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quinta-feira, 14 de setembro de 2023

Respiração: existe forma correta de realizar esse movimento essencial para a vida humana?

Divulgação
A cirurgiã-dentista Maria Fernanda Braga explica os efeitos de desempenhar erroneamente essa função

 

A respiração é um movimento involuntário que é essencial para a sobrevivência humana. O ato de inspirar e expirar levam oxigênio para o organismo, o que é fundamental para o seu funcionamento. O sistema respiratório tem os seus mecanismos de proteção e desempenho, porém, alguns hábitos podem interferir nessa dinâmica e causar sérios impactos.

“Quase 100% da população pratica a respiração bucal, esse hábito, no entanto leva a uma série de alterações tanto no desenvolvimento quanto na oxigenação. Isso porque a boca não faz parte do sistema respiratório e não desempenha função nesse movimento”, informa a cirurgiã-dentista Maria Fernanda Braga.

Segundo Maria Fernanda, a respiração nasal é a correta, pois nela o ar percorre três etapas. "Quando o ar entra pelo nariz, ele passa pela filtração, que retira os microrganismos e impurezas, impedindo que esses resíduos entrem para as vias aéreas. Na sequência ele passa pela umidificação e aquecimento, processos responsáveis por deixar o ar mais úmido e na temperatura do corpo, isso ajuda a evitar irritações no tecido pulmonar”. 

Por conta de alterações no padrão de crescimento dos ossos do rosto, encaixe incorreto das arcadas dentárias e músculos do rosto trabalhando de forma errada, algumas pessoas respiram pela boca e isso pode causar diversas doenças e ativar processos inflamatórios. “Quando inspiramos pela boca, levamos contaminação para o meio interno, pois nessa região não existe a filtragem que é feita no sistema respiratório. Esse processo pode desencadear doenças como faringite, amigdalite, resfriado, gripe e pneumonia", comenta a especialista.

“O desalinhamento dos dentes e mau posicionamento das arcadas pode acarretar dores de cabeça, alteração de posicionamento das vértebras do pescoço e até consequências estruturais envolvendo as costas influenciando no equilíbrio. Isso porque quando a respiração é feita predominante pela boca a postura corporal é alterada e o posicionamento da cabeça acaba forçando essas regiões que estão interligadas e conectadas à boca”, explica a cirurgiã-dentista referência nessa área.

A grande quantidade de ar inspirado durante a respiração bucal, pode levar ao acúmulo de gases no estômago e intestino. Isso pode causar distensão visceral e inchaço abdominal, que podem gerar dor, desconforto e até desenvolver a síndrome do intestino irritável. 

Os riscos são ainda maiores quando se trata de crianças. "A respiração incorreta durante o desenvolvimento da criança pode causar um déficit de oxigênio, prejudicar a qualidade do sono, e assim atrapalhar o desempenho da produção hormonal, ou seja, prejudica no crescimento e em alguns casos até implica no desenvolvimento de enurese noturna, por conta de inibir a liberação de hormônio antidiurético, que é o hábito de urinar na cama”, alerta. 

“O profissional da saúde bucal tem um papel muito importante no diagnóstico e correção desse problema, com uma análise completa da estrutura óssea e dentária do paciente somada a outros exames específicos é possível identificar as alterações estruturais que causam a respiração bucal, e com isso desenvolver um plano de tratamento, seja ele cirúrgico ou não”, finaliza Maria Fernanda Braga.



Maria Fernanda Braga - CRO RJ-41346 - Cirurgiã-dentista, especializada em bebês e crianças, com formação e especialização pela UFRJ. É escritora, desenhista e idealizadora do projeto de prevenção da saúde bucal “As Aventuras de Dentix”, que cria uma comunicação facilitada para fazer a informação chegar para as famílias.


Setembro Amarelo

 

Consumo de medicamentos para tratar saúde mental aumenta mais de 70% entre brasileiros

Consumo destas medicações entre homens praticamente dobrou nos primeiros sete meses deste ano e aumentou quatro vezes entre pessoas acima de 59 anos


A busca por bem-estar emocional tem se tornado mais comum na vida dos brasileiros. Além das mudanças de hábitos, dados da epharma apontam que o consumo de medicamentos para tratar a saúde mental aumentou 73% na soma entre janeiro e julho deste ano, comparado ao mesmo período do ano passado.

“Esses dados de nossos planos de medicamentos revelam que as pessoas estão cada vez mais preocupadas com seu bem-estar e buscando tratamento, como evidenciado pelo aumento de 83% no número de usuários atendidos em nossos planos de benefícios para cuidar da saúde mental no mesmo período”, explica a farmacêutica Bruna De Vivo, Diretora de marketing e produtos da epharma.

As classes terapêuticas mais consumidas foram antidepressivos, hipnóticos sedativos, antipsicóticos e estabilizantes do humor. "Para o tratamento, é imprescindível procurar a orientação dos especialistas, pois são eles os profissionais capacitados para guiar os pacientes nessa jornada rumo ao reequilíbrio", acrescenta.

O aumento nas vendas destes medicamentos reflete uma realidade que precisa ser discutida de forma mais ampla. O número de homens que comprou medicações relacionadas à saúde mental praticamente dobrou (+94%) na comparação anual, enquanto o número de mulheres subiu 65%, conforme o levantamento da empresa.

