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quarta-feira, 28 de junho de 2023

5ª edição do Ninho Solidário oferece fertilização in vitro gratuita para casal com barreira financeira e que precisa de óvulos doados

A quinta edição do Ninho Solidário, braço social da rede de apoio "Nós Tentantes Projeto de Vida", iniciou as inscrições em junho, mês mundial de conscientização sobre a Infertilidade. A edição idealizada para casal que precisa de um gameta feminino, aceita inscrições por meio do site: www.nostentantesprojetodevida.com.br, até o dia 9 de julho. A iniciativa existe há quatro anos e tem parceria com a Igenomix Brasil e filiados da plataforma


Ao longo dos 45 anos, a evolução da ciência permitiu que a reprodução assistida crescesse. Embora seja cercada por avanços tecnológicos - mais de oito milhões de bebês nasceram por meio dessas técnicas - não faltam histórias por trás dos números. Quem conhece a dificuldade de lidar com testes de gravidez negativos, ansiedade e o desejo de ter os filhos nos braços, sabe o quanto a realização deste sonho pode transformar uma vida. 

É esse o objetivo do Ninho Solidário, braço social do “Nós Tentantes, Projeto de Vida”, única rede de apoio que oferece gratuitamente tratamento de Fertilização in Vitro (FIV) para famílias tentantes que não têm condições de financiar este sonho no Brasil. O projeto é uma idealização do casal Karina Steiger e Pedro Corbetta, que após quatro anos de jornada contra a infertilidade, conseguiram gerar o Enrico por meio de ovodoação. Karina tinha 44 anos e a doadora anônima, 28 anos. A conquista fez emergir a vontade de ajudar mais pessoas a realizarem o sonho da maternidade/paternidade, surgindo assim o Ninho Solidário.

“Compartilhamos nossa história através de óvulos doados, com o propósito de jogar luz a todos os tratamentos de fertilização in vitro, para tornar leve a jornada do paciente. Com acolhimento e empatia, ajudamos as famílias inférteis que possuem uma barreira financeira para trazer seu bebê para casa”, explica Karina Steiger.  

“São casais que vivenciaram a saga de buscar o médico especialista e da clínica para fazer o tratamento, receber o diagnóstico de infertilidade, sentir medo durante a jornada e ter frustações com as tentativas não exitosas. O Ninho Solidário é uma forma não só de abraçar as pessoas tentantes, como também de ajudar, na prática, a ter um filho”, afirma a biomédica e geneticista Marcia Riboldi, VP Sales & Marketing Medical devices da Igenomix Brasil e Latam.


Inscrições para 5ª edição

Os casais que querem fazer fertilização in vitro por meio de óvulos doados (ovodoação) podem se inscrever no projeto de 22 de junho a 9 de julho de 2023 pelo site: www.nostentantesprojetodevida.com.br. O casal escolhido será contemplado com um tratamento de fertilização completo, realizado em parceria com a Clínica Feliccità, de Curitiba. Para essa edição, os parceiros são o Webank: Banco de óvulos da Argentina (lote de óvulos para a mulher receptora), Igenomix: Teste CGT (teste de contabilidade genética) e Jociane Catafesta: nutricionista. 

O anúncio do casal escolhido será feito no dia 27 de julho durante uma live nas redes sociais das empresas envolvidas. O teste CGT, a ser oferecido gratuitamente pela Igenomix ao casal vencedor, é um exame de compatibilidade genética. Ele ajuda a identificar o risco de ter um filho com uma doença genética ao dizer se os pais carregam uma ou mais mutações genéticas recessivas. Assim, o CGT indica se existe risco aumentado para o casal ter um bebê acometido pelas doenças genéticas mais frequentes. “Com esse exame, o objetivo é que a escolhida pelo Ninho Solidário para receber a ovodoação tenha a oportunidade de engravidar e ter um bebê saudável em casa”, ressalta Marcia Riboldi, da Igenomix.

“Todos os perfis de pacientes que possuem uma barreira financeira são contemplados, desde 2020, quando foi idealizado o Ninho Solidário. É para todas as formas de gerar amor”, destaca Karina Steiger. Por exemplo, na primeira edição, em 2020, foram contemplados casais que precisavam de ovodoação. Em 2021, casais com óvulos próprios se inscreveram. Em 2022, casais homoafetivos masculinos (barriga solidária) era o perfil desejado. Na 4ª edição, em março, casais homoafetivos femininos se inscreveram.


“Diferentes formas de gerar amor”

Karina Steiger explica que desde o surgimento do Ninho Solidário, o intuito foi sempre ampliar as formas de gerar amor. Juntamente com as clínicas de FIV, bancos de óvulos, de sêmen, Igenomix Brasil e os filiados na plataforma, o Ninho Solidário ajuda famílias tentantes, transformando dezenas de vidas. “Os tratamentos de fertilização são realizados, independente da configuração familiar que vai ser construída. O amor prevalece. Dissemos sim à ovorecepção com olhos de gratidão e geramos nosso maior amor, além do DNA. Ovodoação é esperança real para quem não possui mais qualidade reprodutiva”, diz Karina.


6ª edição do Ninho Solidário será para maternidade independente

Já está programada também a 6ª edição do Ninho Solidário. Ela ocorrerá em novembro para mulheres que precisam de uma amostra de sêmen para a realização da maternidade independente, outro sonho que deve ser levado em consideração. Afinal, reforça Karina Steiger, o foco é que crianças nasçam e sejam amadas. 


Sobre o Nós Tentantes, Projeto de Vida - Idealizado por Karina Steiger e o marido Pedro Corbetta, casal pioneiro no Brasil ao dizer sim à ovorecepção em rede nacional. Após quatro anos de jornada contra a infertilidade, aos 44 anos, Karina conseguiu gerar o Enrico, hoje com quatro anos, com a ajuda de 200 “titios de alma”, que financeiramente ajudaram o casal para a viagem da vida deles: Espanha.


Sobre a Igenomix – A Igenomix é um laboratório de biotecnologia que ajuda no sucesso dos tratamentos de Reprodução Assistida, diagnóstico e prevenção de Doenças Genéticas parte do grupo Vitrolife. Juntamente com clínicas e médicos em todo o mundo, investiga como a medicina de precisão, por meio da genômica, pode salvar vidas. Atuante em mais de 80 países, conta com 25 laboratórios genéticos. Com quase 500 publicações científicas e seis patentes, é um importante produtor de ciência em saúde reprodutiva e genética.  

