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terça-feira, 27 de junho de 2023

Em ação inédita, Waze "fica gripado" para alertar sobre a importância da vacinação

RD-RaiaDrogasil, Suno United Creators e Waze se unem para mostrar a vacina como autocuidado contra a gripe

 

Quem usou o aplicativo Waze recentemente se deparou com um banner alertando que ele está gripado. Não, você não leu errado. Na verdade, trata-se de uma ação inovadora criada pela Suno United Creators para a Rede RD-RaiaDrogasil, junto com o aplicativo, para conscientizar a população a se vacinar contra a gripe.  

Nesta época do ano as gripes, resfriados e doenças respiratórias são mais comuns. Seja por conta das baixas temperaturas ou o ar mais seco em boa parte do país, a vacina acaba se tornando uma aliada essencial para a saúde. Foi justamente pensando nesse cenário que a Suno United Creators, uma das mais reconhecidas agências de comunicação e publicidade do Brasil, se uniu ao Waze e a RD-Raia Drogasil para conscientizar a população a se vacinar.  

A novidade é divertida e, ao mesmo tempo, uma prestação de serviços: ao usar o app, a voz na versão gripada indica a rota e ao mesmo tempo, sinaliza, ao longo do trajeto, se há uma farmácia da RD próxima. São mais de 290 farmácias espalhadas pelo Brasil, com agendamento rápido e simples via sites e app (veja abaixo). Para utilizar o “Waze gripado”, basta clicar no banner no app ou entrar no Meu Waze e acessar o ícone de configurações (no canto superior à esquerda) e entrar na opção “Voz e som”. Ali, é só procurar e selecionar a “Voz Gripada Raia Drogasil”.  

“Gravamos a voz do aplicativo com alguns sintomas de gripe como tosse e espirro, como um sinal de alerta. Afinal, toda vez que o usuário ouvir a voz falando dessa forma, vai se lembrar da importância da vacina. É uma ação divertida, diferente, mas com conteúdo importante. O Waze nos permite essa flexibilidade de criar novas opções de vozes, além de atingir um público maior que utiliza o aplicativo”, explica César Toledo, Sócio e Head de Mídia e BI da Suno. 

A ação faz parte de uma ampla campanha de mídia que a Suno United Creators vem desenvolvendo para aumentar a adesão da população à vacinação contra a gripe com a vacina tetravalente. “A parceria com o aplicativo faz parte de uma série de ações que temos feito, seja nos relógios de rua, seja com informação no site, entre outras frentes, para mostrarmos às pessoas que a vacinação é uma forma de autocuidado, principalmente agora, com o inverno próximo” comenta Daniel Machado Campos, diretor executivo de marketing e clientes da RaiaDrogasil. 

As doses da vacina tetravalente estão disponíveis nas mais de 290 farmácias da rede espalhadas pelo Brasil com agendamento rápido e simples pelos sites https://www.drogasil.com.br/vacinacao/gripe ou https://www.drogaraia.com.br/vacinacao/gripe e via apps da Droga Raia e da Drogasil. 

 Link para acessar a voz: Waze gripado.mp3


ALERTA! Febre amarela volta a preocupar depois de anos e vacinação é a solução para evitar a propagação da doença

 

"O Estado de São Paulo registrou casos fatais após anos de controle"


Grave, mas totalmente evitável. A febre amarela já foi muito letal e, em um passado não tão distante,  o Brasil travou uma batalha contra a doença. A última epidemia foi registrada entre 2016 e 2019 e dados revelam que cerca de 2,2 mil casos foram registrados e 759 pessoas morreram na época. 

E após o controle por aproximadamente 3 anos, novos casos voltaram a surgir por conta da baixa adesão da população brasileira às vacinas disponíveis. O fato é que o sistema de vacinação tem sofrido uma queda vacinal nos últimos meses, o que está trazendo à tona diversas doenças antes já controladas. Uma delas é a febre amarela, que no Estado de São Paulo, infelizmente,  já fez vítimas fatais. 

A doença que é grave, de rápida evolução e de alta letalidade, é causada por um vírus e transmitida por vetores, como os mosquitos silvestres. As primeiras manifestações da doença são repentinas, com sintomas tais como: febre alta, calafrios, cansaço, dor de cabeça, dor muscular, náuseas e vômitos por cerca de três dias. Já a forma mais grave da doença, apesar de rara, é muito letal, e  costuma aparecer após um breve período de bem-estar (até dois dias), quando podem ocorrer insuficiências hepática e renal, icterícia (olhos e pele amarelados), manifestações hemorrágicas e cansaço intenso. 

Segundo dados do Ministério da Saúde, cerca de 20% a 50% das pessoas que desenvolvem febre amarela grave podem morrer, por isso, assim que surgirem os primeiros sinais e sintomas, é fundamental buscar ajuda médica imediata.

A boa notícia é que a doença pode ser totalmente controlada com a vacinação, a população de 09 meses a 60 anos é elegível para se imunizar, porém, é contraindicada para gestantes, mulheres amamentando, crianças menores de 9 meses, pessoas imunodeprimidas e alérgicos a ovo.

“A vacina contra a febre amarela é segura, eficaz e, hoje, é a principal forma de erradicar esse vírus no País”, revela Thaís Farias, fundadora da Amo Vacinas

Na rede particular é possível encontrar a vacina por R$ 240,00, a Amo Vacinas possui o imunizante desenvolvido pelo laboratório Sanofi Pasteur, em apresentação monodose (uma única dose na seringa), que tem alguns diferenciais:  não tem conservantes e causa menos reações adversas.

