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sexta-feira, 20 de outubro de 2023

Quase metade das empresas credoras de grandes grupos empresariais em processo de recuperação judicial são MPEs

●    Em agosto, micro e pequenas empresas lideraram pedidos recuperação judicial, com 91 requisições, seguidas por médias empresas com 31 e grandes empresas com 13

 

●    Setor de “serviços” foi o mais afetado, com 60 pedidos, seguido por “comércio” com 39, “indústria” com 28 e o setor "primário" com oito petições

 

●    58 pedidos de falência foram concretizados entre as MPEs, seguidos por médias empresas com 25 e grandes empresas com 20

 

Uma pesquisa recente conduzida pelo Sebrae revelou que, entre as 14.924 empresas que atuam como credoras de grandes grupos empresariais em processo de recuperação judicial, quase a metade delas (47,4%) são, na verdade, micro e pequenas empresas. A situação é mais acentuada nas regiões do Sudeste e do Nordeste, onde a maioria dos credores está localizada, representando 61% e 16% do total, respectivamente.

 

Além disso, o estudo apontou um aumento substancial nos requerimentos de recuperação judicial por parte de médias e grandes empresas, com um aumento de 37% entre 2022 e 2023, e um incremento de 30,2% nos deferimentos entre janeiro e maio do mesmo ano.

 

Para Filipe Souza, especialista em recuperação judicial e sócio da LBZ Advocacia, os números evidenciam a crise econômica que o Brasil tem enfrentado, resultante de uma combinação de fatores, incluindo a escassez de crédito, altas taxas de juros e inadimplência relevante.

 

“Para as micro e pequenas empresas brasileiras, a situação é ainda mais desafiadora, uma vez que operam com margens mais apertadas e recursos limitados. A inadimplência de grandes empresas impacta diretamente esses negócios menores, que dependem de pagamentos pontuais para manter suas operações”, ressalta o especialista.

 

A pesquisa do Sebrae destaca um problema significativo na economia brasileira, com um número expressivo de pequenas empresas enfrentando dificuldades devido à inadimplência de grandes grupos empresariais. “A situação exige ações e soluções para melhorar o ambiente de negócios no Brasil, garantindo que as micro e pequenas empresas possam prosperar e contribuir para o crescimento econômico do país”, diz Filipe.


 

Pedidos de recuperação em alta


No mês de agosto, o Brasil registrou um recorde no número de pedidos de recuperação judicial, com 135 solicitações, representando um aumento de 82,4% em comparação com o mesmo mês do ano anterior.

 

As micro e pequenas empresas lideraram com 91 requisições, seguidas por médias empresas com 31 e grandes empresas com 13. O setor de "serviços" foi o mais afetado, com 60 solicitações, seguido por "comércio" com 39, "indústria" com 28 e o setor "primário" com oito pedidos.

 

No entanto, os pedidos de falência diminuíram em agosto, totalizando 103, uma queda de 9,6% em relação ao ano anterior e uma redução de 2,8% em relação a julho do mesmo ano. Novamente, as micro e pequenas empresas lideraram com 58 petições, seguidas por médias empresas com 25 e grandes empresas com 20. O setor mais afetado foi o de "indústria" com 39 pedidos, seguido por "comércio" com 33, "serviços" com 30 e "primário" com um pedido.

 

LBZ Advocacia

https://lbzadvocacia.com.br/



Gerenciamento de dados: quem não faz já está atrasado

Quantos dados são emitidos diariamente? Segundo o IBM, o mundo produz cerca de 2,5 quintilhões por dia, sendo que boa parte desse resultado é oriundo das organizações. E, considerando que os dados, na grande maioria das vezes, consistem em informações de cunho confidencial, reforça ainda mais a importância das empresas se atentarem ao gerenciamento desses registros, com o intuito de evitar possíveis consequências.

Atualmente, vemos grande parte das empresas direcionando uma maior atenção à proteção de dados. Esse movimento foi impulsionado, principalmente, com a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados), que entrou em vigor em 2020, e que tem como intuito proteger e regular o tratamento de dados, além de penalizar o não cumprimento das regras que permeiam a utilização dessas informações. Essa norma impactou diretamente as organizações, uma vez que precisaram, a partir disso, reformular seus processos em prol de garantir a conformidade com a legislação.

Contudo, mesmo diante de importantes avanços, ainda assim, essa conduta não é uma realidade em todas as organizações. Isso é, muitas empresas ainda possuem processos internos manuais por receio de migrar para um ambiente em nuvem, bem como não têm uma equipe especializada em realizar essa ação de forma efetiva. Esses fatores abrem margem para uma gama de consequências, como maior suscetibilidade ao vazamento de informações, golpes, riscos de gestão, e penalizações que, de acordo com o Gartner, até 2026, as multas decorrentes do gerenciamento inadequado dos direitos dos titulares de dados, ultrapassarão a marca do US$ 1 bilhão.

Uma importante alternativa para evitar essas complicações é, sem dúvidas, contar com a ajuda da tecnologia. Afinal, ter o apoio de recursos tecnológicos por meio da utilização de sistemas de gestão é um método totalmente eficiente para garantir um gerenciamento de dados. No entanto, é válido destacar que, na hora de escolher o software, é primordial considerar alguns aspectos, como verificar se a ferramenta opera em conformidade com a LGPD e outras normativas que passam por constantes atualizações, além de oferecer máxima segurança, controle e fácil acesso.