 

Nova vacina contra dengue chega às clínicas particulares do Brasil

O imunizante combate quatro diferentes sorotipos do vírus, que matou mais de 1.000 pessoas no Brasil em 2022; vacina pode ser aplicada em pessoas que ainda não tiveram contato com o vírus


A dengue é uma doença febril aguda, sistêmica e dinâmica, que pode apresentar um amplo espectro clínico e variar de casos assintomáticos a graves, podendo evoluir à óbito. No Brasil, apenas em 2022, a doença registrou 1.016 mortes, atingindo um número nunca visto desde a década de 1980, quando ela “ressurgiu” no país. No mundo, a dengue afeta milhões de pessoas, que vivem em regiões tropicais e subtropicais, sendo uma das doenças mais letais.

Para a enfermeira especialista em vacinação da Clínica Vacinne, Kátia Oliveira, as arboviroses transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti são uns dos principais problemas de saúde pública, sendo a dengue de maior relevância, principalmente no continente americano. “A dengue é uma doença infecciosa que causa sintomas como febre alta, dores no corpo, dores de cabeça e manchas na pele. Em casos mais graves, pode levar à dengue hemorrágica, uma condição potencialmente fatal. A introdução da nova vacina da dengue é uma medida crucial para combater essa doença e reduzir o impacto na saúde pública”, explica.

 

Composição da vacina

A nova vacina da dengue, chamada de Qdenga, é fabricada pela farmacêutica Takeda e conta com tecnologia inovadora que estimula a resposta imunológica contra os quatro sorotipos do vírus, proporcionando proteção abrangente. Os estudos clínicos já passaram pela fase três - última etapa para averiguar a segurança e eficácia de um medicamento - e foram realizados em crianças e adolescentes que vivem em áreas endêmicas para a doença, como o Brasil - que fez parte da amostra. Os resultados apontaram que, após 54 meses da aplicação da segunda dose, a vacina teve uma eficácia estimada em cerca de 61% para casos recorrentes e  84% em casos graves.

“A vacina será destinada ao público de quatro a 60 anos, sendo aplicada em esquema de duas doses, com intervalo de três meses entre elas. Pessoas que não tiveram contato com o vírus poderão tomar a vacina, diferente da outra vacina já existente. É uma grande vitória para o mundo”, conta Kátia.

Vale ressaltar que no Brasil, já existe um imunizante, fabricado pela Sanofi Pasteur, que age contra a infecção, porém ele só é indicado para pessoas que já tiveram a doença. “Estamos entusiasmados com a chegada dessa vacina inovadora. A proteção contra a dengue é essencial para a saúde pública e a qualidade de vida das pessoas, pois além de promover a saúde individual, a vacinação em larga escala contribui para a redução da circulação do vírus e protege a comunidade como um todo”, reforça Kátia.

A Qdenga chega nas clínicas particulares nesta semana, tendo a possibilidade de também chegar à rede pública após a avaliação da Conitec (Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS).

 

Dúvida recorrentes:

Quem pode tomar a nova vacina contra a Dengue e quais são as contraindicações?

A  Qdenga é uma vacina feita com vírus vivo atenuado, portanto recomenda-se que ela não seja aplicada em:

Pessoas com imunossupressão (tratamento quimioterápico e uso de doses elevadas de corticóide, por exemplo);

Mulheres grávidas;

Pacientes com HIV;

Pacientes com histórico de alergia aos componentes da vacina.

 

Efeitos colaterais

Os principais efeitos podem incluir, geralmente nos dois primeiros dias após a aplicação da vacina: dor e vermelhidão no local da injeção, dor de cabeça, dor no corpo, leve mal estar e febre.

 

O que fazer ou o que não fazer antes de tomar a vacina

Se estiver com quadro febril, é melhor esperar passar a fase aguda para se vacinar;

Pacientes com histórico de síncope e ansiedade associada à vacina têm que se vacinar em um ambiente apropriado para evitar quedas e traumas;

As mulheres que pensam em engravidar, devem esperar pelo menos um mês após tomar a vacina.

 

Quem já teve a doença pode tomar a vacina?

Sim, quem já teve e quem não teve a doença pode se vacinar. Vale lembrar que existem diferentes cepas virais e, às vezes, a pessoa já teve infecção por uma das variantes e não tem imunidade para as demais. Por isso, é importante se vacinar para ampliar a capacidade imunológica.

 

10 dicas para ajudar a identificar o TDAH

Nos últimos tempos o diagnóstico de TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade) vem aumentando no Brasil e no mundo. Embora seja difícil fornecer números exatos sobre prevalência, devido à falta de estatísticas abrangentes em muitos países, diversos estudos e relatórios sugerem um aumento significativo nos diagnósticos de TDAH.

Essa tendência de aumento no diagnóstico também é observada em outros países ao redor do mundo; estudos têm mostrado um aumento consistente no número de crianças e adultos diagnosticados com TDAH, ao longo dos anos.

No Brasil, indicadores do Ministério da Saúde mostram um aumento substancial na prescrição de medicamentos para o tratamento do transtorno.

Existem várias razões possíveis para esse aumento expressivo do diagnóstico. Uma delas é uma maior conscientização e entendimento do TDAH por parte de profissionais de saúde e da própria população, que tem buscado informações sobre o transtorno. À medida que a informação sobre o transtorno se torna mais amplamente disponível, mais pessoas podem buscar avaliação e tratamento.

Listamos aqui dez tópicos que podem servir de alerta e informação. Ter um ou mais sintomas desta lista não significa que a pessoa tenha TDAH. O diagnóstico é feito apenas por médicos e profissionais habilitados levando em conta diversos fatores. Se você identifica ou conhece alguém que possua algum destes sintomas deve procurar orientação médica.


1. Dificuldade em manter o foco: se você constantemente se encontra distraído, com dificuldade em concentrar-se em tarefas ou com dificuldade em manter a atenção em conversas, pode ser um sinal de TDAH.


2. Hiperatividade: a hiperatividade é caracterizada por uma sensação constante de inquietação física e/ou mental, e uma necessidade de se mover ou tocar objetos continuamente. Se você tem dificuldade em ficar parado ou sente uma inquietação interna constante, isso pode indicar TDAH.


3. Impulsividade: comportamentos impulsivos, como falar ou agir sem pensar nas consequências, são comuns em pessoas com TDAH. Se você tem dificuldade em controlar impulsos ou frequentemente toma decisões precipitadas, pode ser um indicativo de TDAH.


4. Problemas de organização: pessoas com TDAH geralmente têm dificuldade em organizar suas tarefas diárias, como manter um calendário, cumprir prazos ou manter um ambiente de trabalho arrumado. Se você se sente desorganizado ou tem dificuldade em gerenciar seu tempo, isso pode estar relacionado ao TDAH.

5. Esquecimento frequente: se você frequentemente esquece compromissos, tarefas ou compromissos importantes, isso pode ser um sinal de TDAH. A dificuldade em reter informações importantes ou lembrar-se de detalhes pode ser um desafio para pessoas com TDAH.


