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segunda-feira, 2 de maio de 2022

Saiba por que a doença periodontal é tão comum em pacientes diabéticos e como tratá-la?


Cuidar da saúde bucal é necessária para todas as pessoas em todas as fases da vida, não apenas para ter dentes saudáveis, mas para a saúde integral do organismo. E quem tem diabetes deve saber que a doença se não tratada e acompanhada no dia a dia, infelizmente pode afetar várias partes do corpo, como rins, olhos e até a saúde bucal.

Segundo dados da SOBRAPE (Sociedade Brasileira de Periodontologia), o paciente com diabetes tem um risco 2,5 maior de pacientes não diabéticos de desenvolver doença periodontal. Uma inflamação ou infecção crônica caracterizada pelo acúmulo de placas bacterianas nas estruturas que dão suporte ao dente (mais especificamente entre a gengiva e o dente). E se não for tratada adequadamente pode levar à perda dentária.

Ou seja, a falta de tratamento adequado pode levar a sensibilidade na gengiva com sangramentos ao escovar os dentes e passar o fio dental, retração gengival, reabsorção dos tecidos periodontais, mobilidade dentária e até perda dos dentes. “As alterações histopatológicas e metabólicas características do diabetes são fatores que agravam os efeitos da placa bacteriana nos dentes. Além do fato de os pacientes diabéticos apresentarem respostas imunológicas deficientes. Esse conjunto de condições favorece e/ou agrava os quadros periodontais nesses indivíduos”, afirma o odontologista Anderson Bernal, cirurgião-dentista, designer dental e facial, atua na área de reabilitação oral e estética dos dentes há 27 anos.

A doença periodontal é uma das doenças mais comuns em pacientes com diabetes. Estima-se que 76% deles possuem doença periodontal em algum grau de desenvolvimento. Mas a prevalência é mais predominante em pacientes diabéticos não controlados. “Muitos deles possuem doença periodontal, com aumento de reabsorção alveolar e alterações inflamatórias gengivais”, afirma o especialista.


Três tipos de doenças periodontais mais comuns

Os três tipos de doenças periodontais mais recorrentes são a gengivite, a periodontite e a periodontite avançada. Elas afetam a saúde bucal dos pacientes de formas diferentes. “A gengivite é a manifestação da inflamação da gengiva, causada pela formação de tártaro na região proveniente de uma escovação inadequada. Essa doença pode trazer diversos riscos ao paciente, como sangramento da gengiva durante a escovação e o uso de fio dental diários e inchaço da área, provocando desconforto ao paciente”, afirma o odontologista. Importante salientar que a consequência da gengivite não tratada é o agravamento do quadro e o desenvolvimento da periodontite. “A periodontite, por sua vez, é a inflamação agravada da gengiva, que afeta os tecidos de sustentação dos dentes e resulta no afastamento dos dentes da própria gengiva, facilitando o maior acúmulo de placa bacteriana na área”, explica.

Já a periodontite avançada é o estágio mais preocupante da periodontite, quando a infecção nesse estágio destrói os ossos responsáveis pela sustentação dos dentes. Com essa sustentação abalada e o progressivo aumento da quantidade de placa bacteriana, os dentes vão amolecendo e o risco de perda precoce aumenta consideravelmente.

É bom lembrar que a doença periodontal não se manifesta como um problema primário. Na verdade, seu início se dá em função do acúmulo da placa bacteriana (biofilme) associado ao descuido com a higiene bucal e a falta de manutenção com visitas regulares ao dentista. “Isso porque, se a placa bacteriana não é devidamente removida por meio da escovação, ela sofre um processo de mineralização com passar do tempo”, afirma o especialista. Consequentemente, desenvolve-se uma gengivite - inflamação que fica restrita ao tecido gengival. É possível que a pessoa logo perceba a doença periodontal quando ela está em sua fase inicial.


Tratamento não é igual para todos os pacientes

Embora alguns estudos apontem que os quadros controlados de diabetes podem receber tratamento periodontal semelhante aos pacientes não-diabéticos, aqueles que possuem a doença descontrolada precisam ser tratados de forma especial e com cuidados específicos.