Obter um ERP, por exemplo, é uma alternativa viável, uma vez que a ferramenta possui integrado todos esses requisitos, bem como uma ampla aderência às legislações, mantendo-se atualizado frente a mudanças e favorecendo para um maior controle gerencial. Algo que assegura ganhos como redução de tempo em tarefas burocráticas, eliminação de processos arcaicos, proteção contra multas e outras penalizações, além de um melhor desempenho da equipe.

Entretanto, é preciso deixar claro que adquirir um sistema de gestão não resolverá sozinho os problemas de gerenciamento de dados. Para isso, é essencial que a organização tenha todos esses pilares enraizados na cultura empresarial, e que os colaboradores participem dessa jornada. Nesse aspecto, contar com o apoio de uma consultoria especializada nessa abordagem é um diferencial, afinal, o time de especialistas tem aptidão em guiar em todo o processo, a partir de uma análise precisa e identificação daquilo que precisa ser solucionado.

Independente do porte ou segmento da empresa, investir no cuidado e gerenciamento de dados é algo fundamental para garantir o sucesso do negócio. É por meio dessa análise que a empresa conseguirá traçar metas e estratégias, e garantir total segurança no manuseio e importação de informações sensíveis, assegurando ampla conformidade com a legislação. Por isso, para as companhias que ainda não têm um olhar apurado para essa prática, precisam se adaptar o quanto antes.

A tendência é que cada vez mais dados sejam gerados, o que exigirá um rigoroso controle e cuidado frente a gestão dessas informações. Certamente, a tecnologia será sempre uma importante aliada, mas estar preparado frente ao atual cenário de mudanças e transformações, sem dúvidas, será sempre a melhor estratégia.

 

Eliezer Moreira - sócio-gerente de Data Center na SPS Group.


Ser bilíngue desde a infância traz inúmeros benefícios ao longo da vida, afirmam especialistas

Aprender um idioma novo ainda na infância pode abrir portas durante a vida. Mas quais os outros benefícios de dominar uma segunda língua desde a infância?


 

Outubro, no Brasil, é o mês das crianças. Não há quem desconsidere o momento, seja para intensificar os carinhos com a meninada, seja para refletir sobre o presente de quem fará o futuro. A ocasião é importante, pois levanta questões sobre a infância e sobre os desafios que essa fase de vida contempla. Além das garantias básicas, asseguradas pelo Estatuto da Criança e do Adolescente – educação, lazer, dignidade, saúde, convivências familiar e comunitária, entre outros -, quais as outras necessidades que devem ser supridas?


 

Muito além da língua

Aprender outra língua é muito importante em diversos aspectos da vida. Isso não é novidade. Um segundo idioma pode abrir muitas portas. Além dos benefícios linguísticos, o bilinguismo tem impactos também no desenvolvimento socioemocional e intelectual. Especialistas de diferentes áreas apontam alguns pontos que são influenciados pelo aprendizado do segundo idioma: aumento da memória e da criatividade, melhores resultados na escola, ganho cultural, melhora na autoconfiança, entre outros.


 

Bilinguismo x Desenvolvimento socioemocional

O bilinguismo proporciona uma visão de mundo mais plural e inclusiva. Ao aprender o inglês, por exemplo, além de se deparar com culturas diferentes, o estudante adquire uma autoconsciência maior, identificando aspectos dele mesmo e ampliando sua visão de mundo e aumentando a sua autoconfiança.

 

“É importante notar que aprender inglês desde cedo torna as crianças muito mais preparadas para o mundo de hoje. Não se trata apenas de poder se comunicar com outras pessoas em nível global, mas também de algo mais profundo: os pequenos que aprendem outras línguas estão mais atentos à diversidade humana e isso tende a torná-los mais tolerantes”, afirma Ruymara Almeida, diretora pedagógica da Red Balloon.


 

Uma aprendizagem mais rápida e natural

As crianças aprendem com muito mais facilidade do que os adultos. Isso ocorre principalmente porque seu cérebro ainda está em desenvolvimento e é muito mais adaptável. As crianças mais novas absorvem conhecimento mesmo quando não têm essa intenção, elas só precisam ser expostas a ele. “Quando se trata de crianças muito pequenas, elas nem percebem que estão aprendendo uma língua estrangeira, porque a diferenciação entre a “sua” língua e a das outras ainda não é clara. São apenas palavras para elas”, comenta Ruymara.

 

Esse aprendizado precoce permite incorporar novas línguas enquanto assimilam a língua materna, o que leva a uma maior fluência na fala. Ao contrário dos adultos que aprendem um novo idioma, as crianças não traduzem, mas simplesmente aprendem as palavras diretamente na língua que está sendo aprendida.


 

Então, qual é a idade ideal para aprender outro idioma?

Levando em conta toda a análise de benefícios e a facilidade de aprendizado das crianças, para os especialistas, quando antes, melhor! Isso não significa que não se pode iniciar os estudos mais tarde, quer dizer apenas que quanto mais cedo, maior a possibilidade de aprender com mais leveza e garantir a fluência.