6. Dificuldades acadêmicas ou profissionais: pessoas com TDAH muitas vezes enfrentam dificuldades em suas realizações acadêmicas ou profissionais. Dificuldade em completar tarefas, falta de organização e problemas de atenção podem afetar negativamente o desempenho nessas áreas.

7. Impaciência e irritabilidade: a impaciência e irritabilidade são comuns em pessoas com TDAH. Se você se sente facilmente frustrado, impaciente ou irritado em situações cotidianas, isso pode ser um sinal de TDAH.

8. Dificuldade em seguir instruções: pessoas com TDAH muitas vezes têm dificuldade em seguir instruções detalhadas ou em lembrar-se de múltiplas etapas de um processo. Se você se sente perdido ou confuso quando recebe instruções ou tem dificuldade em seguir um plano, isso pode ser um indício de TDAH.

9. Problemas de relacionamento: o TDAH pode afetar negativamente os relacionamentos pessoais e profissionais. Dificuldade em prestar atenção aos outros durante uma conversa, interromper constantemente ou parecer desatento podem criar dificuldades nas interações sociais.

10. Histórico familiar: se você tem parentes próximos, como pais ou irmãos, que foram diagnosticados com TDAH, isso aumenta a probabilidade de você também ter o transtorno. Não é uma regra, mas há estudos que apontam que uma das possíveis causas do transtorno é um componente genético.


É importante lembrar que apenas um profissional de saúde qualificado pode fazer um diagnóstico preciso de TDAH. Se você suspeita que possa ter TDAH, é recomendado buscar a avaliação e orientação de um médico ou psicólogo especializado.



Ketlyn Gil Garcia - É Pedagogia e Psicopedagogia pela Universidade Metodista de São Paulo (UMESP). Também possui especialização em Neuropsicopedagogia pela Universidade Federal de São Paulo/Escola Paulista de Medicina (UNIFESP/EPM) e é psicanalista certificada pela Associação Brasileira de Psicanálise (ABRAPSI). Com vasta experiência e conhecimento na área, é CEO da INTEGRARTI APRENDIZAGEM & EMOÇÃO TERAPIAS desde 2014.

Profa. Ms. Alessandra Bernardes Caturani Wajnsztein - A Professora mestre é psicóloga, psicopedagoga, neuropsicóloga, especializada em neuroaprendizagem. É co-autora da ferramenta de sondagem e intervenção psicopedagógica denominada "Ecos na Aprendizagem", tem vasta experiência e conhecimento nessas áreas e é uma referência no desenvolvimento de estratégias e recursos para melhorar o processo de aprendizagem. Desde 1994, diretora e Psicóloga e Psicopedagoga Clínica do Instituto ABCWRW e coordenadora desde 2003 do NEAFMABC centro de referências avaliação interdisciplinar multiprofissional dos transtornos do neurodesenvolvimento da Faculdade de Medicina do ABC.

Prof. Dr. Rubens Wajnsztejn - Médico formado pela USP, iniciou sua especialização em Neurologia Infantil na Clínica Neurológica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. É mestre em Distúrbios da Comunicação Humana pela UNIFESP e Doutor pelo Centro Universitário Medicina ABC. Seu trabalho se concentra nas propostas temáticas do neurodesenvolvimento, com ênfase na educação e saúde. Em 2012 passou a integrar a Diretoria da Sociedade Brasileira de Neurologia Infantil – SBNI, ocupando a presidência no biênio 2016-2017. É orientador permanente do Programa de Pós-graduação em Ciências da Saúde da Faculdade de Medicina do ABC.


Carrapatos representam um perigo para a saúde dos humanos e animais

As doenças provocadas por sua picada podem se desenvolver para um quadro mais grave e até levar ao óbito. 



Esses parasitas, além de causar muito desconforto, podem transmitir doenças graves. Por isso, adotar ações preventivas, como cuidados com o ambiente e a utilização de produtos específicos são fundamentais para proteger a saúde.

O carrapato é um desafio constante quanto ao seu controle, mas com um rígido e eficaz planejamento, aliados a produtos de excelente qualidade, torna-se possível mitigar os prejuízos.

“A febre maculosa ganhou destaque devido às mortes de quatro pessoas que contraíram a enfermidade na Fazenda Santa Margarida, em Campinas (SP). Esta doença é causada pelo carrapato-estrela e pode ser encontrada em animais silvestres e domésticos. Em um momento como esse é importante procurar informações para desmistificar o que é a febre maculosa e como evitá-la”, salienta Vininha F. Carvalho, editora da Revista Ecotour News e Negócios.

A febre maculosa é uma infecção causada pela Rickettsia rickettsii, que é transmitida pelo “carrapato-estrela” por meio de sua picada. A transmissão da doença para as pessoas acontece quando o carrapato infectado pica o humano, inoculando a bactéria por meio da saliva do parasita, diretamente para a corrente sanguínea.

Dr. Evaldo Stanislau, professor de Medicina na São Judas Cubatão e médico infectologista no HC-SP, explica que febre maculosa pode ocorrer o ano inteiro e os mamíferos são os principais hospedeiros do carrapato-estrela. O carrapato fica em áreas de mato, então a pessoa que for até uma área dessas correrá um risco maior de se contaminar, por estar em uma área de circulação do carrapato infectado. Existe um tempo para que seja transmitida a doença. Em geral é um período longo, então apenas um contato fugaz do carrapato com a pele não significa que a pessoa vá se infectar.

A febre maculosa pode ser confundida com outras doenças, mas é uma doença extremamente agressiva que pode evoluir com uma letalidade elevada se não for diagnosticada e tratada corretamente.

No Japão, a morte de uma mulher na casa dos 70 anos seria o primeiro caso de uma doença causada pelo vírus Oz. A suspeita é que o vírus seja transmitido por carrapatos. O governo japonês pediu para que a população use camisas e calças longas quando for para o campo ou para florestas. Ainda não há remédios para a doença, somente para aliviar os sintomas.

Existem algumas ações preventivas capazes de reduzir o número de carrapatos no ambiente, tal como, a rotação de pastagens, preferencialmente com agricultura, com o objetivo de diminuir a quantidade de parasitos no ambiente.

Para atingir melhores resultados no controle é preciso entender que ele deve ser realizado ainda quando a infestação é menor, como ocorre em determinadas regiões ao início da primavera (entrada da Estação das Águas). "É preciso atuar nos animais de forma estratégica ainda nos meses de seca, fase em que o parasita está mais suscetível às condições ambientais", explica Octaviano Alves Pereira Neto, gerente técnico da Elanco.

O desconforto mais comum causado pelos parasitas nos pets é a coceira, mas é preciso ter em mente que este é apenas um dos males. Carrapatos são responsáveis pela transmissão de hemoparasitoses, que são doenças em que o parasita infecta células do sangue. Entre elas, é importante mencionar a erlichiose, babesiose, anaplasmose e rangeliose, transmitidas pela picada do carrapato Rhipicephalus sanguineus. Conhecidas como ''doença do carrapato'', são graves, silenciosas, se manifestam de diversas formas e podem levar o animal a óbito.

