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domingo, 12 de maio de 2024

Mães trabalhadoras têm direito à jornada mais flexível? Conheça seis direitos!

Advogada do escritório LBS Advogadas e Advogados explica que flexibilização do regime de trabalho é válida às mães de filhos, enteados ou pessoas sob sua guarda com até 6 anos de idade ou com deficiência

 

Neste domingo (12), é comemorado o Dia das Mães, data importante para refletirmos sobre tema muito sensível: maternidade e trabalho. Toda mãe que está empregada com carteira assinada possui uma série de direitos que por vezes não são conhecidos ou que são desrespeitados pelas empresas. 

Uma dúvida sempre muito latente é com relação à jornada de trabalho. Principalmente nos primeiros anos de vida da criança, as mães lutam para conciliar trabalho e maternidade, tarefa árdua que nem sempre é compreendida pelo mercado de trabalho. Dados de um estudo em Estatísticas de Gênero, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de março deste ano, apresentam essa realidade: apenas 54,6% das mães de 25 a 49 anos que têm crianças de até três anos em casa estão empregadas. 

Como maneira de incentivar a maior inserção de mães mulheres no mercado, foi instituído em 2022 o programa Emprega + Mulheres, que alterou a CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) e que estimula a implementação de medidas de apoio de à parentalidade por meio de flexibilização do regime de trabalho. Conheça pelo menos seis benefícios:

  1. Teletrabalho;
  2. Regime de tempo parcial;
  3. Regime especial de compensação de jornada de trabalho por meio de banco de horas;
  4. Jornada de 12h trabalhadas por 36h ininterruptas de descanso, quando a atividade permitir;
  5. Antecipação de férias individuais;
  6. Horários de entrada e saída flexíveis.

A advogada trabalhista do escritório LBS Advogadas e Advogados Nathalia Sequeira Coelho ressalta que “as medidas só podem ser concedidas às trabalhadoras que possuem filhos, enteados ou pessoas sob sua guarda com até 6 anos de idade ou com deficiência”.

 

Mais cinco direitos que toda mãe trabalhadora deve saber 

Além da questão da flexibilização da jornada de trabalho, a legislação trabalhista traz outros cinco direitos essenciais para as mães trabalhadoras durante a gravidez e no pós-parto. Confira:

  1. Estabilidade no emprego: A grávida tem direito à garantia de emprego a contar da confirmação da gravidez até 5 meses após o parto;
  2. Licença-maternidade: A CLT garante a licença-maternidade de 120 dias, sem prejuízo do emprego e do salário, podendo as empresas privadas aderirem ao programa “Empresa Cidadã”, que amplia a licença em 60 dias;
  3. Direito a intervalo para amamentação: Toda mãe, inclusive a adotante, possui direito a dois descansos especiais de meia hora cada um para amamentar seu filho, até que este complete 6 meses de idade;
  4. Direito à creche: Empresas que possuem pelo menos 30 profissionais mulheres com mais de 16 anos são obrigadas a fornecer às mães um espaço para que deixem seus filhos entre 0 a 6 meses enquanto trabalham, ou, não sendo possível, a pagar o auxílio-creche. Os valores e a duração do direito variam de acordo com as regras de cada empresa e são determinados por meio de negociação coletiva;
  5. Direito à mudança de função: Caso haja recomendação médica, o empregador deve, temporariamente, transferir a empregada gestante de função para preservação da saúde da mãe e do bebê, sem prejuízo do salário e demais direitos.


Novas leis e políticas públicas às mães trabalhadoras 

Nos últimos cinco anos, a legislação trabalhista tem ganhado novos projetos de lei e políticas públicas para incentivar e proteger as mães trabalhadoras. Segundo a advogada Nathalia Coelho, há um projeto de lei bem relevante protocolado em 2021, que assegura, por 20 anos, uma série de benefícios às mães solo que cuidam da casa e dos filhos sozinhas. “Entre as medidas previstas na Lei dos Direitos da Mãe Solo estão o pagamento em dobro de benefícios, a prioridade em creches, cotas de contratação em grandes empresas, licença-maternidade de 180 dias e subsídio no transporte urbano. O texto já foi aprovado no Senado e tramita na Câmara dos Deputados”, pontua. 

Outra medida de proteção refere-se à licença-maternidade. O STF confirmou que o marco inicial da licença e do salário-maternidade é a partir da alta hospitalar da mãe ou do recém-nascido, o que ocorrer por último. Nesse julgamento, o Ministro Relator Edson Fachin entendeu que a interpretação restritiva das normas reduz o período de convivência fora do ambiente hospitalar entre mãe e recém-nascidos. 

Projeto de lei de 2019 também concede benefícios tributários a empresas que contratarem trabalhadoras que sejam mães de crianças até 14 anos de idade. A advogada Nathalia Coelho explica que o texto prevê redução em 50% da contribuição previdenciária a cargo das empresas, incidente sobre a remuneração dessas trabalhadoras. “Além disso, a medida permite que as empresas deduzam do imposto de renda o valor pago a essas trabalhadoras a título de reembolso dos gastos com creche com crianças de até 6 anos de idade. O projeto está aguardando parecer do Relator na Comissão de Finanças e Tributação, na Câmara dos Deputados”, explica a advogada trabalhista.

 

LBS Advogadas e Advogados


Pesquisa: mães apontam híbrido como aliado na maternidade

 

Para muitas mulheres, a carreira e a maternidade são caminhos que não se cruzam. Segundo a pesquisa "Licença-maternidade e suas consequências no mercado de trabalho do Brasil", da Fundação Getúlio Vargas (FGV), muitas acreditam que se tornarem mães pode atrapalhar sua evolução profissional. 

