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quarta-feira, 13 de março de 2024

Dengue no Brasil: uma análise dos desafios econômicos e consequências para a força de trabalho

 Estudo estimou impacto de R 20,3 bilhões na economia, sendo R 5,2 bilhões com saúde

 

De acordo com o Painel de Monitoramento das Arboviroses do Ministério da Saúde, até ontem, 11, a incidência da dengue no país era de 757,5 casos por 100 mil habitantes. O critério adotado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelo Ministério da Saúde para a classificação da doença em relação à população indica que vivemos uma nova epidemia da doença. 

A epidemia pode ter um impacto significativo na economia, com perda de produtividade, uma vez que o tempo que um paciente com dengue fica impedido de trabalhar "varia de acordo com a gravidade da doença e a saúde geral do indivíduo", diz o advogado Aloísio Costa Junior, sócio do Ambiel Advogados, especialista em Direito do Trabalho, lembrando que o afastamento "é determinado pelo profissional de saúde", ou seja, o "empregador não tem como determinar esse período". 

Costa Junior explica que no afastamento por até 15 dias, o trabalhador recebe seu salário pela empresa normalmente. A partir do 16º dia, o empregador não é mais responsável e "a pessoa passa a ter direito a requerer do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) o benefício por incapacidade temporária, antigo auxílio-doença, que é um benefício previdenciário para afastamentos por motivo de saúde". 

Estudo realizado pela Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg) estimou que uma epidemia de dengue, zika e chikungunya em 2024, no Brasil, poderia gerar um impacto de R 20,3 bilhões na economia. Desse total, R 15,1 bilhões seriam devidos à perda de produtividade e R 5,2 bilhões seriam devidos aos custos com saúde. O estudo também estimou que a epidemia poderia levar à perda de 214.735 postos de trabalho. 

"Do ponto de vista do governo", diz Washington Barbosa, especialista em Direito Previdenciário, mestre em Direito das Relações Sociais e Trabalhistas e CEO da WB Cursos, essa situação pode se tornar um grande problema porque "todos os custos vão para a previdência social, que vai pagar o benefício, e na própria estrutura do SUS, que vai ser muito mais demandada, aumentando ainda mais as filas". 

De acordo com o Ministério da Saúde, já são mais de 1,5 milhão de prováveis casos no Brasil. Apesar de grande parte dos infectados se recuperarem plenamente em até 10 dias, há casos em que o trabalhador fica com sequelas, geralmente relacionadas à capacidade motora, que impedem o retorno ao trabalho. 

"Nessa situação", explica Barbosa, "a pessoa vai ficar em licença por incapacidade temporária pelo tempo necessário para a sua recuperação". Sendo de caráter definitivo, e dependendo da sequela, existem dois caminhos, diz o especialista em Direito Previdenciário. 

"Se o trabalhador tiver uma redução da capacidade laborativa de caráter permanente, ele pode receber o Auxílio Acidente e continuar trabalhando em outra atividade. Se a pessoa não puder mais trabalhar em nenhuma outra atividade, ela recebe a aposentadoria por incapacidade permanente", explica Barbosa, destacando que "em ambos os casos é necessária a perícia médica presencial". 





Fontes:

Aloísio Costa Junior, sócio do Ambiel Advogados, especialista em Direito do Trabalho.

Washington Barbosa, especialista em Direito Previdenciário, mestre em Direito das Relações Sociais e Trabalhistas e CEO da WB Cursos.

 

Como superar os impactos da Reforma Tributária nas organizações?

Receios, dúvidas e incertezas vêm tomando conta do meio empresarial após a aprovação da PEC n° 45/2019, que consiste na Reforma Tributária. Afinal, embora o objetivo dessa nova emenda seja simplificar o sistema tributário brasileiro que, atualmente, é considerado um dos mais complexos do mundo, é importante chamar atenção para quais serão os impactos sentidos pelas organizações, principalmente, no que condiz os aspectos de gestão.

Promulgada pela Emenda Constitucional 132/2023, a Reforma Tributária irá consolidar os tributos estaduais, federais e municipais, em um único imposto: o IVA (Imposto sobre Valor Agregado). Na prática, serão extintos cinco tributos, e serão criados dois: o CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços), de competência da União e que substituirá o PIS, COFINS e IPI; e o IBS (Imposto sobre Bens e Serviços), compartilhado entre estados e municípios, e que substituirá o ICMS e ISS. Além disso, também será criado o IS (Imposto Seletivo), que será um tributo federal que incide sobre bens, direitos e serviços prejudiciais à saúde ou ao meio ambiente.

Certamente, a unificação desses impostos irá agregar para as organizações pontos positivos como a maior simplicidade, transparência e previsibilidade em toda a logística operacional. Porém, o grande desafio se encontra do outro lado da moeda. Até porque, à medida em que vão sendo publicadas novas atualizações e normas acerca da nova emenda, cabe às empresas a missão de alinhar estratégias para atravessarem o período de transição e, para isso, é necessário ter bem estabelecido três pilares importantes: pessoas, processos e sistemas.

No que condiz as pessoas, investir na capacitação dos colaboradores da organização é a melhor alternativa, visto que, por se tratar de algo novo, o mercado estará carente de profissionais com know how nesse tema. E, considerando que a equipe, principalmente a fiscal, irá manusear diariamente tais mudanças, é necessário prepará-la para que, mais do que operar um sistema, haja uma ampla compreensão do que está sendo feito, garantindo a sobrevivência do negócio.

Já em relação aos processos, a empresa precisa avaliar a estratégia das operações e garantir que as ações estejam em conformidade com a Reforma Tributária. Para ajudar nessa seguridade, é preciso fazer o uso de um sistema que tenha a capacidade de se adequar perante a nova emenda. Em caso de um software próprio, essa alteração deve ocorrer manualmente e, caso terceirizado, é crucial acompanhar de perto o que está sendo feito.