“O conceito de prevenção ainda não está consolidado no Brasil. Por isso consideramos fundamental disseminar informações sobre os hábitos dos parasitas e destacar que as doenças transmitidas pelo carrapato vêm crescendo no país devido às condições ambientais favoráveis e também à adaptação dos carrapatos ao meio urbano”, afirma Cristiano Anjo, gerente de Marketing de Pet da Elanco para o Brasil e Cone Sul.

Segundo o pesquisador Donald Broom, a administração exagerada e irresponsável de antimicrobianos contribui para aumentar o processo natural de seleção dos microrganismos e causa o aparecimento de populações de bactérias multirresistentes, a chamada Resistência Antimicrobiana (RAM).

“A resistência também compromete a eficácia dos antiparasitários, usados para combater o carrapato-estrela, principal vetor da febre maculosa. Devido a essa redução da eficácia dos antiparasitários (organofosforados, piretróides), o controle do carrapato-estrela tornou-se bastante difícil em vários estados brasileiros”, relata Vininha F. Carvalho.


5 dicas para manter a imunidade em dia com a chegada do inverno

Temperaturas mais frias trazem aumento nos casos de doenças respiratórias, como gripes e resfriados. Saiba alguns cuidados e nutrientes importantes para reforçar as defesas do organismo

 

O inverno começa oficialmente no dia 21 de junho e sua chegada marca uma importante mudança de temperatura, que pode agravar algumas doenças respiratórias, principalmente gripes e resfriados. Isso costuma ocorrer, pois o clima frio torna os ambientes mais propícios para a sobrevivência de vírus, deixando o ar mais seco e fazendo com que as pessoas passem mais tempo em ambientes fechados, com pouca ou nenhuma ventilação natural, e com aglomerações. Para conhecer mais sobre os cuidados recomendados no período, a nutricionista da Vitamine-se, Mayara Stankevicius, apresenta dicas importantes. 

“Com a incidência menor de luz solar durante o inverno e o uso de roupas que cobrem mais o corpo, acabamos menos expostos ao sol, o que pode diminuir a produção de vitamina D, fundamental para a imunidade. Além disso, as pessoas tendem a se exercitar menos nessa época, o que pode interferir diretamente nos hábitos diários e reduzir a resposta do sistema imunológico”, destaca a especialista. 

O sistema imunológico consiste em um sistema complexo formado por diferentes grupos de células, moléculas e tecidos, que trabalham juntos para proteger o corpo contra ameaças internas e externas. Já a imunidade, é a capacidade do organismo em combater infecções e doenças. 

Mas se você acha que para manter a imunidade em dia, especialmente durante o inverno, basta incluir uma dose extra de vitamina C em sua rotina, você está enganado. São vários os fatores e nutrientes que interferem no bom funcionamento do nosso sistema imunológico, que requer cuidados diários, ao longo de todo o ano. Confira abaixo 5 dicas que irão te ajudar a cuidar da imunidade:
 

1.     Pratique exercícios físicos 

Praticar atividades físicas reduz a produção de cortisol, o hormônio do estresse que prejudica o bom funcionamento do sistema imune, e melhora a circulação, o que facilita o deslocamento das células imunológicas por todo o corpo. Estudos indicam que incluir pelo menos 150 minutos de exercícios moderados, por semana, de forma regular, ajuda a reduzir a inflamação, além de favorecer a regeneração das células do sistema imunológico.
 

2.     Priorize uma alimentação balanceada e nutritiva 

Inclua frutas e vegetais das mais variadas cores em suas refeições. Assim, você consumirá maior quantidade de nutrientes, como vitaminas, minerais e polifenóis, com ação antioxidante, ajudando no bom funcionamento do sistema imunológico. 

Além disso, existem alguns nutrientes-chave com benefícios comprovados para a imunidade:

  • Vitamina C: sua capacidade antioxidante, protege as células de defesa contra danos e ajuda a reduzir a liberação de substâncias que promovem a inflamação
  • Vitamina D: estimula a proliferação das células de defesa e a produção de substâncias antibióticas
  • Zinco: ajuda na formação e no funcionamento das células do sistema imunológico, estimula a produção de substâncias anti-inflamatórias, inibe o funcionamento de células inflamatórias, além de combater os radicais livres, por sua ação antioxidante
  • Selênio: com propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias, o selênio auxilia no bom funcionamento do sistema imunológico, ajudando a combater os radicais livres e reduzindo a produção de substâncias inflamatórias
  • Magnésio: auxilia no relaxamento do corpo para uma boa noite de sono, fatores fundamentais para que o sistema imunológico funcione de forma adequada
  • Beta-glucana de levedura: prepara e “treina” as células de defesa para reagirem mais rapidamente quando vírus ou bactérias são detectados

3. Beba água 

A água é fundamental para manter as funções biológicas que fazem parte de uma vida saudável. Sem a hidratação adequada, o suprimento de nutrientes para o sistema imunológico pode ficar prejudicado, impactando diretamente em seu funcionamento. Além disso, nosso sistema linfático, responsável pela eliminação de resíduos, germes e toxinas, também depende de água para funcionar adequadamente.

 

4. Mantenha o sono em dia 

Uma boa noite de sono é importante tanto para a saúde como para o bom funcionamento do sistema imunológico. Isso porque, quando dormimos, além de recuperarmos os tecidos, algumas das células de defesa são ativadas para combater possíveis causadores de doenças. Por outro lado, quando não dormimos o suficiente, nosso sistema imunológico pode sofrer um desgaste, nos deixando mais suscetíveis a invasores nocivos e a doenças. A privação do sono também eleva os níveis de cortisol, o hormônio do estresse, que também prejudica nossa imunidade. Para garantir um sono de qualidade, desligue os aparelhos eletrônicos pelo menos duas horas antes de dormir e evite livros ou conversas estressantes.

 

5. Administre o estresse 

Controlar nossas emoções é importante não apenas para o bem-estar, mas para o bom funcionamento do sistema imunológico. Isso porque o estresse prolongado eleva, de forma crônica, os níveis de cortisol, um hormônio que mantém nosso corpo em alerta para lutar ou fugir em uma situação perigosa. Mas para que isso aconteça, impede que o sistema imunológico responda antes que o evento estressante termine. No entanto, quando os níveis de cortisol ficam constantemente altos, como no estresse crônico, o sistema imunológico fica impedido de entrar em ação para proteger o corpo contra possíveis ameaças e doenças.

