Pesquisar no Blog

sexta-feira, 30 de junho de 2023

Julho Verde - Com 41 mil novos casos anuais no Brasil, câncer de cabeça e pescoço demanda atuação de especialistas de diferentes áreas

Com a campanha "Pessoas que Mudam Histórias", o Grupo Brasileiro de Câncer de Cabeça e Pescoço (GBCP) ressalta o papel de uma equipe especializada no tratamento de tumores na região de cabeça e pescoço, que - na maioria dos casos - é uma doença com diagnóstico em estágio avançado. A complexidade deste tipo de câncer requer - além de oncologistas clínicos, cirurgiões de cabeça e pescoço e radio-oncologistas, a atuação da Fonoaudiologia, Fisioterapia, Nutrição, Endocrinologia, Estomatologia, Enfermagem, Otorrinolaringologia, Odontologia, Psicologia, entre outras áreas



O Grupo Brasileiro de Câncer de Cabeça e Pescoço (GBCP), em alusão ao Julho Verde, mês de conscientização sobre a doença, lança a campanha “Pessoas que Mudam Histórias”, que visa chamar a atenção da população para o papel de profissionais de diferentes áreas envolvidas no cuidado multidisciplinar ao paciente. Por conta das altas taxas de diagnóstico tardio, é comum que o tratamento seja mais agressivo e, potencialmente, mais associado a sequelas e desconfortos. Nesse sentido, a atuação – além de oncologistas clínicos, cirurgiões de cabeça e pescoço e radio-oncologistas – de especialistas das áreas de Fonoaudiologia, Fisioterapia, Nutrição, Endocrinologia, Estomatologia, Enfermagem, Otorrinolaringologia, Odontologia e Psicologia, é fundamental para a melhor qualidade de vida do paciente.

Ao mesmo tempo que dá visibilidade para as especificidades da atuação decisiva dos diferentes especialistas, a campanha visa ser um instrumento de alerta para a importância do diagnóstico precoce, reforçando o tema da campanha do ano passado, que foi “Sinais que podem mudar histórias”. Na oportunidade, apontou-se quais sinais todos nós devemos estar atentos, além de alertar sobre os principais fatores de risco, como tabagismo, consumo de álcool e infecção pelo vírus HPV.

“Embora saibamos quais são as principais causas de câncer de cabeça e pescoço, a doença segue sendo muito comum em todo o mundo. E por falta de conhecimento sobre os principais sinais e sintomas, é também comum que os tumores sejam descobertos mais tarde. Aí entra em ação a equipe multidisciplinar, especializada. Com a campanha, queremos dar visibilidade para estes profissionais, ao mesmo tempo que vamos apontar como evitar que a doença evolua para um quadro mais agressivo”, destaca o oncologista clínico e presidente do GBCP, Thiago Bueno de Oliveira.

Quando o tumor de cabeça e pescoço se encontra em estágio mais avançado, aumenta a demanda, por exemplo, por fonoaudiólogos, pois o paciente pode apresentar quadros mais severos de disfagia (dificuldade de engolir) ou então, caso necessite de laringectomia (retirada parcial ou completa da laringe), por exemplo, precisa passar por reabilitação para o uso de prótese fonatória.

Outro exemplo, a Fisioterapia, considerando o amplo espectro de tumores na região de cabeça e pescoço, pode atuar em aspectos de dor, perda de força muscular, limitação de amplitude de movimento e funcionalidade do ombro homolateral, edemas e linfedemas de face, paralisia facial, trismo, entre outros.

Ao longo de todo o mês de julho, o GBCP, por meio de ampla campanha de Comunicação na imprensa, mídia digital e redes socais, incluindo lives e episódios especiais de podcast, ressaltará a atuação de cada perfil de profissionais, explicando as especificidades de cada área para o melhor controle da doença.

Todo o material, incluindo as peças em diferentes formatos, ficará disponível para download gratuito no site do GBCP. Ao divulgar, é solicitado que sejam sempre utilizadas as hashtags #PessoaMudamHistorias e #JulhoVerdeGBCP2023. Além do kit de divulgação, a campanha contará com três lives especiais, a começar na quinta (6), às 19h, com a Live “Novidades no tratamento de câncer de cabeça e Pescoço”. Os demais encontros serão “Nova geração de profissionais da área de câncer de cabeça e pescoço – como se preparar (dia 13)” e “Desafios no pós-tratamento do paciente com câncer de cabeça e pescoço (dia 20)”.


8 ENTRE 10 CASOS SÃO DESCOBERTOS EM FASE AVANÇADA - Ao contrário do que ocorre em outros órgãos, quando o câncer acomete a região de cabeça e pescoço a doença é visível. Apesar disso, os sinais não são percebidos na maioria dos casos. No Brasil, 8 entre 10 casos de câncer que acometem, por exemplo, a cavidade oral, são descobertos já em fase avançada. Como consequência, o diagnóstico tardio resulta em menor chance de controle da doença, pior qualidade de vida para o paciente, maiores taxas de morbidade e mortalidade, maior risco de mutilação em razão da necessidade de cirurgias mais extensas, maior complexidade de outras modalidades de tratamento e maior demanda por reconstrução facial, assim como mais desafios na reabilitação do paciente.

