anvisa”, afirmou Roberto Giugliani, responsável pela pesquisa com alfapabinafuspe no Brasil.  

 

Os resultados da fase II revelaram que o tratamento pode ser benéfico para manter ou estabilizar o desenvolvimento neurocognitivo em pacientes com a forma grave da doença. Além disso, promove a melhora dos sintomas corporais e da atenção em pacientes com a forma atenuada, podendo ser utilizado para o tratamento de ambas as formas, tanto das manifestações neurológicas quanto dos sintomas que ocorrem em todos os outros órgãos dos pacientes levando a falha desses órgãos com o passar do tempo. 

 

"Os pacientes e cuidadores relataram melhora dos indivíduos em atividades como caminhada (78%), agarrar objetos sem dismetria ou tremor (55%), interação social (55%) e qualidade do sono (33%)”, complementa Dr. Roberto Giugliani. 

 

Pesquisadores, médicos e pacientes de MPS II aguardam a aprovação do alfapabinafuspe pela Anvisa. O medicamento representa uma esperança no curto prazo, especialmente para 70% dos pacientes com MPS II, que têm a forma grave da doença. A sociedade, inclusive, tem se mobilizado a favor da aprovação por meio da campanha #AprovaAnvisa, que busca conscientizar sobre a importância do novo tratamento. 

 

De acordo com Vanessa Tubel, CEO da JCR Farmacêutica, empresa que desenvolve o alfapabinafuspe, “o propósito é melhorar a vida dos pacientes aplicando conhecimento científico e tecnologias exclusivas para pesquisar, desenvolver e fornecer terapias de última geração.  Com isso, a importância da pesquisa clínica para o Brasil, além de proporcionar acesso antecipado à inovação aos pacientes e médicos brasileiros, garante que médicos e pacientes tenham contato com a medicina mais avançada do mundo, ao mesmo tempo que médicos americanos e europeus”, afirma.   

 

 



JCR Farmacêutica
https://jcrpharm.com.br/



Referências:

Ministério da Saúde
(https://bvsms.saude.gov.br/28-02-dia-mundial-e-dia-nacional-das-doencas-raras-compartilhe-suas-cores/);

Clinical development times for innovative drugs
(https://europepmc.org/article/med/34759309);

Estimated Research and Development Investment Needed to Bring a New Medicine to Market, 2009-2018
(https://jamanetwork.com/journals/jama/fullarticle/2762311);

National Center for Biotechnology Information
(https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC8261166/);

RDC (Resolução de Diretoria Colegiada) n° 205, da Anvisa (https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2017/rdc0205_28_12_2017.pdf);

Doenças raras – Informações gerais, da Anvisa
(https://www.gov.br/anvisa/pt-br/setorregulado/regularizacao/medicamentos/doencas-raras/informacoes-gerais);

Mecanismos inovadores de acesso pré-comercialização a tecnologias para doenças raras no Brasil: um estudo de caso de alfapabinafuspe para mucopolissacaridose tipo II
(https://jbes.com.br/wp-content/uploads/2023/06/JBES151-67-70.pdf).


Posts mais acessados