De acordo com a epharma, algumas regiões do país tiveram um aumento acima da média no consumo de medicamentos neste segmento. O crescimento foi de 185% no Nordeste e 140% no Centro-Oeste, na comparação anual. Com relação às faixas etárias, o aumento também foi expressivo:

39 a 43 anos = 99%

54 a 58 anos = 107%

Acima de 59 anos = 311%



Conscientização e diálogo

O Brasil enfrenta desafios significativos em relação à saúde psicológica, especialmente após a pandemia de covid-19, levando muitas pessoas a procurarem ajuda com psicólogos, psiquiatras ou grupos de apoio. Mesmo assim, segundo Ana Paula Ribeiro Hirakawa, psicóloga do CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim”, muitas pessoas ainda não sabem como obter acompanhamento para prevenir ou cuidar da saúde mental.

A especialista esclarece que atualmente há mais discussões sobre o sofrimento psíquico, embora ainda haja confusão entre depressão, sintomas depressivos, ansiedade e outras patologias. "O que antes era visto como algo prejudicial e malvisto, hoje é mais compreendido", observa.

Neste cenário, o Setembro Amarelo é importante para conscientizar as pessoas sobre a importância do diálogo sobre saúde mental e valorização da vida. “Cuidar do bem-estar psicológico é tão importante quanto cuidar da saúde física. Refletir sobre o seu dia, os momentos de lazer, se eles estão realmente sendo para isso, como está seu nível de cansaço e disposição, seu humor e as alterações de humor que estão ocorrendo. Promover momentos de prazer em sua vida é importante, é preciso entender o que você está sentindo e sempre buscar ajuda com um profissional de saúde, quando necessário", recomenda a psicóloga.


epharma -uma das principais plataformas de gestão de benefícios de saúde do país.

 

 

Tontura depois de comer? Entenda as principais causas e como tratar

Neurologista e professor do curso de Medicina da Unicid aponta os motivos e como lidar com a situação

 

Depois daquela deliciosa refeição, às vezes bate uma leveza que pode gerar sono. Em alguns casos, pode haver tonturas, causando mal-estar. Mas afinal, por que a tontura pode ocorrer depois de comer?  

De acordo com Arnaldo José Godoy, neurologista e professor doutor do curso de Medicina da Universidade Cidade de S. Paulo – Unicid, os motivos são diversos, mas o principal deles, em boa parte dos casos, advém de uma variação específica do funcionamento fisiológico relacionada ao sistema endócrino. Ou seja, aos hormônios.  

É que algumas pessoas podem ter uma produção excessiva de insulina (hormônio) após se alimentarem: a glicose (açúcar) entra na corrente sanguínea após digerida e absorvida, devendo ser consumida pelas células do organismo; mas, quem tem insulina em excesso, acaba tendo grande disponibilidade desse açúcar de forma rápida.  

“Com isso, muita glicose entra rapidamente nas células e, como pode entrar bastante nos vasos sanguíneos do sistema digestório, não sobra para o cérebro. Isso gera o que chamamos de hipoglicemia reativa, que é quando os níveis de glicose sanguínea ficam baixos após uma refeição, daí causa a tontura”, explica Arnaldo.  

Outro motivo para o atordoamento é o fato de algumas pessoas comerem muito rapidamente. Quando isso acontece, a glicose do alimento entra de forma acelerada no sangue, ocasionando o mal-estar.  

“É importante que a gente se alimente devagar, mastigando bastante o alimento. Além disso, as pessoas também não devem comer muito doce, pois quanto mais é ingerido, mais glicose chega no sangue e, com isso, podemos agravar o quadro de tontura”, aconselha.  

No caso da alimentação rápida, o neurologista ressalta que o ideal é seguir três passos, sendo eles: fracionar as refeições em horários diferentes, comer devagar o máximo que der e, na hora da sobremesa, não abusar do doce.  

“Existem diversos sintomas que são resultados de uma combinação de fatores. No caso da insulina, pode se agravar no paciente diabético e se esse indivíduo exagerar na dose, isso vai favorecer a ocorrência das tonturas e não só após as refeições. Quem convive com doença de Parkinson, que é uma enfermidade neurológica comum, os pacientes apresentam a tendência de queda da pressão quando ficam em pé e quando isso acontece a pressão diminui. Portanto, com essa condição, é possível sentir mais tontura”, afirma.  

O professor de Medicina da Unicid recomenda que, se houver esses sintomas com alguma frequência, a pessoa deve se consultar com um clínico geral, que avaliará as possíveis causas. Com base nisso, se o clínico concluir que pode ser a insulina, ele encaminhará o paciente para um endocrinologista, que avaliará os hormônios. 

Já o neurologista vai precisar ser consultado se a investigação inicial for negativa. “Ou seja, no caso de a pessoa não produzir muita insulina. Outras possibilidades são quando o quadro de tontura é prolongado e pode acontecer após ou longe das refeições, ou então se a pessoa desmaia e apresenta convulsões. Acontecendo isso, o mais indicado é a consulta com neurologista, pois pode ser uma coisa mais séria, envolvendo um tumor na região da cabeça, entre outras enfermidades”, pontua.   



Universidade Cidade de São Paulo – Unicid
www.unicid.edu.br

 

Células-tronco do dente de leite: saiba como fazer a coleta do seu filho e para que serve

Coleta, feita de forma simples e rápida, pode auxiliar no tratamento de diversas doenças no futuro


As células tronco são estruturas que ainda não se diferenciaram, ou seja, que ainda não tem definição sobre em qual parte do corpo irão “atuar”. Com isso, quando manipuladas pela engenharia genética, podem ser “programadas” para realizar funções muito especializadas, como recompor tecidos danificados. Pesquisas robustas na área têm descoberto que elas podem auxiliar no tratamento de diversas doenças como câncer, mal de Parkinson, mal de Alzheimer e enfermidades degenerativas e cardíacas.