Uma coisa é certa, as organizações que não tiverem seus princípios bem estabelecidos, poderão colocar seus negócios em risco. Ou seja, embora a Reforma Tributária esteja prevista para entrar em vigor gradualmente a partir de 2026, esse não é momento de cruzar os braços, mas de buscar compreender e iniciar as adequações necessárias para garantir conformidade nos processos.

É importante ressaltar que, mesmo a Emenda sendo pautada no discurso promissor de que irá simplificar a forma de tributação, ainda assim, a legislação brasileira irá continuar com sua complexidade. Desta forma, ter o apoio de uma consultoria especializada nessa abordagem e que, acima de tudo, venha acompanhando os novos desdobramentos da Reforma Tributária, se configura como uma importante alternativa para um melhor preparo frente aos desafios que irão emergir.

Além disso, cabe enfatizar que a unificação de impostos e tributos irá mudar a forma de realização de entrega. Sendo assim, é fundamental que a empresa utilize um software que tenha a habilidade de adaptar a tais modificações à medida em que vão sendo estabelecidas as mudanças, a fim de garantir desde a conformidade, até a transparência nos processos.

Falar sobre a Reforma Tributária é abrir uma caixa de desafios importantes que irão fazer parte do dia a dia do empresariado brasileiro nos próximos 10 anos. Todavia, é fundamental que todo o processo de adequação e preparação aconteça desde já. Afinal, para ultrapassar obstáculos, é importante desviar no tempo certo e de forma estratégica.

 


Lílian de Sá - consultora 4tax-Fiscal da SEIDOR.

Nicolas Viana - Head dos Módulos Inbound, FCI e IVA da Suite Fiscal 4tax SEIDOR.

Vinicius Zucchini - CEO da Taxbook.

Cinco desafios das mulheres em inovação e como superá-los

Empresas diversas e inclusivas são mais criativas, dinâmicas, inovadoras e prósperas. Essa relação já foi comprovada em muitos estudos, mas, até hoje, são poucos os negócios que compreendem estas vantagens e buscam aplicá-las estrategicamente em prol de seu crescimento.

Ainda há um desequilíbrio de gênero nítido que dificulta o acesso das mulheres às mesmas oportunidades que os homens na área de inovação, evidenciando uma série de desafios que precisam ser imediatamente combatidos para abrir portas para que cada vez mais profissionais possam conquistar seus objetivos e contribuir para as empresas.

Compreender a fundo as pedras que estão no caminho é um passo importante para evitar que nós sejamos desvalorizadas, que fiquemos desmotivadas e, consequentemente, infelizes por não atingirmos nossos sonhos profissionais. Por isso, veja cinco desafios cruciais que devem ser superados:


#1 Formação: Nos últimos anos, foi observado um aumento esperançoso da quantidade de mulheres que se formam nas áreas de Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática. Entre 2010 e 2021, como exemplo, dados do Inep comprovam uma elevação de 96% no número de alunas que concluíram cursos superiores nessas áreas. Porém, ao ingressarem no mundo profissional, as barreiras começam a se erguer – limitadas por uma série de visões equivocadas que associam à figura masculina uma maior capacidade e preparo para inovarem nas empresas.


#2 Pré-conceito: mesmo com uma formação cada vez melhor, não é incomum observar a associação deste mercado como uma área majoritariamente masculina, o que, por si só, já dificulta que as mulheres tenham as mesmas oportunidades. Por mais que já estejamos vendo uma mudança significativa nesse ingresso, essa ainda é uma visão prejudicial a elas – agravado, ainda, pelo papel que muitas recebem como sendo responsáveis pelo cuidado do lar e com a família. Essa divisão de responsabilidades desigual faz com que, muitas vezes, eles sejam os comandantes da inovação no mercado, e não elas.


#3 Cargos de liderança: fora a dificuldade em ingressar na área, há ainda uma barreira para aquelas que tentam alcançar cargos de liderança. Parte disso se justifica pela presença massiva de gerações mais antigas nesse posto, as quais ainda privilegiam os homens nos cargos mais elevados. Ao analisar a participação das mulheres em cargos de liderança, vimos que elas conseguem alcançar cargos gerenciais, mas ainda são minoria nas diretorias. Em dados divulgados no Panorama Mulheres 2023, como prova disso, hoje elas representam 21% dos membros dos conselhos administrativos e 17% das CEO das empresas brasileiras. A chegada das novas gerações no mercado pode contribuir para que essa realidade seja revertida, renovando o clico dos times empresariais.


#4 Maternidade: infelizmente, esse ainda é um tabu. Muitas empresas acreditam que mulheres que são mães não terão o mesmo rendimento e qualidade nas entregas. Esse é um pensamento completamente equivocado, mas que ainda é visto em muitas empresas. Não à toa, muitas costumam ser desligadas logo após seu retorno da licença-maternidade ou, ainda, nem chegam a avançar no processo seletivo quando questionadas sobre o tema pelos recrutadores. Assim, muitas chegam a repensar o sonho da maternidade por medo de esse ser um empecilho para seu sucesso profissional.


#5 Empreendedorismo por necessidade: diante destas dificuldades, muitas mulheres buscam abrir seus próprios negócios ou, ainda, migrarem para o setor informal, como forma de prosperarem em suas carreiras. Contudo, esse movimento é, muitas vezes, desencadeado por uma necessidade, ao invés de algo opcional ou uma oportunidade adquirida, e não necessariamente este empreendedorismo está voltado ao mercado de ciência e inovação. O resultado pode ser visto pelos números. Segundo dados do Mapeamento do Ecossistema Brasileiro de Startups de 2023, apenas 19,7% das startups são fundadas por mulheres.

Ao longo da história, as mulheres têm lutado cada vez mais por espaço, buscando eliminar barreiras e preconceitos que impeçam uma jornada profissional de sucesso, e no mercado de ciência e inovação não é diferente. Apesar de existirem muitos desafios, nós viemos demonstrando uma incrível persistência e resiliência, superando obstáculos para fazer descobertas significativas e avançar em seus campos de atuação.

