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segunda-feira, 4 de março de 2024

Homens perdem peso mais facilmente do que mulheres? Entenda

 Endocrinologista Guilherme Renke detalha estudos que demonstram diferenças de composição corporal, armazenamento de gordura e metabolismo de homens e mulheres


O dia 4 de março é conhecido como o Dia Mundial da Obesidade, e Guilherme Renke (@endocrinorenke), sócio fundador do Instituto Nutrindo Ideais (@nutrindoideais), endocrinologista e médico do esporte, mestre em cardiologia, descreveu em sua coluna no EU Atleta sobre a diferença na perda de peso entre homens e mulheres. Confira: 

Os cientistas dizem que a maneira como os corpos dos homens são construídos e mesmo onde armazenam gordura os ajuda a perder peso mais facilmente do que as mulheres. 

Um estudo publicado na revista Diabetes, Obesity and Metabolism detalhou os resultados da perda de peso de mais de 2.200 adultos com sobrepeso.

Durante o estudo de oito semanas, homens e mulheres seguiram uma dieta de 800 calorias composta principalmente de sopas, shakes, cereais quentes e vegetais de baixa caloria. 

No final, os homens perderam 16% mais peso do que as mulheres - cerca de 26 quilos em comparação com uma média de 22 quilos para as mulheres.

O motivo pelo qual os homens tendem a perder mais peso mais rapidamente se resume à diferença na forma como homens e mulheres são constituídos. 

Fisiologicamente, os homens estão aptos a queimar gordura mais rapidamente, pois têm mais massa muscular magra e uma taxa metabólica naturalmente mais elevada. 

O endocrinologista Francisco Tostes, sócio do Instituto Nutrindo Ideais, comentou sobre o assunto em sua rede social: 

— Senhoras, se vocês algumas vezes entraram em competição de dieta com parceiro, irmão ou amigo para perder peso? Não se surpreendam, se ele perdeu mais peso e mais rápido que você, não é impressão. As mulheres realmente têm maior dificuldade de controlar o apetite em uma dieta, pois tem um metabolismo mais lento do que nós, homens, porque têm menos músculos, e o músculo de vocês gasta menos energia do que o nosso. 

— Além disso, das calorias que vocês gastam, vocês utilizam menos gordura do que nós, homens. Parte de todas essas diferenças têm causa hormonal, porque a gente tem muito mais testosterona e vocês têm muito mais estrogênio. 

— A parte boa é que a gordura que vocês acumulam costuma ser aquela gordura subcutânea e os homens têm mais gordura visceral que inclusive é mais prejudicial à saúde. Então não deixem aquela "competição" que todo casal gosta de fazer, de quem perde mais, te desanimar, mas use isso de uma forma livre de tornar o processo mais leve e vocês se motivarem. 

Além desta explicação, Francisco argumenta que, por ter um metabolismo mais ativo, os homens não costumam precisar fazer uma restrição tão grande na dieta para conseguirem emagrecer. 

Porém, as mulheres podem utilizar outras estratégias para melhorar o desempenho na perda de peso. A prática regular de exercícios faz com que o nosso corpo queime mais calorias além daquelas que são gastas durante o exercício, pois acelera o nosso metabolismo. 

Além disso, por estar comendo menos, é fundamental que se coma melhor para obter todos os nutrientes necessários para manter o seu metabolismo mais ativo. 

— Infelizmente, muitas mulheres, quando querem emagrecer acabam, apelando para uma dieta extremamente restritiva e pobre em nutrientes. Essa carência costuma deixá-las sem disposição para fazer exercício, além de deixar o metabolismo mais lento, aumentando o risco do tão temido efeito sanfona lá na frente — complementa o endocrinologista. 

Portanto, a questão dos homens perderem gordura mais facilmente do que as mulheres não deve ser um empecilho para o foco e a rotina de treinos. A sensação de competição pode ser um incentivo que apoie o processo e não uma fonte de frustração.

  

 

Referências: 

Wu BN, O'Sullivan AJ. Sex differences in energy metabolism need to be considered with lifestyle modifications in humans. J Nutr Metab. 2011;2011:391809. doi: 10.1155/2011/391809. Epub 2011 Jun 6. PMID: 21773020; PMCID: PMC3136178.

Homens e mulheres respondem de maneira diferente à rápida perda de peso: resultados metabólicos de um estudo de intervenção multicêntrico após uma dieta de baixa energia em 2.500 indivíduos com sobrepeso e pré-diabetes (PREVIEW). 

Os homens perdem peso mais rápido que as mulheres? 

Os homens realmente perdem peso com mais facilidade do que as mulheres?

 

Fonte convidada: 

Francisco Tostes (@doutortostes) - endocrinologista e sócio do Instituto Nutrindo Ideais (@nutrindoideais). Graduado em Medicina pela Faculdade Souza Marques, tem como foco de atuação a melhora na qualidade de vida dos pacientes, seja por meio da prevenção ou do tratamento de doenças e outros problemas.


Dia Mundial da Obesidade: aumenta a procura pela cirurgia bariátrica e metabólica

Cirurgião-bariátrico do Hospital Evangélico de Sorocaba (HES), Dr. Marcelo Fruet explica que tratamento traz qualidade de vida a pacientes

 

Considerado sério problema de saúde no mundo todo, a obesidade atinge 6,7 milhões de pessoas no Brasil. Destas, 863.086 foram diagnosticadas com obesidade mórbida somente em 2023, segundo dados do Ministério da Saúde. Ainda, de acordo com um levantamento da Federação Mundial de Obesidade, estima-se que ela pode atingir 41% da população adulta em 2035. Para conscientizar a população sobre os riscos associados à doença, a Organização Mundial da Saúde (OMS) inclusive estabeleceu o dia 04 de março como Dia Mundial da Obesidade. A data também tem o objetivo de incentivar hábitos saudáveis, como a prática de atividades físicas, alimentação equilibrada, além da tentativa de emagrecimento por meio de um acompanhamento multidisciplinar com profissionais especializados.

Em muitos casos, há ainda a indicação da cirurgia bariátrica e metabólica como forma de tratamento, conforme explica o cirurgião-bariátrico do Hospital Evangélico de Sorocaba (HES), Dr. Marcelo Fruet. “A obesidade é uma doença crônica, multifatorial, reincidente e que propicia o aparecimento de inúmeras outras patologias. Portanto, quanto antes o paciente iniciar o tratamento adequado ao seu grau de obesidade, maior o benefício à sua saúde”, explica.