Os diferentes tumores localizados na região de cabeça e pescoço acometem a cavidade oral (boca, lábios, língua, gengiva, assoalho da boca e palato), seios da face (maxilares, frontais, etmoidais e esfenoidais), faringe (nasofaringe (atrás da cavidade nasal), orofaringe (onde se encontra a amígdala e a base da língua) e hipofaringe (porção final da faringe, junto ao início do esôfago), além da laringe (supraglote, glote e subglote), glândulas salivares e glândula tireoide.

 

QUAIS SÃO OS SINAIS?


Os principais sinais de alerta para câncer de cabeça e pescoço são:

- Ferida na boca que não cicatriza (sintoma mais comum)
- Dor na boca que não passa (também muito comum, mas em fases mais tardias)
- Nódulo persistente ou espessamento na bochecha
- Área avermelhada ou esbranquiçada nas gengivas, língua, amígdala ou revestimento da boca
- Irritação na garganta ou sensação de que alguma coisa está presa ou entalada na garganta
- Dificuldade para mastigar ou engolir
- Dificuldade para mover a mandíbula ou a língua
- Dormência da língua ou outra área da boca
- Inchaço da mandíbula que faz com que a dentadura ou prótese perca o encaixe ou incomode
- Dentes que ficam frouxos ou moles na gengiva ou dor em torno dos dentes ou mandíbula
- Mudanças na voz
- Nódulos ou gânglios aumentados no pescoço
- Perda de peso
- Mau hálito persistente

Vale ressaltar que a existência de qualquer dos sinais e sintomas pode sugerir a existência de câncer, cabendo ao médico avaliar a necessidade de se pedir outros exames para confirmar ou não o diagnóstico. Muitos desses sinais e sintomas podem ser causados por outros tipos de câncer ou por doenças benignas. É importante consultar o médico ou o dentista se qualquer desses sintomas persistir por mais de duas semanas. Quanto mais cedo for feito o diagnóstico e iniciado o tratamento, maiores são as chances de sucesso:


A DOENÇA NO BRASIL E NO MUNDO

A Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (IARC/OMS) aponta que são esperados mais de 1,5 milhão de novos casos de câncer de cabeça e pescoço no mundo em 2023, sendo assim o quinto câncer mais prevalente. Considerando todos os tipos de tumores que acometem a região de cabeça e pescoço, são mais de 460 mil mortes anuais.  

No Brasil, os tipos mais comuns de câncer de cabeça e pescoço nos homens são os de cavidade oral e laringe nos homens e de tireoide, nas mulheres. As estimativas do Instituto Nacional de Câncer (INCA) para cada ano do próximo triênio (2023-2025) apontam para 41 mil novos casos de câncer de cabeça e pescoço. Na lista dos dez tipos mais comuns em homens e mulheres no país, os tumores na região mais comuns são cavidade oral e laringe (homens) e tireoide (mulheres).


HOMENS

MULHERES

Próstata

71.730

Mama

73.610

Colorretal

21.970

Colorretal

23.660

Pulmão

18.020

Colo do útero

17.010

Estômago

13.340

Pulmão

14.540

Cavidade Oral

10.900

Tireoide

14.160

Esôfago

8.200

Estômago

8.140

Bexiga

7.870

Corpo do útero (endométrio)

7.840

Laringe

6.570

Ovário

7.310

Linfoma não Hodgkin

6.420

Pâncreas

5.690

Leucemia

6.390

Linfoma não Hodgkin

5.620

 

OS FATORES DE RISCO SÃO CONHECIDO E A DOENÇA É EVITÁVEL

Diferente de muitos tipos de câncer, em que as principais etiologias (causas) não são conhecidas, os principais fatores de risco para desenvolvimento de câncer de cabeça e pescoço são bem estabelecidos: não fumar, evitar consumo de bebidas alcoólicas e se prevenir contra o vírus HPV, medida para a qual há vacinas na rede pública e privada de saúde, para imunização de meninos e meninas. Há, portanto, um fator comum nos tumores de Cabeça e Pescoço: na maioria das vezes são evitáveis.

Para ser mais exato, cerca de 40% dos casos poderiam ser evitados. Não fumar, não consumir em excesso bebidas alcoólicas, estar vacinado contra o Papilomavírus Humano - HPV e fazer a higiene bucal corretamente. Este é o caminho da prevenção. Mudar esta realidade, desta a campanha, depende de cada um de nós.

Desde janeiro de 2017, o Ministério da Saúde oferece a proteção de meninos contra o vírus HPV. Essa medida se soma à imunização que já ocorria desde 2014 nas meninas. As vacinas contra HPV protegem contra os dois subtipos do vírus mais associados com câncer. Esses HPVs oncogênicos – 16 e 18 - são também prevalentes em tumores de cabeça e pescoço, principalmente de orofaringe.

“A contribuição de todos nesta causa é muito importante. Juntos, podemos amplificar e construir uma base de informação sólida que quebre o desconhecido e gere transformação. Queremos que a informação correta e atualizada sobre o câncer de cabeça e pescoço chegue a todos os profissionais de saúde e para a população em geral”, reforça o presidente do GBCP, Thiago Bueno.


POR QUE DIAGNOSTICAR PRECOCEMENTE É TÃO IMPORTANTE?

