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| Foto: Camila Hampf Mendes/Hospital Pequeno Príncipe |
De acordo com a Sociedade Brasileira de Nefrologia, a doença renal
crônica (DRC) afeta mais de 20 milhões de pessoas no Brasil, ou seja, em torno
de 10% da população do país. No mundo, são mais de 850 milhões de casos. Ainda
segundo a entidade, estima-se que, em 2040, a DRC será a quinta maior causa de
morte no planeta. Hoje, ela é o motivo de pelo menos 2,4 milhões de óbitos
todos os anos.
Embora seja mais comum em adultos, a doença renal crônica também
atinge crianças e adolescentes, o que gera consequências graves e exige
cuidados contínuos. Por isso, no Dia Mundial do Rim, lembrado em 14
de março, o Pequeno Príncipe, maior e mais completo hospital exclusivamente
pediátrico do país, alerta para a importância de cuidar da saúde dos rins desde
a infância.
A doença renal crônica é caracterizada pela alteração persistente
da função renal por um período superior a três meses e dividida em estágios. Se
a função renal chega a menos do que 10%, existe a necessidade de fazer algum
tipo de tratamento para substituir o papel dos rins, que pode ser a diálise
peritoneal, a hemodiálise ou o transplante renal.
Nas doenças renais que são preveníveis, por exemplo o
cálculo renal, é fundamental incluir na rotina alguns cuidados
como:
- incentivar o consumo adequado de água pelas crianças;
- manter uma alimentação saudável e sem industrializados;
- evitar o consumo de sal em excesso;
- controlar o peso, pressão arterial, além dos níveis de
glicose e colesterol;
- ficar atento para a cor do xixi, que não deve ser
escura;
- praticar atividades físicas;
- manter o acompanhamento regular do pediatra.
Mas nem toda causa da doença renal é prevenível. “Desta forma, o
que fazemos é retardar sua evolução. A depender do caso, há necessidade de
intervenção cirúrgica ou de acompanhamento clínico periódico, além da adoção de
hábitos saudáveis, que incluem alimentação e atividades físicas. Também deve-se
evitar as causas secundárias, como obesidade, diabetes e hipertensão arterial,
que pode ocorrer em crianças e adolescentes”, explica a nefrologista pediátrica
Lucimary de Castro Sylvestre, do Hospital Pequeno Príncipe.
Sinais e sintomas
Na maioria dos casos, as doenças renais no público pediátrico são
descobertas durante a gestação, por meio de exames do pré-natal, na
investigação de algum problema de saúde, por exemplo a dificuldade no
crescimento, ou na realização de exames de rotina. Contudo, a DRC pode ser
silenciosa e, muitas vezes, o paciente só descobre que tem o problema quando
ocorre falência dos rins.
No caso das crianças e dos adolescentes, é preciso ficar atento
aos sinais e sintomas, que podem auxiliar no diagnóstico
precoce da doença, como: infecções urinárias de repetição; dificuldade no ganho
de peso e/ou crescimento; anemia persistente sem causas aparentes; inchaço;
problemas ósseos; e dificuldade, dor e/ou ardência ao urinar.
O Serviço de Nefrologia do Hospital Pequeno Príncipe é um dos mais
completos do Brasil em pediatria e oferece todas as modalidades de tratamento
para a doença renal crônica. Há quase 40 anos, a instituição realiza
atendimento ambulatorial e hospitalar a crianças e adolescentes com idades até
18 anos, além de contar com os serviços de hemodiálise (sendo o único
exclusivamente pediátrico do Paraná a atender pelo SUS), diálise peritoneal e
transplante renal. Os pacientes também têm à disposição um ambulatório geral de
nefrologia e ambulatórios especializados. Ainda dispõem de uma equipe
multiprofissional composta por médicos, enfermeiros, psicólogos,
fisioterapeutas, nutricionistas e assistentes sociais, e de uma
estrutura completa para a realização de todos os exames em um só local.

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