 “Controlar o estresse, incluindo pequenas pausas na rotina, além de atividades que proporcionam bem-estar, como meditação, ioga, exercícios físicos, ou até mesmo um jantar com amigos, um bom livro ou filme e momentos de qualidade com a família, pode ajudar. Manter a imunidade em dia é uma ótima forma de evitar doenças não somente no inverno, mas durante todas as estações do ano”, acrescenta a nutricionista da Vitamine-se.

 

Aneurisma cerebral ou AVC? Conheça as diferenças

Sociedade Brasileira de Neurocirurgia faz alerta sobre os principais sintomas e diferenças entre as duas doenças

 

O aneurisma cerebral e o AVC são doenças graves que atingem o sistema nervoso central e, muitas vezes, seus sintomas causam confusão entre a população. O aneurisma é caracterizado pela dilatação anormal de uma das artérias que irrigam o cérebro. Com a parede do vaso fragilizada, o aneurisma pode vazar ou estourar a qualquer momento, causando sangramento e gerando uma hemorragia séria com grave risco de vida.

Já o Acidente Vascular Cerebral (AVC) ocorre quando os vasos que levam sangue ao cérebro se entopem ou se rompem, podendo provocar paralisia da área que ficou sem circulação de sangue. A doença pode ser classificada em dois tipos, sendo:

1 - Acidente vascular isquêmico: responsável por 80% dos casos e podendo ocorrer devido a uma trombose ou embolia.

2 - Acidente vascular hemorrágico: considerado mais grave, surge quando acontece o rompimento dos vasos sanguíneos do cérebro, denominada hemorragia intracerebral. Neste tipo há aumento da pressão intracraniana, que pode resultar em maior dificuldade para a chegada de sangue em outras áreas e causar a lesão. 

A Sociedade Brasileira de Neurocirurgia ressalta que quanto mais rápido o atendimento for realizado, menores são os danos e maiores as chances de recuperação.

"Tanto o aneurisma cerebral quanto o AVC são duas das maiores causas de morte em todo o mundo. Mesmo que o paciente acometido por uma das doenças sobreviva, o prejuízo na qualidade de vida pode perdurar durante muitos anos ou toda a vida", comenta a Dra. Vanessa Milanese, diretora de comunicação da SBN.

 

Sintomas do aneurisma

O aneurisma cerebral é considerado uma doença silenciosa então vale a pena prestar atenção nos seguintes sintomas: dor de cabeça súbita, náuseas, vômitos, confusão mental, dor de cabeça extrema e perda de consciência.

 

Sintomas do AVC

Os sintomas de um Acidente Vascular Cerebral são diversos por isso atenção redobrada aos primeiros sinais da doença que podem ser: dificuldade em andar, falar e compreender, paralisia ou dormência da face, da perna ou braço; perda temporária da visão, tontura, vertigem, confusão mental e dor de cabeça forte e persistente. O acidente vascular cerebral pode ser isquêmico (quando alguma área do cérebro deixa de receber suprimento sanguíneo) ou hemorrágico (quando há extravasamento de sangue para o tecido cerebral ou áreas adjacentes).

A Dra. Vanessa comenta que o diagnóstico precoce de ambas as doenças é fundamental para o tratamento e qualquer sintoma atípico deve ser investigado por um especialista.

"O tratamento para o aneurisma cerebral pode ser realizado através do controle da pressão arterial e por abordagens cirúrgicas, como a clipagem e embolização, reduzindo o risco de AVC hemorrágico decorrente desse aneurisma".

Já o tratamento do AVC isquêmico é feito com o uso do trombolítico (medicamento com a função de desfazer o coágulo sanguíneo). Ressalto ainda que o AVC voltou a ser uma das principais causas de morte no país após a pandemia de COVID-19", finaliza a neurocirurgiã.

Ter um estilo de vida mais saudável, praticar atividade física, não fazer uso de tabaco, evitar uso de drogas e controlar a diabetes pode ajudar a reduzir muito as chances de um problema nesse sentido.



Sociedade Brasileira de Neurocirurgia – SBN
portalsbn.org
Instagram sbn.neurocirurgia


Asma precisa estar bem controlada, recomenda o Seconci-SP

Diagnóstico e tratamento corretos possibilitam uma vida normal ao paciente

 

Doença inflamatória dos brônquios, a asma precisa estar bem controlada para possibilitar ao paciente o desempenho de uma vida normal. Por isso, não basta tomar a medicação: é necessário realizar uma reavaliação periódica. Mesmo que a pessoa não tenha sintomas, deve retornar ao médico ao menos uma vez por ano.

A recomendação é da dra. Marice Ashidani, pneumologista do Seconci-SP (Serviço Social da Construção), por ocasião do Dia Nacional do Combate à Asma (21 de junho).

Ela cita dados da Gina (sigla em inglês para Iniciativa Global pela Asma): das 339 milhões de pessoas com asma no mundo, das quais 2 milhões no Brasil, somente 12% têm a doença controlada.

“A asma é uma das doenças crônicas mais comuns. Tê-la controlada significa que o paciente consiga desempenhar suas atividades sem esforço, está sem crises e não necessita de medicação de resgate, a chamada bombinha. A necessidade da medicação de resgate segue a demanda do paciente e a periodicidade do seu uso é um indicativo da qualidade do controle da sua asma”, explica a médica.


Sintomas mais comuns

Segundo a dra. Marice, os sintomas mais comuns são falta de ar ou dificuldades para respirar, chiado ou aperto no peito, e tosse. Esses sintomas variam durante o dia, podendo piorar à noite ou de madrugada.

A doença acomete pessoas em qualquer idade, podendo ser desencadeada por fatores genéticos, ambientais e comportamentais, tais como: exposição a pelos de animais, poeira domiciliar, mofo, ácaro, fumaça e poluição; mudança da temperatura ambiente; prática de exercícios físicos intensos, e estresse. O tabagismo também possibilita desencadear a asma, e a obesidade pode ser um fator de risco para maiores complicações.

A asma é diferente da bronquite. “Apesar de os sintomas serem parecidos, o quadro clínico é extremamente diferenciado. A asma é uma doença inflamatória de causa não totalmente conhecida; já a bronquite é mais relacionada ao tabagismo”, explica.


Diagnóstico e tratamento

A dra. Marice destaca que, diante dos sintomas, é muito importante consultar o médico para a realização de um diagnóstico correto, feito por raio X ou espirometria (exame que mede a quantidade de fluxo de ar que entra e sai dos pulmões) e iniciar o tratamento corretamente.

A doença não tem cura, mas pode ser controlada. “Usamos duas abordagens nos casos de crises: uma é a medicina de resgate e alívio, com uso da bombinha; a outra é o tratamento de prevenção, com o uso, por exemplo, de corticoides inalados.  Quando a doença está controlada, o paciente quase não apresenta sintoma. A necessidade da medicação de resgate e a sua periodicidade também serão definidas pelo médico”.