Importante salientar que o esquema vacinal da febre amarela é diferenciado para crianças menores de 5 anos, que recebem uma 1ª dose aos 9 meses e depois um reforço aos 4 anos. Já para quem tem mais de 5 anos, a dose é única. 

A executiva ainda revela que quem se imunizou no último surto, entre 2016 e 2019, com a dose inteira, não precisa se vacinar novamente, mas quem não se vacinou na ocasião, ou se vacinou com a dose fracionada, deve se vacinar para evitar o contágio pelo vírus mesmo que não vá viajar para locais em que a vacina é obrigatória.

Para mais informações acesse: 

Site: https://amovacinas.com.br/

Instagram: @amovacinasoficial


Doenças de inverno: como se prevenir e tratar as infecções que afetam os ouvidos, nariz e garganta

O inverno é uma estação que traz consigo o aumento de doenças respiratórias que podem afetar os ouvidos, nariz e garganta. Os quadros podem causar sintomas como coriza, espirros, dor de garganta, congestão nasal, dor de cabeça e febre. Algumas das condições mais comuns são o resfriado, a sinusite, a faringite e a amigdalite.

De acordo com Renata Becker, otorrinolaringologista do Hospital IPO, as primeiras medidas para prevenção são: lavar as mãos com frequência para evitar a propagação de vírus e bactérias; evitar o contato próximo com pessoas doentes; manter os ambientes arejados; e cobrir a boca e o nariz ao espirrar ou tossir.

“É recomendado também que as pessoas se mantenham hidratadas e descansadas para fortalecer o sistema imunológico. Outra dica é usar umidificadores ou tomar banhos quentes para aliviar a congestão nasal e a secura da garganta”, detalha. A médica ainda sugere lavar o nariz com soro fisiológico nasal 0,9% várias vezes ao dia para limpeza das impurezas e para manter a mucosa nasal hidratada.

Porém, se os sintomas persistirem ou se tornarem mais graves, é importante procurar a orientação de um médico. A especialista alerta que algumas situações exigem atenção médica imediata, como dores intensas nos ouvidos ou perda significativa de audição, febre alta, dor de garganta grave ou dificuldade para engolir.

“A não realização de um tratamento adequado para as doenças do nariz, garganta e ouvidos no inverno pode levar a complicações graves, como a propagação da infecção para outras áreas do corpo, o agravamento dos sintomas, a internação hospitalar e até mesmo a síndrome respiratória aguda grave”, ressalta a otorrinolaringologista do Hospital IPO.

 

Cinco pontos de atenção que você deve ter em relação à febre maculosa

Período de infestação se intensifica entre junho e novembro. Confira como ocorre a transmissão e como prevenir essa doença que pode ser fatal se não detectada a tempo. 



A febre maculosa é uma infecção febril que pode se tornar grave e com elevada taxa de letalidade. Nos últimos 10 anos, mais de 2 mil pessoas foram infectadas pela doença no Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde – 36% desses casos foram registrados em São Paulo. Causada por uma bactéria do gênero Rickettsia, a febre é transmitida pela picada do carrapato infectado, cujo período de infestação ambiental se intensifica entre junho e novembro.

Nos últimos dias, foram noticiadas mortes de pessoas que contraíram a doença durante um evento em Campinas, no interior paulista. Dada a gravidade da sua evolução, os médicos-veterinários técnicos da Elanco Saúde Animal destacam alguns pontos de atenção em relação à transmissão e prevenção da febre maculosa.



1. Atenção à presença de carrapatos!

Apesar do carrapato-estrela ser o principal vetor transmissor da Rickettsia, causadora da febre maculosa, outras espécies de carrapato têm potencial de transmissão da doença. Isso reforça a importância de manter seus pets protegidos dos carrapatos. “Vale lembrar que, além da febre maculosa, devemos estar atentos a outras enfermidades graves que também são transmitidas por carrapatos. A picada desses parasitas pode transmitir hemoparasitoses, que são doenças que afetam a saúde e bem-estar, podendo levar os animais à morte. No caso da febre maculosa, além de ser uma hemoparasitose, também é uma zoonose, ou seja, uma doença que pode acometer tanto animais quanto seres humanos que forem picados pelo carrapato-estrela infectado”, explica Camila Camalionte, médica-veterinária e gerente técnica da Elanco.



2. A prevenção é o melhor caminho

Como o conceito de prevenção ainda não está consolidado no Brasil, nunca é demais repetir: a melhor estratégia é garantir que os animais estejam protegidos, livres destes parasitas que tanto prejudicam a saúde deles e a nossa. Ignorar esse alerta pode custar vidas.

“Como a febre maculosa está em foco, vale ressaltar que a solução mais indicada para proteger nossos cães é o Credeli™, único comprimido da família das isoxazolinas com indicação em bula contra o carrapato-estrela. Ele elimina os carrapatos em até 8 horas e 100% das pulgas em até 6 horas”, afirma Camila.



3. Cuidado ao remover o carrapato

Muitas pessoas cometem o erro de arrancar o carrapato quando o veem, seja no próprio corpo ou dos animais que eles parasitam. No entanto, a infecção pode se dar por meio das lesões na pele ocasionadas pelo esmagamento do carrapato ao tentar retirá-lo. Vale lembrar que a bactéria está presente na saliva do carrapato. Por isso, “ao apertá-lo ou esmagá-lo ele pode inocular ainda mais saliva. O ideal é retirar delicadamente com uma pinça, torcendo até que seu aparelho bucal se desprenda da pele”, diz Camila.