A própria Agenda 2023 da ONU reforça a importância da igualdade de gênero como uma peça fundamental para o progresso dos países – afinal, é a partir da pesquisa científica que nascem soluções que mudam a vida de muita gente.

Existem muitos caminhos a serem percorridos para trazer mais mulheres à inovação e, quanto mais representantes tivermos, mais profissionais inspiradoras poderão fazer história, trazendo uma ampla diversidade de visões e pensamentos que contribuam para o desenvolvimento de inovações revolucionárias para nossa sociedade. 



Renata Menezes - diretora de negócios do FI Group, consultoria especializada na gestão de incentivos fiscais e financeiros destinados à PD&I.

FI Group


Educação em casa pode influenciar o comportamento adulto na empresa

Existem dois temas que me interessam muito, nos quais invisto bastante tempo, que são de contextos bem distintos e, aparentemente, distantes. Porém, só aparentemente. Um dos temas é de âmbito pessoal e até íntimo, por assim dizer, e o outro da vida profissional.

Primariamente, meus desafios junto às organizações tratam de problemas de comunicação, alinhamento, foco e obtenção de resultados. E para resolver vários destes desafios, existem diversos outros temas “ocultos”, que precisam ser destravados para que alcancemos o que desejamos. Entre eles estão: assumir responsabilidades e trabalhar por resultados.

Esse é um tópico desafiador, porque temos sistemas de incentivos que estimulam estes comportamentos e que, na verdade, não são desejados. Confuso, não? Pois é, explica, em parte, a dificuldade que enfrentamos dentro das organizações para trabalhar de maneira colaborativa, por resultado e cada um assumindo a responsabilidade onde lhe cabe.

Bem, eu disse que uma parte vem dos sistemas dentro da própria organização, mas agora temos que trazer o outro âmbito, que pode ou não, acabar afetando bastante o ambiente de trabalho, que eu mencionei no início do texto. Estou falando da educação que recebemos em casa.

Quando estamos educando os nossos filhos é muito natural que precisemos ensiná-los a assumir responsabilidades sobre as tarefas, e cada filho consegue assumir uma tarefa de cada tamanho, que varia de acordo com a idade que possui, pois está relacionada com a compreensão sobre a ação.

Por exemplo, filhos pequenos não vão conseguir colocar e tirar a mesa, mas ao crescerem, esta tarefa será possível. Se você tem mais de um filho, também é importante incentivá-los a trabalharem juntos ou dividir as tarefas da casa, aprendendo a se responsabilizar, lembrar de fazer, executar bem feito, aceitar uma orientação e uma correção quando necessário.

Percebo que a atribuição de responsabilidade é exercida de maneira individual, seja porque as famílias têm um ou, no máximo, dois filhos ou porque realmente não consideram o ambiente profissional, onde futuramente as crianças, que se tornarão adultos, vão precisar trabalhar junto com pessoas com temperamentos, habilidades e conhecimentos diferentes e que se complementam.

Aqui está um desafio de percepção para os pais e mães e acaba sendo um desafio para os líderes nas organizações. Uma criança que não foi ensinada a assumir responsabilidades, a trabalhar em equipe e cumprir regras, provavelmente será um adulto que não terá essas noções como obrigatórias dentro de uma empresa, o que acabará dificultando muito a sua performance em qualquer emprego.

No entanto, é possível contornar esse comportamento no ambiente profissional, mas se torna um processo mais complicado, afinal, este jovem que entra no mercado de trabalho já passou 20 anos pensando e atuando de uma maneira, sem estar exposto a estes outros aspectos. Então a mudança é mais árdua, estamos sentindo isso na pele.

De um lado, é preciso mudar os sistemas nas organizações e, do outro, também executar treinamentos on the job, preferencialmente, que tragam awareness destes temas. Pois um sem o outro vai tornar o esforço de mudança mais lento, demorado e que vai entregar resultados parciais.

 

Pedro Signorelli - um dos maiores especialistas do Brasil em gestão, com ênfase em OKRs. Já movimentou com seus projetos mais de R$ 2 bi e é responsável, dentre outros, pelo case da Nextel, maior e mais rápida implementação da ferramenta nas Américas. Mais informações acesse: http://www.gestaopragmatica.com.br/


Dia do Consumidor: O papel do CX nos negócios

Cada vez mais importante para o varejo, o Dia do Consumidor tem ganhado espaço e muitos já consideram a data, celebrada no dia 15 de março, como a Black Friday do primeiro semestre. De acordo com dados do Google Trends, ferramenta que mostra os termos mais buscados na internet, o desejo pela data cresceu 96% este ano, em comparação com 2021.  

Neste contexto, as empresas precisam focar no Customer Experience (CX) para ajudar os clientes em toda a jornada. Caso surja algum imprevisto no processo de compra ou consumo, é importante que as marcas tenham a mentalidade de que o CX não é apenas uma parte do negócio, ele é o próprio negócio.

Segundo a pesquisa Global Consumer Pulse, feita pela Accenture Strategy, há uma perda surpreendente de R$ 401 bilhões em função de experiências insatisfatórias, principalmente durante as interações. O momento crucial do negócio é quando o cliente expressa suas necessidades e a empresa consegue ampará-lo e atendê-lo de forma rápida e eficiente, o que reflete no aumento dos índices de fidelização.

No entanto, nem todas as empresas estão preparadas adequadamente para lidar com este panorama, mesmo diante das oportunidades de negócios apresentadas pelos canais online. Expandir e criar experiências requer uma perspectiva voltada para o futuro e prontidão para o que está por vir, principalmente com a Inteligência Artificial (IA), ferramenta que pode se tornar um fator decisivo no CX. Mas depender exclusivamente da IA não é suficiente. É necessário abordar a complexidade que gera atritos para clientes, agentes e empresas.