 

Um estudo realizado no Massachusetts Institute of Technology (MIT), nos Estados Unidos, sugere que as crianças permanecem hábeis a aprender a gramática de um novo idioma até os 18 anos. No entanto, o mesmo estudo descobriu que é quase impossível para as pessoas atingirem a proficiência semelhante ao de um falante nativo, a menos que comece a aprender um idioma até os 10 anos.

 

Voltando aos direitos da criança, vivendo em um mundo tão conectado, não seria também um direito conseguir se comunicar globalmente e ter uma formação que permita uma maior abertura a outras culturas e outras vivências? Uma criança precisa muito mais que o necessário para viver, mas assim como garante o ECA, ela tem direito à educação, à profissionalização e à cultura. E é isso que o bilinguismo proporciona.


Outubro - Mês de Conscientização Internacional sobre Cibersegurança

 O phishing é o maior vilão por trás de um e-mail para roubo de dados pessoais 

A principal ação do usuário para evitar e denunciar um phishing é reconhecê-lo; a Check Point Software orienta e dá cinco importantes dicas para evitar e prevenir 

 

Os especialistas da Check Point Software reforçam que, não apenas durante o Mês de Conscientização sobre Segurança Cibernética, mas diária e habitualmente, os usuários devem praticar uma higiene cibernética para prevenir ataques cibernéticos antes que estes possam causar qualquer dano, principalmente roubar dados pessoais e credenciais bancárias. 

Apesar de existir há quase três décadas, o phishing continua sendo uma ameaça persistente. O phishing envolve criminosos cibernéticos se passando por entidades confiáveis para enviar mensagens fraudulentas que contêm downloads ou links maliciosos. Ataques de phishing bem-sucedidos podem levar ao comprometimento de credenciais, infecções por malware, perda de dados e roubo financeiro. É uma forma predominante de engenharia social e o tipo de ataque mais caro em 2022, com média de US 4,91 milhões por vítima.

 

Mas, isso não é tudo: os ataques estão se tornando mais sofisticados e se espalhando além dos e-mails, alcançando dispositivos móveis e outras formas de comunicação. Na verdade, 80% dos sites de phishing têm como alvo específico dispositivos móveis ou são projetados para funcionar em desktops e dispositivos móveis, e uma pessoa tem em média de seis a dez vezes mais probabilidade de cair em um ataque de phishing por SMS que em um ataque baseado em e-mail.


 

Como reconhecer e evitar phishing

 

A melhor defesa é conhecer os sinais reveladores de uma mensagem de phishing. “Atualmente é preciso ter ainda mais atenção, pois, com o surgimento da inteligência artificial, não é mais suficiente procurar palavras com erros ortográficos e gramaticais”, alerta Vinicius Bortoloni, Engenheiro de Segurança e gerente de contas da Check Point Software Brasil.

 

Seguem os principais indicadores listados pelo especialista:

  1. Ameaças ou intimidação: As mensagens de phishing podem usar táticas de intimidação, como ameaças de suspensão de conta ou ameaças de ação legal, para coagir o usuário a agir. Fique atento a mensagens urgentes, alarmantes ou ameaçadoras.
  2. Estilo da mensagem: se uma mensagem parecer inadequada para o remetente, é provável que seja uma tentativa de phishing. Fique atento a qualquer linguagem ou tom incomum. As mensagens de phishing geralmente usam saudações ambíguas ou genéricas, como “Prezado usuário” e “Prezada cliente”, em vez de saudações personalizadas.
  3. Solicitações incomuns: e-mails de phishing podem solicitar que o usuário execute ações incomuns. Por exemplo, se um e-mail instruir a pessoa a instalar um software, deve-se verificar com o departamento de TI da organização se isso é um pedido verdadeiro, principalmente se não for uma prática padrão.
  4. Inconsistências em links e endereços: verifique se há discrepâncias com endereços de e-mail, links e nomes de domínio. Passe o mouse sobre hiperlinks ou URLs encurtadas para ver seus destinos reais e ver se há incompatibilidade.
  5. Solicitações de informações pessoais: o usuário deve ser cauteloso quando um e-mail solicitar informações confidenciais, como senhas, números de cartão de crédito ou do banco ou números de previdência social. Organizações legítimas geralmente não solicitam esses detalhes por e-mail.

“Em resumo, os usuários precisam prestar atenção em relação à linguagem urgente ou emocionalmente atraente nos e-mails, ao senso de urgência para clicar imediatamente em links indicados nas mensagens, às solicitações de envio de informações pessoais, corporativas ou financeiras, aos anexos inesperados, URLs abreviadas não confiáveis e endereços de e-mail que não correspondem ao suposto remetente. Na dúvida ignore o e-mail ou mensagem de texto e procure acessar a informação de uma fonte confiável como o site da empresa (sem clicar no link) ou faça uma chamada por telefone (não para o número recebido na mensagem suspeita), mas, sim, para o número divulgado pelas empresas em seus canais oficiais”, orienta Bortoloni.

 

Além de tudo isso, o especialista indica ao usuário que denuncie o phishing. Se receber um e-mail ou mensagem de texto de phishing, encaminhar os e-mails de phishing para a área de TI ou segurança na empresa onde trabalha ou identifique o recurso no e-mail de denúncia de spam, sem clicar em links ou abrir arquivos anexados a esses e-mails suspeitos.