Dados sobre câncer de cavidade oral e laringe do levantamento SEER, do Instituto Nacional de Câncer dos Estados Unidos (NCI), apontam que 86,6% dos pacientes estão vivos cinco anos após o tratamento quando o tumor era inicial, localizado apenas no órgão. Quando a doença se espalha pelos linfonodos a taxa de sobrevida em cinco anos cai para 69,1%. Com doença à distância (metástase) a taxa é de 39,3%.

A triagem para o diagnóstico do câncer de cavidade oral começa na saúde primária, pelo exame clínico (visual) durante consulta ou durante atendimento com o dentista. A confirmação deste diagnóstico depende da biopsia. Esse procedimento, na maioria das vezes, pode ser feito de forma ambulatorial, com anestesia local, por um profissional treinado. A análise do material retirado em biópsia é feita pelo médico patologista, responsável por definir o subtipo e grau de agressividade.

Alguns exames de imagem, como a tomografia computadorizada, também auxiliam no diagnóstico, e, principalmente, ajudam a avaliar a extensão do tumor. O exame clínico associado à biópsia, com o estudo da lesão por tomografia (nos casos indicados) permitem ao cirurgião definir o tratamento adequado. As lesões muito iniciais podem ser avaliadas sem a necessidade de exame de imagem num primeiro momento.   



GBCP - Grupo Brasileiro de Câncer de Cabeça e Pescoço
https://www.gbcp.org.br/


Pesquisa revela que atendimento ao cliente também deve ser visto como estratégia de negócio

Mais de 90% das empresas concordam que estratégias de Customer Experience são importantes, mas não entendem como colocá-las em prática.

 

Toda e qualquer experiência começa no primeiro contato - e quando falamos de uma relação entre marca e cliente este é sempre um ponto delicado. Qualquer atrito ou ruído neste momento pode colocar em risco a conclusão do processo e fazer com que ambos terminem no prejuízo, por isso, criar uma boa experiência para o cliente envolve investir em recursos internamente nesta área. Uma pesquisa recente da consultoria Gartner aponta que mais de 90% das empresas vêem valor em estratégias de Customer Experience (CX), mas têm dificuldades em aplicar o conceito na prática. 

 

De acordo com Irene Silva, CEO da Ellevo, analisando os projetos do  Ellevo Next percebeu-se que o investimento em tecnologia e recursos humanos para extrair valor das ferramentas tecnológicas pode ser um dos fatores que mais prejudicam o sucesso da implantação de novos sistemas para qualificar o atendimento. “Quem nunca se inspirou após uma feira de tecnologia ou assistindo um vídeo no Youtube e percebeu que, na prática, colocar aquela solução para rodar era mais complexo do que imaginado? Uma das formas que percebemos ao longo de quase 20 anos trabalhando com softwares que ajudam empresas a criar experiências fantásticas para seus clientes é que, para ter ênfase na agilidade, é preciso investir em educação de qualidade para quem irá interagir com clientes”, aponta. 

 

O processo de treinamento de quem vai atuar nessa linha de frente também precisa ser criterioso, por isso, é importante uma plataforma que não exija uma adaptação complexa, sem códigos, interações complicadas e capacitações longas e exaustivas. 

“Quando as pessoas percebem como a tecnologia irá ajudar a realizar seu trabalho, a transformação começa a permear outros setores da empresa. Quantos e-mails uma área financeira recebe por dia ou por mês? Compras, contas a pagar e receber, ajustes em boletos… Tudo isso, que poderia ficar perdido com conversas de WhatsApp ou e-mails, pode ficar centralizado em uma ferramenta que pode, por exemplo, transformar um e-mail recebido em um ticket, uma resposta de mensagem em um alerta e por aí vai”, exemplifica Irene. 

O que se observa na prática é que um negócio competitivo e que gera boas experiências aos clientes precisa, primeiro, envolver os colaboradores no treinamento de forma inteligente e desenvolver processos que eliminem a burocracia. Afinal de contas, ter uma mesma forma de fazer as coisas é diferente de manter ações burocráticas repetidamente. As empresas precisam entender que o futuro da experiência do cliente passa por uma transformação cultural da compreensão sobre a importância do atendimento.

 

Como proteger crianças e adolescentes do cyberbullying e perigos das redes sociais

 


A psicóloga Alice Munguba, especialista em crianças e adolescentes da Holiste Psiquiatria, aponta os principais cuidados para uma infância e adolescência conectada e segura


Há alguns anos, a conversa sobre sexo era o grande desafio dos responsáveis de crianças e adolescentes. Agora, o cyberbullying e o perigo das redes sociais também entrou na lista de temas indispensáveis. A psicóloga Alice Munguba, especialista do Núcleo Infantojuvenil da Holiste Psiquiatria, alerta que, apesar da internet ser indispensável atualmente, o que vai pautar uma relação saudável com o universo online começa com uma boa preparação em casa.

"O virtual facilitou a comunicação entre parentes, amigos e até com os próprios pais, mas também abriu a porta para alguns riscos que se potencializam quando não há nenhum tipo de supervisão e orientação, principalmente para responder às situações que ofereçam riscos físicos ou emocionais, como o cyberbullying, tanto para vítimas quanto para agressores. Na internet, alguns assuntos acabam ganhando uma proporção muito maior porque os adolescentes perdem a noção do que é público e privado, por isso a necessidade do olhar de um adulto filtrando o que é danoso", esclarece.