Carrapato-estrela
Foto: CDC/ Dr. Christopher Paddock/ James Gathany/Wikicommons



4. De olho no ambiente

Proteger os animais é muito importante, mas também é necessário o cuidado com o ambiente. Os carrapatos podem permanecer por um período de até um ano sem se alimentar, à espera de um hospedeiro. Ao encontrar esse hospedeiro, que pode ser animais domésticos, silvestres ou de fazenda, o carrapato irá parasitá-lo por seis dias, consumindo seu sangue. Depois, cairá novamente no chão e sofrerá outra ecdise em torno de 23 a 25 dias, transformando-se nos carrapatos adultos, e aí podem permanecer aguardando novos hospedeiros por um período de até 24 meses sem se alimentar, segundo dados do Centro de Vigilância Epidemiológica de São Paulo.

Dessa forma, é essencial realizar a limpeza e desinfecção periódica (com produtos específicos) dos ambientes em que vivem os animais – sejam pets domésticos ou animais de produção.



5. Controle nas fazendas

Por falar nos animais de produção, a Elanco defende o controle parasitário integrado, que abrange o combate à proliferação de carrapatos, moscas diversas, entre outros parasitas no rebanho bovino. “Uma das estratégias adotadas pelos produtores para o controle parasitário era associá-lo ao momento em que faziam a vacinação contra febre aftosa, aproveitando o manejo exigido para tal, ou seja, vacinavam e desparasitavam ao mesmo tempo", afirma Octaviano Pereira Neto, médico-veterinário e gerente técnico da Elanco. “Com a suspensão da vacinação obrigatória, novas práticas vêm sendo adotadas, tornando, inclusive, mais eficientes os controles, pois as datas de realização, passam a seguir a epidemiologia dos parasitos e não o calendário oficial de vacina contra aftosa”, completa

A Elanco já trabalha sob esse olhar, combinando uma estratégia multiproduto, com soluções antiparasitárias de combate simultâneo a diferentes parasitas, suportada por protocolos de atuação focados em agentes específicos.

O produto Trucid™, por exemplo, atua tanto em parasitas internos quanto externos, no combate a alguns vermes, carrapatos e bicheiras, e indicação para bovinos de corte e leite (desde que não usado em vacas lactantes). “Ele é um bom exemplo de produto para combate integrado, assim como o Tiguvon™ 15 Spoton, que é bernicida, piolhicida e mosquicida, e não precisa do animal no curral para ser aplicado. O produto pode ser administrado pelo técnico durante a lida com o gado, porque a absorção é cutânea e a dose é única”, diz Octaviano. No combate aos carrapatos, Octaviano destaca o Acatak™, para o controle em populações mais sensíveis, principalmente o gado europeu e o cruzado.

Para saber mais sobre as principais soluções da Elanco, visite o site www.elanco.com.br e acompanhe a gente no Instagram (@elancopets e @elancoagro) e no Linkedin (@elancobrasil).


Alimentação e saúde íntima feminina: os efeitos do consumo excessivo de carboidratos

No inverno, muitas mulheres abusam de alimentos que podem prejudicar a saúde

 

Durante os dias mais frios do ano, é natural que o corpo busque fontes de energia para se manter aquecido, e os carboidratos são uma das principais fontes. Além disso, algumas pessoas tendem a sentir mais fome no inverno devido à queda da temperatura, o que pode levar ao aumento do consumo de alimentos calóricos e ricos em carboidratos.

Porém, os hábitos alimentares influenciam diretamente no nosso bem-estar, incluindo a saúde íntima. Nas mulheres, o consumo excessivo de doces e carboidratos pode alterar o pH vaginal, o que deixa a mulher com mais predisposição para a candidíase. 

“Esse hábito comum nos dias mais frios contribui para o crescimento de fungos, como a Candida albicans, que pode levar a uma tolerância fúngica, como a candidíase. Esses fungos prosperam em ambientes com alto teor de açúcar, o que pode ser favorecido por uma dieta rica em carboidratos simples”, explica a ginecologista especialista em Endoscopia Ginecológica na Clínica Ginelife, Dra. Fernanda Lellis.

A especialista ainda ressalta que consumir produtos industrializados, de forma exagerada, com alto teor de gordura ou ricos em leveduras, como cerveja, vinho e vinagre, entre outros, também pode prejudicar a saúde íntima e causar, por exemplo, corrimento e infecções.

 

Abusei, e agora?

Primeiramente, é importante ressaltar, que os carboidratos são uma importante fonte de energia para o corpo e devem fazer parte da nossa alimentação. Optar por grãos integrais, leguminosas e frutas, em vez de carboidratos refinados, pode ser benéfico para a saúde geral, incluindo a saúde íntima, fornecendo nutrientes essenciais e fibras que ajudam no bom funcionamento do organismo.

Agora, se você abusou ou deseja consumir alimentos que podem contribuir ou reequilibrar o pH vaginal, você pode incluir as bebidas lácteas com lactobacilos que contribuem para o equilíbrio do pH vaginal.

“O ideal é seguir uma dieta equilibrada, apostando em uma boa variação de legumes e vegetais, além de carboidratos em forma integral e alimentos ricos em proteína, com pouca gordura. Já os alimentos que ajudam a saúde íntima, são: cenoura, soja, maçã, batata-doce e pera, por exemplo. Também é recomendado beber bastante água ao longo do dia e ingerir água de coco rica em ácido láurico e muito recomendado para mulheres com candidíase” explicou a nutricionista na Clínica Ginelife, Gaby Esteves.