Porém, com a ampla adoção do trabalho híbrido, caminhos foram abertos para que mulheres de diversos cenários pudessem se candidatar a posições de liderança dentro das empresas. Isso é o que mostra o relatório “Avançando na Igualdade: Mulheres no Ambiente de Trabalho Híbrido”, de 2024, realizado pelo IWG, líder global e nacional em espaços de trabalho flexíveis como coworkings e escritórios. A pesquisa foi feita com mais de 1.000 trabalhadoras híbridas e descobriu que a flexibilidade permitiu que mais da metade (53%) buscassem promoções ou se candidatassem a cargos mais altos - o que, em um movimento encorajador para o avanço da igualdade, aumenta para mais de três em cada cinco (61%) das mulheres de minorias étnicas.

Como parte do relatório: 

  • 67% afirmaram que a modalidade ajudou a nivelar oportunidades para a progressão na carreira, enquanto 70% acham que o trabalho híbrido tornou seu trabalho mais inclusivo;
  • 89% acreditam que o trabalho híbrido também ajudou a facilitar o equilíbrio entre as responsabilidades do trabalho e os compromissos familiares;
  • 38% disseram que o trabalho híbrido lhes deu mais tempo para dedicar a paixões pessoais fora do trabalho;
  • Na busca por flexibilidade muitas mudaram de setor completamente, com 43% das mulheres em geral dizendo que o trabalho híbrido as permitiu ingressar em sua nova indústria;
  • Mulheres de grupos minoritários relatam que esse crescimento na carreira vem do trabalho híbrido, que lhes permite serem mais produtivas e eficientes (44%); aprender mais sobre outros cargos em sua empresa (49%) e aumentar sua visibilidade com a alta liderança (32%).

Um outro estudo do IWG sobre o tema identificou o trabalho híbrido como uma estratégia crucial para os líderes de RH atraírem e reterem talentos. Isso é especialmente relevante para as funcionárias, com 40% indicando que a falta de flexibilidade no trabalho híbrido foi um fator decisivo para deixar seu emprego anterior. A ideia é apoiada por pesquisas acadêmicas do Professor Bloom, professor de economia de Stanford e especialista mundialmente renomado em trabalho híbrido, que afirma que empresas que oferecem esse tipo de flexibilidade podem esperar ver as taxas de saída diminuírem em até 35%. 

“Para mães, a flexibilidade faz uma diferença vital: elas podem criar seus filhos, cuidar bem de si mesmas e progredir em suas carreiras – prioridades que seriam muito mais difíceis de gerenciar com sucesso se estivessem se deslocando todos os dias para suas sedes. Ao reduzir a necessidade de locomoção, as empresas devolvem um tempo valioso para seus funcionários. Com as taxas de exaustão e esgotamento mais altas entre as mulheres, isso é particularmente importante para as funcionárias – e claro, para as empresas que precisam mantê-las”, comenta Fatima Koning, diretora comercial do IWG. 

Tania Costa, diretora de Expansão do IWG no Brasil, considera que o modelo de trabalho híbrido é uma das principais megatendências de trabalho para 2024. Na companhia cerca de 73% da força de trabalho é feminina. 

“As conclusões do IWG revelam que as mulheres, especialmente de origens diversas, estão a moldar ativamente as suas carreiras em torno da flexibilidade que o modelo híbrido proporciona. O IWG Brasil está comprometido com a causa e atualmente trabalha para melhorar a igualdade feminina no mercado, patrocinando projetos que fortaleçam essa perspectiva. Entre eles estão o ´Future is now´, um centro de networking para líderes que lideram a nova economia, que também está localizado num escritório do Spaces; o ‘Think tank Amazonitas’, projeto liderado pela empresária Elisa Rosenthal, primeiro grupo feminino do setor imobiliário preocupado com a igualdade de gênero em toda a cadeia produtiva; e também o ‘Women in Real Estate’ da GRI, comitê que discute temas relacionados a negócios, liderança e networking. Estas são parcerias estratégicas do IWG focadas na igualdade feminina que estão permitindo que mais mulheres prosperem nas áreas que escolheram


IWG, International Workplace Group
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Trabalho remoto: vantagens e dificuldades na maternidade

Possibilidade da conciliação entre vida pessoal e profissional é um dos principais pontos ressaltados

 

Enquanto o mundo corporativo ainda busca alcançar a equidade de gênero, especialmente em cargos de liderança, o retorno ao trabalho presencial após a licença maternidade permanece como um desafio para muitas mulheres. No entanto, o modelo remoto surge como uma alternativa que permite conciliar as responsabilidades profissionais com o acompanhamento do crescimento e desenvolvimento dos filhos. Segundo pesquisa realizada pela Alelo, em 2021, 75% das pessoas se consideram satisfeitas com o trabalho remoto.

"Para as mães, o processo de retorno à rotina corporativa é um desafio e se torna muito maior quando isso inclui idas ao escritório. É necessário organização e planejamento para encontrar cuidados infantis de confiança e conciliar a logística para que os horários sejam compatíveis, por exemplo, além de lidar com o estresse associado a essa transição", destaca Genicassia Brito, Psicóloga e Analista de Pessoas e Cultura da VCRP, agência líder em estratégias plurais de comunicação. “O trabalho remoto permite que as mães possam dedicar tempo à família sem comprometer suas responsabilidades profissionais, contribuindo para uma maior harmonia entre a vida pessoal e a carreira.” 