O fato, afirma a profissional, é que hoje a educação ganha essa nova proporção: a da orientação sobre o comportamento em sociedade, seja presencial ou virtualmente. Até porque as ferramentas virtuais, apesar de aparentemente instantâneas, são fixas, tudo que é falado fica gravado, ou seja, é um ambiente sério com consequências jurídicas, inclusive. Fora isso, há uma lição importante sobre como a palavra pode ferir o outro, e isso também merece atenção.

Outro ponto é que os jovens estão em vantagem em relação aos mais velhos porque têm mais familiaridade com os aplicativos e jogos, isso pode dificultar o acesso dos responsáveis a determinados conteúdos. No entanto, Alice Munguba preparou algumas dicas para guiar os responsáveis nos principais cuidados para uma infância e adolescência conectada e segura.

  • Qual o público que o adolescente se comunica? É importante saber sobre as relações virtuais. São pessoas conhecidas ou desconhecidas? Nos jogos online, por exemplo, são os amigos da escola que estão disputando juntos ou não? O cuidado permanece sempre o mesmo, mas essa questão precisa ser levada em consideração, uma vez que o jovem pode receber mensagens indesejadas e precisa saber como lidar com isso, contando para os responsáveis, por exemplo.
  • Qual o conteúdo dessa comunicação? Será que nos grupos e ambientes virtuais que esta criança ou adolescente participa, as mensagens estão conforme a educação que os responsáveis desejam transmitir, ou será que estão baseadas em uma postura agressiva e violenta?
  • Qual o nível de influência que este conteúdo causa? Cada criança é um universo, por isso, muitas já vão estar preparadas para reconhecer e se afastar de conteúdos, grupos e perfis que sejam danosos. Contudo, é preciso que os pais se responsabilizem também por essa orientação. O despreparo é mais perigoso do que as ferramentas virtuais em si.

"Ninguém ofereceria uma faca pontiaguda à uma criança sem prepará-la para isso, assim é a internet, uma ferramenta benéfica quando bem utilizada. Principalmente agora, durante as férias escolares, é um bom momento para tratar sobre esse assunto, até porque as crianças passam mais tempo frente às telas. É normal, adolescentes, por medo ou vergonha, busquem resolver qualquer situação de desconforto sozinhos, recorrendo aos adultos apenas quando o sofrimento é grande, é preciso inverter essa ordem através do contato constante e disponibilidade de escuta", reforça a especialista do núcleo infantojuvenil da Holiste Psiquiatria.

Além disso, a psicóloga destaca que mudanças de comportamento repentinas, queda no rendimento escolar, tempo demais diante às telas, agressividade, isolamento, são muitos os comportamentos que podem indicar que esta criança ou adolescente está sendo vítima de algum tipo de violência, ou inserida em um ambiente virtual potencialmente nocivo para o seu desenvolvimento emocional. Por isso, é necessário que não haja tabu em buscar um profissional de saúde mental para direcionar estas questões.

Quando o assunto é saúde mental, a informação é o primeiro passo do tratamento.



Holiste
www.holiste.com.br


Lei das S/A: projeto de lei pode ampliar mecanismos de defesa a acionistas minoritários

Investir em empresas como acionista minoritário sempre foi considerado uma opção estratégica para obter certo lucro sem se envolver na administração direta de uma companhia. Mas, em casos de dano causado por administradores ou controladores de companhias investidas, os possíveis prejuízos sentidos também geravam forte receio nestes investidores, carentes de instrumentos jurídicos adequados no mercado para reaver eventuais prejuízos. Contudo, em uma nova proposta de lei enviada à Câmara, este cenário pode finalmente mudar a favor destes grupos.

De autoria do Poder Executivo, o Projeto de Lei 2925/23 traz um conjunto de alterações na Lei das S/A e, também, na Lei 6.385/76, que criou a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), em prol de aperfeiçoar os mecanismos de direito dos acionistas minoritários nos casos mencionados, aumentando sua possibilidade de ressarcimento e, assim, alinhando essa decisão às boas práticas internacionais prezadas pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

Coincidentemente ou não, a proposta foi enviada poucos meses depois do caso das Americanas – onde muitos acionistas minoritários foram extremamente prejudicados devido ao rombo financeiro de mais de R$ 40 bilhões, de acordo com dados da própria empresa. Apesar de ser apenas um de tantos exemplos, infelizmente, usuais no mercado, os pontos mencionados no projeto apresentam grandes chances de trazerem essa maior segurança e poderes aos acionistas minoritários. Claro, desde que seja muito bem pensada.

Dentre as mudanças propostas, um dos mais interessantes diz respeito à ampliação dos poderes da CVM – permitindo, como exemplo, que realize inspeções físicas nas companhias investigadas, e que possa requerer ao Poder Judiciário mandado de busca e apreensão no interesse de inquérito ou processo administrativo. Essa maior autonomia, assim como já ocorre em outros países como nos Estados Unidos, pode ser significativamente vantajosa, apesar de ainda existir um desafio inegável em como se dará esta fiscalização na prática, haja vista que a CVM, hoje em dia, tem uma carência enorme de recursos e pessoas.