O desafio está na baixa utilização dos dados disponíveis, na falta de insights sobre a jornada do cliente e na identificação dos pontos em que os consumidores enfrentam as maiores dificuldades. No ambiente dinâmico de hoje, as pessoas transitam por vários canais durante sua jornada de relacionamento com as marcas. Interações desconectadas e soluções fragmentadas criam obstáculos.

A adoção de uma plataforma CX totalmente em nuvem, omnichannel, multiskill e potencializada por IA torna-se não apenas uma escolha estratégica, mas uma necessidade imperativa para as empresas. Essa tática quebra as barreiras tradicionais, permitindo uma interação fluida em todos os canais, resultando em uma experiência do cliente verdadeiramente integrada e eficiente.

A convergência da tecnologia em nuvem com a Inteligência Artificial não só aumenta a capacidade de prever e atender às demandas dos clientes, mas também impulsiona a automação e a eficiência operacional. Estamos diante de uma era em que a excelência em CX é definida pela capacidade de oferecer não apenas um serviço de qualidade, mas uma experiência global, moldada pela inovação tecnológica e pela compreensão profunda das expectativas. Ao adotar essa abordagem avançada, as organizações não apenas se destacam na competição, mas estabelecem um novo padrão para o atendimento, colocando o cliente no centro de suas operações. Essa estratégia é essencial para o sucesso das vendas.  

No Dia do Consumidor, ao celebrar a importância dos clientes, é importante também refletir sobre o papel da evolução no CX. Não se trata apenas de atender às expectativas, mas de superá-las. Ao abraçar o poder da Inteligência Artificial e enfrentar as complexidades de frente, as empresas podem elevar sua experiência do cliente e, consequentemente, sua lucratividade. Afinal, na conjuntura empresarial contemporânea, o CX não é apenas um departamento - é o coração pulsante das organizações de sucesso.

 

Ingrid Imanishi - Diretora de Soluções Avançadas da NICE.

 

Anatel altera regras de proteção e direito dos consumidores

Regulamento entra em vigor em setembro e professor do UniCuritiba aproveita o Dia do Consumidor (15/3) para explicar o que muda nos serviços de telefonia, internet e tv por assinatura


As regras de proteção e transparência para quem usa os serviços de telefonia móvel e fixa, banda larga e TV por assinatura vão mudar no Brasil. A atualização do Regulamento Geral de Direitos do Consumidor de Serviços de Telecomunicações entra em vigor no dia 2 de setembro.

A medida da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) foi motivada pelas reclamações dos usuários e deve melhorar a relação entre as operadoras e os clientes, tornando mais sinérgicas as estratégias de crescimento das empresas e os direitos dos consumidores.

No Brasil, instituições financeiras, companhias aéreas e empresas de telefonia, internet e TV lideram o ranking de reclamações dos consumidores. O levantamento é do Ministério da Justiça, baseado em dados dos Procons do país. No portal consumidor.gov.br, o serviço de telefonia é o campeão de queixas.

Mestre em Direito e com atuação nas áreas de Defesa do Consumidor e Direito Civil (contratual), o advogado Eros Belin de Moura Cordeiro diz que a transparência é o carro-chefe das mudanças da Anatel. No Brasil, as principais questões envolvendo as telecomunicações dizem respeito ao tratamento pós-contratual e à ineficiência no esclarecimento das dúvidas dos consumidores sobre faturas, formas de cobrança e serviços prestados. 

“Há uma dificuldade de entendimento por parte dos consumidores em relação às tarifas, aos valores cobrados, aos serviços ofertados, ao que é disponibilizado ao consumidor, às novas tecnologias de streaming e ao uso do pacote de dados. Isso mostra, claramente, que a forma de contratação desses serviços tem um déficit informacional muito forte”, avalia o professor do curso de Direito do UniCuritiba – instituição que integra a nima, o maior e mais inovador ecossistema de ensino de qualidade do país.

Esse gap de informações é um dos principais responsáveis pelo alto número de reclamações dos consumidores junto aos órgãos de proteção e defesa. Para equilibrar a balança, o foco da Anatel é aumentar a transparência nas relações entre clientes e fornecedores. 

Uma das novidades diz respeito à portabilidade. A partir de setembro, as empresas de telefonia serão obrigadas a informar com clareza as regras de portabilidade, período de portabilidade e formas como a portabilidade se dará. Mas não é só isso. 

Segundo o advogado Eros Belin de Moura Cordeiro, a lista de inovações e melhorias no regulamento da Anatel incluem:

*Criação de uma etiqueta padrão com resumo dos dados fundamentais sobre o que é ofertado pelas empresas de telefonia - serviços inclusos, canais de comunicação, atendimento e reclamação, números de protocolo e formas de identificação do contrato. 

*Apresentação de um número de identificação único que corresponda a toda a negociação e que discrimine os serviços envolvidos naquela contratação. 

*Possibilidade de o consumidor aderir a um canal de atendimento exclusivamente digital. Neste caso, o cliente evita as ligações das empresas de telefonia e que resultam em reclamações na justiça, perante juizados especiais e foros administrativos (Procons).

*Melhoria na regulamentação que trata da inadimplência: após 15 dias do não pagamento do serviço de telefonia, a empresa é obrigada a notificar o consumidor – como já determinava a regra anterior. A diferença é que, passados 15 dias da notificação, os serviços podem ser interrompidos, ficando restritos a ligações de emergência. Após 60 dias, a empresa pode rescindir o contrato.

*Obrigação, da empresa prestadora do serviço, de informar ao consumidor sobre a correta destinação dos equipamentos ao fim da vida útil e os riscos ambientais do descarte inadequado.

Boas perspectivas

Na avaliação do professor de Direito Civil (contratual) do UniCuritiba, Eros Cordeiro, as inovações propostas pela Anatel são positivas para o enfrentamento dos principais desafios e causas de reclamações do consumidor.

“A atualização das regras não vai resolver todos os problemas em definitivo, mas deve melhorar bastante a assimetria de informações, oferecendo maior clareza sobre as faturas e sobre os serviços ofertados e contratados.”