A especialista ressalta a importância da criação de políticas e medidas específicas no ambiente corporativo para apoiar as mães nesse processo de retorno ao ambiente presencial. Isso inclui oferecer horários flexíveis que permitam às mães ajustar sua agenda de acordo com as necessidades familiares, disponibilizar salas de lactação e outros recursos para apoiar a amamentação no local de trabalho, e fornecer programas de reintegração que ajudem as mães a se readaptarem e avançarem em suas carreiras. Além disso, as empresas podem oferecer benefícios como subsídios para cuidados infantis ou parcerias com creches locais para facilitar o acesso a serviços de qualidade. A psicóloga comenta que “essas medidas não apenas contribuem para a retenção de talentos, mas também promovem um ambiente de profissional inclusivo onde as mães se sintam seguras e apoiadas para discutir abertamente suas necessidades, desafios e apoiam o bem-estar delas e de suas famílias.” 

Na prática, empresas como a VCRP têm adotado o trabalho remoto como parte integrante de sua cultura organizacional. Com uma equipe majoritariamente feminina, inclusive na liderança, a agência promoveu no último ano quatro das mães que têm na equipe, reconhecimento do desenvolvimento profissional e do bom equilíbrio entre maternidade e carreira. Além disso, a agência também oferece licença paternidade estendida de quatro meses para que os pais possam se dedicar igualmente à paternidade. 

Para Ludmilla Amaral, sócia e co-CEO da VCRP, essa flexibilidade oferece uma maior harmonia entre a vida pessoal e profissional, refletindo em uma equipe mais motivada e produtiva. "Adotamos o modelo remoto e temos um escritório que pode ser utilizado como ferramenta para os colaboradores que preferem ir presencialmente, acreditamos que essa flexibilidade permite uma maior conciliação entre a vida pessoal e profissional. Trabalhamos para fornecer toda a estrutura que nossas colaboradorasnecessitam”, afirma Ludmilla. “Acreditamos na equidade de gênero dentro do ambiente de trabalho e, por isso, adotamos e aplicamos firmemente nossas políticas para que todos possam participar da vida dos seus filhos e, ao mesmo tempo, garantir o seu progresso de carreira.” 

Monique Azeredo, executiva de atendimento da VCRP e mãe de dois filhos, Vicente (11) e Karina (5), destaca a liberdade que o home office proporciona. “Esse modelo me permite estar presente na rotina e no crescimento dos meus filhos, enquanto continuo a desenvolver minha carreira”, comenta Monique. 

O trabalho remoto tem se mostrado não apenas como uma resposta às demandas do mundo contemporâneo, mas também como uma ferramenta eficaz na conciliação da maternidade e carreira, assim avançando em direção a mais ambientes corporativos inclusivos e equitativos, garantindo que as mães possam continuar participando plenamente do mercado enquanto acompanham o desenvolvimento de suas famílias. 

“O sonho de toda mãe é poder levar e buscar os filhos na escola, ter tempo de qualidade para fazer as refeições juntos, estudar e brincar, sem sacrificar a rotina. Vivo essa realidade e me sinto muito mais disposta e motivada para executar minhas tarefas pessoais e profissionais” aponta Gabrielly Sousa, Coordenadora de Contas da VCRP.


Dia das Mães: 5 dicas de planejamento financeiro para organizar as finanças na maternidade

Quando se fala em maternidade, é comum vir à mente o amor incondicional e os diversos momentos especiais que mãe e filho desfrutam ao longo da vida. Mas, também é importante considerar a maternidade do ponto de vista financeiro. Ter um filho hoje em dia envolve não apenas amor e dedicação, mas também planejamento financeiro consciente.

O custo de criar um filho pode variar bastante, dependendo do estilo de vida da família, da região em que vivem e de outros fatores. Mas, é possível ter uma maternidade financeiramente saudável. Para isso, é essencial ter um planejamento financeiro bem estruturado. Aqui estão algumas dicas para ajudar nesse processo:


1 - Priorizar o essencial

Ao planejar o enxoval e os primeiros meses do bebê, priorize o essencial. Nem sempre é necessário comprar tudo de uma vez, e muitos itens podem ser adquiridos aos poucos, conforme a necessidade.


2 - Pesquisar preços e produtos

Antes de comprar qualquer item, pesquise preços e avaliações de outros consumidores. Às vezes, marcas menos conhecidas oferecem produtos de qualidade a preços mais acessíveis.


3 - Compartilhar custos

Se possível, compartilhe custos com outras mães, como em grupos de troca de roupas e brinquedos, ou mesmo na contratação de serviços como babás compartilhadas.


4 - Planejar a educação financeira dos filhos

Além de ensinar a importância de economizar e investir, envolva os filhos nas decisões financeiras da família desde cedo, para que entendam como o dinheiro funciona na prática.


5 - Considerar seguros e previdência privada

Investir em um bom plano de previdência privada e em seguros de vida pode trazer mais segurança financeira para a família no longo prazo.


Vale ressaltar que o “maternar” pode, em alguns casos, ir além dos laços biológicos. Mulheres que desempenham um papel materno significativo, como madrastas, madrinhas, avós, tias e irmãs mais velhas, também enfrentam desafios financeiros e emocionais semelhantes, e essas dicas podem ser úteis também para elas.

Por fim, saiba que a maternidade e as finanças estão intrinsecamente ligadas. Ao se planejar para a chegada do seu maior bem, é essencial pensar em como garantir um futuro financeiro sólido não só para ele, mas para toda a família. Além disso, educar os filhos financeiramente desde cedo é um investimento no futuro, para que se tornem adultos responsáveis e conscientes financeiramente.
 


Luciana Ikedo - Especialista em finanças, escritora e palestrante internacional. Autora do livro “Vida Financeira - Descomplicando, economizando e investindo” e finalista do Prêmio XP de Educação Financeira em 2023. É certificada CFP e acumula experiências como empresária e gestora financeira de grandes empresas e bancos privados. É também docente universitária e administradora de empresas com MBA em International Business Immersion, pela Universidade de Tampa, Flórida (EUA); em International Strategic Business Leadership Paths to the Future pela Universidade de Ohio (EUA) e em Finanças pelo IBMEC/Insper.