Ainda é possível acrescentar algumas ervas na alimentação, que vão contribuir para manter a saúde íntima. Segundo a nutricionista, alecrim e gengibre têm propriedades antioxidantes, antifúngicas e antiparasitárias.

Além disso, manter uma boa higiene íntima e adotar hábitos saudáveis de vida, como a prática regular de exercícios físicos e o controle do estresse, também são importantes para a manutenção da saúde íntima feminina. 



Dra. Fernanda Lellis - ginecologista na Clínica Ginelife. Médica pela Faculdade de Medicina de Mogi das Cruzes. Residência de Ginecologia e Obstetrícia pela Faculdade de Medicina do ABC. Especialização de Videoendoscopia Ginecológica pela Faculdade de Medicina do ABC. Título de especialista em Ginecologia e Obstetrícia pela Associação Médica Brasileira e FEBRASGO. Título de especialista em Endoscopia Ginecológica pela Associação Médica Brasileira e FEBRASGO. Preceptora do setor de Videoendoscopia Ginecológica no Hospital Mario Covas.


Gaby Esteves - nutricionista na Clínica Ginelife. Formada no Centro Universitário São Camilo em 2003. Pós-graduada em Nutrição Clínica pelo Centro Universitário São Camilo em 2006. Especialista em Suplementação Nutricional pelo Centro VP em 2008. Atendimento em consultório com ênfase em cirurgia bariátrica, doenças intestinais e cardiologia desde 2004. Atendimento em consultório com ênfase em endometriose, menopausa, gestação e SOP desde 2021. Nutricionista do ambulatório de dor pélvica crônica e endometriose da Ginecologia da Faculdade de Medicina da Fundação ABC. Nutricionista Parceira da TV Gazeta em programas televisivos desde 2003.

 

Os Perigos da Gordura Trans: Aprenda Como Substituir Alimentos Industrializados para uma Vida Mais Saudável

A gordura trans é um tipo de gordura que é frequentemente encontrado em alimentos processados e industrializados, como bolos, biscoitos, salgadinhos e óleos de cozinha. Infelizmente, estima-se que cerca de 5 bilhões de pessoas em todo o mundo ainda permanecem desprotegidas da gordura trans, aumentando o risco de doenças cardíacas e morte. 

De acordo com um relatório recente da Organização Mundial da Saúde (OMS), o consumo de gordura trans é responsável por até 500 mil mortes prematuras por doenças do coração a cada ano em todo o mundo. É um número alarmante que pode ser reduzido com a conscientização e a adoção de práticas mais saudáveis em nossa alimentação.

 

Tipos de gordura

 

Embora a gordura possa trazer sabor e textura aos alimentos, é importante lembrar que ela é mais calórica do que outros nutrientes, como carboidratos e proteínas. No entanto, é importante consumir gordura em pequenas quantidades, uma vez que ela é necessária para o bom funcionamento do organismo. Além disso, o colesterol bom, também conhecido como HDL, é responsável por transportar hormônios para as células. Portanto, devemos manter um equilíbrio saudável de gordura em nossa dieta, para que possamos desfrutar de seus benefícios sem prejudicar a nossa saúde. 

Existem quatro tipos de gorduras e é importante conhecê-los para manter uma alimentação saudável. A nutricionista funcional, Cris Ribas Esperança, explica que a gordura insaturada é dividida em dois grupos: monoinsaturada e poli-insaturada. 

A gordura monoinsaturada é considerada uma gordura boa para a saúde, pois ajuda a controlar os níveis de LDL no sangue, que é conhecido como “colesterol ruim”. Quando esses níveis estão elevados, há maior risco de formação de placas de gordura nos vasos sanguíneos, o que pode levar a doenças cardiovasculares, como o AVC ou o infarto agudo do miocárdio. Os principais alimentos fontes de gordura monoinsaturada são o azeite de oliva, o óleo de canola, o abacate, o amendoim, a castanha de caju e as nozes. 

A gordura poli-insaturada também é importante para a saúde, pois tem ação anti-inflamatória e imunomoduladora, além de auxiliar na redução dos níveis de LDL sanguíneo. Os principais tipos de gordura poli-insaturada são o ômega-3 e o ômega-6. Os alimentos ricos em ômega-3 são o salmão selvagem, o óleo de linhaça, a sardinha, o arenque, a castanha-do-pará e o óleo de peixe.

 

Gordura saturada

A gordura saturada é vista como ruim para a saúde, mas também tem benefícios. Ela desempenha um papel importante na integração das membranas celulares e é responsável pelo armazenamento das vitaminas A, D, E e K. No entanto, seu consumo deve ser moderado, pois o excesso de gordura saturada pode contribuir para o aumento do depósito de LDL nas artérias, o que pode favorecer o surgimento de doenças cardíacas. Esse tipo de gordura pode ser encontrado em carnes vermelhas e brancas com gordura aparente, leite, manteiga, creme de leite, nata e azeite de dendê.

 

Gordura Trans

A gordura trans é obtida por meio de um processo químico chamado hidrogenação, no qual óleos vegetais líquidos se transformam em gordura sólida. Diferentemente das outras gorduras, a gordura trans não oferece nenhum benefício à saúde e deve ser evitada. 

A gordura trans é particularmente perigosa porque ela aumenta os níveis de colesterol ruim (LDL) e reduz os níveis de colesterol bom (HDL) no sangue, aumentando o risco de doenças cardíacas e acidente vascular cerebral (AVC). 

“O consumo de gordura trans pode ser ainda mais perigoso para pessoas com doenças cardíacas, diabetes e obesidade. Por isso, é essencial que nos informemos sobre os alimentos que podem conter gordura trans e evitemos o consumo desses alimentos.” Destaca Cris Ribas Esperança. 