Mas onde essas células podem ser encontradas? Além do cordão umbilical e da medula óssea, os dentes também são fontes desse precioso mecanismo para a ciência. No interior deles, ficam localizadas em um tecido conhecido como polpa dental dos dentes provisórios, mas também do céu da boca (palato duro) e até de dentes permanentes já extraídos, como o siso, por exemplo.

Porém, ainda são poucos os pais que sabem da importância dos dentes de leite para os filhos: “No futuro, caso o filho necessite de algum tratamento com as células tronco terá acesso a elas. É uma reserva biológica única e natural do corpo da pessoa, ou seja, não há perigo de rejeição ou qualquer coisa parecida”, comenta Isabela Castro, dentista e Head do NUPE - núcleo especializado no atendimento de pessoas com deficiência, grávidas, idosos, pacientes com doenças crônicas ou qualquer condição especial - da Yappy. A empresa, especializada em odontologia de precisão, terá o serviço de coleta com tecnologia de ponta disponível a partir de setembro de 2023.

Essa coleta e armazenagem é um procedimento seguro, comenta a especialista. “Para que as células-tronco se mantenham viáveis para aproveitamento, o dente precisa ser coletado ainda com 1/3 de raiz. Ou seja, quando o dente começa a ficar mole, é importante estar atento e já entrar em contato com a empresa que fará a coleta”, explica. 

Um dentista certificado faz a avaliação do dente elegível para coleta e, no tempo certo, realiza a remoção dentro da Yappy. Em seguida, as células são coletadas e armazenadas em um recipiente próprio e, na sequência, o material é enviado para a R-Crio, centro especializado no armazenamento de células tronco, e conservado em nitrogênio e temperaturas abaixo dos -150°C. 

“Esse é, provavelmente, um dos maiores investimentos na vida da criança. Ela terá uma reserva extra de células para todo o corpo, já que elas podem se metamorfosear para viver não só em tecidos de órgãos, mas também em neurônios e músculos. É como ter uma segunda carga de possibilidades”, finaliza Isabela Castro.

 

Yappy


Varizes tem cura?

 Entenda as causas, os tratamentos e se há cura das varizes!


Você certamente conhece alguém que já tratou ou operou varizes e voltou a sofrer com o problema, não é? Isso é bastante comum e faz surgir uma dúvida: afinal, varizes têm cura?

A verdade é que as varizes são apenas um sinal de uma doença mais ampla. Por isso, embora possam ser tratadas, muitas vezes elas voltam a aparecer porque o problema de origem não é resolvido.

Entenda melhor tudo o que envolve esse assunto neste pequeno guia. Aqui, abordaremos brevemente as causas, os tratamentos e se há cura das varizes. Acompanhe!

 

O que são varizes e como elas surgem? 

Varizes são veias tortuosas e dilatadas que deixam de cumprir com eficiência a função de conduzir o sangue de volta ao coração, provocando o acúmulo sanguíneo nas pernas e tornozelos, que sobrecarrega os capilares e favorece o inchaço. Além disso, as veias dilatadas ficam mais visíveis e, até mesmo, deformadas sob a pele.

Isso acontece porque as veias são dotadas de válvulas unidirecionais que, associadas à contração dos músculos da panturrilha, impulsionam o sangue das pernas para cima, vencendo a gravidade. No entanto, ao se dilatarem, suas paredes se tornam mais frouxas e seu calibre aumenta, fazendo com que as válvulas comecem a falhar.

É importante ressaltar que, muito mais que uma questão de estética, as varizes são sinais de um problema de saúde mais amplo, a Doença Venosa Crônica. Essa condição afeta cerca de 38% da população adulta brasileira e se apresenta em 6 (seis) diferentes graus.


 As varizes surgem, portanto, quando a Doença Venosa Crônica (DVC) está presente. 

 

Varizes têm cura? 

Uma vez que são um sinal de uma doença crônica, as varizes podem ser tratadas e extintas, mas não têm cura, porque a causa específica do problema não é totalmente conhecida. Entretanto, sabemos que as veias dos portadores tendem a ficar debilitadas com o passar dos anos, perdendo a funcionalidade. Estudos recentes mostram um componente genético ainda não totalmente esclarecido e uma influência importante de fatores ambientais. A medida que a pessoa vai vivendo mais, maior é a atuação destes fatores. Portanto quanto mais vive o indivíduo, maior o risco de ter varizes.

Sendo assim, os tratamentos visam eliminar as veias varicosas e os sintomas associados, porém, não tratam a origem do problema. Por isso, a pessoa que tem tendência a desenvolver varizes, além de fazer o tratamento, deve adotar alguns cuidados para retardar a evolução do quadro e amenizar os sintomas. Dentre as medidas para evitar varizes, podemos citar: 

  • praticar exercícios físicos que estimulem o retorno venoso, por exemplo, caminhar 30 minutos. O retorno venoso depende também da capacidade muscular da sua panturrilha. Quanto mais forte, mais ela ajudará suas veias neste difícil trabalho de vencer a gravidade;
  • evitar permanecer sentado ou em pé sem se movimentar durante muitas horas. Se o seu trabalho exigir esta permanência ou fizer viagens longas, use meias de compressão;
  • intercalar períodos de dois a três minutos de caminhada ao longo da jornada de trabalho;
  • elevar as pernas duas vezes por dia ou, pelo menos, no fim do dia;
  • usar meias de compressão, inclusive quando se exercitar melhorará muito sua capacidade de retorno do sangue e diminuirá o inchaço;
  • cuidar da alimentação para o controle da obesidade e do inchaço do corpo. Alguns nutrientes facilitam o controle do inchaço e estimulam a circulação. Um nutricionista poderá ajudar muito. 