Ainda assim, defende o especialista, a ideia fundamental nas relações com o consumidor é fazer um aprimoramento constante das regras e garantir o acolhimento ao consumidor quando às reclamações após a contratação. 

“É óbvio que a assimetria informacional ainda existe, porque o consumidor dificilmente tem total controle sobre velocidade de pacote de dados ou precisão da quantidade de dados disponibilizados. Essa questão ainda é uma falha, mas já avançamos com as mudanças feitas pela Anatel”, diz o advogado.

 

Dia do Consumidor: oportunidade para a reflexão

Comemorado no Brasil em 15 de março, o Dia do Consumidor foi criado para reforçar os direitos dos cidadãos na aquisição de produtos e serviços e, de acordo com o professor Eros Belin de Moura Cordeiro, a data melhora a consciência coletiva. 

“O Código de Defesa do Consumidor entrou em vigor em 1991 e promoveu uma revolução no plano dos contratos, estabelecendo uma série de direitos e trazendo transparência, informação e boa-fé como reitora das operações negociais”, explica o especialista em defesa do consumidor.

Para o professor do curso de Direito do UniCuritiba, a ideia fundamental na defesa do consumidor é promover o equilíbrio entre consumidor e fornecedor. “Uma data comemorativa é emblemática no sentido de restaurar e reinaugurar a possibilidade de os consumidores reavivarem seus direitos e buscarem satisfação frente aos fornecedores.”

As vantagens do Código de Defesa do Consumidor, finaliza o advogado, não são exclusivas para quem compra um produto ou contrata um serviço. “O Código de Defesa do Consumidor possibilita a melhoria dos serviços e produtos ofertados. Com isso, o fornecedor ganha também, uma vez que torna seus produtos e seus serviços mais competitivos e mais eficientes.”

 


Imagens: Banco de fotos Freepick


UniCuritiba


10 motivos para falar de IA com crianças e adolescentes

Para os especialistas, a ferramenta já é considerada uma nova forma de alfabetização

 

Com a volta às aulas, a utilização das novas tecnologias pelos alunos volta a ser tema de discussão. Na Europa e nos Estados Unidos, por exemplo, as escolas chegaram a proibir a utilização de chatbots como o ChatGPT há alguns anos, mas, depois de capacitações e treinamentos dos professores, a ferramenta voltou a ser utilizada como um apoio à aprendizagem.  

“O ChatGPT e outros bots já revolucionam a educação e já provocam mudanças irreversíveis nas rotinas das crianças e jovens. A ideia de que as tecnologias provocam ‘trapaças’ é incompleta, já que elas também podem melhorar a forma que aprendemos e ensinamos”, afirma a professora Larissa Victório, coordenadora de Tecnologias e Transformação Digital do Colégio Marista Asa Sul, em Brasília.   

Veja a seguir 10 motivos para falar sobre IA com crianças e jovens segundo a especialista do Colégio Marista Asa Sul: 

·       As ferramentas de IA já fazem parte da forma como as novas gerações produzem conteúdo. É melhor entender e aprender de forma crítica, do que ficar por fora;

·       A utilização das ferramentas digitais é um caminho para estimular a criatividade, o senso crítico e a responsabilidade;

·       A ferramenta também é um caminho digital atual para seguir fomentando habilidades humanas, sociais e emocionais das novas gerações;

·       É uma forma de dialogar sobre executar ações conscientes;

·       É uma forma de estabelecer conexões entre adultos, que passaram por transformações tecnológicas (calculadora, internet, celular) e os jovens;

·       A compreensão dessas ferramentas já é considerada uma forma de alfabetização por diversos especialistas do mundo, como do prestigioso Massachusetts Institute of Technology (MIT), por exemplo; 

·       É importante conhecer a construção dos algoritmos e a rodagem dos programas, que são a base de seu funcionamento;

·       Para o usuário, esse conhecimento permite ampliar e qualificar rotinas e produções;

·       Para os criadores, permite entender os mecanismos, linguagens e códigos e saber como inseri-los de forma respeitosa e consciente na sociedade;

·       É uma forma de estimular a curiosidade por uma diversidade de temas de pesquisa.


Infestação de cigarrinha-do-milho explode no Brasil

Para evitar prejuízos bilionários, especialista da Rovensa Next Brasil recomenda controle da ponte verde, dessecação de plantas tigueras e uso de novos inseticidas biológicos aprovados pelo Ministério da Agricultura, entre outras ações importantes



Praga até então fora do radar na última década, a cigarrinha-do-milho (Dalbulus maidis) tem tirado o sono dos produtores rurais e colocado especialistas em alerta permanente. Apenas na última safra, a infestação aumentou quase 200%, segundo dados de uma pesquisa apresentada pelo Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Vegetal. Houve, inclusive, relatos da captura de 400 insetos em armadilhas espalhadas pelas regiões produtoras de milho. Para efeito comparativo, apenas 15 unidades por planta já representariam uma densidade populacional capaz de dizimar até 80% da lavoura.

A maior preocupação é em relação ao que tem sido chamado de “ponte verde”; ela ocorre com a presença permanente de milho em diferentes estágios de desenvolvimento, além de plantas tigueras remanescentes de safras anteriores. “Houve região onde choveu muito e outras em que a seca se prolongou. Como resultado, teve milho safrinha plantado de forma precoce, áreas sendo formadas agora e outras que ainda serão semeadas, abrindo caminho para o avanço da praga”, analisa Bernardo Vieira, responsável pela Área Técnica de Controle Biológico da Rovensa Next Brasil.

O especialista adverte que a cigarrinha-do-milho consegue percorrer de 20km a 30 km e, quando utiliza uma corrente de vento, essa distância pode se tornar muitas vezes maior. “O controle é complexo porque falamos de uma praga dinâmica. Ela não fica no mesmo local por muito tempo e se alimenta de várias plantas num único dia. A cigarrinha que você encontra hoje é diferente daquela que você vai ver amanhã”, alerta. O prejuízo à produção advém da sucção da seiva e da transmissão de patógenos (molicutes - Phytoplasmas e Spiroplasma) responsáveis pelo enfezamento do milho.