Alguns deles são:

- Garantir que a insulina ou medicação para controle de glicemia tenha sido administrada em dose e horários corretos;

- realizar atendimentos curtos, sem que o paciente esteja em jejum. Quando necessário, é possível utilizar tranquilizantes ou sedação complementar;

- trabalhar com o menor campo possível para reduzir o risco de contaminações cruzadas e de processos extensos de cicatrização;

- evitar os anestésicos com vasoconstrictores adrenérgicos;

- verificar os sinais vitais do paciente antes, durante e após a anestesia (aferir a pressão arterial e medir a pulsação);

- procedimentos mais extensos podem requerer estrutura hospitalar;

- Reforçar as orientações acerca da higiene oral e da importância do controle do nível glicêmico para a manutenção da saúde bucal.

 

Como prevenir a doença periodontal

Existem vários passos que podem ser seguidos para evitar ou minimizar os desconfortos da doença periodontal no diabético:

- Fazer um controle restrito na dieta e nos níveis glicêmicos;

- realizar a escovação dental de forma eficaz e frequente, utilizando também fio dental e enxaguantes bucais;

- evitar traumas durante a escovação;

- fazer visitas regulares ao dentista para limpezas preventivas.

 

Periodontite tem cura

A periodontite no paciente diabético tem cura. “No entanto, a manutenção desse estado está diretamente relacionada ao controle constante do índice glicêmico do paciente, que continuará suscetível a recidivas”, afirma o cirurgião-dentista. Pois, se não cuidar, o problema pode voltar. “O principal cuidado que deve ser tomado pelos diabéticos é o controle dos níveis glicêmicos e o uso correto das medicações. O descontrole da glicemia é o principal fator de risco para a saúde bucal desses pacientes”, alerta o odontologista. “Por isso, uma dieta controlada e acompanhamento constante dos níveis glicêmicos são imprescindíveis”, assegura.

 

 

 ABIMO - Associação Brasileira da Indústria de Dispositivos Médicos

 

Fonte: Dr. Anderson Bernal - designer oro – facial, atuante na área de reabilitação oral e estética dental formado pela Universidade de Santo Amaro (UNISA) em 1994. É diretor e fundador do ‘Instituto Bernal de Odontologia’, referência no desenvolvimento de padrões dentais e faciais, além de procedimentos odontológicos variados.

 

Cinco exercícios físicos recomendados para idosos

Com o passar dos anos, o corpo tende a sentir os efeitos da idade e a prática de atividades físicas na terceira idade pode ajudá-lo a se manter ativo. Os exercícios físicos são importantes para promover a sensação de bem-estar, fortalecer os ossos, o sistema cardiovascular e, também, para prevenir doenças como diabetes e osteoporose.  

O professor da academia UPX Sports, Rafael Correa, destaca que outro benefício proporcionado pelos exercícios é a saúde mental. “Socializar, sair de casa para ir até um parque, caminhar e respirar ar fresco trazem uma melhora tanto para o corpo quanto para a mente”, afirma.

O profissional de Educação Física indica cinco exercícios físicos que trazem benefícios para a terceira idade:

Musculação: naturalmente, após os 50 anos, o corpo passa a perder massa muscular. “A ideia da musculação é manter a massa magra, e os treinos mantêm a massa muscular mais saudável e alinhada com a estrutura do corpo, fortalecendo os ossos, ligamentos e articulações”, indica.

Alongamento: segundo o professor, a vantagem do alongamento é que dá para fazer em qualquer lugar, inclusive em casa. “De 10 a 15 minutos por dia é possível fazer diversos exercícios de alongamento, que ajuda a aumentar a flexibilidade e o equilíbrio, diminuindo os casos de encurtamento e melhorando a postura”, instrui.