Quais são os tratamentos para varizes? 

Existem vários tratamentos para varizes, desde a aplicação de substâncias químicas ou o uso do calor para a inutilização da veia em questão até a retirada por meio de cirurgia. Embora o método cirúrgico seja o mais tradicional, técnicas menos invasivas evoluíram bastante nos últimos anos, tornando-se a melhor opção em muitos casos. Estas técnicas são chamadas de ablação venosa e divididas em ablação térmica (cujo princípio é o uso do calor que provoca queimadura leve no interior da veia doente) e ablação química em que a injeção de substância provoca irritação no interior da veia que se transforma em cicatriz imperceptível abaixo da pele.

 

  • Laser e radiofrequência: 

São procedimentos minimamente invasivos, utiliza o calor para provocar irritação do interior da veia doente levando a sua destruição, ou seja, queimá-la internamente. A técnica quase indolor, precisa de anestesia local, é feita com cateteres sendo indicada principalmente para o tratamento da veia safena. É frequentemente associada a outro tratamento para obter mais eficácia no tratamento das varizes propriamente ditas.

O raio laser tem múltiplos usos, dependendo do tipo de luz e pode também ser usado para tratamento de pequenos vasos superficiais até 3mm de tamanho, os “vasinhos”. Também chamado de escleroterapia a laser ou laser de superfície, esse tratamento exige cuidados como evitar a exposição da área tratada ao sol e utilizar filtro solar.

 

  • Cirurgia 

cirurgia consiste na retirada da veia doente e pode ser realizada em vasos de diferentes tamanhos e calibres, e não afeta a circulação sanguínea. Ela é indicada nos casos de doença venosa crônica em que há varizes apenas, sem sintomas ou mais graves, com a presença de sintomas como manchas, coceira, dor, etc. Já não é mais a única opção para eles.

Como todo procedimento cirúrgico, ela envolve alguns riscos e cuidados pós-operatórios. O tempo de recuperação varia em função da quantidade e do tamanho das veias retiradas, mas, em todos os casos, é necessário fazer repouso por vários dias antes de retomar as atividades normais.

 

  • Escleroterapia com espuma 

tratamento com espuma é realizado por meio da injeção de um agente esclerosante, o polidocanol na forma de espuma, nas veias afetadas, . A espuma espalha-se por todas veias doentes, promovendo a sua esclerose deixando uma cicatriz imperceptível no organismo.

O procedimento é guiado por ultrassom e deve ser realizado por um médico especialista, que determinará a concentração de polidocanol de acordo com a extensão e o calibre das veias, podendo ser usado até mesmo para veias maiores e mais grossas, incluindo a veia safena.

Além de ser uma técnica minimamente invasiva e de baixo risco, seu principal benefício é permitir o retorno imediato às funções diárias. Inclusive, exercícios físicos podem ser retomados em apenas três dias.

 

As varizes podem voltar? 

Como já explicamos, as varizes podem ser tratadas, mas não há cura definitiva. Isso significa que independentemente do tratamento adotado elas podem voltar. São as chamadas varizes recidivadas ou residuais. Estima-se que cerca de 20% a 25% dos pacientes operados apresentam varizes recidivadas e, em média, metade deles precisa de outra operação no período de 5 anos após o tratamento.

Isso acontece porque o tratamento não atinge a origem do problema, apenas elimina as veias doentes. Sem resolver a causa, nada impede que veias saudáveis continuem a adoecer e as varizes surjam novamente. 

Muitos fatores estão relacionados ao reaparecimento das varizes, principalmente genéticos. Veja alguns: 

  • genética: nesse caso, o histórico familiar deve servir de alerta para aumentar os cuidados preventivos;
  • ocupacionais: permanecer em pé ou sentado por longos períodos sem alternar a posição nem se movimentar;
  • alimentares: a obesidade também é um fator de risco para esse problema;
  • comportamentais: o sedentarismo é outra causa, por isso, é essencial caminhar por 30 minutos diariamente após o tratamento.
  • falta do uso de meia elástica durante o período do trabalho é hoje considerado fator de risco nas pessoas predispostas a desenvolver varizes. 

Além disso, outras causas para o reaparecimento do problema são: diagnóstico incompleto, falha na execução do tratamento ou cirurgia, fenômeno de neovascularização, entre outras. 

Além de entender se varizes têm cura, é importante compreender que o diagnóstico médico feito pela entrevista médica e exame de ultrassom (ecodoppler), o tratamento adequado e a prevenção devem ser associados para obter um resultado melhor. Por isso, é essencial buscar somente clínicas médicas e vasculares especializados, dotados de infraestrutura e equipamentos adequados. 



Dr. Eduardo Toledo de Aguiar - Diretor da Spaço Vascular, Presidente da Associação Brasileira de Flebologia e Linfologia, Cirurgião Vascular e Angiologista, Membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular.
https://www.spacovascular.com.br/
IG: @spaco_vasular


Setembro Amarelo: índice de suicídio pode ser até 10 vezes maior entre pessoas com autismo

Getty Images
Autistas são quatro vezes mais propensos a terem depressão


O Setembro Amarelo é o mês voltado aos debates de conscientização e prevenção ao suicídio. Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) apontam que um brasileiro a cada 45 minutos tira a própria vida e cerca de 90% dos casos poderiam ser tratados. Mas um fato pouco discutido e também alarmante é o de que o índice é até dez vezes maior entre pessoas com transtorno do espectro autista (TEA).