 

Reforce a proteção fortalecendo sua senha

 

Outra importante dica do especialista da Check Point Software envolve as senhas:

 

1. Use senhas fortes e um gerenciador de senhas

 

Você sabia que senhas comprometidas são responsáveis por 81% das violações relacionadas a hackers? É um lembrete de que usar senhas fortes é uma das maneiras mais fáceis de proteger suas contas e manter suas informações seguras.

 

Crie uma senha forte: se você ainda estiver usando uma senha fraca como “senha”, considere-a violada. Os atacantes podem quebrar essa senha fácil de adivinhar em menos de um segundo. Em vez disso, crie senhas com pelo menos 16 caracteres e exclusivamente complexas. Evite usar sequências como ABCD, 1234, qwerty (sequência no teclado) e informações facilmente identificáveis, como nomes e datas de aniversários, como parte de suas senhas. Sua senha deve ser um enigma que gere dificuldades para ser quebrada.

 

Evite a reutilização de senhas: pense nas suas senhas como impressões digitais; cada uma deve ser única. A reutilização de senhas torna você vulnerável a ataques cibernéticos, como ataques de força bruta e preenchimento de credenciais. A criação de uma senha exclusiva para cada conta limita as consequências em caso de violação.

 

Use um gerenciador de senhas: Os gerenciadores de senhas libertam você do incômodo dos post-its ou do jogo de adivinhação de senhas. A única coisa que você precisa é de uma senha para entrar no seu gerenciador de senhas. Eles podem criar, armazenar e preencher senhas automaticamente e ajudar a gerar combinações complexas.

 

2. Habilite a autenticação de múltiplos fatores (MFA)

 

De acordo com a Microsoft, habilitar a MFA pode diminuir 99% a probabilidade de você ser hackeado. Por quê? Porque a MFA exige uma combinação de dois ou mais autenticadores para verificar sua identidade antes de se ter acesso à sua conta. Mesmo que um atacante decifre sua senha será preciso atender ao segundo requisito de autenticação para obter acesso à sua conta.

 

A autenticação de múltiplos fatores (MFA) pede:

 

● Algo que você conhece: um número PIN ou uma senha

● Algo que você tenha: uma aplicação de autenticação ou uma mensagem de confirmação no seu smartphone

● Algo que você é: uma leitura de impressão digital ou reconhecimento facial

 

“Observe que nem todos os métodos de MFA oferecem o mesmo nível de proteção. A MFA resistente a phishing é o padrão pelo qual os líderes do setor devem se esforçar, mas qualquer MFA é melhor que nenhuma”, ressalta Bortoloni.

 

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O que os motoristas precisam saber sobre o compressor do ar-condicionado do carro?

Divulgação
A Delphi preparou algumas dicas que podem ajudar os motoristas a entender o funcionamento do componente e alguns aspectos sobre a manutenção 



O compressor, considerado o coração do ar-condicionado do veículo, é um dos componentes que merece a atenção dos motoristas. Neste quesito, a Delphi preparou algumas dicas técnicas que podem auxiliar o condutor.

Ele tem a função de proporcionar o equilíbrio térmico do automóvel, ou seja, mover e comprimir o líquido refrigerante, fluido necessário para o processo de resfriamento e aquecimento do ciclo de refrigeração do carro. “Dessa forma, a pressão do ar-condicionado poderá ser aumentada e a troca de temperaturas acontecerá nos momentos adequados, proporcionando um maior conforto térmico para os passageiros”, afirma Pedro Valêncio, Técnico de Suporte ao Cliente da Delphi. “Um problema no compressor pode comprometer todo o processo de refrigeração do veículo”, acrescenta.

Apesar do compressor ser o centro do ar-condicionado, ele não trabalha sozinho. Valêncio explica que o item precisa que todas as peças ligadas a ele estejam bem dimensionadas. Algumas delas são: o condensador, os filtros, os dispositivos de expansão e o evaporador com as mangueiras bem direcionadas.



Manutenção do sistema de ar-condicionado

De acordo com o profissional, para realizar a manutenção eficiente do sistema, é necessário ter equipamentos adequados. “Alguns equipamentos importantes são: máquina recicladora, manômetro, bomba de vácuo, multímetro, termômetro e o cilindro de nitrogênio”, diz.

Alguns problemas comuns são de fácil identificação. “Um compressor contaminado é causado pela limpeza ruim no sistema, podendo ter o filtro saturado e o óleo contaminado”, pontua Valêncio. “Já as placas quebradas provavelmente são causadas pela sucção através da linha baixa de pressão”, analisa.

Caso ocorra um superaquecimento no sistema, a bobina magnética será derretida. “Isso pode ser provocado por um condensador sujo, filtro saturado ou até excesso de fluido refrigerante”, conclui.

Para garantir que o compressor tenha um bom rendimento, é obrigatória a troca dos condensadores e filtros. A limpeza do condensador não é o suficiente, pois as sujeiras ficam impregnadas e, ao esquentá-las, elas se soltam e contaminam totalmente o compressor.


O papel do testamento vital na proteção da autonomia da vontade


Desde a publicação da Resolução do Conselho Federal de Medicina nº 1.995/2012, qualquer pessoa capaz, no gozo de suas faculdades mentais, passou a ter direito de estabelecer, de forma clara e precisa, sobre cuidados e tratamentos médicos que deseja ou não receber quando estiver incapacitado de expressar, livre e autonomamente, sua vontade. Esse conjunto de desejos é denominado de diretivas antecipadas de vontade ou DAV. 