A gordura trans é comumente encontrada em alimentos processados e industrializados. Aqui estão alguns exemplos de alimentos que podem conter gordura trans: 

  • Produtos de panificação, como pães e bolos industrializados;
  • Biscoitos industrializados;
  • Salgadinhos industrializados, como batatas fritas e salgadinhos de milho;
  • Nachos e outros petiscos de milho industrializados;
  • Margarina em tabletes ou em potes e cremes vegetais;
  • Produtos congelados, como batatas fritas, pizzas, lasanhas e nuggets;
  • Fast food, como hambúrgueres e fritas;
  • Sorvete industrializado;
  • Chocolate ao leite, chocolate branco e outros doces industrializados;
  • Cereais matinais industrializados;
  • Molhos e temperos, como maionese, ketchup, mostarda e molho de soja;
  • Recheios e coberturas para bolos industrializados;
  • Barras de cereais industrializadas;
  • Massas folhadas, como croissants e folhados de queijo;
  • Tortas e quiches industrializados;
  • Pipoca de micro-ondas;
  • Creme de leite em lata ou em caixa e leite condensado. 


Felizmente, existem muitas maneiras de evitar a gordura trans em sua dieta. Cris Ribas Esperança compartilha algumas dicas:

 

1. Leia os rótulos dos alimentos: Ao comprar alimentos processados, verifique sempre os rótulos para ver se eles contêm gordura trans. Fique atento a termos como ‘gordura hidrogenada’ ou ‘gordura parcialmente hidrogenada’.

 

2. Faça escolhas mais saudáveis: Substitua alimentos processados e industrializados por opções mais saudáveis. Como, por exemplo:

  • Em vez de comprar pães e bolos industrializados, experimente fazer em casa usando ingredientes mais saudáveis, como farinha integral e açúcar mascavo.
  • Opte por lanches mais saudáveis, como frutas frescas, vegetais cortados em palitos, nozes ou sementes invés de biscoitos e salgadinhos.
  • Use azeite de oliva ou óleo de coco para cozinhar e temperar alimentos.
  • Faça sua própria pizza em casa usando massa integral e ingredientes frescos, como tomate, queijo e vegetais. Em vez de nuggets, experimente fazer frango empanado em casa, usando farinha integral e temperos naturais.
  • Faça seu próprio sorvete em casa usando frutas frescas, iogurte natural e mel.
  • Em vez de doces industrializados, experimente fazer suas próprias sobremesas em casa, usando ingredientes mais saudáveis, como frutas frescas, chocolate amargo e açúcar mascavo. 

 

3. Cozinhe em casa: Cozinhe suas próprias refeições em casa usando ingredientes frescos e saudáveis. Isso ajudará a evitar a gordura trans e outros ingredientes não saudáveis.

 

4. Opte por fontes saudáveis de gordura: Ao cozinhar, use óleos saudáveis, como azeite de oliva ou óleo de coco, em vez de margarina ou óleos vegetais hidrogenados.

 

5. Escolha alimentos frescos: Escolha alimentos frescos e naturais em vez de alimentos processados e industrializados sempre que possível. Isso ajudará a garantir que você esteja recebendo os nutrientes de que seu corpo precisa sem os riscos associados à gordura trans.

 

6. Cozinhe com cuidado: Ao cozinhar, evite frituras e opte por métodos de cozimento mais saudáveis, como assar, grelhar ou cozinhar no vapor.

 

7. Tenha cuidado com os alimentos ‘sem gordura trans’: Alguns alimentos podem ser rotulados como ‘sem gordura trans’, mas ainda contêm pequenas quantidades dessa gordura. Portanto, é importante verificar os rótulos com atenção e não confiar apenas na rotulagem do produto.

 

8. Informe-se: Mantenha-se informado sobre os alimentos que contêm gordura trans e sobre as alternativas mais saudáveis disponíveis. Isso ajudará você a tomar decisões mais informadas sobre sua alimentação.

 

“Ao fazer escolhas mais saudáveis em sua alimentação, você: investirá em sua saúde e bem-estar a longo prazo. Lembre-se, a chave para uma alimentação saudável é a variedade e o equilíbrio, então faça escolhas saudáveis na maioria das vezes, mas também permita-se desfrutar de seus alimentos favoritos de vez em quando.” Finaliza Cris Ribas Esperança.

 

Cris Ribas Esperança - CRN-3 48747 Nutricionista Funcional. Apaixonada pela vida e formada em nutrição por amor a comida de verdade. Seus Hábitos só terão resultados quando forem sustentáveis e reais. Acredita que se alimentar bem, não é mais ou menos é o segredo para uma vida de saúde e prosperidade. Além da formação é pós graduada em Gastronomia Funcional e especializada em Nutrição Comportamental e Low Carb. Sócia proprietária do Instituto do Bem-Estar Giulliano Esperança, onde divide seus compromissos junto a carreira de nutricionista.

 

Aspectos polêmicos sobre a inseminação artificial no Brasil

O Brasil é líder do ranking latino-americano dos países que mais realizam reprodução assistida, segundo estudo realizado em 2019 pela Rede Latino-Americana de Reprodução Assistida (RedLara)[1]. Estima-se que, entre a década de 90 e o ano de 2016, 83.681[2] bebês brasileiros foram concebidos com a utilização de algum método de reprodução assistida, seja por indução de ovulação, inseminação artificial, fertilização in vitro, entre outros.