Caminhada: com uma caminhada regular de 30 minutos diários já é possível prevenir doenças e diminuir o risco de AVC, segundo Correa. Há melhora também nos níveis de colesterol, prevenindo a diabetes. “Outra vantagem da caminhada é que pode ser feita em qualquer lugar, ao ar livre e, ainda, gratuitamente'', ressalta. 

Natação: de acordo com Rafael, a natação na terceira idade diminui os sintomas de Alzheimer, auxiliando na parte cognitiva. “É preciso pensar na execução do movimento, na braçada, no bater das pernas, usando bastante o raciocínio”, explica. Segundo ele, a natação também fortalece os sistemas respiratório e cardiovascular.

Hidroginástica: a hidroginástica também ajuda a melhorar o sistema cardiovascular, faz bem ao ritmo cardíaco e diminui o risco de diversas doenças. “É indicada para quem tem osteoporose e artrose, por exemplo, porque não tem o impacto, como na caminhada, além de ser possível trabalhar praticamente todos os músculos. Por ser uma aula coletiva, também se torna uma atividade descontraída e um momento de socialização para o idoso”, finaliza. 

 

Conheça os efeitos fatais da droga G

consumo de drogas no Brasil e em outros países aumenta continuamente, apesar da dificuldade em identificar precisamente o número de usuários por ser um mercado ilegal e com grande imprevisibilidade da concentração das substâncias. A droga G, por exemplo, conta com efeitos potencialmente letais, além de ser utilizada para agressões sexuais, por provocar sonolência e amnésia.


Em razão disso, é importante se informar sobre os potenciais riscos desse entorpecente e conhecer também as possibilidades de tratamento. Continue a leitura deste artigo que contou com a colaboração do psicólogo do Hospital Santa Mônica, Antonio Chaves Filho, para aprender mais sobre o tema!


O que é a droga G?

O gama-hidroxibutirato, também conhecido como droga G, droga Gi ou GHB, é um entorpecente quase idêntico à gama-butirolactona (GBL, uma substância que é vendida legalmente, sendo usada como solvente industrial). A droga G é muito consumida em festas e é encontrada na forma de um líquido oleoso, claro e inodoro, que comumente é consumido diluído em refrigerantes, ou em comprimidos. A GBL, ao entrar no corpo, converte-se rapidamente em gama-hidroxibutirato.

A droga foi desenvolvida em 1960 como um anestésico, mas o uso foi descontinuado por causa das reações adversas. Em 1980, a sua administração foi testada como sonífero e como complemento para o desenvolvimento de força muscular, mas ela foi proibida.

Como esse entorpecente é ilegal, não há controle sobre a força e sobre a pureza das drogas produzidas, assim, não se sabe quanto da substância está em uma solução. É um anestésico extremamente potente, com efeito depressor do sistema nervoso.


Quais são os principais efeitos da droga G?

QO uso recreativo dessa substância em doses menores gera determinados efeitos, como euforia e aumento da autoconfiança. Veja em detalhes os principais sinais manifestados após o consumo.

 

Euforia

Os efeitos do gama-hidroxibutirato são parecidos com os da ingestão de álcool. A pessoa fica mais sociável, com sentimentos agradáveis, menos inibida e tonta. A substância atua diretamente no sistema nervoso, sendo rapidamente distribuída, mas contando com uma degradação lenta. 



Excitação 

Doses muito pequenas da droga G podem gerar excitação e capacidade social em concomitância com a euforia. Porém, rapidamente, o indivíduo pode desenvolver tolerância, o que aumenta o risco de ingestão fatal.


 
Desejo sexual

É comum o uso recreativo da droga G para o que é conhecido como chemsex, a prática de sexo consentido em que ambos os parceiros consomem drogas para a melhora do desempenho na relação.


 
Relaxamento

Os efeitos são similares ao da ingestão de bebida alcoólica, como dito. É importante destacar que, nas doses menores, é mais comum haver a sensação de bem-estar. Já com quantidades mais elevadas, a predominância é do efeito depressor.     

 

Quais são as consequências da droga G no corpo e na mente? 