Um estudo mostra que 66% dos autistas já pensaram ou ainda pensam em suicídio em algum momento da vida, e que até 35% já planejaram ou tentaram suicídio. Além disso, pessoas com TEA são até quatro vezes mais propensas a sofrer de depressão ao longo da vida.

Com foco nesse tema e com o objetivo de levantar essa conversa na sociedade, a heathtech Genial Care acaba de lançar a campanha "Toda Jornada Importa: Fortalecendo a Saúde Mental na Comunidade Autista", pela valorização da vida. “Queremos apoiar cada jornada das pessoas, especialmente na comunidade autista, destacando o compromisso da Genial Care em oferecer cuidado personalizado e empático, enquanto incentiva a conscientização sobre a importância da saúde mental e prevenção do suicídio, em sintonia com o Setembro Amarelo”, explica a Diretora de Marketing e Comercial da Genial Care, Juliana Biasi. 

A campanha, centrada na valorização de cada indivíduo autista e na importância do cuidado personalizado, destaca os desafios de saúde mental e prevenção do suicídio que a comunidade enfrenta. Através de recursos educacionais e do compromisso com o bem-estar emocional, a Genial Care busca criar conscientização e impacto positivo na comunidade.


A depressão na comunidade autista

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é definido por critérios diagnósticos como a presença de prejuízos na comunicação e na interação social, e a existência de comportamentos repetitivos e restritivos, com manifestações destes dois elementos em diferentes níveis de intensidade, o que define onde o indivíduo está no espectro autista. Além disso, outros transtornos podem estar associados, desencadeando a manifestação de diferentes sintomas. Estes transtornos ou comorbidades podem se manifestar como depressão, TDAH, transtorno de ansiedade, entre outros. 

Em 2019, a Autism Research, revista médica da Sociedade Internacional de Pesquisa em Autismo, publicou um artigo com dados dos EUA para determinar a incidência de suicídio entre indivíduos com TEA ao longo de um período de 20 anos, e para caracterizar aqueles que morreram. Segundo o estudo, entre 2013 e 2017, a incidência cumulativa de suicídio na população com autismo foi de 0,17%, significativamente maior do que na população geral, de 0,11%. 

Pessoas no espectro, meninas e mulheres em particular, correm alto risco de suicídio, de acordo com estudo que analisou o comportamento suicida em mais de 2 milhões de pessoas. O levantamento reúne dados sobre o suicídio de autistas por fatores como gênero e idade. 

Entre as pessoas autistas com deficiência intelectual, 1 em cada 13 mulheres tenta suicídio, em comparação com 1 em cada 20 homens.

“As estatísticas são preocupantes, mas precisamos, como sociedade, encontrar caminhos para diminuir esses dados e garantir a vida de todas as pessoas, sejam elas atípicas ou não. A valorização da vida começa com a conscientização, o acesso a cuidados de saúde mental e o apoio emocional contínuo, para pessoas autistas, familiares e pessoas cuidadoras nessa jornada”, conclui Juliana.

 

Genial Care
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ViaQuatro e ViaMobilidade adoçam o paladar dos passageiros no Dia do Cliente

Na data que celebra a relação entre comerciantes e consumidores, concessionárias distribuem chocolates nas estações da Luz, Linha 4 - Amarela, e Capão Redondo, Linha 5 – Lilás

 

No dia 15 de setembro, quem passar pela área externa das estações Luz, da Linha 4 – Amarela, e Capão Redondo, Linha 5-Lilás, entre 11h e 15h poderá ser presenteado com uma barra de chocolate.

 

A ação faz parte do Dia do Cliente, data criada em 2003 no Rio Grande do Sul para celebrar a relação entre comerciantes e consumidores e que hoje é comemorada em 14 Estados. 

Além dos chocolates, o time de atendimento também prepara comunicações especiais com mensagens de agradecimento e lembretes de que o Museu da Língua Portuguesa tem entrada gratuita aos sábados, fruto da parceria entre o Instituto CCR e a instituição. Entre julho e agosto, foram mais de 22 mil entradas gratuitas aos sábados no museu.


Agora é oficial: 20 de novembro é o Dia Estadual da Consciência Negra em todo o estado de São Paulo

Avanço histórico na promoção da igualdade racial com o feriado alusivo à morte de Zumbi dos Palmares

 

O Governador do Estado de São Paulo, Tarcísio de Freitas, sancionou a Lei Estadual n.º 17.746 (Projeto de Lei nº 370/2023, de autoria do deputado estadual Teonilio Barba, do PT), publicada no Diário Oficial de 12/09/23, que instituiu 20 de novembro como o Dia Estadual da Consciência Negra, que passa a ser feriado estadual.  

A Secretaria da Justiça e Cidadania, por meio da Coordenadoria de Políticas para a População Negra (CPPN), contribuiu, de forma histórica, para a aprovação do PL com a aglutinação de opiniões e a manifestação de parecer técnico destacando a importância do dia 20 de novembro para a comunidade negra do estado, data em que já tradicionalmente reflete sobre a morte de Zumbi dos Palmares, líder máximo da luta e da resistência contra o sistema escravagista do Brasil. 