A maneira mais comum de instrumentalizar as DAV é através do testamento vital, declaração de vontade lavrada em escritura pública perante um tabelionato de notas, cuja validade já foi reconhecida pelo Conselho da Justiça Federal, na V Jornada de Direito Civil, através do Enunciado nº 528 no sentido de que é válida a declaração de vontade expressa em documento autêntico, também chamado “testamento vital”, em que a pessoa estabelece disposições sobre o tipo de tratamento de saúde, ou não tratamento, que deseja no caso de se encontrar sem condições de manifestar a sua vontade. 

Importa destacar que as DAV do paciente prevalecerão sobre qualquer outro parecer não médico, inclusive sobre os desejos dos familiares, razão pela qual recomenda-se que, no testamento vital, também seja indicado pelo declarante, uma pessoa de sua confiança que atuará como seu procurador, responsável por levar a cabo seus desejos perante a junta médica responsável por seu tratamento. 

Evidente que a autonomia da vontade encontra limites na legislação brasileira, portanto disposições sobre práticas consideradas ilegais, tais como, mas não se limitando a eutanásia e suicídio assistido, não poderão ser exigidas, ainda que previstas no testamento vital, por força do artigo 166, II do Código Civil. 

Por outro lado, o testamento vital abre um leque de possibilidades especialmente para quem deseja ter uma morte natural e tranquila em caso de doença grave, irreversível e progressiva. Assim, o declarante pode dispor sobre quais tratamentos experimentais deseja ou não ser submetido, se deseja ser mantido vivo através de suporte artificial ou não e a quais medicamentos e tratamentos está disposto a ser submetido. 

O testamento vital pode ser revogado a qualquer momento pelo declarante, inclusive por outro testamento vital.

A despeito de o declarante não precisar de assistência médica e jurídica para lavrar o testamento vital, recomenda-se a consulta a esses dois profissionais, o primeiro para maior compreensão das possibilidades de tratamento, especialmente em caso de doença em curso e, o segundo, para orientar sobre os limites legais da declaração de vontade. 



Danielle Aparecida Gambaratto dos Santos - formada em Direito pela PUC-Campinas, pós-graduada em Contratos pela ESAMC e pós-graduanda em Direito Empresarial pela PUC-RS. É coordenadora da área de Contratos na TMB Advogados.


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Entenda o assédio e a importunação sexual dentro das empresas

A desigualdade de gênero ainda é presente no mercado de trabalho e casos de assédio em ambiente corporativos não são exceção; especialista esclarece principais dúvidas sobre o tema

 

 

A desigualdade de gênero ainda existe no mercado de trabalho e acaba criando obstáculos e conflitos psicológicos e profissionais para as mulheres. Muitas vezes, o assédio dentro do ambiente corporativo é um dos casos mais graves sofridos. A mulher muitas vezes se sente forçada a fazer parte disso apenas para manter, ou conseguir, um status na empresa.

 

Para se ter ideia, a Justiça Trabalhista recebe, em média, 6,4 mil ações relacionadas a assédio no trabalho por mês. Essas estatísticas não apenas sublinham a importância de aprimorar as políticas de prevenção e combate ao assédio nas empresas, mas também indicam a necessidade de uma conscientização mais ampla sobre os direitos dos trabalhadores e a promoção de ambientes profissionais seguros e respeitosos para todos os colaboradores.

 

Na percepção da advogada, especialista em perspectiva de gênero e sócia do escritório Martins Cardozo Advogados, Mayra Cardozo, o assédio e a importunação sexual são uma das ferramentas utilizadas pela socialização patriarcal para intimidar mulheres a ocupar espaços de trabalho. “Quando ocupamos espaços, eles nos reduzem a corpos que servem apenas para pegar café, anotar compromissos e para serem assediados. Quando ocupamos espaços, o sistema patriarcal nos pune. Por isso, cada dia é mais essencial que as mulheres que conseguem isso, usem o seu privilégio dentro dos ambientes corporativos para remodelar esses espaços e ajudar com que sejam lugares seguros para as mulheres”, diz.

 

Além disso, a advogada acredita ser essencial que as mulheres dentro do ambiente corporativo lutem e ajudem umas às outras. “Percebo que muitas quando assumem postos de poder, acabam “jogando” com o patriarcado, encobrindo colegas assediadores, rindo de piadas machistas. O ambiente corporativo é um ambiente competitivo e extremamente patriarcal, é necessário que as mulheres se conscientizem de que só a união faz a força. É preciso parar de rivalizar umas com as outras e se unir, para juntas combater essas práticas dentro das empresas”, complementa Mayra. 


 

Como identificar o assédio e importunação sexual?

 

Um dos maiores identificadores é que, quem sofre assédio ou importunação sexual, na grande maioria das vezes, acaba com a saúde mental afetada. “A situação se agrava quando ocorre no ambiente de trabalho, uma vez que as mulheres já sofrem com a famosa “crise de impostora” - quando você sente constantemente que o que você faz não é bom o suficiente. Quando essas situações acontecem dentro do trabalho, a autoestima e autoconfiança são extremamente abaladas. Isso acontece porque o potencial, a inteligência e dedicação começam a ser questionados, já que essas condutas fazem as mulheres se sentirem como se fossem reduzidas a um corpo”, entende a advogada.