A droga Gi oferece vários riscos para o organismo, especialmente porque um aumento muito pequeno da dose pode ser letal. Além de causar euforia e alucinações, entre os efeitos colaterais, podemos citar a sonolência, a tontura, a náusea, vômitos e alterações na visão.

A pessoa pode desmaiar, ter a respiração interrompida e até entrar em coma. Inclusive, a mistura desse entorpecente com álcool é muito perigosa, pois ambas as substâncias são depressoras do sistema nervoso, o que pode provocar a morte.

É possível citar ainda outros riscos associados ao consumo do gama-hidroxibutirato, haja vista que o indivíduo pode se tornar incoerente e sofrer convulsões, perda de consciência, parada cardiorrespiratória, surto psicótico, desenvolvimento de problemas cardíacos e falência dos sistemas neuro e cardiológico.

Quando há perda de consciência, o usuário também pode vomitar enquanto dorme e engasgar, além de ter dificuldade para respirar. Ademais, a GHB pode interagir de forma perigosa com medicamentos e outras drogas.

Outro ponto delicado em relação à droga G é que ela provoca apagões e lapsos de memória, como dito. Assim, é muito comum que seja usada para a agressão sexual. Por isso, essa substância é conhecida como “droga do estupro”.

A parada súbita do consumo também pode ser muito perigosa. Isso porque os sintomas de abstinência são potencialmente fatais. Eles começam cerca de 12 horas após a última dose e podem durar até 15 dias. A retirada repentina de dosagens altas é ainda mais danosa.




Como lidar com a dependência química? 

dependência química afeta a pessoa em diversos aspectos, prejudicando os estudos e a carreira, a vida financeira e o relacionamento com familiares e com amigos. A situação pode se tornar degradante e o indivíduo pode se sentir completamente sozinho e angustiado.

Além disso, o usuário rapidamente desenvolve tolerância e dependência da droga Gi, o que pode gerar um grande risco de ingestão letal. Ou seja, ele passa a precisar de doses cada vez maiores para obter o mesmo efeito inicial.

A dependência pode ser psicológica, visível por meio de determinados sinais, como o uso de maior quantidade da substância em comparação ao que era pretendido e a continuidade do consumo, apesar das consequências negativas. Já a dependência física é o que, principalmente, desencadeia a abstinência, gerando tremores, ansiedade, paranoia, alucinações, incapacidade de dormir e pressão alta.

O primeiro passo nesse processo é reconhecer que
a dependência química é uma doença. Em segundo lugar, é importante entender que você pode e deve buscar ajuda profissional. O apoio psicológico e médico é essencial para tratá-la.

O acompanhamento permite que haja uma reorganização e viabiliza a retirada controlada do entorpecente, de forma segura e com a proteção da vida. A proposta é realmente auxiliar o usuário na construção de um eixo, na restauração de laços e na superação das dificuldades geradas pelo vício.

Para isso, há o tratamento tanto das variáveis biológicas quanto do que desencadeia a necessidade de consumo da substância. Existe um sofrimento a ser tratado e o apoio multiprofissional possibilita abordar todas essas dimensões, com acolhimento, respeito, carinho e segurança. Nesse contexto, a família também é acolhida, recebendo o suporte necessário para enfrentar a
codependência química e as dificuldades dessa situação.

A droga G, como visto, é um entorpecente de potencial letal, bastante danoso e perigoso para o indivíduo. Além de gerar complicações psíquicas, ela afeta outras dimensões da vida, como a saúde, a carreira e o relacionamento com familiares e amigos. O tratamento para a dependência química proporciona condições de recuperação da saúde, de reconstrução de laços e de vínculos de confiança e a construção de uma vida mais digna e gratificante.
  