Hoje em dia, estudos afirmam que o índice de complicações da cirurgia bariátrica é muito baixo, menos de 1% (entre 0,5% e 0,8%). Isso é infinitamente menor que os riscos causados pela obesidade e pelas doenças relacionadas a ela. Por ter uma característica multifatorial, a obesidade deve ser tratada por uma equipe multidisciplinar especializada em tratamento de obesidade. No caso dos pacientes candidatos à cirurgia, essa equipe deve avaliar e preparar o paciente para o procedimento, assim como acompanhá-lo no pós-operatório, o que reduz consideravelmente o índice de complicações de uma forma geral, inclusive a recidiva da obesidade após a cirurgia bariátrica.

 

Tipos de procedimentos 

Os procedimentos mais realizados na cirurgia bariátrica e metabólica são o Sleeve (gastrectomia vertical) e o Bypass Gástrico em Y de Roux. “São duas técnicas excelentes para perda e manutenção do peso, assim como para controle das comorbidades do paciente”, diz Dr. Fruet. Basicamente, a diferença entre as duas é que, no Sleeve, é retirada uma parte do estômago, transformando-o num “tubo” fino e com uma capacidade muito reduzida. No caso do Bypass, não há retirada, mas diminui-se o tamanho do reservatório gástrico de forma mais acentuada, ou seja, a capacidade do estômago fica ainda mais reduzida.

Além disso, é feito um desvio no intestino do paciente, fazendo com que o alimento não passe pela parte inicial do intestino delgado. Isso provoca uma alteração metabólica importante que resulta na perda de peso e controle de comorbidades como diabetes, hipertensão, dislipidemias (alteração de colesterol e triglicérides), entre outras.

Com relação à tecnologia, já houve uma evolução muito grande nos últimos anos e atualmente as cirurgias são minimamente invasivas: são realizadas por videolaparoscopia - procedimento no qual se visualiza a cavidade abdominal por meio de uma câmera. Cada paciente deve ser individualizado e a indicação da técnica cabe ao cirurgião bariátrico, que avaliará o paciente para orientar e discutir qual seria o procedimento mais indicado.

 

Contraindicações 

São muito raros os casos de contraindicação absoluta da cirurgia bariátrica e metabólica. O que existe é uma contraindicação relativa ou alguma condição clínica do paciente que aumente muito o risco cirúrgico ou pós-operatório. Neste caso, é recomendado tratar primeiro essa doença e, assim que o paciente estiver em boas condições clínicas, seguir com o preparo multidisciplinar e a cirurgia. “Hoje em dia, se o paciente preenche os critérios de indicação, será avaliado individualmente pela equipe multidisciplinar e, se todos concordarem com a indicação, será preparado e operado”, garante Fruet.


Benefícios da cirurgia bariátrica e metabólica 

O objetivo da cirurgia bariátrica e metabólica é a melhora da saúde e qualidade de vida do paciente. Quem já tem alguma comorbidade, como, por exemplo, diabetes, hipertensão arterial e apneia do sono, percebe uma melhora importante após o procedimento. Entre os benefícios, pode haver redução ou até mesmo a suspensão do tratamento dessas doenças. 

Além disso, há melhora da mobilidade e diminuição do uso de analgésicos e anti-inflamatórios administrados para amenizar dores articulares. “A pessoa volta a realizar atividades físicas e até mesmo algumas ações simples do dia a dia que a obesidade dificultava ou impedia, como amarrar o cadarço do tênis”, finaliza o médico do HES.

 

Hospital Evangélico de Sorocaba

DOAÇÃO DE ÓRGÃOS E TRANSPLANTE, ENTENDA MAIS SOBRE ESSE PROCEDIMENTO


Existe uma fila única? Como ser doador? Quem tem prioridade na lista de transplante? Cirurgião do aparelho digestivo fala sobre.


Diante da complexidade de algumas doenças, existem casos em que um ou até mais órgãos chegam a um ponto de disfunção, perdendo a sua capacidade vital. Esses casos são extremamente comuns, evidência disso é que de acordo com o Ministério da Saúde, cerca de 66 mil pessoas estão na fila de transplante de órgãos no Brasil, o que representa um dos maiores índices nos últimos 25 anos. 

Para o Dr. Lucas Nacif, especialista em cirurgia geral do aparelho digestivo e membro da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO) quando chega este momento é comum surgirem muitas dúvidas desde as mais simples envolvendo quem pode ser doador e como doar, até questões mais graves, como um acesso mais fácil para o começo da fila. Por isso, é de suma importância a orientação e informação sobre o tema. “A lista da fila do transplante é uma lista única, séria e sobretudo criteriosa. E sim, existe um lista única relacionando todas as pessoas que precisam ser transplantadas, sejam elas oriundas de hospitais públicos, privados, com ou sem convênio médico e a ordem de prioridade acontece por meio de uma série de fatores que vão desde histórico, gravidade da doença e claro, o órgão no qual a pessoa necessita, por isso algumas pessoas parecem ‘ter mais sorte’, mas no caso, costumam ser a que estão com um quadro mais grave” – pontua. 

No caso específico de doação em vida, ela pode acontecer desde que ocorra em um órgão duplo como o rim, ou apenas parte de um órgão, como fígado ou pulmão, que são órgãos mais comumente transplantados. Outra possibilidade, ainda, é a doação de medula óssea – um dos mais realizados. É bom ressaltar que, o doador em vida, precisa estar em ótimo estado de saúde para não se comprometer a si. Nacif destaca também que os números de doadores no Brasil, embora tenha aumento nos últimos anos, ainda está muito aquém do ideal. “Dependemos 100% de doações e para que o número de transplantes efetivos cresça a educação contínua é essencial para fomentarmos uma cultura de doação e melhorarmos os índices. Um único doador falecido, por exemplo, pode ajudar até dez pessoas que estão na fila do transplante. Em resumo, a doação de órgãos representa um avanço na medicina contemporânea, permitindo não apenas a preservação de vidas, mas também a promoção de uma cultura solidária” – garante o cirurgião. 