 

O que deve ser feito quando se identifica um caso como este?

 

De acordo com a advogada, a principal solução é no canal de denúncia 180 ou procurar recursos internos dentro da empresa, caso exista, junto ao Compliance ou RH. “O maior erro das empresas é não abordar e não investir no combate e na conscientização do assédio, principalmente dentro dos cargos mais altos, uma vez que essas denúncias geralmente são dirigidas ao “top management” da empresa. Além de tudo, também existe uma dificuldade em relação ao canal de denúncia interno, já que as vítimas têm medo de denunciar e perder o emprego caso sejam identificadas. Existe também a falta de informação e treinamento, para que as pessoas saibam diferenciar uma conduta e outra e saibam como agir diante das situações e a quem recorrer”, explica.

 

Caso exista, dentro da empresa, um setor de Compliance, esse deve ser o responsável para implementar medidas de conscientização. “A empresa deve investir em contratação de treinamento e investimento em educação, até a investigação interna através da instauração de um canal de denúncias anônimas. Temas como esses não são de muito interesse das direções corporativas mas deveria ser, já que um assédio ou importunação sexual que pode ocorrer dentro da empresa, pode gerar danos irreversíveis à imagem e reputação dos negócios. A verdade é que pautas relacionadas às mulheres dentro do ambiente corporativo, só vão progredir quando as empresas e líderes também atuarem proativamente no intuito de produzir uma cultura de união entre mulheres, e não o de rivalidade”, conclui Mayra Cardozo. 

 



Mayra Martins Cardozo - advogada com perspectiva de gênero, sócia do escritório Martins Cardozo Advogados. Membro permanente da Comissão Nacional de Direitos Humanos da OAB - CNDH. Educadora, ministra aulas na Escola Paulista de Direito, na Escola Superior de Propaganda e Marketing - ESPM e no Centro Universitário de Brasília. É colaboradora executiva da revista suíça Brainz Magazine. Palestrante sobre diversidade e inclusão. É líder de empoderamento feminino, desenvolve sessões 1:1 na sua "Mentoria para Mulheres Mal Comportadas" na qual integra suas pesquisas sobre gênero, sua formação em Feminist Coach e sua perspectiva psicanalítica em um trabalho que visa questionar crenças internalizadas que sustentam a sociedade patriarcal e impedem que mulheres tenham relacionamentos saudáveis, ocupem espaços de poder e tenham uma boa relação com seu corpo.


Perspectivas e caminhos para o futuro da proteção de dados no Brasil


Neste agosto, comemoramos os 5 anos da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). Publicada em 14 de agosto de 2018 e implementada em setembro de 2020, a lei veio na intenção de proteger a privacidade e os dados pessoais de quem está no território brasileiro. Sabemos que, nesses últimos anos, ao ser implementada, a LGPD trouxe uma mudança significativa no panorama jurídico e corporativo brasileiro.

 

Em um país onde as fraudes eletrônicas são frequentes e a digitalização é recente e desigual, a LGPD representa um passo importante para proteger os consumidores. A transição do mundo físico para o virtual é um processo de aprendizado pautado na confiança, e a lei pode ser vista como um instrumento que fortalece essa confiança.

 

A LGPD impôs regras rígidas, mas necessárias, sobre a coleta, armazenamento, tratamento e compartilhamento de dados pessoais. Em um cenário onde muitos consumidores estão iniciando sua jornada digital, a confiança é crucial. As empresas, ao se adaptarem à LGPD, não apenas cumprem a lei, mas também fortalecem a relação de confiança com seus clientes.

 

Para se adaptar à lei, as empresas precisaram implementar Programas de Governança em Privacidade, nomear um Data Protection Officer (DPO) e garantir a conformidade com a lei. Isso tudo sabendo que o não cumprimento da LGPD pode resultar em impactos na reputação da empresa, consequências financeiras, perda de oportunidades de negócio e impacto na competitividade.

 

Os desafios da LGPD

 

O Brasil enfrenta desafios significativos na aplicação e fiscalização da LGPD, especialmente em um contexto de fraudes eletrônicas crescentes e sofisticadas. A visão de Alcoforado sobre a curva de aprendizado digital do brasileiro ressalta a importância de uma legislação robusta e eficaz para proteger os consumidores.

 

A Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) enfrentou desafios na fiscalização e aplicação de sanções, como no caso da microempresa sancionada. Um outro desafio encontrado durante esses anos foi a necessidade de regulamentação de diversos aspectos da LGPD, como o tratamento de dados pessoais de crianças e adolescentes, transferência internacional de dados, entre outros.

 

Todos os setores, que lidam com dados pessoais e são impactados pela LGPD, também sofrem com os desafios da lei. No entanto, o setor financeiro, em particular, tem sido um alvo frequente de fraudes, como apontado na matéria. Para se ter ideia, aconteceram mais de 2,8 mil tentativas de fraudes financeiras em canais eletrônicos por minuto no Brasil, somente no primeiro trimestre deste ano. Esse número mostra que foram cerca de 365 milhões de tentativas de golpes no mesmo período.