A pneumologista enfatiza que, para evitar o desencadeamento de novas crises, são muito importantes os cuidados com a higiene ambiental, evitando-se poeira, mofo, pelos de animais, prevenir o tabagismo e também cuidar da saúde mental.

“Às vezes a asma aparece na vida adulta, às vezes pode se agravar, e há quem entre em remissão. Por isso, é de extrema importância que o asmático tenha conhecimento da doença e saiba manusear os dispositivos de tratamento, tirando os fatores de risco do ambiente, além de seguir corretamente a parte medicamentosa. Dessa forma, ele conseguirá manter a patologia sob controle e ter um maior bem-estar no dia a dia”, enfatiza a médica.

O Seconci-SP conta com um corpo clínico responsável para indicar a melhor forma de tratar a enfermidade. E boa parte do tratamento também está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS).


O Inverno Facilita o Desenvolvimento de Doenças Respiratórias? Entenda Porque Isso Acontece e Veja Come se Prevenir

 Com a chegada do inverno e a diminuição das temperaturas, é comum observarmos um aumento significativo nos casos de doenças respiratórias, como gripes, resfriados, pneumonias, bronquites e asma. Isso ocorre, pois diversos fatores contribuem para o enfraquecimento das defesas do nosso organismo nessa época do ano, tornando-o mais suscetível a infecções virais e bacterianas. 

Inicialmente, o frio faz com que nos aglomeremos mais em ambientes fechados, aumentando a exposição a agentes infecciosos transmitidos pelo ar ou por contato direto. Além disso, a umidade relativa do ar é maior no inverno, o que facilita a sobrevivência dos vírus e bactérias no ambiente. A diminuição da exposição à luz solar também prejudica a produção de vitamina D, importante para o bom funcionamento do sistema imunológico. 

O médico e diretor técnico da Clínica Salus Imunizações, Dr. Marco César Roque, explica que um resfriado comum é causado por vírus, sendo os rinovírus os mais frequentes. Já a gripe é causada pelo vírus Influenza, que se divide em três tipos: A, B e C. A gripe A e B são as mais graves e causam epidemias. A pneumonia pode ser causada tanto por vírus quanto por bactérias, sendo o Streptococcus Pneumoniae o agente bacteriano mais comum.  

As doenças respiratórias infectocontagiosas atuam invadindo as vias aéreas superiores (nariz, faringe e laringe) ou inferiores (traqueia, brônquios e alvéolos pulmonares). Os sintomas mais comuns são tosse, dor de garganta, coriza, febre, dificuldade para respirar e produção de secreções. Em certos casos, principalmente em idosos, crianças e imunodeprimidos, elas podem evoluir para quadros de pneumonia, otite, sinusite ou agravar doenças crônicas como asma e DPOC (grupo de doenças pulmonares que bloqueiam o fluxo de ar e dificultam a respiração). 

O Dr. Marco César Roque comenta que, nesse contexto, a vacinação é a forma mais eficaz de prevenir contra o agravamento e complicações dessas doenças. Segundo a OMS, as vacinas salvam de 2 a 3 milhões de vidas por ano. A imunização ativa o sistema imunológico, estimulando a produção de anticorpos para combater os agentes infecciosos. 

A vacina contra a gripe, por exemplo, deve ser tomada anualmente antes do inverno. Ela protege contra os vírus Influenza A e B, responsáveis pela gripe sazonal. A vacina Pneumocócica previne contra a pneumonia pneumocócica, doença que mata mais de 1 milhão de pessoas por ano, segundo a OMS. Outras vacinas como a DTP e Meningocócica também ajudam a proteger contra infecções bacterianas.  

“Portanto, para um inverno tranquilo é essencial reforçar os cuidados com a saúde. Alimente-se bem, pratique exercícios, durma adequadamente, evite o tabagismo e vacine-se, especialmente contra a gripe e pneumonia. Cuide da sua imunidade e proteja a sua vida! Lembre-se: Prevenir é sempre o melhor remédio.” Finaliza o Dr. Marco César Roque.

 

Marco César Roque - Diretor Técnico da Clínica de Vacinas Salus Imunizações Médico graduado pela Faculdade de Ciências Médicas de Santos com residência em Neurologia Pediátrica pelo Hospital do Servidor Público Estadual- IAMSPE, responsável pelo setor de Neurologia Pediátrica do Grupo Santa Joana. Membro da Sociedade Brasileira de Neurologia Infantil, é preceptor do programa de Residência Médica do Hospital Municipal Infantil Menino Jesus -PMSP.

 

DIU hormonal: os benefícios do dispositivo na menopausa

Além de anticoncepcional, diversos benefícios vem sendo observados, fazendo do DIU um aliado da mulher em diversas fases da vida



O dispositivo intrauterino (DIU) hormonal é um método anticoncepcional que libera pequenas quantidades de levonorgestrel no útero. Este hormônio, um tipo de progesterona sintética, similar à produzida pelo organismo, é liberado pelo DIU diretamente no útero, com absorção no sangue não significativa, o que não acontece com os anticoncepcionais orais.

 

“O método é bastante seguro em caso de queixas de irregularidade menstrual ou fluxo menstrual muito intenso, que em casos extremos pode levar à anemia. Boa parte das pacientes que optam pelo DIU hormonal verificam a interrupção do ciclo menstrual ou uma redução considerável”, revela o Dr. Alexandre Rossi, médico ginecologista e obstetra, responsável pelo ambulatório de Ginecologia Geral do Hospital e Maternidade Leonor Mendes de Barros e médico colaborador de Ginecologia da Faculdade de Medicina da USP.

 

O DIU hormonal também é uma excelente opção para mulheres com fortes sintomas relacionados à TPM e cólicas menstruais.

Mais recentemente, o dispositivo vem sendo indicado para as mulheres na menopausa, que fazem reposição hormonal, mantendo os benefícios de proteção do endométrio, pela ação sistêmica dos estrogênios, mas evitando a administração do progestagênio que, em parte, antagoniza os benefícios da reposição hormonal.

 

Desta forma, conseguimos também prevenir eventuais efeitos colaterais, explica o Dr. Alexandre.

 

“Pode haver redução da chance de desenvolvimento de doenças, como o câncer de endométrio, pela interrupção da atividade do endométrio, e de câncer de útero, pelo efeito protetivo do hormônio liberado pelo dispositivo”.

 

Portanto, as mulheres que optam pelo uso do DIU hormonal, complementarão a reposição hormonal com os estrogênios, que poderão ser administrados pela pele, por meio de gel ou adesivos, ou via oral.