No caso de doação pós morte, é imprescindível, que haja uma conversa com os familiares, já que são eles que repassam a decisão do falecido para a equipe médica. Por fim, o médico ressalta também que o procedimento não é tão simples e para encontrar um órgão compatível, todos os doadores são pré-avaliados por equipes médicas, focadas em órgãos específicos, para conferir a disponibilidade do doador. “Existem níveis, e geralmente, consideramos que o paciente internado até 7 dias é ótimo para a prática, porém, casos que vão além deste prazo, não são necessariamente descartados. Ao contrário de alguns outros critérios piores, como pessoas com histórico de uso drogas, ingestão de bebidas alcóolicas, fumantes e com idades mais avançadas” – finaliza Lucas Nacif.


Lucas Nacif - Especialista em cirurgia geral do aparelho digestivo, o Dr. Lucas Nacif é reconhecido por sua expertise em cirurgias hepato bilio pancreáticas e transplante de fígado, utilizando técnicas avançadas minimamente invasivas por laparoscopia e robótica. Além de suas contribuições no campo da cirurgia, o Dr. Nacif é membro titular do Colégio Brasileiro de Cirurgiões (CBC), do Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva (CBCD) e da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO). Internacionalmente, ele é membro da ILTS (International Liver Transplantation Society), TTS (The Transplantation Society) e AHPBA (Americas Hepato-Pancreato-Biliary Association). O Dr. Nacif dedica-se integralmente à promoção da saúde digestiva, buscando não apenas a cura, mas também uma melhoria substancial na qualidade de vida de seus pacientes. Para saber mais, visite: Site


Março Vermelho – Conhecendo e cuidando de seus rins

O Centro de Convivência e Apoio ao Paciente com Câncer (CECAN) está junto à campanha sobre os cuidados com o câncer renal


O ‘Março Vermelho’, previsto para a segunda quinta-feira do mês de março, a cada ano, coloca em evidência o estilo de vida saudável como a melhor maneira de prevenir a doença.

 

Com o lema "Faz bem fazer o bem!", e já com 22 anos de caminhada, o Centro de Convivência e Apoio ao Paciente com Câncer (CECAN), quer sensibilizar as pessoas para a conscientização da saúde dos rins. Alimentação equilibrada, controle do peso, a prática regular de exercícios físicos e o acompanhamento médico regular, estão entre os melhores fatores para reduzir o risco de desenvolver a doença.

 

“O CECAN pode contribuir com atendimento nutricional, orientando o paciente sobre hábitos saudáveis, a redução do sal e controle da pressão arterial, nas atividades físicas orientadas com a fisioterapia, pilates e yoga”, destacou o supervisor clínico da instituição, Wagner Fujarra.

 

A doença 


Conhecida como hipernefroma ou adenocarcinoma renal, o câncer de rim é uma doença grave, que vem crescendo em incidência, muitas vezes - quando precoce - silenciosa e com poucos sintomas. Geralmente, são diagnosticados durante exames médicos de rotina. Detectar a doença precocemente aumenta as chances de cura.

 

Os rins são órgãos vitais do sistema urinário, filtram e eliminam substâncias nocivas ao sangue, e equilibram o funcionamento do organismo. Eles regulam a pressão arterial, produzem hormônios, atuam na formação e na manutenção dos ossos e estimulam a produção de glóbulos vermelhos.

 

É importante que as pessoas estejam cientes dos sinais e sintomas. O mais comum é a presença de sangue na urina, chamada de hematúria. Devem ser considerados dor na região lombar, massa abdominal palpável, febre e perda de peso sem explicações, fadiga, hipertensão arterial de difícil controle, entre outros sintomas.

 

Mais comuns entre homens com idade entre os 50 e 70 anos, os fatores de risco mais identificados são: excesso de peso, pressão arterial elevada, histórico familiar, idade avançada e doença renal crônica. O tabagismo está entre os mais significativos. Os cigarros contêm uma variedade de produtos químicos carcinogênicos, que podem levar ao desenvolvimento de câncer.

 

CECAN


Soroterapia, quando feita sem necessidade, pode trazer sérias consequências ao organismo

 Dra Carla Vidal, médica dermatologista, alerta sobre o perigo do modismo de determinados tratamentos para a saúde


“Gotas da beleza”, “Soro da Juventude”, “Elixir da Beleza” são alguns dos “apelidos” dados para a Soroterapia, tratamento que viralizou e tem sido promovido por influenciadoras em diferentes plataformas digitais. “Banalizado” por muitas delas - que dizem “ter dado uma passadinha na doutora X para um soro de beleza antes de um dia corrido”, o tratamento pode trazer sérias consequências para quem, de fato, não precisa dele. Dra Carla Vidal, médica dermatologista, fala sobre o assunto:

“A Soroterapia é um tratamento válido e sério, porém que deve ser feito com muita cautela e por profissionais altamente treinados. Ela é indicada em casos de deficiências de determinadas vitaminas e, caso precise ser realizada, o indicado é que seja feito dentro de hospitais”, diz a doutora. Ela explica: “Um médico verdadeiramente responsável vai pedir uma série de exames ao paciente e ao detectar uma deficiência nutricional deve entender quais são as maneiras de tratar essa deficiência. Na grande maioria dos casos, um cuidado maior com a alimentação já entregará ao paciente uma melhora real e significativa, outros casos podem pedir suplementação e apenas casos mais severos pedem a suplementação intravenosa”, diz Carla. 

Quando um tratamento sério como este viraliza e vira um “tratamento desejo” corre-se um risco grande de tratar indevidamente uma deficiência nutricional ou - algo bastante grave - deixar o paciente com uma “super dosagem” de determinada vitamina. “As pessoas acreditam que está tudo bem ter vitamina (seja ela qual for) em excesso. Um pensamento muito errado…o excesso de muitas vitaminas geram ao organismo problemas de saúde que ele não teria se estivesse com níveis normais nutricionais”, completa Carla Vidal. “Já tive casos de pacientes com acne medicamentosa, oriunda de dois complementos de Vitamina B12 intravenosa. Casos típicos de suplementações feitas para ‘encantar’ a pessoa e que, no fim, se tornaram problemas de pele para ela”, conta a dermatologista.