Há a proposta, ainda, da criação de maiores poderes aos próprios acionistas minoritários, em ingressarem com ações em nome da companhia nos casos de responsabilização – uma vez que há falha no mecanismo atual – ampliando o rol de matérias passíveis de ressarcimento e da legitimidade em propor ação coletiva de responsabilidade em nome de diversos acionistas minoritários pelos danos sofridos em decorrência de algum ato da administração.

Algo que, na prática, pode representar um maior risco de criar um ambiente litigioso enorme no país, considerando que um acionista inconformado, que seja titular de 5% das ações, em companhias fechadas, ou 2,5% ou R$50 milhões em companhias abertas, poderá ingressar com ação em prol de seus direitos.

O projeto de lei também sugere que, caso tais ações de responsabilização tramitem por arbitragem, tal procedimento deverá ser público, afastando a famígera confidencialidade em procedimentos arbitrais. Por um lado, levar esse conhecimento ao público pode gerar uma maior clareza sobre os temas e, ainda, viabilizar que seja criada um acervo importante de precedentes em matérias empresariais. Mas, ao mesmo tempo, pode evidenciar dados que, idealmente, não deveriam ser de conhecimento geral, quebrando seu sigilo e aumentando a probabilidade de conflitos.

Todos os pontos trazidos pelo projeto de lei poderão gerar alterações positivas e negativas para o mercado – porém, não será uma pauta a ser votada com urgência. Ainda veremos muitas tramitações sobre o tema e, a fim de gerar a melhor proposta possível, é essencial considerar estes desdobramentos para evitar uma insegurança jurídica que traga mais prejuízos do que conquistas para os acionistas e as empresas.

 

Gustavo Michel Arbach - sócio fundador do Arbach&Farhat Advogados e líder das áreas societária e M&A.


Arbach & Farhat
https://arbachefarhat.com.br/


ARTESP e concessionárias de rodovias promovem ações para celebrar o Dia do Caminhoneiro

Mensalmente 6,6 mil profissionais utilizam as áreas de descanso distribuídas pela malha concedida e tem acesso a serviços oferecidos pelas operadoras


A ARTESP - Agência de Transporte do Estado de São Paulo e as 20 concessionárias do Programa de Concessões Rodoviárias do Estado promovem ações em homenagem ao Dia do Caminhoneiro, celebrado em São Paulo neste dia 30 de junho. A data é comemorada no Estado desde 1986, com objetivo de reconhecer as contribuições da categoria para a nossa economia. 

 

Nos 11,1 mil quilômetros de malha sob concessão do Estado, esses profissionais contam com infraestrutura essencial para a sua jornada. Destacam-se as áreas de descanso implementadas pelo Programa de Concessões para garantir mais conforto e segurança aos caminhoneiros, mas também há diversas ações das concessionárias ao longo do ano visando orientação e cuidados com a saúde desses profissionais, com realização rotineira de exames clínicos básicos, alimentação e outros serviços.


 

As áreas de descanso


Nas áreas de descanso para caminhoneiros, esses usuários encontram infraestrutura para descanso com segurança após as longas jornadas do dia. No último ano, mensalmente, cerca de 6,6 mil caminhoneiros foram atendidos nas oito áreas de descanso em funcionamento nas rodovias paulistas. Nesses locais são disponibilizados  vestiários com duchas, sala de descanso com televisão, sanitário, espaço para alimentação, mesa de trabalho e wi-fi.



Confira a localização das áreas de descanso

 

“É uma categoria que tem papel de destaque na economia do país, pois responde pelo transporte de mais de 60% das cargas e merece toda a atenção e infraestrutura para trabalhar. As áreas de descanso são essenciais para contribuir para a saúde e bom desempenho desse profissional”, enfatiza Milton Persoli, diretor geral da ARTESP.


 

Ações desenvolvidas pelas concessionárias 


Algumas das concessionárias já realizaram ações para homenagear os caminhoneiros. A Tebe promoveu na quinta-feira (29), das 3h às 6h, a uma edição do “Acorda Motorista”. Ação promovida rotineiramente pela concessionária, a atividade ocorre no horário crítico do sono, em parceria com a Polícia Militar Rodoviária (PMRv), com o objetivo de reduzir o número de acidentes nas rodovias. Durante a ação, os motoristas têm a oportunidade de parar, tomar um café para despertar, além de receber orientações e materiais educativos sobre segurança viária.

 

A AB Colinas realizará nesta sexta-feira (30) a campanha “Drive Thru de Segurança Viária com Caminhoneiros”. A ação acontece às 10h na balança do km 64+080 da SP-075, em Campinas, na pista sentido Sorocaba. Durante a campanha, a concessionária entregará um kit aos caminhoneiros, contendo material informativo, um lixocar e um kit lanche. 

Alertando caminhoneiros e motoristas profissionais sobre a importância da segurança viária, a  Entrevias realiza uma palestra voltada aos caminhoneiros sobre a prevenção de acidentes. Serão realizadas atividades com utilização de um óculos simulador de embriaguez e sonolência e será feita também distribuição de folhetos informativos. 