O que eu aprendi com a minha mãe: uma homenagem a todas elas neste dia!

Hoje não há nomes nem lágrimas! Todas merecem a homenagem das rosas. Será que elas mesmas não são suaves como o perfume das pétalas, mas obstinadas como os espinhos? Que bom seria um mundo livre de barreiras, obstáculos, exclusões: que agradável seria se o mundo fosse o colo de uma mãe! Sabe a mãe pelicano que, na imagem, rasga o próprio peito para dar de comer aos filhotes? A mãe nunca sente o sacrifício imposto para o desenvolvimento da autonomia e da individualidade dos seus. São almas enobrecidas pela bondade e pela dureza: são torres de sabedoria! Os exemplos valem mais do que as palavras, e elas agem, criam, choram e sorriem!

Claro que há exceções. Para tudo há. Mas para que sujar esse texto com marcas fúnebres e tenebrosas? Melhor falar da luta e não do luto. O sorriso nasce da ternura, ainda que os obstáculos sejam gigantescos. Eu fico até sem palavras para tentar homenageá-las. A preciosidade de seus gestos representa a mais límpida claridade da luz: as barreiras existem para serem destruídas! Nenhum filho ficará para trás, no que depender de sua mãe. 

Quero enaltecer uma mãe em especial e, junto com ela, elevar um altar para todas! Vou contar uma história que traz a imagem de como as mães são a personificação da disciplina, da perseverança e da alteridade! Era um tempo, após o acidente que sofri, em que eu acabara de me formar. Minha recuperação era lenta e, ainda como nos dias de hoje, não é completa. Na verdade, nunca será! A falta de trabalho me incomodava. Não que eu fosse um desocupado, pelo contrário! Já às seis eu costumava despertar para iniciar minhas atividades terapêuticas. Às dez, já arrumado, começava minha rotina de estudos. Às vinte, eu dava, com minha mãe, uma caminhada noturna. 

Entretanto, ainda que as terapias físicas e mentais se mostrassem valiosíssimas para meu desenvolvimento pessoal, e meus estudos fossem o sacrifício a ser feito para adentrar na senda da Defensoria Pública, eu ainda me sentia um inútil e sem valor. Eu estava construindo um bom caminho, que me trouxe até aqui e agora. Na época, no entanto, não tinha essa percepção. O desespero tomava conta de mim, assim com uma erva daninha, que quando não retirada a tempo, prejudica os campos produtivos. É por isso que sempre gosto de reafirmar minha religiosidade. Com ela eu descobri o conforto e os valores necessários para aproveitar melhor essa época atual. As cicatrizes, tenho diversas. As psicológicas são mais reais que as físicas, ainda que muito menos visíveis. 

Após um dia intenso de estudos preparatórios, por volta das 8 da noite minha mãe e nosso cachorro me chamavam para uma caminhada. Eu precisava relaxar, mas também reaprender a caminhar e treinar minha marcha, além de conversar. Naquelas caminhadas, eu arrastava, e ainda arrasto, o meu pé, tropeçando nos pequenos montinhos pela trilha. Nessas horas, minha mãe falava para mim, num carinho enérgico: “A ponta do pé tem de ir para a ponta do nariz”! Era uma maneira de me lembrar dos detalhes para que o meu caminho fosse mais produtivo e proveitoso. São pequenos detalhes que, de tão importantes, acabam por se tornar os principais. 

Foram tempos de solidão, em que eu, sem perceber, me isolava cada vez mais. Parecia que eu havia construído um casulo para me refugiar de tudo e de todos. Mas dentro de mim, fervilhavam reflexões e ponderações. Busquei ser útil em locais em que eu poderia fazer a diferença: asilos, organizações religiosas e políticas, além de várias iniciativas de assistência social. 

O mundo precisava de refresco, e eu queria ser parte da solução e não do problema. Não era me fechando em minha caverna interior, num individualismo exagerado que beirava o egoísmo, que a vida melhoraria. Pelo contrário! É na construção de estruturas sociais justas, fundadas nos sólidos valores éticos - transmitidos pelas palavras, pelo trabalho e pelo exemplo de meus rochedos primordiais -, que teremos, todos, uma vida mais iluminada! Agora, aqui, escrevendo este artigo numa linda tarde pelo sol, consigo perceber com maior nitidez que tudo pelo que passei, as trevas mais profundas causadas pelo isolamento e pelo desespero, foram ladrilhos necessários para que meu caminho ficasse ainda mais belo. 

Ainda hoje ouço minha mãe, nas nossas caminhadas noturnas, me alertando que os detalhes também são essenciais. Que nossos objetivos são construídos pelo esforço constante e consciente. “Na ponta do nariz”.

 

André Naves - Defensor Público Federal, especialista em Direitos Humanos, Inclusão Social e Economia Política; Conselheiro do grupo Chaverim; Embaixador do Instituto FEFIG; Membro do comitê de inclusão do LIDE; Autor do livro “Caminho – A Beleza é Enxergar”.



sábado, 11 de maio de 2024

PARA O DIA DAS MÃES, A ASTROCENTRO EXPLICA O PAPEL MATERNAL ALÉM DO FÍSICO

 


 “O amor materno é fundamental também no âmbito espiritual de seus filhos, transmitindo orientação espiritual e valores essenciais”, explica Yara Vieira, consultora esotérica da Astrocentro


 

O papel espiritual das mães é muitas vezes considerado sagrado, mas nem todos compreendem sua importância na espiritualidade. “É uma experiência que cria uma conexão espiritual única, considerado um vínculo sagrado entre mãe e filho que transcende tempo e espaço, para a espiritualidade”, explica Yara Vieira, consultora esotérica da Astrocentro. 