Controle com inseticida

Sob condições favoráveis, o inseto precisa de apenas 24 dias para completar seu ciclo de vida. Durante o período, uma fêmea é capaz de depositar mais de 600 ovos, de acordo com informações da Embrapa, e isso acontece dentro da folha, local de difícil acesso a produtos químicos. Por este motivo, ninfas e insetos adultos tornam-se os alvos principais. Os inseticidas mais utilizados na atualidade são à base de metomil, uma molécula altamente tóxica, com baixa seletividade para insetos não-alvos, com baixíssimo poder residual e que vem perdendo eficácia ano a ano.

Para vencer a resistência, os produtores já contam com biossoluções aprovadas pelo Ministério da Agricultura e eficazes no controle da cigarrinha, de excelente efeito residual e ainda com vantagem de ser inofensivo para o consumo do cereal e para os insetos polinizadores. É o caso de PREV-AM, formulado com óleos naturais extraídos do óleo essencial da casca de laranja, que mata ninfas e adultos por contato. Modo de ação que pode ser associado ao efeito residual promovido pelo BOVENEXT, lançado pela Rovensa Next no ano passado.

“Nossos trabalhos científicos têm mostrado uma eficiência de controle dos bioinseticidas tão boa quanto a dos produtos químicos e, muitas vezes, até maiores, podendo ser até 30% superiores. Esse resultado reflete diretamente na produtividade da lavoura, pois para cada um por cento de planta infectada pelo enfezamento temos de 0,8 a um por cento de quebra de safra”, estima Vieira.


 
Momento de tratar é agora

Segundo o responsável pela Área Técnica de Controle Biológico da Rovensa Next Brasil, entrar com o tratamento no momento certo é determinante para o combate da cigarrinha-do-milho. Muitos produtores aplicam o inseticida quando a milho está no estágio V6 até V8 de desenvolvimento, mas aí já é tarde demais. Dependendo da situação, até no V4 pode ser arriscado. “Na situação atual, o correto é iniciar as aplicações logo após a emergência da folha e repetir nos estágios V2, V4 e até mesmo no V8. Se fizer o manejo nesses timings, o produtor evitará que a população exploda e vai ter um resultado várias vezes melhor do que se pulverizasse apenas no V4 em diante”, recomenda Vieira.



DICAS IMPORTANTES PARA CONTROLE

1 – Diferente de outras pragas, como o bicudo-do-algodoeiro, não há parâmetro de número mínimo de cigarrinhas para iniciar o tratamento. Se tem presença do inseto, é necessário iniciar o controle imediatamente, principalmente nos estágios iniciais da planta.


2 – Faça uso de produtos com diferentes modos de ação. PREV-AM e BOVENEXT, por exemplo, possuem sinergia para quebrar o ciclo de desenvolvimento da cigarrinha - atuando tanto em ninfas quanto em adultos - e ainda se tem observado efeito em outras pragas importantes do milho, principalmente nos estágios iniciais.


3 – Um bom adjuvante responde por 50% ou mais pela eficiência da aplicação, uma vez que a maioria dos produtos agem por contato. WETCIT, por exemplo, possui propriedades orgânicas que aceleram a velocidade de absorção. Vale lembrar ainda a importância de respeitar as condições de temperatura e vento para evitar a deriva do produto.


4 – Faça manejo integrado - Mesmo os híbridos de milho tolerantes são infectados pelo enfezamento do milho, então, faça o plantio na época certa e utilize de todas as ferramentas disponíveis.


5 – E por último, mas não menos importante, controle a ponte verde. Garanta uma boa colheita e promova a dessecação das plantas remanescentes e tigueras.



Para mais informações, acesse www.rovensanext.com.br/


2024 e os ativos virtuais: o que vem pela frente?

Os primeiros meses de 2024 foram agitados para quem acompanha o mercado de ativos virtuais. Capitaneado pelas altas históricas do Bitcoin, o tema tem levantado debate, chamado olhares e despertado muitos questionamentos sobre qual o futuro para os ativos virtuais a partir dos acontecimentos de 2024.

Para aqueles que ainda têm pouca intimidade com o termo, ainda há tempo para entender e acompanhar as notícias. Utiliza-se “ativo virtual” para se referir a ativos que podem ser negociados ou transferidos eletronicamente, ou seja, um bem que existe no “mundo digital” e a qual se atribui um valor monetário.

Nesse guarda-chuva de ativos encontram-se os ativos tokenizados, que são aqueles que existem no mundo real e foram convertidos em representações digitais (chamadas de “tokens”) por meio da tecnologia blockchain. Há também os ativos chamados de “nativos”, que são criados na tecnologia blockchain e não existem no mundo real. É bem provável que você conheça o filho famoso dessa segunda categoria: o Bitcoin.

É nesse contexto de tecnologia descentralizada, ativos virtuais e moedas digitais que orbitam os principais eventos do ano para o mercado (já não tanto) alternativo:


  1. Halving do Bitcoin

Previsto para as próximas semanas, o evento de halving faz parte da dinâmica do Bitcoin e acontece aproximadamente a cada quatro anos. Significa que a remuneração dos “mineradores” de Bitcoin será cortada pela metade, ou seja, a cada bloco minerado serão emitidas menos moedas, causando uma deflação na lógica monetária uma vez que menos moedas entrarão em circulação.

Seguindo uma estrutura de oferta e demanda, uma diminuição de oferta causa uma expectativa de maior demanda com valorização desse ativo, que de certa forma já é vista com a alta pré-halving, onde um público relevante tem buscado mais moeda com a visão de valorização futura. Mas a lógica pode não ser tão simples, uma vez que muitos mineradores podem optar por realizar seus lucros e vender moedas, aumentando novamente a oferta.

