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terça-feira, 12 de março de 2024

71% dos hospitais paulistas registram aumento de internações por covid e dengue, informa SindHosp

 Pesquisa inédita do SindHosp- Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo, com 92 hospitais privados pesquisados no estado de São Paulo, aponta crescimento de internações por covid e dengue, após o carnaval 


O levantamento realizado pelo SindHosp, no período de 29 de fevereiro a 10 de março, com 92 hospitais privados paulistas, sendo 64% da capital e 36% do interior, indica que houve também aumento em 82% dos hospitais de casos de suspeita de covid e dengue nos pronto atendimentos e serviços de urgência nos últimos 15 dias. A nova pesquisa foi feita exatamente 30 dias após a anterior, realizada no período de 29 de janeiro a 07 de fevereiro, e que apontava apenas aumento da dengue. Casos de covid eram raros.  



Segundo o médico Francisco Balestrin, presidente do SindHosp e da FEHOESP- Federação dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo, a pesquisa apresenta uma curva ascendente para casos suspeitos ou confirmados de covid e dengue nos últimos 15 dias. "Provavelmente, o resultado pode ter influência do período de carnaval, que permitiu grandes aglomerações e as altas temperaturas do verão que facilitam a propagação do mosquito da dengue em água parada. Importante comparar as duas pesquisas e verificar que há 30 dias, apenas a dengue aparecia nos hospitais. Os índices de covid estavam discretos", avalia.  

Nos pronto atendimentos ou serviços de urgência, 82% dos hospitais apontam aumento de pacientes com suspeita de dengue e covid enquanto na pesquisa anterior, há 30 dias, eram 48% dos hospitais que informavam aumento de dengue e covid. Não houve quase alteração no registro do aumento de casos de suspeita de dengue: na atual pesquisa, 30% dos hospitais indicam aumento de 31% a 50% nos casos de dengue enquanto na pesquisa anterior eram 27% dos hospitais que informavam aumento de casos suspeitos de dengue no patamar de 31% a 50%. 



Perguntados sobre internações em leitos clínicos, 60% dos hospitais registram aumento de até 5% nas internações por covid e 26% relatam aumento de 6% a 10%. Já a pesquisa anterior, registrava que 100% dos hospitais tinham até 5% de aumento nesse tipo de internação.  

 

Já o tempo médio de internação nos casos de dengue é de até 4 dias para 70% dos hospitais e foi de 4 dias na pesquisa anterior para 43% dos hospitais. 

 

Para covid, 82% dos hospitais relatam tempo médio de internação de 4 dias e 18% informam tempo médio de 5 a 10 dias. Na pesquisa feita há 30 dias, 16% dos hospitais relatavam 4 dias como o tempo médio de internação enquanto 84% indicavam de 5 a 10 dias.  

 

A faixa etária predominante para pacientes com covid é de 30 a 50 anos para 67% dos hospitais, sendo mantido esse patamar na pesquisa anterior, que relatava que 68% dos hospitais indicam faixa etária de 30 a 50 anos predominante para covid. Já para dengue 72% dos hospitais confirmam a faixa etária predominante de 30 a 50 anos na pesquisa atual, o que se manteve na pesquisa anterior. 

 

SindHosp lança livro sobre a trajetória da covid nos hospitais   

O livro" VÍRUS MORTAL: Os hospitais privados paulistas, o SindHosp e a pandemia da covid-19" será lançado no próximo dia 18 de março, às 19h00, no Salão Nobre da Câmara dos Vereadores, ocasião em que o Sindicato será homenageado pelos seus 85 anos. O livro relata e trajetória e as iniciativas do SindHosp durante a pandemia e as 30 pesquisas realizadas pela entidade no período de 2020 a 2022, que ofereceram informações à imprensa, aos gestores públicos e privados e à opinião pública. Traça um raio x da pandemia no estado de São Paulo.
 


*Pesquisa na íntegra e dados da evolução da dengue no Estado de São Paulo, pode ser consultada no site www.sindhosp.org.br
*O SindHosp é o maior sindicato empresarial da área de saúde do país com 51 mil associados e o mais antigo, fundado em 1.938.


