Coleta, feita de forma simples e rápida, pode auxiliar no tratamento de diversas doenças no futuro
As células tronco são estruturas que ainda não se
diferenciaram, ou seja, que ainda não tem definição sobre em qual parte do
corpo irão “atuar”. Com isso, quando manipuladas pela engenharia genética,
podem ser “programadas” para realizar funções muito especializadas, como
recompor tecidos danificados. Pesquisas robustas na área têm descoberto que
elas podem auxiliar no tratamento de diversas doenças como câncer, mal de
Parkinson, mal de Alzheimer e enfermidades degenerativas e cardíacas.
Mas onde essas células podem ser encontradas? Além
do cordão umbilical e da medula óssea, os dentes também são fontes desse
precioso mecanismo para a ciência. No interior deles, ficam localizadas em um
tecido conhecido como polpa dental dos dentes provisórios, mas também do céu da
boca (palato duro) e até de dentes permanentes já extraídos, como o siso, por
exemplo.
Porém, ainda são poucos os pais que sabem da
importância dos dentes de leite para os filhos: “No futuro, caso o filho
necessite de algum tratamento com as células tronco terá acesso a elas. É uma
reserva biológica única e natural do corpo da pessoa, ou seja, não há perigo de
rejeição ou qualquer coisa parecida”, comenta Isabela Castro, dentista e Head
do NUPE - núcleo especializado no atendimento de pessoas com deficiência,
grávidas, idosos, pacientes com doenças crônicas ou qualquer condição especial
- da Yappy. A empresa, especializada em odontologia de precisão, terá o serviço
de coleta com tecnologia de ponta disponível a partir de setembro de 2023.
Essa coleta e armazenagem é um procedimento seguro,
comenta a especialista. “Para que as células-tronco se mantenham viáveis para
aproveitamento, o dente precisa ser coletado ainda com 1/3 de raiz. Ou seja,
quando o dente começa a ficar mole, é importante estar atento e já entrar em
contato com a empresa que fará a coleta”, explica.
Um dentista certificado faz a avaliação do dente
elegível para coleta e, no tempo certo, realiza a remoção dentro da Yappy. Em
seguida, as células são coletadas e armazenadas em um recipiente próprio e, na
sequência, o material é enviado para a R-Crio, centro especializado no
armazenamento de células tronco, e conservado em nitrogênio e temperaturas
abaixo dos -150°C.
“Esse é, provavelmente, um dos maiores
investimentos na vida da criança. Ela terá uma reserva extra de células para
todo o corpo, já que elas podem se metamorfosear para viver não só em tecidos
de órgãos, mas também em neurônios e músculos. É como ter uma segunda carga de
possibilidades”, finaliza Isabela Castro.
Yappy
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