A lição que fica é buscar profissionais da saúde que queiram, de fato, saúde e beleza aos seus pacientes e não oferecer tratamentos “da moda” sem medir as consequências; elas podem ser sérias e permanentes.


Brasil registra mais de 1 milhão de casos. Estudo da FIEMG avalia o impacto da doença na produtividade das empresas

Estudo conduzido pela Federação das Indústrias de Minas Gerais revela que aumento dos casos de dengue pode impactar em até R 12,2 bilhões a economia nacional. Seis em cada dez infectados são trabalhadores

 

O grande número de casos de dengue e de outras doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti em 2024, além de afetar a saúde de milhões de brasileiros, pode ter impacto expressivo na economia nacional. Estudo da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG) mostra que esse impacto pode chegar a R 20 bilhões. 

De acordo com o estudo, o Brasil enfrenta o risco de uma queda de até R 7 bilhões em seu Produto Interno Bruto (PIB) devido à redução da produtividade causada pelos efeitos dessas doenças. Além disso, os custos relacionados ao tratamento podem atingir a marca de R 5,2 bilhões. Esse impacto econômico tem o potencial de resultar na perda de mais de 129 mil postos de trabalho, comprometendo a geração de cerca de R 2,1 bilhões em massa salarial. 

O estudo considera três arboviroses – dengue, zika e chikungunya –, em um cenário esperado com 4,2 milhões de infectados no país. A estimativa de infectados foi baseada na divulgação do Ministério da Saúde para o ano de 2024. Esses números alarmantes decorrem dos impactos causados por alterações climáticas, como El Niño, que provoca ondas de calor e chuva. O documento evidencia ainda a importância de medidas preventivas e de controle. 

Segundo João Gabriel Pio, economista-chefe da FIEMG, “o estudo evidencia os impactos econômicos e sociais das arboviroses na sociedade”. Ele explica ainda que os gastos com tratamento podem chegar a R 5,2 bilhões ao ano, valor suficiente para subsidiar o programa Bolsa Família para mais de 716 mil famílias. “Os custos com a saúde não são o único obstáculo”, explica Pio. Segundo ele, “o absenteísmo, decorrente do afastamento do trabalho acarreta prejuízos significativos para a atividade econômica”. 

Juliana Gagliardi, que integra o time de economistas da FIEMG, diz que “é urgente a necessidade de políticas públicas eficazes no combate às arboviroses, não apenas para proteger as pessoas, mas também para reduzir os impactos econômicos atrelados a essas doenças”. 


Números   

O número de casos de dengue no Brasil já ultrapassa 1 milhão em 2024, segundo dados do Ministério da saúde, a estimativa do órgão para o ano chega a 4,2 milhões. A rápida expansão da doença já se transformou em epidemia em seis estados e obrigou 17 municípios a declarar emergência de saúde.

Veja o estudo aqui anexo 1.pdf


Pacientes com endometriose e câncer de colo do útero ultrapassam 176 milhões de casos

Busca por assistência especializada como medida preventiva cresce em paralelo


No mês de março, a atenção se volta para duas importantes questões de saúde feminina: o câncer de colo do útero e a endometriose, representadas pelo Março Lilás e o Março Amarelo, respectivamente. Essas campanhas têm como objetivo conscientizar a população sobre a prevenção, diagnóstico precoce e tratamento dessas condições.

“Para as mulheres que enfrentam essas doenças, a assistência especializada desempenha um papel crucial em sua jornada de cuidados”, esclarece Jessica Ramalho, Diretora de Operações (COO) da Acuidar, rede de cuidadores especializados. A cofundadora explica que ter acesso a profissionais capacitados e recursos adequados não só influencia positivamente o prognóstico médico, mas também impacta diretamente a qualidade de vida das pacientes no dia a dia.

 

Sobre as condições

A existência de um mês exclusivamente voltado para a conscientização das condições mencionadas, não é dispensável. Sua relevância se comprova em números. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 176 milhões de mulheres no mundo são afetadas pela endometriose. Apenas no Brasil, já se soma um total de sete milhões.

Os sintomas podem variar de leves a graves e incluem dor pélvica intensa, especialmente durante o período menstrual, dor durante as relações sexuais, sangramento menstrual abundante ou irregular, cólicas abdominais, fadiga crônica e problemas de fertilidade. Além disso, algumas mulheres podem experimentar sintomas gastrointestinais, como diarreia, constipação ou dor ao evacuar, dependendo da localização dos implantes de tecido endometrial.

O cenário não é diferente em relação ao câncer do colo do útero. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), é o terceiro tipo de câncer mais incidente entre mulheres, com uma estimativa de mais de 17 mil novos casos para cada ano do triênio 2023-2025. Para essa condição, muitas vezes, não são apresentados indicativos sintomáticos em seus estágios iniciais, o que torna o diagnóstico precoce desafiador.

No entanto, à medida que a doença progride, podem surgir sinais como sangramento vaginal anormal, dor durante a relação sexual, secreção vaginal incomum, dor pélvica ou lombar persistente e perda de peso inexplicada. A complexidade estar no tratamento que em que as pacientes podem enfrentar dificuldades emocionais, físicas e financeiras. Os efeitos colaterais dos tratamentos, como cirurgia, radioterapia e quimioterapia, podem ser debilitantes e afetar a qualidade de vida.


Assistência especializada

Para pacientes diagnosticadas com câncer de colo do útero ou endometriose, a assistência especializada é essencial para garantir o melhor tratamento possível. Para além de oncologistas, ginecologistas e enfermeiros, a disponibilidade de um cuidador tem se mostrado uma opção viável e valiosa para pacientes com câncer de colo do útero ou endometriose.

“Os cuidadores fornecem assistência prática no dia a dia. Desde auxiliar nas atividades diárias, como preparar refeições e realizar tarefas domésticas, até oferecer suporte emocional, ouvir e confortar durante os momentos difíceis”, explica Jessica. Com o aumento de casos das condições, a Diretora revela que houve um aumento na procura pelo serviço. Ela explica que a presença do profissional é um mecanismo de segurança para a rotina, garantindo que se acontecer algo mais grave ou surgirem dificuldades, o auxílio estará disponível.