ONDA DE CALOR CHEGA ESSA SEMANA EM SÃO PAULO: SAIBA COMO CUIDAR DAS VARIZES NESSES DIAS

 

Onda de calor atinge São Paulo esta semana: Médica vascular dá dicas para aliviar desconforto das altas temperaturas para pessoas com varizes.

 

Na segunda-feira, 11, começou a terceira grande onda de calor de 2024. A previsão é que as temperaturas subam entre 5°C e 10°C acima da média e para quem sofre de problemas com varizes, essa pode ser uma má notícia. De acordo com um levantamento feito pela Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular (SBACV), as queixas de quem sofre com o desconforto das varizes e veias dilatadas nas pernas sobe de 20% a 30% durante altas temperaturas. Levando em consideração que quatro em cada dez brasileiros adultos têm varizes, o número elevado das queixas é algo que movimenta os consultórios de pacientes em busca de alívio para tanto desconforto. 

Esse desconforto inclui dor, inchaço, sensação de pernas pesadas e uma preocupação: seria apenas os efeitos dos dias quentes nas pernas, ou algo mais grave como uma tromboflebite ou uma trombose? Para a Dra. Carol Mardegan, especialista em cirurgia vascular, os três casos podem acontecer, mas de maneiras diferentes. No verão, os vasos sanguíneos e veias passam por um processo de vasodilatação mais acentuado. Isso significa que eles se expandem mais do que o normal devido ao calor ambiente. “Como resultado, temos uma circulação sanguínea mais lenta que pode sobrecarregar o sistema venoso, dificultando a drenagem eficiente do sangue de volta ao coração. Como consequência, o sangue tende a se acumular nas extremidades do corpo, principalmente nas pernas, gerando inchaço ", explica.

O problema acontece quando esse inchaço está além do normal e começa a impedir a pessoa de realizar atividades corriqueiras, gerando muitas dores ou até dificuldade de locomoção. “Vermelhidão e dormência são sinais de alerta e que merecem atenção redobrada. Além disso, se o incômodo for mais evidente em uma perna, é preciso recorrer a um especialista” – alerta. 

Exames rápidos e procedimentos indolores realizados em consultório são capazes de devolver o bem-estar para o paciente em poucos dias. Além disso, o médico vascular fará uma investigação completa para identificar a origem das varizes e orientar o paciente acerca dos fatores de risco (tabagismo, pílula anticoncepcional, sedentarismo e alguns pontos genéticos), que são importantíssimos para a definição do melhor tratamento. 

E, no caso de insuficiência venosa, o uso de meias de compressão, caminhada e muita hidratação podem ser suficientes para aproveitar o verão sem grandes desconfortos físicos. Carol Mardegan é membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV) e tem como foco a Cirurgia Endovascular reforça sempre que a prevenção é o melhor caminho para elevar a qualidade de vida e se livrar das dores. “Afinal, cuidar da saúde vascular vai muito além da estética” - finaliza.

 

Carol Mardegan - Graduada em medicina pela Universidade de Taubaté, com residência médica em Cirurgia Vascular pela Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP), especialização Fellowship em Cirurgia Endovascular. Carol Mardegan é membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV) e tem como foco a Cirurgia Endovascular buscando sempre os melhores resultados através das modernas técnicas minimamente invasivas.


Desvendando o Resfriado: Origem, Vida e Persistência do Vírus Influenza

 O que causa o resfriado? Como ele se propaga? E qual o impacto do clima, da temperatura e do vento em sua persistência? Estas são algumas das perguntas que o Dr. Fabiano de Abreu Agrela, Pós PhD em Neurociências pela Califórnia University e Biólogo Membro da Royal Society of Biology, busca responder em seu artigo publicado no Centro de Pesquisa e Análises Heráclito (CPAH).