Ainda, relatório recente do SisEmbrio sobre produção de embriões, divulgados anualmente pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), apontam crescimento no número de procedimentos de reprodução assistida realizados no Brasil[3]. O relatório indica que em 2020 e 2021foram congelados aproximadamente 154.630 óvulos e 114.3752 embriões.

Muito embora a procura por tais procedimentos venha crescendo a cada ano, inexiste, no Direito brasileiro, lei federal que regulamente o tema, de modo que o judiciário tem recorrido às Resoluções do Conselho Federal de Medicina (CFM) para a solução de controvérsias sobre o assunto, sendo a mais recente a Resolução nº 2320/2022.

Diante da relevância do tema, o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil realizou no dia 07/06/2023, o evento denominado “Aspectos polêmicos sobre a inseminação artificial no Brasil”, o qual contou com a participação do Dr. Waldemar Naves do Amaral Filho, médico especialista em ginecologia e obstetrícia, e da Dra. Marina de Neiva Borba, advogada, mestre e doutora em Bioética, para discussão acerca da recente Resolução do CFM.

Os palestrantes levantaram os aspectos que consideram mais polêmicos a respeito do tema, dentre os quais encontram-se os princípios gerais para utilização das técnicas de reprodução assistida, a gestação de substituição, a gestação compartilhada e a doação compartilhada de oócitos.

A respeito dos princípios gerais, ressaltou-se:

  • a necessidade de consentimento de ambas as partes envolvidas na técnica de reprodução assistida, sendo indispensável a assinatura de termo de consentimento, livre e esclarecido, tanto pelo doador do espermatozoide, como pela cessionária do óvulo;
  • a impossibilidade de aplicação da técnica com a intenção de selecionar o sexo ou características biológicas da criança, exceto para evitar doenças no descendente; e
  • a proibição da fecundação para qualquer finalidade diversa da procriação humana.

No tocante ao procedimento de gestação de substituição, popularmente conhecida como “barriga de aluguel”, o CFM determinou que:

  • a cessão temporária de útero não pode ter caráter lucrativo ou comercial;
  • a cedente do útero deve assinar termo de compromisso de que receberá o embrião em seu útero, no qual serão estabelecidas claramente a questão da filiação da criança;
  • a cedente deve ter ao menos um filho vivo; e
  • a cedente deve pertencer à família de um dos parceiros em parentesco consanguíneo até o quarto grau[4], ou, em caso de impossibilidade, deverá ser solicitada autorização do Conselho Regional de Medicina.

Segundo especialistas, tais medidas foram implementadas para minimizar a ocorrência de recusa da entrega da criança, tema que tem despertado bastante atenção do judiciário brasileiro.

Ainda, os palestrantes citaram a regulamentação do inovador método de gestação compartilhada, através do qual possibilita-se que ambas as mulheres de um casal homoafetivo participem da concepção do bebê, por meio da fecundação do óvulo de uma mulher e transferência para o útero de sua parceira.

Por fim, também foram discutidas algumas das controvérsias em relação à doação compartilhada de oócitos em reprodução assistida. Nessa técnica, uma mulher que está em tratamento de reprodução assistida realiza a doação de parte de seu material biológico (óvulos) para outra (que geralmente possui problema de infertilidade), mediante compartilhamento dos custos do procedimento de ambas.

Por mais que se discuta a existência de interesse lucrativo nesta prática, o que seria vedado pelo CFM, a especialista, Dra. Marina, salientou que, em ponderação dos direitos em questão, deve prevalecer o de acesso ao planejamento familiar (art. 226, §7º, Constituição Federal), que engloba a possibilidade de utilização de técnicas de reprodução assistida, de modo a se permitir o procedimento de doação compartilhada de oócitos.

Com efeito, nota-se que a ciência alcançou grande avanço no que diz respeito às técnicas de reprodução assistida, mas que há um descompasso entre os desdobramentos dessas técnicas e a legislação brasileira, o que representa um desafio a ser enfrentado por toda a sociedade, respeitando a sensibilidade do tema, que envolve princípios éticos, sociológicos, filosóficos e religiosas para sua normatização.

 



Juliana Moscalewsky - advogada na Domingues Sociedade de Advogados e especialista na área de Família e Sucessões.



[1] Informação retirada de: https://redlara.com/blog_detalhes.asp?USIM5=664

[2] Informação retirada de: chrome-extension://efaidnbmnnnibpcajpcglclefindmkaj/https://redlara.com/PDF_RED/RLA_EducacaoPacientes_2016_port.pdf

[3] Informação retirada de: https://www.gov.br/anvisa/pt-br/assuntos/noticias-anvisa/2022/divulgado-relatorio-sobre-fertilizacao-in-vitro-no-pais-em-2020-e-2021

[4] Parentes de primeiro grau são pais e filhos; de segundo grau são avós e irmãos; de terceiro grau são tios e sobrinhos; e de quarto grau são primos.

 

Doenças circulatórias aumentam no inverno

Foto: Internet
Entenda como a saúde vascular pode ser afetada pelas temperaturas baixas 

 

Com a chegada do inverno no Brasil, é comum aumentar as queixas relacionadas à saúde vascular em consultórios médicos. Isso acontece porque o frio pode produzir diversos efeitos no corpo. Quando se trata do sistema circulatório, durante as épocas mais frias do ano acontece a vasoconstrição.

 

O médico angiologista e cirurgião vascular, Guilherme Jonas, esclarece que esse termo se refere a contração dos vasos sanguíneos. “Esse é um mecanismo de defesa que tem como objetivo manter o corpo aquecido para lidar com o frio. Em contrapartida, com o espaço menor entre os vasos sanguíneos, fica mais difícil para o sangue circular e chegar corretamente nas partes extremas do corpo, como as pernas e pés”, explica.