O 20 de novembro também é celebrado como Dia Nacional de Zumbi dos Palmares e da Consciência Negra, instituído pela Lei Federal n.° 12.519, de 2011. Como essa Lei não transformou a data em feriado nacional, os governos de cada estado e/ou cidades do Brasil tiveram a faculdade de optar pelo seu reconhecimento. Em alguns estados, como Alagoas, Amazonas, Amapá e Mato Grosso, e em cerca de 126 municípios paulistas, o feriado já foi decretado.  

“O Dia Estadual da Consciência Negra é uma data para celebrar e debater a importância do povo e da cultura africana e sua contribuição para o desenvolvimento do país. Iniciativas como essa reforçam o compromisso do Estado de São Paulo com o respeito aos direitos da população negra”, ressalta Fábio Prieto, secretário da Justiça e Cidadania. 

Robson Ferreira, coordenador de Políticas para a População Negra, ressalta que “São Paulo, pioneiro em políticas públicas de promoção da igualdade racial, registra mais um grande avanço nesse sentido, com a promulgação da Lei Estadual n.º 17.746, pelo governador Tarcísio de Freitas, estabelecendo o Dia Estadual da Consciência Negra paulista que agora, torna-se realidade em todos os 645 municípios do Estado de São Paulo, atendendo a uma das reivindicações mais antigas da comunidade negra. Este ato, que soma esforços dos poderes Executivo e Legislativo, tem caráter exemplar para o país, e é um fato histórico que também precisa ser celebrado, como Zumbi dos Palmares”, concluiu.

 

Três quartos dos líderes de marketing e criação veem a IA generativa como parte essencial das suas ferramentas criativas

Nova pesquisa do Canva revela como esses profissionais estão usando a IA para aumentar a criatividade e a produção nas empresas

 

• 69% dizem que a IA generativa está economizando o tempo das suas equipes em pelo menos de 2 a 3 horas por semana

• 68% se sentem sobrecarregados com a curva de aprendizado de uma nova ferramenta de IA generativa

• 64% concordam que a IA generativa está aumentando a criatividade das suas equipes

• 55% criaram barreiras para o uso da IA generativa nas suas empresas

 

O Canva, a única plataforma de comunicação visual completa do mundo, divulgou hoje novos insights de mais de 4.000 líderes de marketing e criação sobre as suas opiniões em relação à IA generativa. A empresa encomendou da Morning Consult uma pesquisa com profissionais de marketing e criativos do Brasil, Estados Unidos, Reino Unido, França, Alemanha, Espanha, México, Índia e Austrália, para compreender como a IA está transformando as empresas em que eles trabalham e os seus cargos.

 

As principais descobertas específicas para o Brasil incluem:

 

A IA generativa está se tornando rapidamente uma presença constante nas empresas. 98% dos líderes de marketing e criação estão confortáveis ​​com a ascensão da IA ​​generativa, sendo que 75% já a consideram parte essencial das suas ferramentas criativas.

 

A IA está desbloqueando a produtividade e aumentando a criatividade. A maioria (78%) concorda que as ferramentas alimentadas por IA reduzem o número de tarefas repetitivas, tornando possível que os profissionais se concentrem nas partes mais criativas e empolgantes dos seus cargos. 64% dizem que as ferramentas de IA generativa estão aumentando a criatividade das suas equipes e 69% dizem que as ferramentas estão economizando pelo menos de 2 a 3 horas por semana. Mais de um terço (36%) das equipes economizam entre 4 e 5 horas por semana em projetos criativos. Da minoria (22%) que considera que as ferramentas de IA generativa estão limitando a criatividade das suas equipes, a objeção mais comum (54%) foi que ela impede o desenvolvimento de ideias originais.

 

O ecossistema da IA é fragmentado e complexo. Mais de dois terços (70%) acreditam que já existem ferramentas de IA generativa demais, com 68% sobrecarregados pela curva de aprendizado de uma nova ferramenta. Embora a maioria esteja entusiasmada com as oportunidades de aumentar a criatividade da IA generativa, 54% se sentem pressionados a utilizá-la para acompanhar as mudanças e quase metade (49%) afirma não saber como aproveitar ao máximo a tecnologia.

 

A IA generativa está transformando o processo de criação de conteúdo. Com profissionais de marketing e criativos encarregados de criar grandes volumes de conteúdo, muitos estão recorrendo à IA em busca de ajuda. A maioria (79%) já utilizou IA generativa para criar conteúdo escrito, gerar imagens únicas (79%) ou editar imagens e vídeos (78%). Olhando para os próximos cinco anos, menos da metade (45%) acredita que as ferramentas de IA generativa serão melhores do que os humanos na criação de imagens visuais.

As preocupações com a privacidade dos dados persistem. A capacidade das ferramentas de IA generativa de processar dados e gerar informações sensíveis gerou algumas preocupações. A maioria classificou como as suas principais preocupações os riscos dos dados da empresa (79%), dos dados dos clientes (78%) e dos dados pessoais (77%) em vez da perda de emprego, do plágio e do preconceito. As empresas estão endereçando esses riscos – mais da metade (55%) dos profissionais afirmam que as suas empresas estabeleceram diretrizes rigorosas para a utilização da IA generativa.

 

“Orçamentos mais apertados, maiores demandas de conteúdo e prazos que não param de chegar levaram os profissionais de marketing a adotar ferramentas de IA generativa para escalar a sua produção”, diz Natalie Schwartz, head global de marketing de marca do Canva. “As nossas descobertas reforçam o entendimento de que as ferramentas alimentadas por IA estão dando vida nova à criatividade e à produtividade dos profissionais de marketing, um impacto profundo que vemos em primeira mão como plataforma de comunicação visual.”