A presença do profissional também contribui para um ambiente de apoio que promove a recuperação e a qualidade de vida durante o tratamento. “É fundamental reconhecer que ter um cuidador não é sinal de fraqueza ou um luxo dispensável, mas sim uma medida preventiva, especialmente para pacientes em estados mais graves” – adiciona Ramalho. “Ao fornecer assistência prática e apoio emocional, os cuidadores contribuem para uma jornada de tratamento mais suave e eficaz. Portanto, considerar sua presença é uma medida prudente para garantir o melhor cuidado possível e evitar complicações adicionais ao longo do processo”, conclui.

 

Acuidar
https://www.acuidarbr.com.br/



Dia Mundial da Obesidade: Novo Nordisk anuncia a campanha “Meu Peso, Minha Jornada”


Para celebrar a data, a empresa anuncia a evolução da sua campanha de conscientização sobre a doença crônica
 

A Novo Nordisk, empresa global líder em saúde, reformulou sua campanha de conscientização da obesidade conhecida como “Saúde Não Se Pesa”, e que agora passa a ser chamada “Meu Peso, Minha Jornada”. A campanha, que nasceu com o objetivo de educar a população sobre a doença crônica, assume a nova roupagem a partir de 04 de março, data em que é celebrado o Dia Mundial da Obesidade.

O novo site (www܂meupesominhajornada܂com܂br) também poderá ser acessado a partir do dia 04 de março. A plataforma digital conta com conteúdos que têm como objetivo levar conhecimento sobre as diferenças entre obesidade e sobrepeso, as causas e consequências de cada um e orientações e auxílio para a jornada de perda de peso.

Além dos conteúdos educacionais escritos por especialistas, a plataforma também conta com uma calculadora de índice massa corporal (IMC), respostas para perguntas frequentes, testes, explicações sobre tratamentos e um link para pesquisar por um profissional da saúde.
 

Foco na Saúde

A Organização Mundial da Saúde (OMS) classifica a obesidade como uma doença crônica, caracterizada pelo alto percentual de gordura corporal, o que está associado a diversos problemas de saúde, como hipertensão e outras doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2, alterações no colesterol e triglicerídeos, e até mesmo câncer. No Brasil, o Mapa da Obesidade, divulgado pelo Ministério da Saúde, por meio do sistema Vigitel, aponta que 20% da população brasileira está com obesidade, e mais da metade está com sobrepeso.

Mas não se trata apenas de um número na balança, o diagnóstico envolve outros fatores, por isso exames periódicos e acompanhamento médico são fundamentais. O cálculo do IMC é um ponto de partida importante, mas o ideal é procurar um especialista para fazer uma avaliação e descobrir se há a necessidade de começar um tratamento e fazer mudanças no estilo de vida.

“A obesidade é uma doença crônica e necessita de tratamento e acompanhamento médico. Procurar por um profissional da saúde é fundamental para obter um plano de cuidados individualizado, ao invés de buscar por soluções por conta própria”, aconselha a VP da área médica da Novo Nordisk, a endocrinologista Priscilla Mattar.
 

Ação Banco do Agora

A Novo Nordisk, empenhada em impulsionar mudanças para derrotar doenças crônicas graves, promove campanhas em prol de levar informação para a população e por meio de um debate saudável. Neste Dia Mundial da Obesidade, a empresa dá início a ação Banco do Agora que tem como objetivo levar informação sobre obesidade para a população, e sobre os primeiros passos para começar a tratar a doença.

A ação acontecerá no dia 04 de março no Shopping Eldorado, em São Paulo, onde fica até o dia 10, e no dia 18 desembarca no Barra Shopping, na cidade do Rio de Janeiro, onde fica até o dia 24 de março.

No Banco do Agora, as pessoas encontrarão cabines equipadas com aparelhos de bioimpedância, que serão utilizadas para avaliar o percentual de gordura e composição corporal, parâmetros importantes para obter dicas para iniciar a jornada. Com o resultado em mãos, o participante contará com a ajuda de promotores que, de forma gratuita, irão dividir informações a respeito dos fatores que contribuem com o excesso de peso e começar a traçar planos de cuidados individualizados.

A proposta é mostrar que a saúde é um bem valioso no qual as pessoas devem se preocupar em investir o quanto antes, assim como os especialistas financeiros aconselham a investir dinheiro desde cedo para que se possa colher bons rendimentos no futuro. Aqui o foco é que as pessoas invistam em seu maior patrimônio: a própria vida.

“Ações como o Banco do Agora são importantes para conscientizar a população e incentivar a quem precisa dar o primeiro passo em busca da uma vida mais saudável. A Novo Nordisk está empenhada em levar informação em prol de combater doenças crônicas como a obesidade”, ressalta a Dra. Priscilla. 



Novo Nordisk
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Como lidar com o inchaço corporal durante as altas temperaturas?

Especialista traz dicas para diminuir a sensação de cansaço devido a formação de edemas


Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), as temperaturas devem permanecer elevadas até o mês de abril. Com a alta dos termômetros, a sensação de 'corpo inchado" é certa. Esse efeito pode ocorrer devido a vários fatores relacionados à regulação do fluido corporal e à resposta do sistema circulatório às altas temperaturas. Uma das razões é o aumento da dilatação dos vasos sanguíneos em resposta ao calor. Quando eles se dilatam, pode ocorrer a formação de um edema ou inchaço.

“É importante ressaltar que o calor pode levar a uma maior transpiração, o que resulta em perda de líquidos e eletrólitos do corpo. Como resposta, o organismo retém mais líquidos para compensar”, explica Marina Groke, especialista em beleza da Unhas Cariocas, rede de serviços de estética.

A profissional complementa que outro fator a considerar é a resposta do sistema linfático. O calor pode comprometer a capacidade do sistema linfático de drenar adequadamente o excesso de fluidos dos tecidos, resultando em acúmulo.

Em função dessa condição, é fundamental adotar medidas que auxiliam na redução do inchaço durante o período mais quente. Confira algumas destacadas pela especialista.

 

Cuidar da alimentação

Uma alimentação equilibrada desempenha um papel fundamental na prevenção do inchaço durante o calor. Priorizar alimentos ricos em nutrientes, como frutas, vegetais, grãos integrais e proteínas magras, pode ajudar a manter o equilíbrio de eletrólitos e a regular o funcionamento do sistema circulatório.