“Além do cuidado físico, as mães além de se representarem como as primeiras professoras, cuidadoras, protetoras e guias dos seus filhos, elas também introduzem tradições religiosas e práticas espirituais, ajudando a desenvolver um senso de conexão com o mundo espiritual”, completa a especialista. 

Dentro dos centros espíritas de religiões de matriz africana, por exemplo, Yara comenta sobre o papel das Mães de Santo. “Elas desempenham um papel semelhante às mães carnais, orientando, aconselhando e protegendo suas comunidades espirituais, tanto é que são respeitadas por sua sabedoria e habilidades de cura”, diz. 

Porém, todos sabem que ser mãe não é uma tarefa fácil, já que, além de todas as dificuldades, o trabalho materno envolve lidar com influências externas e crises nos relacionamentos mãe-filho. Sabendo disso, Yara indica uma oração do Arcanjo Gabriel que pode ajudar a reatar o enlace maternal em momentos de briga e desentendimentos. Confira!
 

“Oh, glorioso São Gabriel,

Arcanjo que saudou Nossa Senhora com as palavras:

“Ave Maria cheia de graça, o Senhor é convosco.”

Oh poderoso São Gabriel,

Arcanjo que trouxe luz ao mundo

e o tirou das sombras com tua aparição à virgem de Nazaré.

E então falaste à Virgem Santíssima:

“Ave Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco.

o Filho que nascer de ti

será também Filho do Altíssimo”.

Arcanjo Gabriel, intercedei por nós junto à Santíssima Virgem,

Mãe de Jesus e Nosso Senhor.

Traga de volta nos meus braços o meu filho (ou mãe),

e traga também o amor que nos uniu

desde o momento onde nossas almas

se conheceram.

Que a luz da fé brilhe em nossos corações!

Nos auxilie a seguir a pureza e humildade das virtudes de Nossa Senhora.

Nos dê força contra os vícios e o pecado.

Arcanjo Divino, São Gabriel

Que a luz da tua mensagem ilumine o meu caminho,

e que ela me traga a notícia das pazes feitas

com esse filho (mãe) que tanto amo.

Oh Arcanjo São Gabriel, rogai por nós!”

Ser mãe é ter um papel especial na vida dos filhos, seja em sua vida física ou espiritual. Por isso, lembre-se sempre de agradecer e honrar os sacrifícios e ensinamentos recebidos por esse ser de luz.

 Astrocentro


EM DÚVIDA DE COMO PRESENTEAR SUA MÃE? ASTROLOGIA PODE AJUDAR

 


Qual o presente ideal para a mãe do signo de gêmeos? Confira esse e de outros signos.

O Dia das Mães é uma das datas mais esperadas do ano. É nesse momento em que os filhos demonstram seu amor por aquelas mulheres que dedicam grande parte da sua vida a zelar pelos outros. Grande parte da tradição deste dia são os presentes, mas para algumas pessoas esse ato pode ser uma incógnita.



“Os signos são as respostas para grande parte das questões de nossa vida. Entender a personalidade de cada é saber também identificar seus gostos e isso se aplica no Dia das Mães. Presentear essas mulheres fica mais certeiro e especial.” comenta Ana Lucia, consultora esotérica da iQuilibrio. 

Sendo assim, confira as melhores opções de presentes para mãe de cada signo, segundo a especialista de cada
 

A mãe ariana

Essas nativas são cheias de energia e costumam ser um modelo para seus filhos, pois sabem equilibrar a amizade e a firmeza que os pais precisam ter. As sugestões de presentes que combinam com seu jeito enérgico são materiais esportivos como tênis, legging, um conjunto de short e top para malhar.
 

A mãe taurina

São as melhores educadoras, as mães taurinas têm o dom da paciência e do raciocínio prático e lógico para resolverem questões de educação e comportamento dos seus filhos. O presente para o Dia das Mães para as taurinas é nada mais do que livros! Aqueles que exploram o comportamento humano, como o cérebro funciona, são os que mais chamam atenção.
 

A mãe geminiana

Essas mamães instigam seus filhos a serem desbravadores e curiosos. Estão sempre prontas para escutar e aconselhar quando precisam, pois são muito comunicativas. O presente ideal para essa nativa são bolsas! Elas amam cores vibrantes e praticidade, então aposte em um modelo que combine as duas características.
 

A mãe canceriana

As mães cancerianas são protetoras e amorosas, transformam a sua casa em um ambiente acolhedor, onde possam tomar conta da melhor forma das pessoas que amam. Para o Dia das Mães desse signo do zodíaco, é bom algo como uma cesta de café da manhã com uma cartinha escrita à mão pelos filhos, ela vai amar e se emocionar.
 

A mãe leonina

São pessoas dedicadas à generosidade e esperam receber o reconhecimento em troca. As leoninas não fazem nada de graça, cuidam perfeitamente da casa e dos filhos, mas esperam que sejam reconhecidas por seu empenho. Por isso, aposte em presentes que tenham um toque de autocuidado como cremes hidratantes e produtos para cuidar da pele.
 

A mãe virginiana

Essas nativas são mamães preparadas para ensinar as crianças a terem responsabilidade desde pequenas. Elas amam coisas para decoração e casa, por isso, aposte em um jogo de lençol bem bonito ou um roupão confortável de cor clara.
 

A mãe libriana

Essas mamães são apaziguadoras de brigas, elas odeiam ouvir discussões e desentendimentos, estão sempre à procura de um lar perfeito e principalmente em paz. Para presentea-lá invista em um perfume, se ela ainda não tiver um favorito, procure aquele com notas adocicadas.
 

A mãe escorpiana

Essas nativas com certeza são as figuras mais fortes de sua família. As escorpianas são muito inteligentes e podem orientar de forma sábia seus filhos. Escolher presentes para a mãe de Escorpião requer paciência e dedicação, pois ela é exigente, ou seja, ama ou odeia algo. Intensa e sensual, você pode presenteá-la com itens místicos, como cristais que trazem paz e tranquilidade, como a Ametista.
 