 

A LGPD reforça a importância da segurança cibernética e da privacidade em um país onde fraudes eletrônicas são frequentes e sofisticadas. A sofisticação das fraudes é alta, e todos, independentemente da classe social, podem ser vítimas. Portanto, a lei, juntamente com a governança corporativa e educação do consumidor, é essencial para proteger os cidadãos.

 

Qual o futuro da LGPD?

 

A LGPD é apenas o começo de uma jornada de proteção de dados no Brasil. Com o avanço tecnológico e a crescente digitalização da sociedade brasileira, a proteção de dados se tornará ainda mais crucial. A maioria dos brasileiros ainda estão no início de sua jornada digital, o que reforça a necessidade de leis robustas e educação para o consumo digital.

 

Durante os próximos anos, a ANPD deve continuar sua atuação ativa, com foco na regulamentação e fiscalização. A proteção de dados e privacidade se tornarão ainda mais relevantes, com o Brasil buscando reconhecimento internacional e atraindo investimentos.

 

Drex e a Transformação Digital Brasileira

 

É importante sabermos também que a introdução do Drex, a moeda digital brasileira, representa mais um passo na jornada de digitalização do Brasil. O Drex, respaldado pelo Banco Central (Bacen), é uma representação digital do real físico, operando com a segurança do blockchain. Esta moeda mantém paridade com o real, diferenciando-se das criptomoedas tradicionais por sua natureza centralizada e transparente.

 

 A transição do mundo físico para o digital sugere que o Drex é uma resposta natural à crescente demanda por soluções digitais no Brasil. Em um país onde a digitalização é desigual e muitos ainda estão no início de sua jornada digital, o Drex pode ser visto como uma ferramenta que democratiza o acesso à economia digital, proporcionando a todos os brasileiros os benefícios da digitalização em um ambiente seguro.

 

Além disso, o Drex tem o potencial de revolucionar o comércio, oferecendo transações mais rápidas e eficientes. Com a introdução de contratos digitais inteligentes (smart contracts), os processos de negociação serão otimizados, reduzindo a necessidade de intermediários e acelerando as transações.

 

No entanto, é crucial que as organizações e consumidores estejam educados e informados sobre os benefícios e riscos associados ao Drex. A segurança digital é uma via de mão dupla: enquanto a tecnologia pode oferecer proteções robustas, os usuários também devem ser proativos em proteger seus dados e estar cientes das ameaças potenciais, como esquemas de phishing e táticas de engenharia social. 

 

Lucas Galvão - CEO da Trust Governance, especialista em Cibersegurança, Governança Corporativa e Desenvolvimento de Lideranças.

 

Black Friday: 6 dicas para aumentar as vendas na data queridinha do consumidor

Quem empreende deve se preparar para não perder a chance de garantir lucro, entre outros benefícios para o negócio


Tradicionalmente, a data da Black Friday no calendário promocional é a última sexta-feira de novembro. Neste ano, cai no dia 24, mas durante todo o mês de novembro as ofertas aparecem pelo comércio nos mais diversos segmentos, nas lojas físicas e on-line. O empreendedor que quiser aproveitar o período para vender mais deve ter um mínimo de planejamento para definir a melhor estratégia, avaliando os produtos ou serviços que serão destacados, bem como o seu público-alvo e os descontos que serão oferecidos.

No caso do segmento de serviços, recomenda-se ao dono do pequeno negócio avaliar sua capacidade operacional com antecedência e estabelecer condições de uso da oferta bem claras. O analista de Competitividade do Sebrae Nacional Flávio Petry explica que o brasileiro já incorporou a Black Friday em seu hábito de consumo e, mesmo que não saiba exatamente o que procura ou sua necessidade, busca aproveitar o momento pelo desejo de economizar.


Confira 6 dicas práticas para potencializar as vendas nesta data:
  1. A Black Friday não acaba no dia 24. “A data faz parte da experiência de consumo e contribui para se aproximar do cliente. O pós-venda também pode ser um diferencial ao reverter uma situação negativa que tenha ocorrido durante a campanha ou abrir um canal de relacionamento”, ressalta Petry.
  2.  Não precisa abaixar o preço de todos os produtos. “O dono do pequeno negócio deve tomar cuidado para não operar no vermelho e ficar atento se uma estratégia de saldão não vai gerar prejuízo”, alerta o especialista.
  3. Defina sua tática de vendas: escolha uma categoria de produtos para destacar as ofertas ou crie combos promocionais com itens que equilibrem as margens de lucro, oferecendo descontos progressivos, por exemplo.
  4. Atenção especial à precificação: avalie todos os custos envolvidos nos pontos físico e digital. “É importante entender o que oferecer e em quais condições em cada canal de venda. Coloque isso na ponta do lápis para não correr riscos”.
  5. Engaje sua equipe: o envolvimento dos colaboradores pode contribuir para resultados mais significativos. “Explique para sua equipe qual é a meta pretendida e a lógica está por trás daquela estratégia”, orienta o analista do Sebrae.
  6. Seja transparente: os consumidores estão atentos aos preços e começam a pesquisar os produtos e serviços do seu interesse antes da data. A expressão “Black Fraude” tornou-se conhecida após a frustração com alguns descontos oferecidos.