Evitar itens processados, ricos em sódio e açúcares adicionados também é importante, pois seu consumo excessivo contribui para a retenção de líquidos. Vale ressaltar que alimentos ricos em potássio, como bananas, abacates e batatas, ajudam a regular os níveis de líquidos no corpo e reduzir o inchaço.

 

Beber água

A hidratação adequada é essencial para evitar o inchaço durante o calor. Beber água suficiente ao longo do dia ajuda a manter o equilíbrio de fluidos no corpo e a promover a eliminação de toxinas e resíduos. A desidratação pode levar a uma maior retenção de líquidos e a um aumento do inchaço, portanto, é importante beber água regularmente, mesmo quando não se está com sede. Evitar o consumo excessivo de bebidas diuréticas, como café e álcool, também é uma medida importante, dado que podem levar à desidratação e agravar o inchaço.

 

Fazer exercícios físicos

A prática regular de exercícios físicos pode ajudar a prevenir o inchaço durante o calor, pois ajuda a promover a circulação sanguínea e a drenagem linfática. Exercícios aeróbicos, como caminhada, corrida, natação e ciclismo, são especialmente eficazes na redução do inchaço, pois aumentam o fluxo sanguíneo e estimulam o sistema linfático.

Além disso, exercícios de alongamento e fortalecimento muscular podem ajudar a melhorar a função vascular e a reduzir a retenção de líquidos. É importante praticar exercícios regularmente, mas também evitar atividades intensas durante os períodos mais quentes do dia para evitar o risco de desidratação e exaustão pelo calor.

 

Realização de drenagem linfática

A drenagem linfática é uma técnica de massagem suave que ajuda a reduzir o inchaço e a promover a eliminação de toxinas e resíduos do corpo. Durante o procedimento, movimentos específicos são usados para estimular o fluxo do fluido linfático, ajudando a reduzir a retenção de líquidos e a melhorar a circulação. Esta técnica pode ser realizada por um terapeuta especializado ou através de técnicas de automassagem. Redes como a Unhas Cariocas têm se destacado como referência no oferecimento do serviço.

A drenagem linfática regular pode ser especialmente benéfica para pessoas propensas a inchaço crônico ou que sofrem de condições médicas que afetam o sistema linfático, como linfedema.

 

Unhas Cariocas
https://unhascariocas.com.br/


Diabéticos podem comer chocolate na Páscoa?

Endocrinologista ensina truques para satisfazer a vontade sem prejudicar a saúde. Fugir dos rótulos em que o açúcar é o primeiro ingrediente da lista é uma das dicas. Confira mais

 

O ano mal começou e os supermercados já estão envelopados com seus ovos, coelhos, barras e bombons de chocolate, à espera da Páscoa, que acontece no final de março. 

Quem vive com o diagnóstico de diabetes ou com a resistência insulínica tende a ganhar uma nova batalha nesta época: a tentação ao chocolate que está por toda parte. Mas, para a Dra. Paula Pires, endocrinologista e metabologista pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), é possível vencer esta luta com facilidade, seguindo algumas recomendações médicas. "Um consumo bem regrado e pontual de chocolate, mesmo para pessoas com diabetes, pode ser sim recomendado, desde que evitem os picos de açúcar no sangue", adverte, ao listar as dicas: 

  • 60% ou + | Consuma as versões mais amargas do chocolate, ou seja, com alto teor de cacau, superior a 60%. As versões ao leite e branco são ricas em açúcar e gorduras adicionadas, além de serem pobres nos benéficos polifenóis, ou seja, podem ser prejudiciais à saúde e devem ser evitadas principalmente por pacientes diabéticos;
     
  • Comece pelo rótulo | Para escolher a melhor opção, leia atentamente os rótulos dos produtos, observando a quantidade de carboidratos e de gorduras. Se o açúcar for o primeiro ingrediente da lista, significa que esse chocolate tem maior quantidade de açúcar e, consequentemente, é menos saudável – tanto para as pessoas com diabetes, quanto para quem não tem;
     
  • Evite o pico glicêmico | Consuma o chocolate como sobremesa, ou seja, após comer uma refeição saudável e balanceada com fibras, proteínas e gorduras boas, pois assim o corpo absorve mais lentamente os carboidratos do chocolate e evita picos de glicemia;
     
  • Atenção ao emocional | Mastigue devagar e deguste lentamente o seu chocolate, evite comer quando estiver sob muito estresse, com ansiedade ou tristeza, pois emoções desreguladas nos fazem comer mais descontroladamente. Coma devagar, aprecie e evite sentimento de culpa;
     
  • Comunique-se com sua equipe médica | Converse com sua equipe de saúde sobre qual seria a quantidade liberada de chocolate para você nesses momentos de celebração. Planeje-se. Privar-se de comer chocolate não é necessário, mas controlar a quantidade e a frequência de consumo faz toda a diferença. Por isso é importante comer com atenção e consciência;
     
  • Rotina de saúde | Esteja sempre em dia com os seus exercícios físicos, pois assim seu corpo irá processar muito melhor o chocolate.

 

O lado bom 

Recomendações de saúde devidamente seguidas, é hora de conhecer os benefícios do chocolate ao corpo humano. "Sua base, o cacau, é rica em flavonoides, compostos fenólicos potentes antioxidantes e anti-inflamatórios naturais", conta a Dra. Paula, ao comentar que o consumo regular dos flavonoides traz benefícios ao cérebro, ao coração, aos vasos e ao metabolismo. 

"Além da melhora da função cognitiva, alguns estudos sugerem que o consumo moderado de chocolate pode ajudar a combater sintomas depressivos, graças à modulação da dopamina e dos opioides no cérebro", explica a médica. 

Por fim, ela cita estudos mostrando que, ao aumentar o consumo de chocolate amargo em 50 gramas por semana, foi possível reduzir o risco de isquemias e hemorragias cerebrais, situações que são mais frequentes nos pacientes com diabetes. 

"Nesta Páscoa, peça ao Coelho chocolates com alto teor de cacau e não abuse! Apesar de bom para saúde, o chocolate amargo ainda é um alimento calórico, ou seja, em excesso pode aumentar o peso", finaliza a médica.