 

Hospital Santa Mônica - Itapecerica da Serra - SP 
(011) 4668-7455 
(011) 99667-7454 
contato@hospitalsantamonica.com.br 
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Clínica Integrativa - São Paulo - SP 
(011) 3045-2228
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Você se automedica? Saiba quais são os perigos que essa prática pode causar

Professores do Curso de Graduação em Farmácia da Universidade Cruzeiro do Sul e da Universidade Cidade de São Paulo (UNICID), explicam por que as pessoas não devem realizar o procedimento sem antes consultar um especialista 

 

Seja pela correria do dia a dia ou por uma simples indisposição, muitos brasileiros realizam a automedicação sem o consentimento de um profissional e isso acaba gerando sérios problemas para quem comete o procedimento. Diante disso, os professores do Curso de Graduação em Farmácia da Universidade Cruzeiro Do Sul e da UNICID, instituições da Cruzeiro do Sul Educacional, Prof. Dr. José Artur da Silva Emim, Profa. Ma. Luciane Gomes Faria e Profa. Ma. Camilla de Paula Pereira Uzam, fornecem dicas e orientações sobre os males destas ações.

Segundo os docentes, a automedicação nunca é correta. “Se automedicar pode trazer riscos à saúde, pois a combinação de medicamentos prescritos e automedicados, gera efeitos nocivos no nosso corpo que podem, inclusive, causar a morte”, explicam.

O uso incorreto de medicamentos pode levar ao agravamento de doenças, intoxicação, aparecimento de reações adversas graves e à resistência a antibacterianos, explica o Prof. José Artur. Ou seja, a automedicação é capaz de produzir ainda, eventuais interações entre os medicamentos utilizados, anulando ou aumentando os efeitos deles.

Já a farmacêutica Ma. Luciane Gomes Faria, explica que o conhecimento sobre as doenças e seus tratamentos exige uma formação específica e complexa. “O médico, o enfermeiro e o farmacêutico são os profissionais da saúde habilitados para prestar orientações dentro dos seus limites éticos, sobre o uso correto de medicamentos”, salienta.

Muito comum na vida dos brasileiros, o número de pessoas que se automedicam não para de crescer e entre os principais motivos estão: indisposição de ir até um posto de saúde, tratamento precoce, dificuldade de conseguir uma consulta, propagandas excessivas de determinados remédios, entre outros.

A farmacêutica Ma. Camilla de Paula Pereira Uzam, explica que o uso incorreto de fármacos pode mascarar os sintomas e o diagnóstico de doenças, pois se utilizados incorretamente, abre a possibilidade da alteração das respostas dos indivíduos aos efeitos terapêuticos desses agentes, como acontece, por exemplo, na resistência aos antibacterianos.

“A realização sem o consentimento de um especialista, é uma alternativa perigosa de imediatismo encontrada para que o cidadão não tenha que enfrentar os serviços de saúde. Isso também representa uma questão cultural embutida em nossa sociedade, notadamente pelo crescimento das doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) e do processo de medicalização da saúde”, comenta Camilla.

O professor Dr. José Artur, ressalta que para combater a ingestão de remédios por conta própria, são necessárias campanhas de educação em saúde que promovam o empoderamento das pessoas, principalmente dos idosos, desestimulando essa prática perigosa, e promovendo o uso racional e adequado de medicamentos, além da promoção da saúde individual e coletiva da população. “É de extrema importância que todos estejam conscientes de que não existe medicamentos isentos de riscos”, complementa.

De acordo com o farmacêutico, o uso adequado de medicamentos pode tratar doenças, minimizar danos e melhorar a qualidade de vida das pessoas. No entanto, o uso de substâncias sem orientação adequada e de maneira indiscriminada, representa um grave problema em nível de saúde pública, podendo causar danos severos à saúde humana como as reações adversas a medicamentos (RAM) e, em casos mais graves, as intoxicações medicamentosas.

Por fim, os professores farmacêuticos alertam que o uso de cinco ou mais medicamentos simultaneamente (prescritos e automedicados), conhecido como polifarmácia, pode representar um sério agravo à saúde, notadamente, em idosos, onde a população aumenta significativamente desde o século XX e são potenciais consumidores de remédios.