 

Nas rodovias administradas pelas concessionárias do Grupo Arteris - ViaPaulista e Intervias haverá uma ação especial para marcar o Dia do Caminhoneiro. Além de orientações sobre segurança nas rodovias, os profissionais terão serviços gratuitos de saúde à disposição no local, como aferição de pressão arterial, avaliação odontológica, orientações nutricionais, fisioterapia, ergonomia, testes rápidos de saúde e acuidade visual, aplicação de vacinas, além de corte de cabelo.  

Na manhã desta sexta-feira a concessionária CCR SPVias realizará um café da manhã destinado aos caminhoneiros. No evento, será possível também realizar a checagem da pressão arterial e receber dicas sobre a importância da realização de atividades físicas regulares. 

Em parceria com o Projeto Help, a concessionária CCR ViaOeste  conta com voluntários que estarão na Área de Descanso do Caminhoneiro km 57 da Rodovia Castello Branco para oferecer acolhimento aos caminhoneiros em situação de vulnerabilidade emocional, como depressão, ansiedade, entre outros problemas. 

A concessionária Ecovias promoverá uma roda de conversa que abordará a importância da conscientização sobre a exploração sexual infantil nas rodovias.  Ocorrerá também a distribuição de folhetos sobre  segurança viária, kit lanche e exibição de mensagens em seus PMV’s. 


Licenciamento 100% digital pode ser feito nos canais digitais do Poupatempo

 Calendário para vencimentos, conforme o final da placa, começa neste mês de julho 

 

O Licenciamento Digital (CRLV-e), documento de porte obrigatório para os motoristas e feito de forma totalmente online no Estado de São Paulo, pode ser acessado pelos canais digitais do Poupatempo: portal - www.poupatempo.sp.gov.br, aplicativo Poupatempo Digital e Assistente Virtual chamado "P", disponível no site e também no WhatsApp, pelo número (11) 95220-2974. 

O calendário de vencimento do CRLV-e varia de acordo com o final da placa do veículo e acontece a partir de julho até dezembro. Já para caminhões e tratores, as datas serão entre setembro e dezembro. Confira cronogramas: 

 

Calendário de Licenciamento do Estado de São Paulo para veículos de passageiros, ônibus, reboque e semirreboque 

 


 Calendário de Licenciamento no Estado de São Paulo para veículos registrados como caminhão 


Nos cinco primeiros meses deste ano, o Poupatempo contabilizou mais de 1,2 milhão de atendimentos para solicitações de licenciamento nas plataformas digitais. Em todo o ano de 2022, o total ultrapassou os 3,7 milhões de serviços concluídos.  
 

Atualmente, de forma digital, o Poupatempo disponibiliza mais de 265 serviços como a renovação de CNH, pesquisa de débitos e pontos na CNH, licenciamento de veículos, consulta de IPVA, Carteira de Trabalho Digital, seguro-desemprego e atestado de antecedentes criminais, entre outros. 

 

Como Licenciar  

Para licenciar o veículo é preciso informar o número do Renavam e pagar via internet banking, aplicativo, caixa eletrônico dos bancos conveniados (Santander, Bradesco, Banco do Brasil, Safra, Itaú e Caixa Econômica Federal) ou nas lotéricas os débitos do veículo, como por exemplo IPVA, possíveis multas exigíveis e a taxa de licenciamento.  

O documento digital fica disponível para download e impressão no item ‘Licenciamento Digital’ nos portais do Poupatempo (www.poupatempo.sp.gov.br), Detran.SP (www.detran.sp.gov.br) e Senatran (portalservicos.senatran.serpro.gov.br), além dos aplicativos Poupatempo Digital, Detran.SP e Carteira Digital de Trânsito – CDT. O motorista poderá imprimir em papel sulfite comum (A4-branca).  

Importante reforçar que para o processo ser concluído, o Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) deverá estar quitado integralmente, assim como todos os débitos do veículo, inclusive multas. A taxa de licenciamento é de R$ 155,23 em 2023. Motoristas que não licenciarem o veículo no prazo estabelecido estão passíveis de autuação pelos órgãos de fiscalização. Considerada infração gravíssima pelo Código de Trânsito Brasileiro (CTB), o valor da multa é de R$ 293,47, com perda de sete pontos no prontuário do condutor. 


Como criar conexão com o cliente na comunicação digital?

Se comunicar sempre foi necessidade humana, mas a forma pela qual isso é feito evolui constantemente. Com o avanço da digitalização, a tecnologia se tornou uma das maiores aliadas do mercado, estreitando laços entre as empresas e seus consumidores, tornando essa comunicação muito mais eficiente e trazendo grandes benefícios para todos. Mas, em meio a tamanhas facilidades acessíveis, apenas ofertar esses canais modernos não é mais suficiente.

Entrar em contato digitalmente com seus consumidores já é um comportamento comum e esperado. Apenas no Brasil, como exemplo, dados divulgados pela OCDE mostram que 78,3% da população está conectada, colocando o país na quinta posição do ranking dos que mais usam internet. Em poucos cliques, podemos encontrar mais de uma empresa oferecendo o mesmo produto ou serviço desejado. Então, o que fará com que um potencial cliente prefira sua marca ao invés do concorrente? A conexão.