Dra Paula Pires – endocrinologista e clínica geral formada pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP)
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Entenda como se preparar para uma cirurgia robótica de próstata


O câncer de próstata é uma preocupação significativa para homens em todo o mundo, mas com os avanços tecnológicos na área médica, a cirurgia robótica de próstata oferece uma opção de tratamento altamente eficaz e precisa. Utilizando um sistema robótico avançado, conhecido como Prostatectomia Radical Robótica, este procedimento cirúrgico visa remover a próstata com precisão, minimizando os riscos e otimizando os resultados para os pacientes. 

Segundo o urologista Dr. José Roberto Colombo Jr., entre os benefícios dessa abordagem cirúrgica estão maior precisão e controle durante o procedimento, menor risco de sangramento, redução da necessidade de transfusão sanguínea, tempo de internação mais curto, menor dor pós-operatória e cicatrizes menores, muitas vezes imperceptíveis. 

“O pré-operatório da cirurgia robótica de próstata passa por várias etapas importantes. Tudo começa com uma consulta com o urologista, onde são discutidas as opções de tratamento e explicados os detalhes do procedimento. Em seguida, o paciente passa por uma avaliação médica completa para garantir que esteja em condições adequadas de saúde para a cirurgia, incluindo uma série de exames”, explica o médico.  

Antes da cirurgia, o paciente recebe instruções sobre jejum e medicamentos, além de fazer preparativos logísticos, como organizar o transporte para o hospital e garantir a presença de um acompanhante para ajudá-lo após a cirurgia. No dia da operação, o paciente é internado e passa por verificações finais, incluindo exames pré-operatórios e uma reunião com o anestesista para discutir o tipo de anestesia a ser utilizada. 

Após a cirurgia, o paciente é monitorado de perto na sala de recuperação e permanece no hospital por um período determinado pela sua recuperação individual. “É crucial seguir as orientações médicas durante todo o pré-operatório para garantir uma cirurgia segura e uma recuperação tranquila. O acompanhamento contínuo da equipe médica é essencial para o sucesso do procedimento”, finaliza o Dr. José Roberto Colombo.
 


O Dr. José Roberto Colombo Jr. - Coordenador Executivo da Pós-Graduação de cirurgia robótica em Urologia e médico referência do Epicentro de Cirurgia Robótica em Urologia do Hospital Israelita Albert Einstein.


Calor intenso e bebidas geladas: uma combinação que "abre portas" para infecções de garganta

Médica do Hospital Paulista explica que choques de temperatura paralisam células ciliares que protegem o aparelho respiratório, ensejando quadros de rouquidão, amigdalite e faringite

 

Água bem gelada, sorvete, raspadinha, cerveja, caipirinha... Vale tudo para refrescar o corpo em meio ao calorão que é feito nas mais diversas regiões do país. E a ingestão de líquidos e alimentos em baixas temperaturas é sempre uma solução desejável a quem busca por alívio imediato - o que de fato acontece. 

O problema, geralmente, vem depois. Na hora dormir ou de acordar, ou mesmo passados alguns dias, a garganta muitas vezes costuma “reclamar”. Ou seja, vem aquela dor, tosse, irritação e incômodo ao engolir, o que já indica algum tipo de inflamação ou mesmo infecção. 

A razão, segundo a Dra. Cristiane Passos Dias Levy, do Hospital Paulista de Otorrinolaringologia, está justamente no choque térmico que ocorre no momento que ingerimos esses líquidos e alimentos. 

“Esse conflito entre altas e baixas temperaturas acaba paralisando os cílios que revestem os tecidos da garganta e nariz. São células que servem de defesa do sistema respiratório, pois filtram microrganismos e partículas de poeira que respiramos e impedem que cheguem aos pulmões. Quando esse mecanismo de defesa deixa de funcionar, mais sujeira se acumula nas mucosas, e o volume de secreção aumenta. Essa dinâmica favorece que algumas bactérias ataquem a mucosa da boca e da garganta, provocando quadros de inflamação e infecções", explica. 

Dentre as consequências mais clássicas, Dra. Cristiane destaca a rouquidão, a amigdalite e a faringite. “São as complicações mais frequentes do impacto das bebidas frias na orofaringe", confirma.

No caso das bebidas alcoólicas, em especial, a médica destaca que, quando ingeridas em excesso, elas também causam irritação e ressecamento da garganta – o que pode potencializar os quadros de inflamação/infecção. 

“O álcool pode causar refluxos, gerando mal-estar e irritação na garganta, principalmente quando aliado a uma alimentação desregrada, com produtos muito gordurosos e condimentados.”

Abaixo, seguem algumas recomendações listadas pela médica para evitar esse tipo de problema, sem interferir tanto nos hábitos, muito menos deixar de consumir as coisas que tanto gosta. A hidratação é a principal dica. 

Confira os detalhes:

  1. Beba ao menos dois litros de água (temperatura ambiente) por dia. Isso contribui para a hidratação das mucosas da garganta.
  2. Evite ingerir bebidas e alimentos imediatamente retirados da geladeira ou freezer, para evitar o choque térmico na orofaringe.
  3. Faça a manutenção dos aparelhos de ar-condicionado: sem a devida manutenção, o ar-condicionado e o ventilador podem acumular partículas de poeira e ácaros.
  4. Tenha uma alimentação equilibrada: priorize os vegetais e alimentos frescos, pois eles fortalecem o sistema imunológico do organismo.
  5. Evite o cigarro e a ingestão de álcool: fumar e beber são os agentes mais irritativos da garganta.


Hospital Paulista de Otorrinolaringologia

Março Azul Marinho: câncer colorretal, o terceiro mais comum no Brasil, pode ser tratado com cirurgia robótica


Dr. Rodrigo Gomes da Silva
Divulgação


Médico da Rede Mater Dei de Saúde fala sobre prevenção, detecção e fatores de risco, entre eles hábitos de vida e alimentação

O câncer colorretal (CCR) afeta aproximadamente um milhão de pessoas em todo o mundo, com incidências variando entre países. No Brasil, a incidência está em ascensão, tornando-se o terceiro câncer mais comum, depois do câncer de mama e próstata, de acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA). E este mês é marcado pelo “Março Azul Marinho”, uma campanha dedicada a divulgar informações sobre a prevenção dessa doença.