Síndrome da Fadiga Crônica: escassez de pesquisas dificulta tratamento da doença que atinge 150 mil brasileiros por ano

 Especialista explica que doença é de difícil diagnóstico, uma vez que ele é feito por exclusão. Conheça sintomas e características dessa síndrome

 

A Síndrome da Fadiga Crônica, também chamada de encefalomielite miálgica, é um quadro caracterizado por um cansaço extremo e incapacitante, que não está relacionado com exercício físico e não melhora com repouso. O transtorno, que atinge cerca de 150 mil brasileiros por ano, é de difícil diagnóstico e também pouco estudado, o que atrasa a descoberta de tratamentos.

Antes de detalhar as características da síndrome, é preciso diferenciar cansaço de fadiga. O primeiro é uma reação proporcional do corpo à situações em que o indivíduo realiza muitas atividades, sejam elas físicas, mentais ou mistas. Já a fadiga é desproporcional e ocorre mesmo quando não há grande esforço.

Conforme o médico endocrinologista Flavio Cadegiani, a fadiga não melhora com o descanso. “Se você está só com cansaço, você descansa e melhora. Já no caso da fadiga, não. Você pode melhorar muito pouco ou não melhorar nada. E aí tem diferença entre fadiga e exaustão. A exaustão, na realidade, é uma fadiga mais intensa, onde a pessoa fica quase incapaz de realizar atividades”, comenta.

Doutor em endocrinologia clínica pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Cadegiani explica que, quando a fadiga já dura mais de seis meses, é o caso de tratá-la como crônica.


Causas de fadiga

De acordo com o especialista, existem mais de 100 causas de fadiga. “Podem ser má qualidade do sono, alterações hormonais, problemas da tireoide, início de menopausa, baixa de testosterona em homens. Além da falta de vitaminas - B12, ácido fólico, vitamina D - e desnutrição”, exemplifica.

Já as causas de fadiga crônica estão mais relacionadas a estados crônicos de desidratação; doenças autoimunes não investigadas; problemas pulmonares, cardíacos, neurológicos etc.

“E tem o caso também da pessoa que quer ser um robô, que não respeita os próprios limites mesmo estando cansada. Aí ela não percebe a fadiga, que depois vira fadiga crônica, mais central e mais intensa, até chegar na exaustão”, alerta o doutor.

Geralmente, a síndrome afeta mais mulheres de 30 a 50 anos. No entanto, também pode atingir homens e outras faixas etárias.


Diagnóstico e tratamentos

A Síndrome de Fadiga Crônica, por definição, é uma fadiga crônica que permanece por, pelo menos, seis meses e que não tem causa médica detectável. “Essa síndrome é um diagnóstico de exclusão. Quando você exclui causas de fadiga crônica médicas, causas médicas de alterações nos exames, alterações bioquímicas, alterações em imagens, e não encontra nenhuma causa, trata-se da Síndrome de Fadiga Crônica”, pontua Flavio Cadegiani.

Ele diz que, neste caso, os médicos trabalham para diminuir a intensidade dos quadros de fadiga e a frequência com que essas fadigas vêm.

“O principal é tratar a causa base da fadiga. Se for sono, usar todas as modalidades de tratamento de sono; às vezes algum tratamento até farmacológico de curto prazo; higiene do sono, que é fundamental. Se forem vitaminas, hormônios, fazemos tratamentos para melhorar os níveis de energia. Às vezes, a pessoa entra em um quadro em que que tratar a causa base não ajuda em 100%. Nestes casos, a gente prioriza otimizar alguns aspectos médicos para conseguir tirar a pessoa da fadiga pelo menos temporariamente”, explica o médico.


Poucas pesquisas clínicas

O doutor em endocrinologia afirma ainda que por muito tempo a medicina abordou a fadiga como consequência de determinadas doenças, e não o contrário. “Então, temos pouca pesquisa sobre tratamento de fadiga em si, porque normalmente o tratamento feito é o de uma doença que levou à fadiga”, pontua.

“Em relação à Síndrome da Fadiga Crônica, aí é que há pouca pesquisa sobre tratamentos mesmo. Pela importância e relevância da fadiga no mundo, a gente tem proporcionalmente poucas pesquisas”, destaca. Até o momento, nenhum medicamento provou sua eficácia no tratamento da síndrome.

“Por outro lado, eu preciso falar que têm muita pesquisa de causas que levam à fadiga e, quando você trata essas causas, as pesquisas avaliam se houve melhora da fadiga. Isso já tem bastante, cada vez mais. Inclusive, no caso de mulheres pós-menopausa, melhora da fadiga é critério para indicação de reposição hormonal”, acrescenta Flavio.


Relação com o Burnout

A Síndrome de Burnout é um distúrbio emocional com sintomas de exaustão extrema, estresse e esgotamento físico e mental, resultantes de situações de trabalho desgastante. A doença acomete 30% de 100 milhões de trabalhadores, de acordo com pesquisa da Associação Nacional de Medicina do Trabalho (Anamt).

Conforme alertam especialistas, a fadiga não tratada pode culminar no Burnout. “O Burnout era inicialmente associado ao espaço de trabalho, na década de 70. Hoje, a gente sabe que vai muito além. E normalmente são pessoas que têm uma alta performance física, uma alta performance cognitiva, que querem fazer tudo ao mesmo tempo e que não se respeitam, não respeitam o próprio corpo”, enfatiza Flavio Cadegiani.

Segundo o médico, a melhor forma de evitar a fadiga do Burnout é estar atento aos sinais do próprio corpo. “É importante fazer uma autoavaliação, observar se está tudo bem, saber dizer não, evitar ambientes tóxicos, pessoas tóxicas.”

As estatísticas sobre a síndrome ainda são falhas no país. Porém, levantamento da International Stress Management Association (Isma) estima que mais de 30% da população economicamente ativa do Brasil sofre de sintomas de burnout. Isso coloca o Brasil como o segundo país com mais casos de burnout no mundo – atrás apenas do Japão, que tem 70% da população atingida pela doença.

“Não sei quem inventou que o brasileiro não trabalha. O brasileiro trabalha muito. E, em geral, não sabe respeitar o espaço casa-trabalho, não põe um limite. Sem contar que temos um nível de ansiedade muito alto no país. Isso ainda junta com a alta carga de trabalho, com a má qualidade do transporte [...] A combinação de todos esses aspectos provavelmente leva a gente para o segundo lugar nesse ranking”, avalia Cadegiani.


Projeto na Câmara regulamenta tratamento no SUS

Tramita na Câmara dos Deputados um projeto que regulamenta o tratamento de fibromialgia e fadiga crônica no Sistema Único de Saúde (SUS). Atualmente, pacientes com essas doenças já têm direito a receber atendimento integral pelo SUS (incluindo tratamento multidisciplinar nas áreas de medicina, psicologia e fisioterapia), acesso a exames complementares e a terapias reconhecidas, inclusive fisioterapia e atividade física. Mas, com a aprovação do projeto, essa garantia poderá ganhar status de lei. A novidade da proposta é a inclusão do acompanhamento nutricional e do fornecimento de medicamentos.