A mãe sagitariana

Essas mamães são a alegria da casa! São pessoas sorridentes que se jogam nas brincadeiras e buscam sempre um entretenimento para a criançada. Para ela, o presente ideal é uma passagem para viajar. Busque destinos com praias e lindas paisagens, ela vai amar.
 

A mãe capricorniana

Elas são batalhadoras que se jogam no trabalho para não deixar nunca faltar nada em sua casa. . Para agradar a mãe do signo de Capricórnio, presenteie-a com uma agenda ou um planner, além de ser a cara dela, esse item a ajudará a organizar melhor seus horários e certamente será muito útil no serviço do dia a dia.
 

A mãe aquariana

Essas mulheres criaram um ambiente familiar totalmente fora do convencional, por não ficarem presas ao passado, são ótimas instrutoras para o crescimento de seus filhos, permitindo que eles procurem sair de problemas rotineiros com inteligência e criatividade. Por isso, que tal a presentear com um lindo colar? Elas amam acessórios como pulseiras, brincos e anéis, mas o colar certamente ganhará seu coração, se for algo dourador, melhor ainda.
 

A mãe pisciana

Essas são as mamães que os filhos nem precisam dizer, elas sabem quando eles não estão bem. Muito dedicadas e protetoras, as piscianas sentem as emoções e vivem as alegrias de cada descoberta de seus filhotes. Elas amam coisas feitas artesanalmente, então invista em uma pintura, um quadro feito a mão para decorar a sala ou o quarto dela.

 

iQuilibrio


O dom da maternidade

  

Maternidade é uma palavra doce que exala o perfume do amor, mas que também traz impregnado nessa doce missão outros atributos como entrega, doação e santidade. Se existe um caminho eficaz e divino de transformação na vida da mulher, provavelmente essa via se chama maternidade.

 

A maternidade, seja ela biológica ou não, aquela que se dá no coração de uma mulher que é presença, cuidado e amparo, é certamente uma via eficaz onde a mão de Deus trabalha no coração de uma mulher.

 

A própria palavra de Deus nos atesta: “A mulher será salva pela maternidade” (1Tm 2,15). Essa é uma das tarefas mais belas que uma mulher pode assumir, gerar um filho para Deus e levá-lo ao crescimento na fé. A via de santificação pela maternidade se dá pela entrega, doação, sofrimento e, muitas vezes, pelo desgaste físico e emocional. É uma entrega diária, um esvair-se que acontece até o fim da vida de uma mãe.

 

A própria Igreja nos afirma que todo cristão, através de seu testemunho de fé, tem méritos diante de Deus, imagine então uma mãe que durante toda a sua vida reza, orienta e cuida para que seus filhos, que foram gerados no ventre ou no coração, tenham um encontro com Deus. Tal mulher é digna de salvação!

 

Lembremo-nos da história contada na palavra de Deus da mulher Siro-fenícia que com grande insistência pedia a Jesus que libertasse sua filha de um grande mal. No diálogo com o mestre ela estava disposta a aceitar tudo o que Jesus pudesse lhe oferecer, mesmo que lhe concedesse apenas as migalhas. "Sim, Senhor, mas até os cachorrinhos comem das migalhas que caem da mesa dos seus donos" (Mt 15,27). Jesus ao perceber sua fé e o desejo de salvação, e surpreendido com tal resposta tão determinada, restaurou totalmente aquela menina. Aquela mãe estava disposta a ir até o fim para ver sua filha curada.

 

Quando se vive a maternidade, se entende bem o sentido dessa palavra. A maternidade é um esgotamento de vida por uma outra vida.

 

São Paulo vai nos afirmar que o maior dom é o da caridade e traça todas as suas características, afirmando que ela é paciente, não busca seus próprios interesses, é bondosa, não sente inveja, tudo crê, tudo suporta, tudo espera. O apóstolo Paulo descreve o amor puro de Deus e nos convida a vivê-lo nessa terra. Tal amor, de certa forma, foi plantado no coração de uma mãe. A maternidade é divina! A Maternidade leva a mulher a esse aprimoramento do amor Divino dentro dela mesma.

 

Quando se acolhe um filho de Deus, se assume uma missão. Uma missão imbuída de entrega, dedicação e do derramamento do amor em relação ao outro. O próprio Jesus afirmou: “Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a sua vida pelos seus amigos” (Jo 15, 13).

 

O dom da maternidade é uma obra prima de Deus, um presente do altíssimo à humanidade. O próprio Jesus feito homem quis experimentar a força e o amor de uma mãe nesta terra. Maria foi o presente do Pai a Jesus nessa terra. A ternura de Maria foi o colo do Pai na vida de Jesus. Ela caminhou com ele até o fim e, sem dúvidas, Jesus experimentou essa força divina da maternidade aos pés da cruz, vendo sua mãe ao seu lado tomada de coragem.

 

Rezemos por cada mãe que Deus plantou nesse mundo, para que tomadas da graça tragam a humanidade um pouco desse puro amor de Deus que tudo transforma.

 

 

Rogéria Moreira (Rogerinha) - missionária da Comunidade Canção Nova, autora dos livros “Aquele que Fala Contigo”, “Mulheres curadas – Transformando a dor em vitória” e “Mulheres empoderadas do Espírito”, “As talhas do milagre”, todos pela Editora Canção Nova, e lançou vários trabalhos musicais pela Gravadora Canção Nova.


O amor de mãe em todas as coisas...