 

Para ver mais sobre os resultados da pesquisa, clique aqui

 




Metodologia

O Canva contratou a Morning Consult para entrevistar 4.050 líderes empresariais em cargos de marketing e criação. Essas pessoas são tomadoras de decisão na compra de software no seu departamento ou empresa. Especificamente, o Canva entrevistou 524 líderes empresariais no Brasil, 505 nos Estados Unidos, 500 no Reino Unido, 513 na Espanha, 503 na Alemanha, 497 na França, 315 no México, 377 na Índia e 316 na Austrália. 



Canva


Atletas paralímpicos: desempenho e desafios enfrentados nas modalidades esportivas

Em condições semelhantes e com as devidas correções, os paratletas podem superar o desempenho dos atletas regulares

 

A apenas um ano do início das Paralimpíadas de Paris 2024, o desempenho esportivo de atletas regulares e paratletas é alvo de uma série de comparações e questionamentos. As diferenças entre os dois grupos podem ser complexas, uma vez que diversos fatores precisam ser cuidadosamente considerados para que sejam justas e relevantes. Tácio Santos, professor de Educação Física do Centro Universitário de Brasília (CEUB), comenta as condições e o desempenho em variadas modalidades, além dos desafios enfrentados por atletas paralímpicos. 

As demandas esportivas podem variar consideravelmente entre a versão adaptada de um esporte e sua contraparte regular, devido às características físicas dos paratletas, bem como a influência de suas órteses ou próteses. Tácio Santos exemplifica a diferença entre esse desempenho a partir da recente análise de dados de grupos de competidores com características semelhantes ou diferenças que podem ser corrigidas: (1) atletas regulares sob a égide da International Powerlifting Federation; (2) paratletas competindo no âmbito da World Para Powerlifting. 

O primeiro grupo foi objeto de estudo em 2021 por pesquisadores da Eslovênia e do Reino Unido. O segundo foi estudado na Universidade Federal de Sergipe em 2020. Ambos são representados por valores médios. Os atletas regulares tinham cerca de 26 anos, três anos e meio de experiência no esporte e pesavam 93 kg. Enquanto isso, os paratletas tinham a mesma idade, dois anos e meio de experiência e pesavam 78 kg. Diante dos padrões apontados, os atletas regulares levantaram um peso máximo de 151 kg no levantamento supino, enquanto os paratletas alcançaram 136 kg. 

De acordo com o docente do CEUB, a análise mostra que, em condições semelhantes e com as devidas correções, os paratletas podem superar o desempenho dos atletas regulares. Isso se encaixa no conceito de eficiência esportiva: fazer mais com ele ou fazer o mesmo com menos. “À primeira vista, os atletas regulares parecem ter um desempenho 11% superior aos paratletas. No entanto, quando ajustamos esses valores para o peso corporal de cada grupo, a situação se inverte, revelando uma diferença de 11% a favor dos paratletas. Os regulares conseguiram erguer 1,61 kg para cada quilograma de seu peso corporal, enquanto os paratletas 1,80 kg.” 

Essa constatação é mais evidente em esportes em que o desempenho é mensurado em unidades de medida, como o levantamento de peso básico. Nessa linha, embora não faça parte do programa olímpico, o professor explica que o levantamento supino possui uma versão paralímpica com poucas adaptações. “Também existem inúmeras demonstrações de eficiência dadas diariamente por pessoas com deficiência, que não podem ser quantificadas com a mesma exatidão, mas que podem ser identificadas se adotarmos uma abordagem adequada para analisar essas conquistas”, acrescenta Tácio Santos. 

O professor considera a comparação entre atletas regulares e paratletas uma questão complexa que requer uma análise cuidadosa dos fatores envolvidos. O exemplo do levantamento de peso mostra que, quando as devidas correções são feitas, os paratletas podem alcançar desempenhos notáveis. “Isso nos lembra da importância de reconhecer e valorizar as conquistas de todos os atletas, independentemente de suas habilidades físicas, e de considerar adequadamente as circunstâncias únicas de cada modalidade esportiva”, completa.

 

Promoção da inclusão no esporte

Segundo o professor, as Paralimpíadas dão uma contribuição fundamental à sociedade por demonstrar que assim como pessoas sem deficiência, as pessoas com deficiência são capazes de feitos físicos, psicológicos, intelectuais e sociais surpreendentes, uma vez que o esporte envolve todas estas dimensões. “Deste modo, acaba se tornando inerente que pessoas com deficiência são capazes de desempenhar as mais diversas atribuições também fora da esfera esportiva, desde que tenham oportunidade de se preparar e de atuar de maneira adequada às suas particularidades”, afirma. 

Tácio também considera importante o incentivo para que pessoas com deficiência se tornem mais ativas fisicamente, pois mesmo que elas não queiram ou não consigam se tornar para atletas, terão os inúmeros benefícios que a prática de atividade física proporciona. “As Paralimpíadas também têm a capacidade de chamar a atenção de pessoas e instituições em diversos setores, da política à construção civil, que uma vez atentas à questão, podem tomar iniciativas que afetam diretamente o dia a dia dos milhões de indivíduos com deficiência, e de suas famílias, de maneira positiva”, ressalta. 

Com o  fim da pandemia, o especialista afirma que tanto o esporte Olímpico como o esporte Paralímpico têm um relativo recomeço em certo nível de igualdade, fazendo que os resultados Paralímpicos evoluam mais próximos dos resultados Olímpicos no futuro. “A perspectiva é utilizar o esporte para ajudar a construir uma sociedade mais inclusiva, uma vez que a COVID-19 evidenciou como as pessoas com deficiência têm menos acesso a saúde, educação, trabalho e participação social, consistindo em um dos grupos mais marginalizados da atualidade”, arremata.