 

Ou seja, a partir disso, podem surgir algumas doenças relacionadas ao sistema circulatório. “Sem a circulação correta do sangue, aumentam as chances de desenvolvimento da trombose ou da doença arterial periférica, por exemplo. Além disso, para quem já sofre com doenças como hipertensão ou alguma outra doença cardiovascular, os riscos de agravamento também aumentam”, destaca o médico.


 

Cuidados  

 

Por isso, com a chegada do inverno é necessário redobrar a atenção e intensificar a rotina de exercícios físicos para evitar o surgimento ou agravamento de qualquer transtorno do gênero. “Com o frio é mais difícil manter a animação para fazer exercícios. Mas é preciso pensar que eles são essenciais para manter a saúde. Então, invista em uma rotina com pelo menos 40 minutos de exercícios e alongamentos ao longo do dia”, orienta.

 

Além disso, é  recomendável  aquecer o corpo, seja com alimentos e bebidas quentes, como também pelo uso de roupas adequadas, de modo a diminuir a vasoconstrição e aumento da pressão arterial.  As pessoas com hábitos saudáveis, como os que controlam o peso por meio de dietas, praticam exercícios indicados para idade e condição física, não fumam e não bebem possuem menor chance de manifestar doenças cardiovasculares, tanto no inverno como no verão

 

Fonte: Guilherme Jonas, médico angiologista e cirurgião vascular, especialista em 

cirurgia vascular pela SBACV (Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular). CRMMG 44020, RQE 28561, 37143. Diretor técnico da clínica Angiomais em Belo Horizonte MG.


Cinco curiosidades sobre doação de sangue

Divulgação
Gesto voluntário é imprescindível para salvar vidas nos hospitais


Uma hora para salvar até quatro vidas. Esse é o poder de uma única coleta de sangue para doação. Mesmo assim, o número de doadores é pequeno, em comparação à necessidade dos bancos de sangue espalhados por todo o Brasil. De acordo com o Ministério da Saúde, o país tem, hoje, apenas 3,2 milhões de doadores regulares, o que corresponde a 1,6% da população. Daí a importância de campanhas de conscientização.

Segundo a assessora de Biologia do Sistema Positivo de Ensino, Samantha Fechio, doar sangue é uma maneira eficaz de contribuir com o funcionamento de hospitais, clínicas e outros centros de saúde. Isso porque o sangue é uma substância indispensável para o bom funcionamento do corpo humano. “Há uma série de funções vitais que só são possíveis por causa do sangue. É ele que leva oxigênio e nutrientes para as diversas partes do corpo e garante a manutenção da vida”, explica. Ela faz uma lista de cinco curiosidades sobre a doação de sangue.


  1. Os tipos mais necessários

Cada ser humano tem um tipo sanguíneo e garantir que cada um receba o tipo correto é vital. Transfusões só são seguras quando os tipos sanguíneos são devidamente respeitados. Do contrário, o organismo pode trabalhar “contra” o sangue recebido, o que seria um problema grave do ponto de vista médico. “O sangue tipo AB é chamado de receptor universal, porque quem possui esse tipo sanguíneo pode receber qualquer outro tipo. Já o tipo O é o doador universal, visto que não possui antígenos e, portanto, pode doar para qualquer outro tipo. Quem tem sangue O só pode receber transfusões de sangue tipo O”, diz a especialista.

Nos bancos de sangue, os tipos mais necessários são o A negativo e o O positivo, visto que atendem uma parcela maior da população e, por isso, são utilizados com muito mais frequência.


  1. Quanto você pode doar

Para doar sangue, no Brasil, é preciso ter um peso mínimo de 50 kg. Essa exigência é feita porque, em uma mesma doação, ninguém pode doar mais que 8 ml por kg, no caso das mulheres, e 9 ml por kg, no caso dos homens. Uma doação retira, portanto, uma média de 450 ml de sangue do corpo, mais cerca de 30 ml para realizar exames laboratoriais que são exigidos por lei no país.


  1. O que garante a segurança de uma transfusão?

Não é porque a doação de sangue é voluntária que ela pode ser feita por qualquer pessoa. São muitos os critérios de avaliação para que o sangue de alguém seja considerado seguro para ser recebido pelos pacientes. No Brasil, o sangue é testado para ao menos seis doenças que podem ser transmitidas por meio dele. Elas são: Hepatite B, Hepatite C, HIV, HTLV, Sífilis e doença de Chagas. “Além disso, o doador responde a um questionário sobre hábitos comportamentais que podem ser determinantes para que o sangue doado por ele seja aproveitado ou descartado”, destaca Samantha.


  1. O sangue doado pode ser fragmentado

Durante a coleta o sangue é retirado do doador com a ajuda de uma agulha e uma bolsa, apenas. Depois da coleta, no entanto, o líquido armazenado pode ser separado em quatro partes, para ser destinado da melhor maneira aos pacientes que precisam dele. Uma bolsa de sangue gera plasma, que é a parte líquida, propriamente dita, concentrado de plaquetas, concentrado de hemácias e crioprecipitado.

“Cada uma dessas ‘partes’ do sangue tem um prazo de validade específico. Enquanto o concentrado de plaquetas dura apenas cinco dias, o concentrado de hemácias pode durar entre 35 e 42 dias nos estoques e o plasma, por sua vez, tem validade que pode ir de um a cinco anos”, detalha.