Também não se sabe ao certo o quanto a mobilização desses mineradores pode sensibilizar a segurança da rede do Bitcoin. A única certeza é que a exposição do Bitcoin às notícias traz à cena os recursos menos conhecidos do grande público, como Ethereum e os ativos tokenizados, movimentando a economia no mercado digital.


  1. Atualização da rede Ethereum (Dencun)

Por falar em Ethereum, o irmão quase tão famoso do Bitcoin também tem acontecimentos importantes previstos para 2024. Está programada para o dia 13 de março a atualização da rede Ethereum, com foco em aumento da escalabilidade, segurança e eficiência da rede. A atualização promete melhorar a capacidade de processamento da rede, aumentando as transações por segundo, diminuindo o congestionamento e melhorando os custos. Como consequência, a rede se torna mais acessível para usuários e desenvolvedores, ampliando as possibilidades de uso e o alcance.

A atualização também promete tornar a rede mais resistente a ataques e fraudes, outro ponto crucial para expansão do alcance da rede e aumento de seu uso. Com as melhorias previstas, é possível que o Ethereum também experimente altas, uma vez que se tornará mais eficiente e escalável.


  1. Regulamentação da tokenização de ativos

Outro tema fervilhando no mercado de ativos virtuais é uma maré de regulamentação voltada aos ativos tokenizados, não apenas no Brasil, mas em países como os Estados Unidos. Em dezembro de 2023, a CVM publicou o Parecer de Orientação 40, que trata da oferta pública de tokens e traz mais clareza sobre as regras que as empresas devem seguir para realizar ofertas públicas de tokens.

O assunto não parou por aí: segundo publicou o portal Finsidersbrasil, a CVM pretende promover aprimoramentos nas regras para enquadrar tokens de recebíveis e tokens de renda fixa nas operações de crowdfunding (financiamento coletivo, em inglês), dando mais um passo para construir uma regulamentação mais robusta e sofisticada que atenda a demanda por ativos tokenizados.

A SEC, nos Estados Unidos, por sua vez, aprovou em fevereiro de 2024 o primeiro ETF do Bitcoin, considerado um marco importante para a regulamentação do tema no país. Um ETF de Bitcoin é um fundo negociado em bolsa de valores tradicional, como a B3 no Brasil. Percebe-se claramente um padrão dos reguladores mundiais em abraçar essa modalidade de ativos e utilizá-los como ferramentas oficiais de democratização dos investimentos para o mercado em geral.


  1. DREX e outras CBDCs

Ainda na linha regulatória, o Banco Central do Brasil anunciou oficialmente o projeto do DREX, a CBDC (sigla para Central Banking Digital Currency, ou moeda digital do banco central em tradução livre) brasileira. Uma CBDC, ao contrário do Bitcoin, é uma moeda que tem lastro no mundo real; nesse caso, portanto, o DREX é lastreado no Real, mas existe no mundo digital.

O DREX é a plataforma digital oficial para negociação do Real Digital, a CBDC emitida pelo Banco Central do Brasil. A plataforma, que está prevista para lançamento até o final de 2024, mas pode contar com atrasos por conta dos desafios em sua construção, permitirá a negociação e custódia do Real Digital, além de uma importante integração com outros sistemas, como bancos e exchanges, facilitando as transações com a moeda.

A promessa é que seja construído um ambiente seguro, eficiente, acessível e transparente, possibilitado pela tecnologia blockchain. A transparência, por sinal, pode ser um dos motivos de atraso, uma vez que as últimas soluções de privacidade testadas para a plataforma se mostraram ineficientes para o propósito das operações e para a boa gestão da ferramenta pelo Banco Central.

Ao ter como mecanismo de funcionamento principal a criação e execução de contratos inteligentes, a tecnologia promete eficiência e segurança em operações de compra em venda, com transferência simultânea de titularidade dos ativos e pagamentos, além de uma agilidade maior na execução de garantias. A plataforma também permitira a comercialização de produtos de crédito, como empréstimos, aplicações descentralizadas, transferências e operações de câmbio, com potencial de revolução das operações financeiras maior do que o PIX.

Essa janela de oportunidade existente durante a construção da plataforma é essencial para desenvolvimento de novos negócios voltados a explorar essa tecnologia. Com um uso acessível da blockchain, não são apenas as instituições financeiras que ganham novos produtos e novos públicos para desbravar. Setores como UX e desenvolvimento de software podem obter vantagens relevantes ao criar soluções que tornem a navegabilidade pelos produtos disponíveis no DREX muito mais acessíveis e democráticos ao grande público.

Caso o mercado saiba aproveitar o empurrão regulatório, a onda de destaque dos ativos virtuais, a procura por investimentos mais acessíveis e encaixe em uma usabilidade amigável e prática para os usuários, 2024 pode ser o ano decisivo para conquistas novos espaços em um jogo virtual que tem suas regras elaboradas em tempo real.

 

Gabrielle Ribon - advogada e entusiasta de inovação. Atua no mercado financeiro com foco em novos produtos e tecnologias. É especialista em Creative Technologies pela Miami Ad School e titulada LL.M em Direito Tributário pelo Insper.


Especialista Revela os 7 Modelos de Crescimento Empresarial para Expandir seus Negócios

 

Em um mundo cada vez mais competitivo, o crescimento empresarial é o objetivo de todas as empresas, grandes ou pequenas. Dema Oliveira, renomado especialista em expansão de negócios do Brasil, compartilhou os segredos por trás dos sete modelos de crescimento empresarial que têm impulsionado o sucesso de grandes marcas como Tim, Claro, Unilever e Samsung. 

Com décadas de experiência em abrir novos mercados e gerar bilhões em faturamento, Oliveira fundou a consultoria Goshen Land, dedicada a ajudar empresas a alcançar crescimento exponencial. Ele acredita que, com as estratégias certas, qualquer empresa pode transformar-se em um império corporativo.