 

Sobre o Esporte Paralímpico

De acordo com os dados divulgados pelo Comitê Paralímpico Brasileiro, a primeira participação brasileira na história dos Jogos Paralímpicos foi em Heidelberg, na então Alemanha Ocidental, em 1972, e a primeira medalha do Brasil veio quatro anos depois. Na edição Toronto-1976, a dupla Robson Sampaio de Almeida e Luiz Carlos da Costa garantiu a prata na modalidade “Lawn Bowls”. O crescimento dos resultados nos Jogos Paralímpicos ocorreu na década de 90. Em Atlanta-1996, o Brasil trouxe 21 medalhas, 200% a mais em relação às sete conquistadas em Barcelona-1992. Já em em Atenas-2004, o esporte teve alta de 50%, enquanto no Rio-2016, alcançou 67,4%, significativas evoluções demonstradas pelos atletas paralímpicos brasileiros.

 

Não é o perspicaz que sobrevive, mas aquele que melhor se ajustar às mudanças


Temos acompanhado diversas matérias nas mídias sociais sobre dois temas que pouco tinham exposição, saúde mental e assédio moral e sexual. Então, por qual motivo, em pleno ano de 2023, estes temas viraram trends e são noticiados quase diariamente?

A resposta é simples: antes da pandemia existia muito medo dos colaboradores comentarem sobre estes assuntos. Havia o estigma nas empresas, principalmente no tocante a questão da saúde mental, e falar de assédio era quase um assunto “proibido”. A pandemia foi muito importante na vida de todos os colaboradores sob a ótica de que o que não era falado passou a não ser tolerado e as pessoas passaram a perder o medo de se expor e trazer à tona o que de fato tem acontecido faz anos no meio empresarial, seja empresas públicas ou privadas.

Esta semana fomos bombardeados de notícias sobre uma ex-colaboradora da Rede Globo que foi demitida no dia que retornou de uma recuperação de Burnout, ela acabou de ganhar a causa na justiça do trabalho, e a empresa tentou silenciar essa ex-colaboradora dizendo “eu pago, mas você não comenta”, pelo simples medo da verdade vir à tona.

Também fomos informados que novamente a Petrobrás teve um aumento em seus casos de assédio moral e sexual. Então, fica a pergunta: por que neste momento tais notícias foram divulgadas? A resposta é realmente simples, os seres humanos não aceitam mais as atitudes das empresas.

Simplesmente não podemos mais ignorar que tais situações fáticas existente, e devem ser tratadas com respeito e sem viés de julgamento. Escutei uma vez que as novas gerações não aguentam o tranco que vivíamos no passado, trabalhávamos 14 horas ou mais por dia e ninguém reclamava, trabalhar muito era sinônimo de produtividade. Foi comprovado cientificamente que tal afirmação não é verdadeira, temos a necessidade do descanso e do ócio criativo.

Considero muito importante este movimento, pois os mesmos quebram muitos paradigmas e vieses dentro das corporações. Em um mundo onde buscamos igualdade salarial de gêneros, não podemos mais aceitar que as organizações aceitem tais comportamentos ou acreditem que simplesmente demitir o causado do problema seria o suficiente para solucionar o problema. Seria o mesmo que colocar um band-aid em um crise estrutural que tem vários e vários anos.

Não estamos diante de uma geração de “mimimi”, mas de pessoas que chegaram aos seus limites, foram desrespeitadas e sofrem mentalmente com atos cometidos muitas vezes por colaboradores de altos cargos. O momento é de agir, ir à causa raiz e solucionar o problema existente.

Para tanto, isso requer coragem e o fim do corporativismo estrutural que está enraizado nas organizações. Empresas que vendem a imagem de programas de Compliance sérios não podem tolerar mais tais situações, atitudes provocativas e assertivas contra o status quo devem ser tomadas imediatamente.

A pandemia ensinou muitas coisas e uma delas foi não mais ficar calado diante destas situações. Estamos em um momento de encruzilhada, ou resolvemos estes problemas, ou mais e mais casos serão publicados diariamente nas mídias sociais, criando um exército de pessoas e consumidores que podem começar a boicotar os produtos e serviços destas empresas e de outras mais. Se as organizações tentarem minimizar os fatos ou tentar culpar as vítimas, teremos a tempestade perfeita para muitas crises reputacionais serias.

Concluindo, “não é o mais forte que sobrevive, nem o mais inteligente, mas o que melhor se adapta às mudanças”. Essa frase não é de Charles Darwin como muitos pensam, o verdadeiro autor dela é Leon C. Megginson, professor da Louisiana State University. Sendo assim, evolução será o único caminho para as organizações. Mas, fica o questionamento: as organizações estão eticamente maduras para evoluir?

 

Patricia Punder - advogada e compliance officer com experiência internacional. Professora de Compliance no pós-MBA da USFSCAR e LEC – Legal Ethics and Compliance (SP). Uma das autoras do “Manual de Compliance”, lançado pela LEC em 2019 e Compliance – além do Manual 2020. Com sólida experiência no Brasil e na América Latina, Patricia tem expertise na implementação de Programas de Governança e Compliance, LGPD, ESG, treinamentos; análise estratégica de avaliação e gestão de riscos, gestão na condução de crises de reputação corporativa e investigações envolvendo o DOJ (Department of Justice), SEC (Securities and Exchange Comission), AGU, CADE e TCU (Brasil). www.punder.adv.br

 

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