  

Origem Misteriosa:

 

A origem do vírus influenza ainda é um mistério, mas a teoria mais aceita aponta para o RNA como a chave para desvendar esse enigma. De acordo com o Dr. Agrela, o vírus pode ter se originado a partir do RNA de aves selvagens aquáticas, como patos e gansos. Através de mutações e recombinações, o vírus se adaptou e se tornou capaz de infectar humanos.

 

 

Jornada do RNA:

O RNA, ou ácido ribonucleico, é uma molécula essencial para a vida. Sua origem ainda é incerta, mas as hipóteses mais plausíveis sugerem que ele tenha se originado a partir de moléculas simples presentes na Terra primitiva ou através da transcrição do DNA. 

 

Vida do Vírus:


O vírus influenza se replica dentro das células do corpo humano, causando os sintomas clássicos do resfriado, como dor de garganta, tosse, coriza e febre. O tempo de vida do vírus dentro do corpo varia, mas geralmente é de 3 a 7 dias.

 

 

Clima, Temperatura e Vento:

 

O vírus influenza sobrevive melhor em ambientes frios e secos, com temperaturas entre 0°C e 10°C. Nessa temperatura, o vírus se mantém estável por horas e até dias. A baixa umidade facilita a suspensão das gotículas respiratórias no ar, aumentando o risco de contágio.

 

 

O vento pode ter um impacto duplo na transmissão do vírus:

 

  • Dispersão: O vento forte pode dispersar as gotículas respiratórias por longas distâncias, aumentando o risco de inalação do vírus. 
  • Diluição: Em ambientes abertos, o vento pode ajudar a diluir as gotículas respiratórias no ar, reduzindo o risco de contágio.

 

 

Tamanho das Gotículas e Tempo no Ar:

 

  • Gotículas maiores (> 5 micrômetros): Caem no chão rapidamente (em até 30 minutos). 
  • Gotículas menores (< 5 micrômetros): Podem permanecer no ar por horas, especialmente em ambientes fechados.

 

 

Transmissão e Propagação:

 

O vírus influenza é altamente contagioso e se transmite principalmente através das gotículas respiratórias expelidas ao tossir ou espirrar. O contato com superfícies contaminadas também pode ser uma via de transmissão.

 

Chuva e Proliferação:

A chuva em si não contribui para a proliferação do vírus influenza. No entanto, o tempo chuvoso geralmente é acompanhado de outros fatores que favorecem a transmissão, como:


  • Maior tempo em ambientes fechados: Aumento do contato próximo entre as pessoas. 
  • Baixa umidade: Facilita a suspensão das gotículas respiratórias no ar. 
  • Ressecamento das mucosas: Facilita a entrada do vírus no organismo.

 

 

Prevenção e Controle:

As medidas de prevenção contra o resfriado são simples, mas eficazes:

  • Vacinação: A vacina contra a gripe é a melhor forma de prevenir a infecção. 
  • Lavar as mãos frequentemente: Com água e sabão, ajuda a eliminar o vírus. 
  • Higiene respiratória: Cobrir a boca e o nariz ao tossir ou espirrar. 
  • Evitar aglomerações: Reduzir o risco de contato com o vírus. 
  • Mantenha os ambientes ventilados: Reduzir a concentração de vírus no ar.

Ao compreender a origem, a vida, as características e o comportamento do vírus influenza em diferentes condições climáticas, podemos tomar medidas eficazes para prevenir o resfriado e proteger a nossa saúde. As medidas de prevenção, como a vacinação, a higiene e o conhecimento sobre a influência do clima e do vento, são essenciais para evitar a transmissão do vírus e reduzir o impacto do resfriado na nossa vida.


Estados em emergência por dengue; confira métodos de prevenção

 Especialista do Hospital Sepaco alerta para a importância da vacinação e sugere métodos alternativos de prevenção 

 

Nove unidades da federação já decretaram estado de emergência por dengue. Nesta terça-feira, 5 de março, São Paulo anunciou o decreto, devido ao aumento de casos. A doença é considerada uma epidemia, pois ultrapassou mais de 300 casos para cada 100 mil habitantes. 

