Quantos dados são emitidos diariamente? Segundo o IBM, o mundo produz cerca de 2,5 quintilhões por dia, sendo que boa parte desse resultado é oriundo das organizações. E, considerando que os dados, na grande maioria das vezes, consistem em informações de cunho confidencial, reforça ainda mais a importância das empresas se atentarem ao gerenciamento desses registros, com o intuito de evitar possíveis consequências.
Atualmente, vemos grande parte das empresas
direcionando uma maior atenção à proteção de dados. Esse movimento foi
impulsionado, principalmente, com a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados), que
entrou em vigor em 2020, e que tem como intuito proteger e regular o tratamento
de dados, além de penalizar o não cumprimento das regras que permeiam a
utilização dessas informações. Essa norma impactou diretamente as organizações,
uma vez que precisaram, a partir disso, reformular seus processos em prol de
garantir a conformidade com a legislação.
Contudo, mesmo diante de importantes avanços, ainda
assim, essa conduta não é uma realidade em todas as organizações. Isso é,
muitas empresas ainda possuem processos internos manuais por receio de migrar
para um ambiente em nuvem, bem como não têm uma equipe especializada em
realizar essa ação de forma efetiva. Esses fatores abrem margem para uma gama
de consequências, como maior suscetibilidade ao vazamento de informações,
golpes, riscos de gestão, e penalizações que, de acordo com o Gartner, até
2026, as multas decorrentes do gerenciamento inadequado dos direitos dos titulares
de dados, ultrapassarão a marca do US$ 1 bilhão.
Uma importante alternativa para evitar essas
complicações é, sem dúvidas, contar com a ajuda da tecnologia. Afinal, ter o
apoio de recursos tecnológicos por meio da utilização de sistemas de gestão é
um método totalmente eficiente para garantir um gerenciamento de dados. No
entanto, é válido destacar que, na hora de escolher o software, é primordial
considerar alguns aspectos, como verificar se a ferramenta opera em
conformidade com a LGPD e outras normativas que passam por constantes
atualizações, além de oferecer máxima segurança, controle e fácil acesso.
Obter um ERP, por exemplo, é uma alternativa
viável, uma vez que a ferramenta possui integrado todos esses requisitos, bem
como uma ampla aderência às legislações, mantendo-se atualizado frente a
mudanças e favorecendo para um maior controle gerencial. Algo que assegura
ganhos como redução de tempo em tarefas burocráticas, eliminação de processos
arcaicos, proteção contra multas e outras penalizações, além de um melhor
desempenho da equipe.
Entretanto, é preciso deixar claro que adquirir um
sistema de gestão não resolverá sozinho os problemas de gerenciamento de dados.
Para isso, é essencial que a organização tenha todos esses pilares enraizados
na cultura empresarial, e que os colaboradores participem dessa jornada. Nesse
aspecto, contar com o apoio de uma consultoria especializada nessa abordagem é
um diferencial, afinal, o time de especialistas tem aptidão em guiar em todo o
processo, a partir de uma análise precisa e identificação daquilo que precisa
ser solucionado.
Independente do porte ou segmento da empresa,
investir no cuidado e gerenciamento de dados é algo fundamental para garantir o
sucesso do negócio. É por meio dessa análise que a empresa conseguirá traçar
metas e estratégias, e garantir total segurança no manuseio e importação de
informações sensíveis, assegurando ampla conformidade com a legislação. Por
isso, para as companhias que ainda não têm um olhar apurado para essa prática,
precisam se adaptar o quanto antes.
A tendência é que cada vez mais dados sejam
gerados, o que exigirá um rigoroso controle e cuidado frente a gestão dessas
informações. Certamente, a tecnologia será sempre uma importante aliada, mas
estar preparado frente ao atual cenário de mudanças e transformações, sem
dúvidas, será sempre a melhor estratégia.
Eliezer Moreira - sócio-gerente de Data Center na SPS Group.
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