  1. Não há substituto para o sangue humano

Além de ser um ato rápido e cheio de empatia, a doação de sangue ainda é a única forma de ajudar quem precisa de uma transfusão, qualquer que seja o motivo. Isso porque não há, até hoje, nenhuma alternativa viável para substituir o sangue humano.

 

Sistema Positivo de Ensino


Obesidade: variante genética apresenta maior risco de hipertensão

Pesquisa aponta que pacientes com obesidade mórbida e variante MC4R precisam de mais cuidados


A obesidade e suas questões cardiometabólicas associadas são uma grande preocupação de saúde em todo o mundo. Pessoas com obesidade grave e uma variante genética específica correm maior risco de pressão alta, descobriu um estudo da Mayo Clinic.

A obesidade traz um risco maior de doença cardiovascular, incluindo AVC, insuficiência cardíaca e infarto do miocárdio. Felizmente, a obesidade é uma doença multifatorial resultante de uma desregulação do equilíbrio de energia muitas vezes é um fator de risco modificável para doenças cardiovasculares.

“O peso corporal é regulado por diversas interações complicadas entre hereditariedade e fatores ambientais”, afirma a Dra. Lizeth Cifuentes, pesquisadora em gastroenterologia da Mayo Clinic. “Estima-se que a hereditariedade da obesidade entre 40 e 70 por cento, mas apenas 10 por cento dos casos de ocorrência precoce de obesidade mórbida são causados por variantes genéticas.”

Essas variantes devem-se principalmente a mutações recessivas em genes da via leptina-melanocortina, uma via essencial para regular a ingestão de alimentos e o peso corporal. Essas variantes genéticas são mais prevalentes em cerca de 6 por cento das crianças e 2,5 por cento dos adultos com ocorrência precoce de obesidade mórbida.

A Dra. Cifuentes e colegas do Programa de Medicina de Precisão contra Obesidade da Mayo Clinic queriam estudar as diferenças em fatores de doenças cardiovasculares e doenças em pacientes com histórico de obesidade mórbida, com ou sem variantes genéticas nessa via. “Entender o efeito dessas variantes na saúde cardiovascular ajudaria os médicos a lidar com os fatores de risco modificáveis para seus pacientes com obesidade mórbida”, explica ela.

Para isso, eles conduziram um estudo transversal de participantes do Biobanco da Mayo Clinic com histórico de obesidade mórbida, definida como um índice de massa corporal de 40 ou acima, ou que fizeram cirurgia bariátrica e realizado genotipagem na via leptina-melanocortina hipotalâmica. O Biobanco da Mayo Clinic consiste em uma coleção de amostras médicas (incluindo sangue e derivados de sangue) e de informações de saúde doadas por pacientes da Mayo Clinic e usadas em pesquisas contínuas sobre saúde.

No total, foram identificados 168 portadores da variante genética MC4R, e a equipe de pesquisa da Mayo descobriu que os portadores apresentavam maior risco de hipertensão e relatavam mais fatores de risco cardiovascular comparados com os 2039 não portadores. “O ajuste de idade, sexo e índice de massa corporal, que poderiam influenciar no risco cardiovascular, não afetou nossas descobertas de que portadores apresentaram maior prevalência de hipertensão”, relata o Dr. Andres Acosta, Ph.D., pesquisador líder no laboratório de Medicina de Precisão contra Obesidade.

Os portadores da variante MC4R não apresentaram maior incidência de doença cardiovascular ou óbito, de acordo com as descobertas que foram relatadas em um artigo da revista médica Mayo Clinic Proceedings. “Nossa expectativa era de maior prevalência de hipertensão, já que o ganho de peso em excesso prevê o desenvolvimento da doença”, explica o Dr. Acosta, autor sênior do estudo.

A Dr. Cifuentes, primeira autora do estudo, conta que os pesquisadores ficaram surpresos por não haver uma relação consistente com doença cardiovascular. “Considerando a complexidade das vias causais das doenças cardiovasculares, simplesmente pode haver uma quantidade significativa de dados confusos não medidos em nossas análises”, declara ela.

A importância do estudo para os médicos é reconhecer que os pacientes com obesidade que realizam genotipagem e possuem variantes heterozigóticas na via leptina-melanocortina podem não estar protegidos da hipertensão, como se acreditava anteriormente. “Esses pacientes podem precisar de atenção mais rigorosa em relação aos fatores de risco modificáveis para hipertensão, incluindo tratamentos eficazes individualizados contra obesidade”, diz a Dra. Cifuentes.

Pessoas com as variantes genéticas podem ter tido obesidade desde a infância, mas a duração não foi documentada na coorte estudada pelos pesquisadores da Mayo, e mais estudos são necessários para determinar o risco a longo prazo de obesidade e doenças cardiovasculares em pessoas com variantes genéticas.

Entre as limitações do estudo está o fato de que a raça autodeclarada entre os participantes da coorte do Biobanco da Mayo Clinic foi 90 por cento branca, o que significa que a generalização dos resultados para outras populações pode ser limitada.

O trabalho do Dr. Acosta é subsidiado pelos National Institutes of Health (Institutos Nacionais de Saúde dos EUA), pelo Biobanco da Mayo Clinic e pela empresa farmacêutica Rhythm Pharmaceuticals para os estudos de genotipagem. Os autores declararam não haver conflitos de interesses. O Biobanco da Mayo Clinic é subsidiado pelo Centro de Medicina Individualizada da Mayo Clinic.

Consulte o artigo para ver a lista completa de autores, financiamentos, conflitos de interesses e esclarecimentos. Para obter mais informações, consulte o blog do Centro de Medicina Individualizada da Mayo Clinic.


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