A infectologista Lisia Miglioli Galvão, do Hospital Sepaco, alerta para os principais grupos de risco. 

“Os grupos de maior risco são as crianças menores de 2 anos, adultos com mais de 65 anos, gestantes, obesos, pacientes portadores de doenças crônicas como hipertensão arterial e outras doenças cardiovasculares, diabetes mellitus, doenças pulmonares como DPOC e asma, doenças hematológicas, doença renal crônica, doenças hepáticas e autoimunes”, explica a médica. 

Em medida também recente, o Ministério da Saúde decidiu ampliar a vacinação contra a dengue para adolescentes de 14 anos. Foi um pedido das secretarias estaduais, porque nos postos de saúde a procura por imunização está muito baixa, embora seja a principal maneira de prevenir a doença. 

“A vacina da dengue disponível no SUS e nas clínicas particulares é a QDENGA®. Está liberada para indivíduos de 4 a 60 anos. Deve ser administrada por via subcutânea em 2 doses, com intervalo de 3 meses entre as doses. Não há indicação de dose de reforço. Pode ser tomada por pessoas que já tiveram dengue. Após ter dengue, recomenda-se aguardar 6 meses para receber a vacina”, afirma a infectologista do Hospital Sepaco. 

Apesar da importância da vacina, nem todas as pessoas estão aptas a recebê-la, como explica Lisia: “Está contraindicada para pessoas com hipersensibilidade a qualquer componente da formulação; pessoas com imunodeficiência congênita ou adquirida, incluindo pacientes em uso de terapia imunossupressora como quimioterapia e altas doses de corticoide; pacientes com HIV sintomático ou HIV assintomático com evidência de função imunológica comprometida; gestantes e lactantes”. 

Com a vacina ou não, o repelente é uma das maneiras mais eficazes de criar barreiras químicas para afastar o Aedes aegypti. A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e a Anvisa recomendam que, para ser efetivo contra o mosquito da dengue, o repelente deve conter uma das seguintes substâncias: Icaridina, DEET ou IR3535. Entretanto, existem métodos alternativos para prevenir a chegada dos mosquitos. 

“Para afastar o mosquito, sugere-se o uso de roupas compridas e de cor clara; uso de telas em janelas e portas; uso de mosquiteiro ao redor das camas; uso de inseticidas em spray ou de tomada. É importante lembrar que a principal forma de prevenção é eliminar o foco do mosquito em qualquer tipo de recipiente com água parada”, alerta Lisia. 

Com a recente alta de casos de COVID-19, cresceu a preocupação por casos de infecção simultânea com a dengue, mas esse tipo de caso é incomum. 

“A diferenciação deve ser feita após atendimento médico especializado e mediante algumas características clínicas, o médico poderá distinguir as infecções, com confirmação diagnóstica após exames adequados. Mediante definição diagnóstica, será realizado o tratamento pertinente”, esclarece a médica. 

A dengue é uma doença febril aguda causada por um vírus da família Flaviviridae, gênero Flavivirus. Este vírus possui quatro sorotipos: DENV-1, DENV-2, DENV-3, DENV-4. Após ser infectado por um dos sorotipos, o sistema imune desenvolve uma resposta inicial e transitória contra todos os tipos durante alguns meses. Posteriormente, a imunidade desenvolvida será específica ao sorotipo da infecção, e a pessoa fica suscetível a novas infecções pelos demais sorotipos.


Doença renal crônica atinge 10% da população brasileira

 Foto: Camila Hampf Mendes/Hospital Pequeno Príncipe
 Cuidado com a saúde dos rins deve começar ainda na infância, alerta maior hospital exclusivamente pediátrico do país


De acordo com a Sociedade Brasileira de Nefrologia, a doença renal crônica (DRC) afeta mais de 20 milhões de pessoas no Brasil, ou seja, em torno de 10% da população do país. No mundo, são mais de 850 milhões de casos. Ainda segundo a entidade, estima-se que, em 2040, a DRC será a quinta maior causa de morte no planeta. Hoje, ela é o motivo de pelo menos 2,4 milhões de óbitos todos os anos.  