O consumidor moderno está altamente exigente. Ele quer se sentir valorizado e ter uma experiência personalizada em sua jornada de compras, o que faz com que a forma na qual a empresa irá se comunicar com seus clientes seja determinante para seu processo de fidelização e formação de vínculos. Por isso, muito além de estar presente nos canais digitais – o que, hoje, já é uma estratégia básica para qualquer empreendimento – é necessário construir uma comunicação personalizada com seu usuário, estreitando esse relacionamento e proporcionando muitos outros benefícios.

O seu cliente precisa ser apaixonado pela sua marca. Gostar e confiar em seus produtos e serviços, o que irá criar essa fidelidade e preferência pela sua marca. Entretanto, atingir esse feito não é simples, e exige muita criatividade e atenção do que somente adotar algum canal digital. Uma abordagem direcionada para cada perfil e fluída é um dos pontos principais a ser implementado ao longo de toda a jornada, levando ao público um conteúdo rico que o engaje independentemente do ponto de interação que estiver – até que cheguem a uma proposta final de valor atrativa para fechar a venda.

Nesse processo, a humanização deve ser a característica base de toda a comunicação. Ou seja, adotar um posicionamento empático e acessível ao contatá-los, construindo uma parceria mais sólida e duradoura, é a abordagem que trará uma experiência mais empática, fluida e natural, criando verdadeiras conexões entre as partes e posicionando o negócio à frente de seus concorrentes. Isso, tanto para os clientes atuais quanto para potenciais compradores.

Levando essa teoria para a prática, existem diversos recursos econômicos e extremamente eficientes que unem o que há de melhor na comunicação digital à proximidade com os usuários. Deles, o SMS é um dos melhores recursos para uma troca de mensagens rápida e direta. Por ser um canal versátil e de baixo custo que se adequa a qualquer estratégia de comunicação, é completamente benéfico de ser utilizado por empresas de diversos tamanhos e segmentos, tendo demonstrado, ao longo do tempo, sua forte eficiência no mercado de mensageria.

Além dele, o RCS (Rich Communication Service), desenvolvido pelo Google, está cada vez mais ganhando destaque como uma das maiores apostas tecnológicas do momento. Como um canal multimidia, permite a criação de uma comunicação 100% personalizada e humanizada com seus usuários, através de recursos que priorizam a experiência do cliente, com botões interativos que o conectam imediatamente com o produto ou serviço da marca.

Em suas mensagens enviadas, os usuários podem receber vídeos, imagens e GIFS sem precisar baixar qualquer aplicativo – tudo de forma rápida, com uma jornada rica do início ao fim, e com a máxima segurança possível, uma vez que as empresas integrantes possuirão um selo de verificação de autenticidade concedido pelo próprio Google.

A forma de se conectar com os clientes mudou muito com o passar do tempo. Novos canais de comunicação entraram no mercado e, atualmente, prezar por essa conexão é fator indispensável para atrair e reter os usuários. Para assegurar esse sentimento a longo prazo, é dever básico estudar a fundo seu público-alvo, criar uma linguagem personalizada e adequada a este perfil, e mensurar constantemente as ações adotadas, entendendo o que pode ser melhorado na jornada do cliente.

Quanto maior for esta pessoalidade com o consumidor, melhor será a relação entre as partes. Há muito o que explorar destes canais de comunicação digitais, e aquelas que souberem usufruir de tamanhas facilidades de forma inteligente e estratégica, terão não apenas credibilidade no mercado, como também um diferencial valioso para prosperar.

 

Allanis Grum - PO de RCS da Pontaltech, empresa especializada em soluções integradas de voz, SMS, e-mail, chatbots e RCS.

 

Pesquisa destaca impacto profundo do WhatsApp e das landing pages na geração de leads

iStock
Estudo feito pela 8D Hubify mostra que as ferramentas podem gerar 4 vezes mais leads e 3 vezes mais leads qualificados


O avanço da tecnologia tem mudado o cenário do marketing nos últimos anos, o que tornou algumas ferramentas de geração e qualificação de oportunidades de negócio (leads) indispensáveis para as empresas aumentarem suas vendas e melhorarem o retorno sobre investimento em marketing. 

Duas delas são Landing Pages (mais antiga, utilizada e otimizada) e o são o WhatsApp (mais recente e ainda pouco utilizado no marketing). Nesse contexto, a 8D Hubify, maior agência do segmento no Brasil especializada em Revenue Operations testou o desempenho destas 2 ferramentas em momentos distintos da jornada do cliente. No primeiro teste, ofereceram um material rico (ebook) para pessoas no início da jornada de decisão de compra, no segundo teste ofertaram um teste gratuito de uma plataforma de gestão, portanto mais ao final da jornada do cliente. 

Ambos os testes ocorreram exclusivamente em dispositivos móveis, por 14 dias, com tráfego pago (por meio de anúncio digital) e com a mesma verba de mídia em cada canal (landing page ou whatsapp).

O primeiro teste (início da jornada de compra) recebeu mais de 9.548 cliques, que se dividiram em um tráfego de 4.940 usuários para um chatbot do WhatsApp e 4.608 usuários para as Landing Pages. Na primeira plataforma, foram convertidos 66 leads (indicou uma forma de contato como e-mail ou telefone) e nenhum MQL (Marketing Qualified Leads), que são leads qualificados porque forneceram mais informações como "número de colaboradores na empresa" e "segmento da empresa", indicando ao marketing quem tem perfil mais próximo de virar cliente.