De acordo com Flávio Petry, a data é uma oportunidade para agregar valor ao negócio e mostrar que o consumidor está recebendo uma oferta especial. “Saiba balancear a expectativa do seu cliente. Algumas pessoas buscam descontos expressivos, enquanto outras buscam melhores condições de entrega e disponibilidade do serviço”, acrescenta o analista do Sebrae.

 

Contato com a natureza beneficia o desenvolvimento integral da criança em todas as dimensões


Gerente de Meio Ambiente, Clima e Biodiversidade do Instituto Alana, JP Amaral, e diretora-presidente do Instituto Opy, Heloisa Oliveira, abordam a importância do brincar ao ar livre

 

Em um cotidiano cada vez mais acelerado e digital, as brincadeiras ao ar livre se tornam cada vez mais secundárias para as novas gerações, o que é preocupante, já que o convívio com a natureza é fundamental para o estímulo e para a saúde das crianças. De acordo com o Gerente de Meio Ambiente, Clima e Biodiversidade do Instituto Alana e também coordenador do Programa Criança e Natureza, JP Amaral, o contato com a natureza beneficia o desenvolvimento integral da criança em todas as dimensões- cognitiva, emocional, social, espiritual e física. “Próximas ao meio ambiente, as crianças se sentem mais ativas fisicamente, ficam mais tranquilas, desenvolvem coordenação motora, aprendem sobre os riscos e desafios, estimulam a concentração e o aprendizado, além de se integrar e socializar com maior diversidade, em especial nos espaços públicos urbanos”, salienta.

O contato com a natureza ajudou crianças a enfrentarem a pandemia aponta a pesquisa “O papel da natureza para a saúde das crianças no pós-pandemia” realizada pela Rede Conhecimento Social e pelo Programa Criança e Natureza, com a iniciativa do Instituto Alana e apoio do WWF-Brasil e da Fundação Bernard van Leer. O estudo ouviu mais de mil pais, mães, cuidadores e crianças de até 12 anos em todo o Brasil, em 2021. As famílias identificaram que o isolamento e a falta de contato com a natureza levou a um conjunto de efeitos negativos: 24% delas disseram que houve aumento de problemas físicos, como obesidade e falta de vitaminas, por exemplo, e 60% declararam que aumentou o uso de equipamentos eletrônicos pelas crianças. As famílias também perceberam os benefícios que o contato com a natureza trouxe para as crianças quando foi possível propiciar isso a elas: 81% relataram que as crianças tiveram mais saúde e bem-estar ; 93% disseram que os pequenos ficam mais felizes e ativos física e mentalmente; 88% notaram que as crianças dormiram mais e melhor quando brincam ao ar livre e 85% disseram que as crianças ficam menos estressadas e ansiosas.

Apesar das atividades manuais prevaleceram durante o período, 64% dos entrevistados realizaram passeios em parques e áreas ao ar livre ou adotaram práticas de contato com a natureza dentro de casa, como o cultivo de plantas. Segundo a diretora-presidente do Instituto Opy, Heloisa Oliveira, a convivência com o meio ambiente é um importante aliado para o desenvolvimento das crianças. “Explorar ambientes naturais traz vários benefícios que irão repercutir até a vida adulta, além de promover uma maior conscientização sobre a preservação ambiental e o respeito aos seres vivos”, enfatiza. Nessa mesma linha de pensamento, Amaral reforça que o contato com a natureza é uma excelente ferramenta de educação climática. “É uma forma eficaz para os pequenos se encantarem com o meio ambiente e aprenderem a lidar com os desafios que a crise climática traz no dia a dia”, complementa Amaral.

No geral, nas cidades há certa dificuldade com espaços públicos e áreas verdes urbanas, questão que deve ser considerada no planejamento urbano para a garantia de que as cidades sejam melhores para as crianças. “É importante a criação e renovação de locais destinados ao brincar ao ar livre. Seguros, verdes e adptados às mudanças climáticas preparados para toda a população”, afirma o especialista.

Estimular a conexão entre as crianças e a natureza dentro do cotidiano ainda é um desafio. Amaral acredita que a melhor forma de iniciar o acesso dos pequenos ao meio ambiente é por meio da escola, onde a criança passa a maior parte do dia. “É imprescindível que as escolas estejam mais alinhadas a ações que remetam ao meio ambiente, sejam “mais verdes”, com mais elementos naturais e preparadas para o clima local. Isso passa por soluções baseadas na natureza, medidas simples que buscam regenerar os ecossistemas locais e ao mesmo tempo oferecer serviços ambientais e climáticos para a cidade”, avalia.

Heloisa reforça que integrar brincadeiras com a natureza na escola é ótima forma de promover a ligação das crianças com o meio ambiente e proporcionar experiências de aprendizado significativas. “Os pequenos precisam de mais contato com o meio ambiente, deixando de lado a dependência da tecnologia, e aprendendo a sentir a natureza”, finaliza.

 

Programa Criança e Natureza

O Instituto Alana criou o Programa Criança e Natureza que atua na defesa do direito de toda criança ao acesso à natureza e a viver em um meio ambiente saudável. O projeto tem o intuito de promover políticas nas escolas e nas cidades, gerando conhecimento para a sensibilização e  engajamento de atores estratégicos no desenvolvimento integral das crianças. Mais informações no portal.




INSTITUTO ALANA


Instituto Opy de Saúde

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