Embora seja mais comum em adultos, a doença renal crônica também atinge crianças e adolescentes, o que gera consequências graves e exige cuidados contínuos. Por isso, no Dia Mundial do Rim, lembrado em 14 de março, o Pequeno Príncipe, maior e mais completo hospital exclusivamente pediátrico do país, alerta para a importância de cuidar da saúde dos rins desde a infância.  

A doença renal crônica é caracterizada pela alteração persistente da função renal por um período superior a três meses e dividida em estágios. Se a função renal chega a menos do que 10%, existe a necessidade de fazer algum tipo de tratamento para substituir o papel dos rins, que pode ser a diálise peritoneal, a hemodiálise ou o transplante renal.  

Nas doenças renais que são preveníveis, por exemplo o cálculo renal, é fundamental incluir na rotina alguns cuidados como:

  • incentivar o consumo adequado de água pelas crianças;
  • manter uma alimentação saudável e sem industrializados;
  • evitar o consumo de sal em excesso;
  • controlar o peso, pressão arterial, além dos níveis de glicose e colesterol;
  • ficar atento para a cor do xixi, que não deve ser escura;
  • praticar atividades físicas;
  • manter o acompanhamento regular do pediatra.

Mas nem toda causa da doença renal é prevenível. “Desta forma, o que fazemos é retardar sua evolução. A depender do caso, há necessidade de intervenção cirúrgica ou de acompanhamento clínico periódico, além da adoção de hábitos saudáveis, que incluem alimentação e atividades físicas. Também deve-se evitar as causas secundárias, como obesidade, diabetes e hipertensão arterial, que pode ocorrer em crianças e adolescentes”, explica a nefrologista pediátrica Lucimary de Castro Sylvestre, do Hospital Pequeno Príncipe.

 

Sinais e sintomas

Na maioria dos casos, as doenças renais no público pediátrico são descobertas durante a gestação, por meio de exames do pré-natal, na investigação de algum problema de saúde, por exemplo a dificuldade no crescimento, ou na realização de exames de rotina. Contudo, a DRC pode ser silenciosa e, muitas vezes, o paciente só descobre que tem o problema quando ocorre falência dos rins.  

No caso das crianças e dos adolescentes, é preciso ficar atento aos sinais e sintomas, que podem auxiliar no diagnóstico precoce da doença, como: infecções urinárias de repetição; dificuldade no ganho de peso e/ou crescimento; anemia persistente sem causas aparentes; inchaço; problemas ósseos; e dificuldade, dor e/ou ardência ao urinar.

O Serviço de Nefrologia do Hospital Pequeno Príncipe é um dos mais completos do Brasil em pediatria e oferece todas as modalidades de tratamento para a doença renal crônica. Há quase 40 anos, a instituição realiza atendimento ambulatorial e hospitalar a crianças e adolescentes com idades até 18 anos, além de contar com os serviços de hemodiálise (sendo o único exclusivamente pediátrico do Paraná a atender pelo SUS), diálise peritoneal e transplante renal. Os pacientes também têm à disposição um ambulatório geral de nefrologia e ambulatórios especializados. Ainda dispõem de uma equipe multiprofissional composta por médicos, enfermeiros, psicólogos, fisioterapeutas, nutricionistas e assistentes sociais, e de uma estrutura completa para a realização de todos os exames em um só local.


Dengue: quando tomar medicamento pode significar um risco?

Uso de medicamentos sem orientação pode causar manejo
inadequado dos sintomas e interferir nos resultados do diagnóstico
Créditos: Divulgação/ Prati-Donaduzzi
Uso de anti-inflamatórios e aspirinas sem orientação pode levar a complicações e até à dengue hemorrágica. Entenda por que manter a hidratação é crucial para tratar a doença


Em dois meses, foram mais de 1,3 milhão de casos possíveis de dengue no Brasil, segundo o Ministério da Saúde. Os principais sintomas são febre alta, dor de cabeça, dor no corpo, nas articulações, atrás dos olhos, fraqueza e manchas vermelhas na pele. Nos casos mais graves, dor abdominal intensa e contínua, náuseas, vômitos persistentes, sangramento na mucosa e tontura ao levantar são sinais de alerta. 