Já na segunda plataforma (Landing Page), os resultados foram de, respectivamente, 16 e 10; ou seja, enquanto o WhatsApp gerou mais de 4 vezes o volume de leads que a Landing Page, ele não foi capaz de gerar MQLs e a Landing Page gerou 10. 

O segundo teste (final da jornada de compra) recebeu mais de 4.816 cliques, que se dividiram em um tráfego de 2.550 usuários para um chatbot do WhatsApp e 2.266 usuários para as Landing Pages. Na primeira plataforma, foram convertidos 72 leads e 30 MQLs. Já na segunda plataforma (Landing Page), os resultados foram de, respectivamente, 122 e 10; ou seja, enquanto o WhatsApp gerou 3 vezes o volume de MQLs que a Landing Page, ele gerou 59% dos leads gerados pela Landing Page. 

Segundo Fábio Duran, CEO da 8D Hubify, os estudos mostram o enorme potencial do marketing conversacional e principalmente do WhatsApp como ferramenta de geração de leads. 

“É um ambiente que ainda gera alguma desconfiança, na medida em que vemos uma variedade de golpes digitais acontecendo. Porém, não podemos ignorar que com o amplo acesso à smartphones, o WhatsApp o torna mais conveniente e mais fácil de interagir do que com a Landing Page”, explica o executivo.

Para Duran, conversar com os clientes em canais como o WhatsApp pode ser mais assertivo e, portanto, é mais complexo otimizar a comunicação, por isso ainda é preciso mais testes, aprendizados e otimizações para se colher resultados ainda melhores. “O marketing conversacional e a digitalização de processos não são modas passageiras, porém, antes de massificar recursos, as empresas precisam dedicar um tempo de estudo para saber como aproveitar cada função da melhor forma”, conclui.

  

Planos de saúde não podem recusar os tratamentos ou medicamentos prescritos pelos médicos

 "A jurisprudência do STJ em relação à matéria é firme - é o médico, e não a operadora do plano de saúde, o responsável pela orientação terapêutica adequada ao paciente", diz especialista


Há mais de uma década os planos de saúde são obrigados a pagar o valor integral do tratamento e das internações de seus associados – mas há muito mais. Há alguns dias, outra decisão recorrente foi reafirmada pelo juiz de Direito Hilmar Castelo Branco Raposo Filho, da 21ª Vara Cível de Brasília (DF), que – mediante a recusa pelo plano – determinou que ela forneça a uma paciente um medicamento para tratamento de câncer de pulmão. A alegação da operadora era de que o remédio estaria fora do rol da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

“Não cabe ao plano de saúde interferir no tratamento prescrito pelo médico”, disse o juiz.

“Casos como este são bastante comuns – e a decisão judicial observou a orientação jurisprudencial do Superior Tribunal de Justiça sobre a matéria”, reitera a advogada e especialista em Direito Médico Mérces da Silva Nunes, sócia titular do escritório Silva Nunes Advogados. 

Segundo a especialista, “a grande maioria das decisões judiciais de primeira e segunda instâncias adota este entendimento diante da negativa da operadora de plano de saúde suportada nesta alegação – porque a jurisprudência do STJ em relação à matéria é firme no sentido de que ‘é o médico, e não a operadora do plano de saúde, o responsável pela orientação terapêutica adequada ao paciente’”.

Mérces afirma, porém, que, “apesar de se tratar de jurisprudência sedimentada nos tribunais e no próprio STJ, é recorrente a negativa das operadoras de planos de saúde sob este fundamento”.

Outro detalhe chama atenção no caso específico que se deu no DF: o juiz determinou que, diante do quadro grave de câncer, o plano fornecesse o medicamento à paciente no prazo de 48 horas. Esta celeridade com a qual os planos têm de reagir a decisões judiciais também é comum? Segundo a especialista em Direito Médico, sim.

“Em geral, ao conceder a liminar, o juiz estabelece um prazo curto – de dois a cinco dias – para o cumprimento da ordem judicial, sob pena de aplicação de multa diária ou adoção de outra medida mais eficaz, em caso de descumprimento por parte da operadora”, explica. Ela acrescenta que, “se a operadora não puder atender à ordem no prazo estabelecido, deve justificar e comprovar ao juiz a impossibilidade alegada. Um exemplo típico desta situação é o que pode ocorrer no caso de medicamento importado ou em falta no mercado interno”.


E quanto ao rol da ANS – ele precisa ser ampliado? Para Mérces, isso já acontece. “O rol é revisto e atualizado por meio de um processo contínuo e permanente. Este processo pode ser iniciado por solicitação externa (via formulário eletrônico, o FormRol); por demanda da própria ANS; ou em caso de incorporação de tecnologia em saúde no Sistema Único de Saúde por decisão do Ministério da Saúde, em decorrência de recomendação dada pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde, a Conitec.”


Fonte:
Mérces da Silva Nunes - advogada, sócia titular do escritório Silva Nunes Advogados; Mestre e Doutora em Direito Pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo – PUC/SP; especialista em Direito Médico e Bioética pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo; membro da Comissão de Direito Médico da OAB/SP.


Posts mais acessados