 

  Universidade Cruzeiro do Sul 

www.cruzeirodosul.edu.br  

 

Atividade física é fundamental para adultos, idosos e até bebês


Inúmeros estudos já comprovaram que exercícios regulares são capazes de melhorar a nossa qualidade de vida e prevenir as principais consequências do sedentarismo, como indisposição, insônia, ganho de peso, dores articulares e estresse, além de doenças como infarto, hipertensão, diabetes e depressão.

A inatividade física, em contrapartida, já é considerada uma pandemia, responsável por mais de 5 milhões de mortes por ano ao redor do mundo. Somada à pandemia da Covid-19 iniciada em 2020, ela foi responsável por caracterizar um estado de sindemia global, o que provocou o aumento de comorbidades como obesidade, doenças respiratórias, reumatológicas e vários tipos de câncer.

É fato que os exercícios físicos podem até mesmo aumentar a nossa expectativa de vida. O que nem todos sabem, porém, é que eles devem ser colocados em prática em todas as idades, desde a infância até a velhice. Quanto antes forem incentivados, mais chances têm de se tornar um hábito. É muito comum, por exemplo, uma criança que participa de esportes ou brincadeiras mais físicas se tornar um adulto ativo.

Mesmo os bebês, que ainda não se deslocam, podem praticar exercícios. A eles, é recomendado que permaneçam por pelo menos 30 minutos ao dia na posição prona (rosto e peito para baixo) enquanto estiverem acordados. Aqueles com menos de 1 ano, por exemplo, devem se manter fisicamente ativos várias vezes ao dia. E isso pode ser feito de diversas maneiras, principalmente por meio de brincadeiras e jogos interativos, o que ajuda no desenvolvimento da capacidade motora e da cognitiva.

Para os pequenos de 3 e 4 anos de idade, o ideal é que tenham ao menos 3 horas de atividades físicas, desde as moderadas até as vigorosas, distribuídas ao longo do dia. E os pais não precisam se preocupar, pois quanto mais o corpo da criança estiver em movimento, melhor é. Uma dica é investir em brincadeiras prazerosas e lúdicas, como os tradicionais pega-pega, jogar bola, soltar pipa, andar de bicicleta, pular corda, dançar e nadar.

Já as crianças mais velhas e os adolescentes devem realizar atividades aeróbicas, que, em pelo menos três vezes por semana, precisam estar associadas a exercícios de força. Outro ponto importante dessa prática, especialmente nessa faixa etária, é que ela ajuda no processo de socialização, fortalecendo os vínculos afetivos e estimulando o sentimento de pertencimento.

Aos adultos, o recomendado é que façam semanalmente de 150 a 300 minutos de atividade física aeróbica moderada ou, pelo menos, de 75 a 150 minutos de atividade física aeróbica vigorosa. Para obter benefícios secundários, eles podem intensificar a frequência duas vezes na semana, com movimentos que ajudem no fortalecimento do corpo.

Os idosos, por sua vez, precisam colocar em prática exercícios funcionais três vezes na semana, a fim de manter a coordenação e o equilíbrio, tão essenciais para a qualidade de vida nessa faixa etária.




Dr. Alexandre Giffoni - médico nutrólogo do Hospital Igesp


Olhos sofrem com o ar mais seco, oftalmo explica

Incomodo pode até gerar casos mais graves, como ceratocone e conjuntivites.

 

A saúde dos olhos é mantida por meio da lágrima e de algumas glândulas de gordura em volta dos cílios. Se o ar está mais seco, há uma tendência a alterações na qualidade ou quantidade de lágrimas, causando ressecamento, que pode levar ao aparecimento de doenças, em especial as alergias oculares. 

“Muitas pessoas manifestam alergias oculares e em tempos de estiagem é comum aparecerem os casos de conjuntivites alérgicas”, conta Dr. Hallim Féres Neto, Membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia. 

Segundo o médico, o verão costuma ser mais úmido e, por isso, a poeira suspensa no ar gruda nas partículas de água e, com o peso, caem no chão. Por outro lado, com o ar seco, as micropartículas ficam mais tempo em suspensão no ar, facilitando que entrem em contato com nossas mucosas (olhos, nariz e garganta), favorecendo as alergias. 