Durante os 19 anos em que tenho me dedicado à causa do câncer infantojuvenil, tenho tido o privilégio de conhecer, conviver e compartilhar tanto a dor quanto a alegria de inúmeras mães. Desde o momento em que recebem uma notícia devastadora sobre o tratamento de seus filhos até as intercorrências que surgem no caminho, e até mesmo o doloroso processo de aceitar a perda de um filho nessa batalha, tenho testemunhado a resiliência e a força dessas mulheres. Além disso, tenho tido a oportunidade de compartilhar abraços e receber agradecimentos pelas vitórias alcançadas, pelas curas conquistadas e por ver seus filhos retornarem à vida. Essas mães são verdadeiros exemplos de coragem e determinação, personificando a essência da palavra "Mãe". Sua capacidade de enfrentar desafios com resiliência é inspiradora e digna de admiração. 

Para mim, o aspecto mais significativo desta jornada é a valorização da empatia em todas as interações com aqueles que atravessam essa jornada, independente do desfecho. É essencial que saibam que estamos juntas em cada etapa que precisarem enfrentar. Isso envolve não apenas estar presente, mas buscar compreender profundamente suas experiências e perspectivas. É sobre sentar ao lado delas, se colocar em seus lugares, sobre enxergar o mundo através de suas lentes para entender verdadeiramente nosso propósito e como podemos auxiliar de maneira efetiva nessa missão. 

Essa é exatamente a essência que guia meu trabalho em equipe quando pensamos em desenvolver programas e projetos. Ao considerar a jornada das famílias, recordamos que nossa missão inicial era apoiar durante o tratamento, garantindo qualidade e dignidade nos cuidados hospitalares. Esse princípio norteou a abertura e operação das 7 unidades do Programa Casa Ronald McDonald e das 9 unidades do Espaço da Família Ronald McDonald. Como fazer essas famílias e essas mães se sentirem seguras com o tratamento que recebem, como poderem ficar ao lado dos seus filhos sem se preocupar com nada mais. Em cada Casa Ronald McDonald, como ter o seu espaço, sua privacidade, como ter apoio de outras mães, como passar os dias sem se preocupar com o que comer, onde ficar, como ir para o tratamento e tendo um espaço inclusive para partilharem suas dores e amores e para resgatarem a vaidade, a individualidade e até para se descobrirem novamente produtivas para a vida. 

Mas entendemos que cuidar desta fase não era suficiente, afinal, a cada 10 crianças, 3 estão morrendo sem diagnóstico e muitas mães não chegavam a tempo de salvarem seus filhos. Então, começamos a trabalhar no programa do Diagnóstico Precoce para que possamos levar mais conhecimento sobre a doença que mais mata de 1 a 19 anos no Brasil e ajudar tantas mães a salvarem seus filhos. Mais uma vez, buscamos nos colocar no lugar delas e junto com o time de médicos e técnicos do Instituto, entendemos nosso papel de lutar por cada vida e por cada criança como leão e, afinal, é isso que as mães fazem. Os resultados são incríveis: já foram mais de 4 mil profissionais capacitados e 5 milhões de filhos e filhas impactados indiretamente no Brasil, só em 2023. 

Agora seguimos com o propósito de apoiar essas mães na vida após a cura, preparando-as para o mercado de trabalho, ensinando e munindo-as dos seus direitos e emponderando-as e com todo conhecimento para fazerem as melhores escolhas por elas e por seus filhos. Por isso, trabalhamos com o cuidado centrado na família, estratégia focada em fortalecer o protagonismo da família das crianças no processo decisório sobre os pacientes, fortalecendo seu protagonismo pela vida. 

Em todos os momentos e nas decisões mais difíceis, meu guia é o amor dedicado a essas milhares de crianças, filhos e filhas pelo Brasil e me colocando no lugar delas, entendendo a dor e a emoção e ouvindo suas necessidades, reflexões, anseios e desejos mais profundos. Assim, o Instituto segue sua missão de aproximar as famílias e as mães da cura para seus filhos e filhas. Cada vida salva, é um novo filho e filha que ganhamos. Esse é o amor que nos guia e o amor que me move a ir além todos os dias. 

Feliz Dia das Mães a todas essas guerreiras incansáveis e motivação de energia e inspiração para eu seguir minha missão de amor.


Bianca Provede - CEO do Instituto Ronald McDonald


GELADEIRA BRANCA

 

Em uma dessas peças que a vida nos prega – quem nunca? – ganhei uma geladeira branca de aniversário. Era um aniversário importante, começava ali uma nova década e quando a duplex (que não era uma Brastemp) chegou lá em casa, senti que tinha entrado na curva decrescente da vida... aquela que tudo passa a ser um plus e que todos nos enxergam como quem nós definitivamente não somos. Meu Deus! Cadê aquele perfume maravilhoso? Aquela jóia assinada, aquele anel que vale um carro, mas pode ser adquirido em 12 vezes? Onde estão as flores? O livro? A geladeira me faz pensar até hoje, depois de mais de duas décadas. E depois de mais de duas décadas, tenho a certeza que a curva na qual me encontro ainda é a crescente e que embora muitos não me enxerguem, eu não me perdi de vista. 

Sim, sou mãe. E muitas como eu, nessa altura da vida, começam a se questionar sobre o sentido de todas as coisas. Nós mulheres estamos em um momento descortinador do nosso destino, pensando mesmo a jornada. Isso está acontecendo no mundo inteiro. Observe! Esse momento é aquele que antecede um grande salto. Muitas de nós, de todas as classes sociais e faixas etárias, começamos a mudar.. talvez seja o derrame de informação mundial – o acesso à informação nos trouxe um poder de pensamento nunca antes experimentado. Por óbvio, dores e angústias também, mas prazeres que estavam anos-luz se colocam a um click de distância. 