O PL 3.525/2019 foi aprovado no Senado em março deste ano. Entretanto, uma vez que a matéria foi modificada no Senado, acabou retornando para nova análise da Câmara. Atualmente, o projeto aguarda parecer do relator na Comissão de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família (CPASF)


Embolia Pulmonar compromete a vida do paciente e alguns fatores de risco colaboram para que isso aconteça com mais facilidade

Arquivo Dr. Fabio Rossi  
Divulgação
Falta de ar que aparece de repente e se agrava diante de um esforço físico, tontura, desmaio e dores ou inchaço nas pernas estão entre os principais sintomas que precisam ser observados

 

A Embolia Pulmonar acontece quando uma ou mais artérias do pulmão estão obstruídas por um coágulo de sangue que impede a sua passagem, dificulta a sua oxigenação e provoca sobrecarga do coração. A doença pode acontecer em qualquer ciclo da vida, tanto nos homens como nas mulheres, e passa a ser mais frequente com o avançar da idade.

Na maioria das vezes, a Embolia Pulmonar é provocada por coágulos sanguíneos que se formam em veias das pernas e, em alguns casos mais raros, na cavidade pélvica ou abdominal. Uma outra forma, ainda muito mais rara, é a embolia gordurosa, ou gasosa, que ocorre principalmente no trauma, ou em cirurgias de grande porte na pelve ou nas pernas.

Conforme o cirurgião vascular e presidente da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular da Regional São Paulo (SBACV-SP), Dr. Fabio Rossi, o fator principal que deve ser considerado é que a doença apresenta alta prevalência. “Em países ocidentais, de um a três casos a cada 1.000 habitantes por ano são acometidos pela Trombose Venosa Profunda (TVP) dos membros inferiores, que é responsável pela Embolia Pulmonar. Hoje, o tromboembolismo venoso é a terceira causa de morte cardiovascular, ficando atrás apenas do Infarto Agudo do Miocárdio e do Acidente Vascular Cerebral. Além disso, é a primeira causa de morte evitável em pacientes internados,” afirma Dr. Fabio.

A Embolia Pulmonar pode ser oligossintomática, ou seja, inicialmente os sintomas talvez sejam mais leves, e não chamam tanta a atenção, o que representa um grande perigo, pois podem ser confundidos com outras patologias, como gripe e pneumonia, e o tratamento acaba não sendo adequado. Nos casos mais graves, ainda é confundida também com o Infarto Agudo do Miocárdio, o que é um problema ainda mais sério, porque o tratamento do Infarto é muito diferente, e a demora no diagnóstico correto da doença é capaz de levar o paciente ao óbito.

Qualquer pessoa corre o risco de desenvolver coágulos sanguíneos, mas existem alguns fatores que fazem com que isso aconteça com mais facilidade:

  • Longos períodos de imobilidade, como viagens de avião, de carro, ônibus, trens, acima de quatro horas, e também em pessoas que trabalham muito tempo em uma única posição, em pé ou sentado.
  • Distúrbios hereditários que afetam o sangue, tornando-o mais propenso a coagular, história de trombose ou embolia na família.
  • Tratamentos médicos: insuficiência cardíaca, câncer, quimioterapia, cirurgias em geral, principalmente de grande porte que exigem internação, e repouso prolongado. O risco aumenta quando o paciente fica entubado na UTI.
  • Permanecer por muito tempo deitado após uma cirurgia e fratura na região das pernas.
  • Durante a gestação, devido às alterações hormonais e também com o peso do bebê que pressiona as veias na pelve e retarda o retorno do sangue e, em alguns casos, provocar a trombose.
  • Tabagismo, obesidade e uso crônico de anticoncepcionais.

“A pessoa com Embolia Pulmonar precisa ser socorrida logo que apresentar os primeiros sintomas. O quanto mais rápido for feito o diagnóstico, melhor. O tratamento é realizado por meio do uso de anticoagulantes, que evita que o trombo aumente de tamanho e que se desprenda e se desloque pela corrente sanguínea, se alojando no pulmão”, alerta o médico.

Principais sintomas que devem ser observados:

  • Falta de ar que aparece de repente e agrava diante de um esforço físico.
  • Dor no peito confundida com um ataque cardíaco. Geralmente há piora
  • diante de uma tosse, espirro ou esforço.
  • Tosse acompanhada de escarro com sangue.
  • Dores ou inchaço nas pernas.
  • Febre e suor excessivo.
  • Batimento cardíaco acelerado ou palpitação.
  • Tontura e desmaio.

Em 25% dos casos, que acontece nas embolias volumosas, a primeira manifestação é a parada cardíaca e o óbito. Por isso, o socorro imediato é extremamente importante.

Ainda conforme o médico, em pacientes internados e de alto risco é indicado o uso de anticoagulantes em baixa dosagem, chamados de profiláticos, que evitam a formação do trombo. Isso deve sempre ser feito com supervisão médica rigorosa, pois esses medicamentos evitam a formação de trombos e coágulos, mas também é possível induzir ao sangramento. Nos casos em que é feito o diagnóstico, devem ser administrados anticoagulantes em doses mais altas o mais rápido possível. Em quadros mais graves, que existe repercussão hemodinâmica, ou seja, hipotensão e choque cardiogênico, pode ser necessário o uso de medicamentos trombolíticos, que têm o poder de dissolver o coágulo, ou até mesmo de cateterismo e uso de dispositivos que têm a capacidade de aspirar o coágulo.

Nos casos de trombose e Embolia Pulmonar crônica, ou naqueles em que acontecem múltiplos episódios de recidiva, podem surgir a Hipertensão Pulmonar, o que prejudica muito a capacidade cardiopulmonar e traz limitações e piora irreversível na qualidade de vida.

“A melhor prevenção envolve a educação de todos os profissionais da saúde sobre quais são os fatores de risco e o alerta sobre a importância do diagnóstico precoce. Ao paciente, devemos recomendar um estilo de vida saudável, que inclui dieta equilibrada, com alimentação rica em vegetais e pobre em gorduras, evitar o hábito do tabagismo, praticar exercícios físicos regulares e controlar o peso. É importante que ele esteja ciente de todos os sinais da Embolia Pulmonar e que procure o atendimento médico vascular imediatamente, para que o tratamento inicie o mais rápido possível”, orienta Dr. Fabio Rossi.

A SBACV-SP tem como missão levar informação de qualidade sobre saúde vascular para toda a população. Para outras informações acesse o site e siga as redes sociais da Sociedade (Facebook e Instagram).

 

Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular – Regional São Paulo – SBACV-SP
www.sbacvsp.com.br


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