A coceira é um dos principais incômodos sentidos pelos pacientes com alergia ocular e esse sintoma merece atenção especial: “o ato de coçar os olhos pode ser muito prejudicial, levando inclusive a algumas doenças mais graves, como o ceratocone. Além disso, é importante ressaltar que os olhos podem ser portas de entrada para vírus, incluindo o coronavírus. Assim, é fundamental evitar coçar os olhos”, ressalta Dr. Hallim. 

O tratamento, no caso das crianças, pode ser iniciado com o pediatra, mas caso evolua para conjuntivite alérgica e não responda bem ao tratamento, deve ser encaminhado ao oftalmologista para que avalie se há lesões oculares que demandem outra abordagem terapêutica. 

Outro problema que pode surgir é a síndrome do olho seco, ocasionada por uma combinação de fatores. Quem já é propenso a alergias (rinites, sinusites e dermatites de contato, por exemplo) deve ficar atento. Sintomas como ardência, coceira e visão borrada que melhora ao piscar podem indicar essa condição, além de desconfortos após assistir à televisão, ler ou usar o computador. 

“O poder de lubrificação do olho diminui. Por isso, aparece um número maior de pacientes com olho seco nessa época. Mas é claro que existem pessoas com maior ou menor predisposição a desenvolver a doença. Geralmente, quem tem alergias tem olho seco, mas não necessariamente quem tem olho seco tem alergias”, ressalta o oftalmologista. 

Para evitar esse tipo de problema, o ideal é manter a lubrificação ocular, feita com o uso de colírios próprios. Vale a pena procurar o oftalmologista, porque existem vários tipos de colírio, alguns para olho moderado, outros para muito secos, e lágrimas artificiais. 

Para ajudar a passar pela temporada sem crises, Dr. Hallim deixa algumas dicas: 

1. Atenção com a limpeza dos ambientes: troque a vassoura e o espanador por pano úmido e aspirador, para não levantar poeira. 

2. Use colírios lubrificantes sem conservantes sempre que tiver vontade de coçar os olhos. 

3. Se não tiver colírios, pode fazer uma compressa com água fria, ou até mesmo lavar o rosto na pia. 

4. Se precisar colocar a mão nos olhos, lembrar de lavá-las muito bem antes. Mãos sujas vão levar mais alérgenos para os olhos e piorar a situação. 

5. Use maquiagem de boa procedência e mantenha tudo sempre limpo. Também não compartilhe lápis, rímel e pincéis com ninguém! 

6. Lembre-se de remover a maquiagem antes de dormir. 

7. Se nada disso resolver, não espere piorar e procure logo o seu oftalmologista.

 

 Dr. Hallim Feres Neto @drhallim - Oftalmologia Geral; Cirurgia Refrativa; Ceratocone; Catarata; Pterígio; Membro do CBO - Conselho Brasileiro de Oftalmologia; Membro da ABCCR - Associação Brasileira de Catarata e Cirurgia Refrativa; Membro da ISRS - International Society of Refractive Surgery; Membro da AAO - American Academy of Ophthalmology

 

Prevenção e agilidade: os testes rápidos como alerta inicial para algumas doenças

Protocolos de saúde, mudanças de hábito, incertezas, tendências.  Essas foram algumas das transformações pelas quais passamos nos últimos dois anos. A medicina teve que avançar muito para acompanhar as mudanças. Entre elas, a disseminação de testes rápidos, cada vez mais confiáveis e seguros.

O estigma de que ‘testes rápidos’ não são precisos caiu por terra. Para que eles cheguem ao mercado, diversos profissionais altamente capacitados são envolvidos, bem como pesquisas, tecnologias, experimentações e análises de resultados, sem falar da aprovação e regulamentação de órgãos como a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

O que mais se popularizou foi o da covid-19, que prontamente responde se o paciente está ou não infectado pelo vírus, sendo um teste de emergência. No entanto, há outros tipos, como o de HIV e o de diabetes. Este último tem um caráter muito mais de manutenção e prevenção da doença, tendo outro foco.