 

 Expansão Horizontal: Novos Territórios

O primeiro modelo envolve abrir unidades adicionais do seu negócio em diferentes locais geográficos ou implementar um sistema de franquias. “Este modelo é particularmente eficaz para empresas com um modelo de negócio comprovado e replicável”, diz Dema. Por exemplo, uma lavanderia poderia abrir filiais em várias ruas ou bairros.

 

Crescimento Vertical: Aprimoramento Interno

Em vez de expandir horizontalmente, o crescimento vertical concentra-se em aprimorar e ampliar as operações existentes. “Isso pode envolver a adição de novos serviços ou a melhoria dos processos internos para aumentar a eficiência”, explica ele. Por exemplo, uma clínica médica pediátrica pode expandir suas ofertas de serviços, transformando-se em um hospital pediátrico completo.


Crescimento Vertical: Aprimoramento Interno

Em vez de expandir horizontalmente, o crescimento vertical concentra-se em aprimorar e ampliar as operações existentes. “Isso pode envolver a adição de novos serviços ou a melhoria dos processos internos para aumentar a eficiência”, explica ele. Por exemplo, uma clínica médica pediátrica pode expandir suas ofertas de serviços, transformando-se em um hospital pediátrico completo.

 

Diversificação de Produtos e Serviços

Ao invés de apenas aumentar as vendas de produtos existentes, as empresas podem expandir seu portfólio oferecendo novos produtos ou serviços relacionados. “A diversificação pode ajudar a empresa a atingir novos mercados e a reduzir a dependência de um único produto ou serviço”. Por exemplo, uma empresa de vasos decorativos pode começar a vender também mesas, cadeiras e outros itens de decoração. 

 

Crescimento Exponencial através da Tecnologia

A tecnologia pode impulsionar o crescimento exponencial, permitindo que as empresas alcancem novos clientes de maneiras inovadoras. “A tecnologia está mudando a forma como fazemos negócios, e as empresas que se adaptam rapidamente a essas mudanças têm uma vantagem competitiva”. Um exemplo é o uso de aplicativos de entrega como o Zé Delivery pela Ambev, que permite vendas diretas ao consumidor, contornando intermediários como bares e restaurantes.

 

Aquisição de Concorrentes

Comprar ou adquirir empresas concorrentes é outra estratégia de crescimento eficaz. “A aquisição pode permitir que uma empresa aumente rapidamente sua participação de mercado e elimine a concorrência”, diz o especialista. Por exemplo, uma fábrica de copos pode adquirir uma empresa menor em um estado diferente para expandir sua presença regional.

 

Investimento de Capital Humano

O crescimento de uma empresa muitas vezes é limitado pela qualidade de sua equipe. Investir em recrutamento, retenção e desenvolvimento de talentos, bem como em práticas de governança corporativa, pode ser crucial para o sucesso a longo prazo. “As pessoas são o maior ativo de qualquer empresa, e investir nelas pode resultar em um retorno significativo”, afirma Dema.

 

Aprimoramento de Marketing e Vendas

Uma vez que o modelo de crescimento ideal tenha sido identificado, investir em estratégias de marketing e vendas pode ajudar a impulsionar o crescimento. Isso inclui melhorar os canais de venda, comunicações de marca e esforços de marketing para alcançar um público mais amplo. “Uma estratégia de marketing eficaz pode ser a diferença entre o sucesso e o fracasso de uma empresa”.

Estes são os sete pilares que impulsionam o crescimento das empresas. Dema Oliveira, responsável pela abertura de mais de 300 lojas da Samsung no Brasil, atualmente auxilia empresas a expandir seus negócios por meio da GoshenLand. Ele ressalta que o crescimento empresarial não ocorre por acaso, mas é o resultado de decisões estratégicas e ações intencionais. Quando bem compreendidas e implementadas, essas estratégias podem abrir novas oportunidades de expansão e promover um crescimento sustentável a longo prazo. Assim, com as estratégias adequadas, empresas de todos os portes têm o potencial de evoluir e se transformar em verdadeiros impérios corporativos.

 

Camila Ferreira

 

terça-feira, 12 de março de 2024

Inclusão Digital: CEUB oferece curso de informática gratuito para público 60+

Com inscrições até sábado, 16 de março, os alunos receberão noções de informática básica

 

O Centro Universitário de Brasília (CEUB) está com inscrições abertas para curso gratuito de noções básicas de informática e de internet voltado para o público da terceira idade. As aulas estão previstas para acontecer de 16 de março a 29 de junho, aos sábados, das 9h às 12h. As matrículas para o projeto de extensão ‘Curso de Informática Básica para a Comunidade’ podem ser feitas até o dia do início das aulas, 16 de março (sábado). Com vagas limitadas, o curso terá turmas presenciais com até 50 alunos, que receberão certificado da instituição. 

O programa universitário inclui orientações sobre o dia a dia das redes sociais no celular e em computadores. As aulas terão início em meados de agosto, nos laboratórios de informática do Centro Universitário, nos Campus Asa Norte e Taguatinga. Com duração de um semestre, a jornada abordará: Desinformação e Fake News, Ferramentas Google, Sistemas Operacionais com foco no Windows, Internet, Smartphones, Word, Excel e Power Point. Os alunos passarão por avaliação, que garante a entrega do certificado na conclusão.

 

*Como participar*

Com vagas limitadas, o curso de Informática Básica do CEUB terá turmas presenciais de até 50 alunos. Após a realização da inscrição, o aluno receberá o calendário das aulas por e-mail e WhatsApp. Para participar é exigido o uso de e-mail da plataforma Google no ato da inscrição, para auxiliar o acesso às reuniões online via Meet. Para receber o certificado ao fim da jornada, é obrigatório registrar presença em 75% das aulas e aprovação na avaliação final.

 

Serviço:

CEUB: Curso de Informática Básica para a Comunidade

Prazo: inscrições até 16 de março

Link: https://forms.gle/ieURut97ywPYFAdw6

Aulas: 16/03 a 29/06/2024

Local: CEUB - Campus Asa Norte e Taguatinga


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