Como não há um tratamento específico para a doença, recomenda-se muita hidratação, com água e soros orais comprados em farmácias, que repõem, além do líquido, sais minerais. É comum o uso de dipirona ou paracetamol para minimizar o mal-estar provocado. 

Anti-inflamatórios como diclofenaco e ibuprofeno e aspirina devem ser evitados por pacientes com suspeita ou confirmação da doença. “Os riscos abrangem desde o agravamento de sintomas até complicações mais sérias, como o aumento do risco de sangramento, pois esses medicamentos podem irritar o estômago e causar danos ao fígado. O uso sem orientação também pode resultar em manejo inadequado dos sintomas, resistência a medicamentos e interferência nos resultados do diagnóstico, além de representar um perigo particular para grupos vulneráveis”, explica a farmacêutica da Prati-Donaduzzi, Keitia Couto. 

O ideal é procurar serviço de saúde para um diagnóstico preciso da doença. Testes para confirmar a infecção estão disponíveis em unidades básicas de saúde e em farmácias. "Manter um acompanhamento regular com profissionais de saúde e seguir rigorosamente as orientações médicas são medidas fundamentais para garantir um tratamento seguro e eficaz", orienta Keitia.


Prati-Donaduzzi


Higiene do sono e seu impacto na melhora da qualidade de vida

Médico do Hospital Paulista explica que medidas cotidianas adotadas antes da hora de dormir auxiliam na prevenção e tratamento a distúrbios como sonambulismo, insônia e terror noturno


A qualidade do sono é altamente influenciada por nossos hábitos e atividades diárias. E isso também inclui a rotina na hora de dormir! Ou seja, como nos comportamos nos momentos que antecedem o nosso merecido descanso.

Comer muito, tomar café e ficar muito tempo exposto à luz artificial são alguns exemplos clássicos de hábitos que interferem nesse processo fisiológico tão importante e necessário.

Nesse contexto, a chamada “higiene do sono”, hoje, é apontada pelos médicos como a estratégia de saúde pública mais eficaz para o tratamento de diversos distúrbios do gênero, como o sonambulismo, a insônia, o terror noturno, dentre outros.

Não apenas para o tratamento, mas também a manutenção do nosso bem-estar diário, conforme explica o Dr. Lucas Padial, otorrinolaringologista do Hospital Paulista e especialista em distúrbios do sono.

“A higiene do sono é um conjunto de medidas cotidianas que produz efeitos benéficos que melhoram o ato de adormecer e colaboram para um boa noite de sono. Portanto, é algo válido a todas as pessoas que buscam uma melhor qualidade de vida, além, é claro, de quem já sofre com problemas para dormir”, destaca o especialista.

Deitar-se quando sentir sono e evitar o uso de eletrônicos (celular, notebook, televisão), atividades físicas intensas e o consumo de bebidas alcoólicas são algumas das medidas que fazem parte desse protocolo.

Há também aspectos que demandam certo autoconhecimento e, até mesmo, disciplina. “O sono é um comportamento e requer ritmicidade. Por isso, também é importante estabelecer horários regulares para acordar e dormir. Nesse contexto, é fundamental entender/respeitar o seu cronotipo. Isto é, se você é uma pessoa mais matutina ou vespertina, ajudando a adequar melhor a rotina da vida ao sono”, observa.

Estímulos sensoriais também ajudam nesse processo, segundo o médico. “Temperatura, som, cheiro, textura da cama e travesseiros: tudo isso ajuda a transformar o seu local de descanso em um ambiente agradável e que induza ao sono”, enfatiza o Dr. Padial, que listou aqui uma série de medidas simples a quem deseja trabalhar a própria higiene do sono, em busca de mais qualidade de vida e, até mesmo, como forma de prevenir possíveis distúrbios futuros.