De acordo com o médico coloproctologista Rodrigo Gomes da Silva, titular da Sociedade Brasileira de Coloproctologia e coordenador da equipe de Coloproctologia do Hospital Mater dei Contorno, em Belo Horizonte, os fatores de risco para o câncer de intestino são idade (quanto maior a idade, maior o risco), grau de desenvolvimento econômico da população, dieta rica em gordura animal, carne vermelha em excesso, carne processada (presunto, salame, salsicha e defumados), obesidade (índice de massa corporal acima de 30), tabagismo, alcoolismo, sedentarismo, e algumas condições médicas, como a retocolite ulcerativa e histórico familiar.

“A história familiar merece atenção especial. O risco de um indivíduo apresentar o CCR ao longo da vida nos Estados Unidos e na Europa varia de 5% a 8%. No Brasil, provavelmente estamos próximo disso. Se há história familiar positiva, ou seja, um parente de primeiro grau que apresentou o câncer colorretal, o risco desse indivíduo é de 15% a 30%, dependendo de alguns fatores. Além disso, há síndromes genéticas que aumentam esse risco para 70% a 100%”, alerta o especialista.


Sintomas e exames - Os sinais e sintomas do câncer colorretal são sangue nas fezes, alteração do hábito intestinal, dor abdominal em cólica, emagrecimento e anemia. As pessoas com esses sintomas devem procurar um especialista para realizar a avaliação completa do intestino grosso. Geralmente, o exame indicado é a colonoscopia.

“Todo paciente com sangue nas fezes deve procurar um coloproctologista para avaliação local. Creditar o sangramento às hemorroidas, sem examinar, é inadequado”, diz o médico.

Em relação aos exames oferecidos pela medicina na melhor prática médica atual são dois: teste de sangue oculto nas fezes e colonoscopia. O primeiro reduz a mortalidade pelo CCR em 33% e o segundo entre 60% a 90%. São os mais utilizados na prática. O teste de sangue oculto nas fezes é barato, não invasivo e fácil aceitação”, esclarece o médico.

Na colonoscopia, a detecção de um pólipo pode evitar que aquele pólipo sofra uma degeneração para o câncer, visto que o pólipo é uma lesão pré-maligna. Conforme explica o coloproctologista, a colonoscopia permite diagnosticar tumores iniciais, com maior potencial de cura. A aceitação da colonoscopia varia entre os países: na Europa é de cerca de 30%; nos Estados Unidos, no estado de Nova York, 80% das pessoas já fizeram algum método para rastreamento do CCR, com a colonoscopia sendo o principal exame. “No Brasil, os médicos percebem que a aceitação é muito alta, devendo ser até maior que nos EUA”, diz.


Cirurgia robótica - A Rede Mater Dei de todo o Brasil é capaz de diagnosticar, estadiar e tratar o câncer colorretal com excelência. “No Mater Dei Contorno, por exemplo, temos um serviço de endoscopia capaz de oferecer colonoscopias com altíssima qualidade e alta taxa de detecção de pólipos. Temos especialistas para ressecção de pólipos maiores e complexos por via colonoscópica, sem necessitar de cirurgia em grande parte dos casos. O serviço de radiologia nos fornece laudos adequados para decisão do tratamento a ser seguido em cada caso e realizamos reuniões com oncologistas clínicos, radioterapeutas e coloproctologistas semanalmente a fim de individualizar o tratamento do câncer colorretal. Além disso, as cirurgias de ressecção do câncer colorretal podem ser feitas com a robótica, já que contamos com a plataforma Xi, a mais avançada na atualidade, do robô da Vinci, da Intuitive”, acrescenta Gomes.

Segundo ele, o uso da platoforma robótica é interessante porque, além das vantagens técnicas para o cirurgião, facilitando a dissecção cirúrgica, há dados que mostram, por exemplo, em comparação com a cirurgia laparoscópica, redução na taxa de conversão para cirurgia aberta, diminuição de mais de 50% na taxa de fístula, melhores resultados de função sexual e urinárias após as cirurgias nessa região.


Incidência em jovens - Outro dado que merece atenção, segundo o médico, que é professor associado do Departamento de Cirurgia da Faculdade de Medicina da UFMG, é o número relativamente maior de jovens com este tipo de câncer. “A taxa de câncer de reto abaixo de 50 anos era, historicamente de 5% de todos os pacientes com câncer. Ou seja, ele ocorria em 95% das vezes em pacientes acima de 50 anos.  Porém, a estimativa, nos Estados Unidos, para 2030 é que 33% de todos os pacientes com câncer de reto estejam abaixo de 50 anos. Isso é um alerta para todos nós”, acrescenta.

O aumento deste tipo de câncer em pessoas mais jovens ainda não está claro para a comunidade médica e científica. Segundo explica o coloproctologista da Rede Mater Dei, os fatores de risco respondem em parte a questão. “A obesidade iniciada na infância resulta em uma pessoa jovem de 45 anos com as consequências metabólicas da obesidade e fatores de risco associados por um período de 40 anos. O mesmo vale para a dieta inadequada, o uso do cigarro, entres os outros fatores de risco. Mas os pesquisadores estão procurando respostas nos agrotóxicos, na poluição do ar e nos conservantes de alimentos industrializados, ou seja, além da alimentação, há a questão ambiental que está interferindo na nossa qualidade de saúde”, esclarece Rodrigo Gomes.

Há variação na incidência entre diferentes regiões do Brasil, que se explica por fatores econômicos: este tipo de câncer é mais comum em populações economicamente mais desenvolvidas, o que tem associação com hábitos de vida.

“No Nordeste do Brasil, por exemplo, é o quarto câncer mais comum no homem e também na mulher. Por outro lado, no Sudeste, é o segundo mais comum, correspondendo a 11% de todos os cânceres”, diz. A prevenção do câncer colorretal deve ser buscada com mudanças com hábito de vida e prevenção com exames médicos. “Em relação aos hábitos de vida, comer menos carne vermelha já ajuda. Fazer atividade física regularmente reduz o risco de câncer em 25%. Dieta rica em fibras, evitar obesidade, não fumar e evitar alcoolismo diminuem o risco de desenvolver o câncer colorretal”, sugere Rodrigo.


Rede Mater Dei de Saúde 


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