Geladeiras brancas não fazem mais sentido. E chegando o segundo domingo de maio, essa reflexão passa a ser importantíssima, afinal, o que se quer é agradar as homenageadas. Mãe são pessoas, independentemente de serem pessoas que geraram outras pessoas – nesse caso, filhos! 

Aliado a esse pensamento – de realmente agradar a pessoa e não carimbá-la com um presente que represente somente o papel famíliar ou social que ela desempenha, nós brasileiros não podemos deixar de olhar como está nossa economia. Um novo governo federal e logo governos municipais, reformas sociais e legislativas às portas, greves sendo ensaiadas e os meninos nas Universidades Federais lutando com um calendário que nunca fecha. Isso aqui dentro das nossas fronteiras... calo-me sobre o que está acontecendo mundo afora. 

De todo, se ainda insistem na geladeira branca, atentem: mães sonham sobre o futuro. Se o seu resto de ano ficar comprometido com a geladeira branca, não a dê de presente. Se a televisão for muitoooo importante, tente comprá-la à vista, pechinche, negocie, faça as contas, mas não se endivide! 

Mães esperam que os filhos e a família estejam emocionalmente saudáveis e a saúde financeira de uma casa, seja a mais humilde delas, gere cidadãos mais equilibrados e com um futuro mais promissor.

Isso é muito mais importante para a geração seguinte à nossa do que um eletrodoméstico com prazo de validade sendo diminuído a cada ano (antes uma geladeira durava décadas – agora não dura cinco anos) e com um parcelamento a perder de vista. 

Agrade sua mãe, mas não se esqueça da sua mente e das suas emoções, elas fazem de você um filho melhor. 

Feliz dia das mães... sem geladeiras por favor!



Renata Abalém - advogada, Diretora Juridica do Instituto de Defesa do Consumidor e do Contribuinte- IDC, Diretora da Câmara de Comércio Brasil Líbano, membro da Comissão de Direito do Consumidor da OAB/SP.


Além do amor: ciência explica papel materno no crescimento das crianças

O vínculo entre mãe e filhote pode garantir a sobreivência na natureza.
 Crédito: Waldemar/Pexels


Bióloga lista como o vínculo entre mãe e filho garante o desenvolvimento

 

O mês de maio é um período de celebração e reverência às mães, e não sem motivo. Mas além do amor e do carinho envolvidos nas relações maternais, há também uma complexa interação biológica que transcende culturas e fronteiras.

As mães das mais diferentes espécies têm um papel fundamental no crescimento e desenvolvimento de seus filhotes, uma ligação que começa já nos primeiros dias de gestação e se fortalece após o nascimento. De acordo com a bióloga e professora de Ciências da Natureza do Colégio Marista Paranaense, Camille Vieira Ulyssea, na natureza, a maternidade é uma força primordial que sustenta a vida e molda o futuro das espécies. “Para os filhotes, a mãe é o porto seguro, o guia e a fonte de amor incondicional. No reino animal, vemos como as mães sacrificam sua própria segurança e conforto para proteger e nutrir seus filhotes, ensinando-lhes habilidades essenciais para sobreviver no mundo”, explica. 

Vale pontuar também que a maternidade vai além da genética e da parentalidade, estendendo-se ao vínculo emocional e ao papel de orientação e apoio que uma figura materna desempenha na vida de uma criança, lembra a bióloga. Mesmo além dos laços de sangue, uma mãe pode ser aquela que oferece amor incondicional, cuidado e suporte emocional a uma criança, independentemente das circunstâncias.  

No Dia das Mães, é celebrado a dedicação, o cuidado e o amor incansável que as mães oferecem. Elas não apenas nos dão vida, mas também orientam, inspiram e nos dão forças para enfrentar os desafios da vida. 

Confira 7 aspectos que destacam a importância biológica da mãe para o crescimento e desenvolvimento da criança:

  • Nutrição materna: desde os estágios iniciais da gravidez até o período de amamentação, a mãe fornece os nutrientes essenciais para o desenvolvimento saudável do bebê. O leite materno, por exemplo, contém uma variedade de substâncias nutritivas e anticorpos que fortalecem o sistema imunológico da criança, conferindo-lhe proteção contra doenças. 
  • Vínculo afetivo: a interação física e emocional entre mãe e filho durante os primeiros anos de vida é crucial para o desenvolvimento emocional da criança. Essa ligação estabelece uma base segura para a exploração do mundo e influencia profundamente a saúde mental e o bem-estar emocional ao longo da vida. 
  • Desenvolvimento cognitivo: estudos mostram que a presença e o envolvimento da mãe durante os estágios iniciais de desenvolvimento têm um impacto significativo no desenvolvimento cognitivo da criança. A estimulação precoce, por meio de interações verbais e brincadeiras, promove o desenvolvimento da linguagem, habilidades sociais e cognitivas. 
  • Aprendizagem para a vida: aprender a andar, a falar, a caçar o alimento certo e como se proteger são habilidades passadas já nos primeiros momentos de vida por mães felinas, caninas e de outras espécies. 
  • Regulação do estresse: a presença materna desempenha um papel crucial na regulação do estresse e na resposta ao medo em crianças. O contato físico e o apoio emocional fornecidos pela mãe ajudam a reduzir os níveis de cortisol, o hormônio do estresse, promovendo assim um desenvolvimento emocional saudável. 
  • Transmissão de traços genéticos e imunológicos: além das influências ambientais, a mãe também desempenha um papel na transmissão de traços genéticos e imunológicos para o filho. Essa herança genética e imunológica tem um impacto significativo na saúde e na resiliência da criança ao longo da vida.
  •          Instinto materno em diferentes espécies: o instinto materno é observado em uma variedade de espécies animais, com diferentes estratégias de cuidado parental. Desde mamíferos até aves e insetos, o comportamento materno desempenha um papel vital na sobrevivência e no desenvolvimento das crias.


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