O que evitar:

  • Exposição excessiva à luz artificial;
  • Comer muito antes de dormir ou alimentos mais “pesados”;
  • Ficar pensando em excesso. Tente “esvaziar a mente” no momento de dormir;
  • Tomar café, energético e outras bebidas estimulantes, principalmente à base de cafeína e taurina;
  • Alimentos como chocolate, refrigerante e até chás que também possuam cafeína;
  • Bebidas alcoólicas antes de dormir;
  • Cigarro antes de dormir, pois também pode ser um estimulante que impede a sonolência e induz fragmentação do sono (assim como o café, chocolate etc.);
  • Usar aparelhos eletrônicos (celular, notebook, televisão) antes de dormir;
  • Atividades físicas intensas logo antes de dormir. O ideal é fazer isso durante o dia;

O que fazer:

  • Manter a temperatura do quarto agradável;
  • Deitar-se apenas quando sentir sono;
  • Transformar o quarto em um ambiente agradável e que induza ao sono (temperatura, som, cheiro, textura da cama e travesseiros);
  • Estabelecer horários regulares para acordar e dormir. Sono é um comportamento e requer ritmicidade;
  • Respeitar seu cronotipo. Existem pessoas matutinas, mas existem as vespertinas. Entender seu ritmo ajuda a adequar melhor a rotina da vida ao sono;
  • Não dormir durante o dia. Cochilar até no máximo 45 minutos desde que distante do horário de dormir.

 

Hospital Paulista de Otorrinolaringologia

Saúde renal: automedicação pode causar danos irreversíveis aos rins

 Médico da Rede Mater Dei chama a atenção para uso excessivo de suplemento, fitoterápicos e anabolizantes 

 

Com a proximidade do Dia Mundial do Rim, celebrado este ano em 14 de março, a atenção volta-se para a crescente preocupação com as doenças renais em todo o mundo. Segundo estimativas da Organização Internacional World Kidney Day, cerca de 10% da população global, o equivalente a 850 milhões de pessoas, enfrenta algum tipo de doença renal crônica, uma condição que pode ser fatal, se não for tratada adequadamente.

No Brasil, os números não são menos preocupantes. De acordo com dados recentes da Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN), mais de 140 mil pacientes estão em estágio avançado de doença renal crônica, submetendo-se a tratamentos, como a diálise, para sobreviver. O transplante de rim, que representa cerca de 70% do total de transplantes de órgãos realizados no país, é uma esperança para muitos desses pacientes. O Brasil ocupa uma posição de destaque global nesse aspecto, sendo o terceiro maior transplantador de rim do mundo, com 4.828 procedimentos registrados apenas em 2021.

No entanto, apesar dos avanços na área, ainda há desafios significativos a serem enfrentados. Estima-se que cerca de 50 mil pessoas no Brasil morrem prematuramente, a cada ano, devido à falta de acesso à diálise ou ao transplante de rim.

Frente a esse contexto, a Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN) coordena anualmente, no país, a Campanha do Dia Mundial do Rim, que tem como objetivo disseminar informações vitais sobre as doenças renais, destacando a importância da prevenção, do diagnóstico precoce e do tratamento adequado. 

De acordo com o nefrologista Victor Jordão, do Hospital Mater Dei Santa Genoveva, em Uberlândia, os rins são órgãos chamados de “vitais” no nosso corpo. Eles são responsáveis pelo controle de líquido (o que fica, se está faltando, ou o que sai de água, se em excesso), de toxinas e sais, que devem manter equilíbrio no organismo, da acidez do sangue, da produção de células do sangue pela medula óssea e da pressão arterial. Sua disfunção ou perda de seu equilíbrio podem ter consequências sérias. 

“Muitas vezes essas consequências vêm por doenças relacionadas ao uso de medicações necessárias, porém tóxicas para os rins, mas é cada vez mais comum vermos uso abusivo de fitoterápicos, vitaminas, oligoelementos, anabolizantes e alguns suplementos”, alerta o médico.

Victor considera que, atualmente, estamos vivendo uma fase de acesso à informação e a produtos muito fácil, o que é excelente. Entretanto, nem tudo que está na internet e é difundido nela é benéfico ou o correto para aquela pessoa ou situação. “A automedicação pode levar a superdosagens de substâncias no organismo que, mesmo que já presentes ou até produzidas por nosso corpo, tornam-se prejudiciais em doses elevadas. Isso vale também para anabolizantes, que tem um efeito rápido na estética, mas uma conta cara a ser paga com efeitos colaterais, até irreversíveis, e risco de morte”, explica o médico.

“Reforço que suplementos são para preencher carências da nossa alimentação, que deve ser adequada para nossos objetivos e para nossa saúde, e que nem sempre algo que é natural, ou até mesmo presente no nosso corpo, é melhor em mais quantidades. Os níveis devem ser adequados para uma saúde plena, junto a outros fatores, como bons hábitos de alimentação, exercício físico, sono e redução do stress”, diz Victor.

De acordo com Victor, os atendimentos a pacientes que tenham feito uso excessivo e acabaram comprometendo os rins têm aumentado em seu consultório: “esse tipo de consulta é cada vez mais frequente. Os campeões são, com certeza, o uso indiscriminado de anabolizantes ou, até mesmo, de ‘reposição hormonal de testosterona’, mesmo que acompanhada por médico, mas com muitos efeitos. Outro muito comum é o uso indiscriminado de Vitamina D, que é uma vitamina (ou hormônio) de extrema importância para o corpo, mas que se aplicada através de doses elevadas no sangue, como alguns estão objetivando, podem levar ao aumento de cálculos renais ou até lesão renal irreversível por toxicidade direta”, afirma. 

Uma análise sobre os padrões de consumo, conduzida pelo Ministério da Saúde, revelou que em 59% dos domicílios brasileiros, pelo menos uma pessoa faz uso de algum tipo de suplemento alimentar. Destes, 60% são homens e 40% são mulheres. “Acredito que isso seja um efeito colateral de múltiplas coisas que aconteceram ao mesmo tempo, com o avanço da tecnologia. Desde o acesso rápido e fácil à informação, (que nem sempre é de fonte confiável ou verdadeira), o culto ao corpo inatingível, vendido em redes sociais, onde a pessoa, mesmo sem ter noção ou indicação de algo, quer copiar aquele influenciador específico, para ‘ser igual’, até à facilidade de acesso a qualquer produto atualmente, com contatos fáceis ou compras diretas online”, alerta o médico.


Sinais do uso excessivo – estes sintomas dependem muito do que foi usado e das doses. Victor explica que, se tratando de anabolizantes, pode ocorrer desde o aumento da pressão arterial, pelo aumento da viscosidade do sangue, até lesões diretas e tóxicas ao funcionamento dos rins, fígado e estrutura do coração – sem contar o risco aumentado de infarto, AVC e câncer. “São problemas irreversíveis e gravíssimos. Mais relacionados aos rins, podemos citar desde o aumento da incidência de cálculos renais – principalmente relacionados ao abuso da vitamina D – até o inchaço das pernas e restante do corpo, falta de ar, falta de apetite e perda do funcionamento dos rins. Estes, relacionados principalmente a dosagens de vitamina D superiores a 80ng/dL ou uso de anabolizantes (ou mesmo quando chamados de reposição hormonal controlada)”. 


Exame para todos - O Dia Mundial do Rim tem como foco a saúde desse órgão tão importante para o funcionamento do corpo. A campanha, que busca disseminar informações para toda a sociedade, chamará a atenção também para a importância de todos os brasileiros poderem acessar o exame de creatinina. O ideal, segundo a SBN, é que toda pessoa, principalmente acima de 30 anos, possa fazer um exame anual de dosagem desse marcador da função do rim.

A Rede Mater Dei de Saúde tem um serviço completo de cuidados voltados para pacientes renais crônicos e agudos, realizando diálise contínua por 72h a pessoas internadas em suas unidades, pacientes externos, e diálise em trânsito, para pacientes de outras localidades que precisam permanecer em tratamento durante um determinado período.


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