Para tal patologia, que, segundo o Atlas do Diabetes, da Federação Internacional de Diabetes (IDF), assola 17 milhões de brasileiros, o que temos de mais novo no mercado hoje é o teste rápido de hemoglobina glicada.

Estou falando de um exame que funciona como um laboratório em caixa, vendido e aplicado em farmácias, como para uso em casa. Ele torna a testagem acessível para que todos possam acompanhar e cuidar dos índices glicêmicos, poupando o tempo de o paciente ir ao laboratório e esperar em média cinco dias úteis para obter o resultado, sendo que sua resposta está na ponta dos dedos, com apenas uma gota de sangue, em cinco minutos é gerado o resultado.

O Censo de Diabetes divulgado pela Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) estima que o Brasil ocupa o quarto lugar no ranking com o maior número de casos da doença, e o mais preocupante, segundo o levantamento, é que quase 50% dos pacientes desconhecem que sejam diabéticos, impossibilitando que se tratem da forma adequada – lembrando que a doença não tem cura.

A diabetes é uma bomba-relógio, e os testes rápidos desmistificam os cuidados no tratamento e na prevenção da doença, sendo democráticos e de fácil utilização, proporcionando um alcance maior de cuidado e prevenção da patologia de forma segura e assertiva. No caso do de glicemia, ele atua na prevenção e no acompanhamento da doença, permitindo que o paciente dialogue com seu médico de forma resolutiva.

  

Fabio Moruzzi - CCO da NL Diagnóstica, pioneira em oferecer testes rápidos para a covid-19 e no lançamento da tecnologia cPass no Brasil, capaz de identificar e quantificar anticorpos neutralizantes. – nldiagnostica@nbpress.com.

 

Cuidado de varizes além da estética: conheça os riscos dessa patologia vascular

Se não tratada corretamente, as varizes podem evoluir para graves problemas de saúde

 

Quando o assunto é varizes, muitas são as queixas em relação à parte estética. As veias tortuosas e dilatadas nas pernas podem causar um desconforto visual para quem as possui, porém, mais do que isso, elas são um sinal de alerta de que algo pode não estar bem e que precisa ser tratado.  

De acordo com a Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV), estudos comprovam a ocorrência de varizes em 38% da população brasileira, afetando 30% dos homens e 45% das mulheres, considerando todas as faixas etárias. O surgimento delas pode ser por conta de uma série de fatores e hábitos, entre eles a predisposição genética e o sedentarismo.  

Aquele vasinho aparente, que incomoda esteticamente a pessoa que busca um tratamento para removê-lo, pode ser na realidade apenas a pontinha do iceberg, segundo a Dra. Helen Pessoni, angiologista especializada em cirurgia vascular. “Até 50% das veias que vemos externamente, estão conectadas a uma safena, que é uma veia importante, responsável pelo transporte do sangue venoso de volta para o coração e pulmões. Ou seja, o que olhamos por fora, possivelmente é sinal de um problema de saúde interno. Dessa forma, aquilo que parece algo estético, pequeno e simples de ser tratado, na realidade talvez seja fruto de uma complicação vascular, que precisa de um exame mais aprofundado para entender melhor a decorrência e de que forma seguir com o tratamento”.  

A longo prazo, se não tratada corretamente, as varizes podem ocasionar diversos problemas graves de saúde, como inflamação cutânea ou tromboflebite, e evoluir até para algo maior, como uma trombose e até embolia pulmonar, tornando ainda mais complexo o tratamento ou demandando uma cirurgia para solucionar.  

“Sintomas diários que podem servir de guia para o paciente perceber que aquela veia talvez seja um problema de saúde mais sério e que irá incapacitá-lo de ter uma rotina normal, são: inchaço, pernas cansadas, pesadas, doloridas e arroxeados frequentes. Por isso, ao perceber um vasinho superficial, o ideal é procurar um especialista vascular para fazer uma avaliação, e assim, tratar precocemente qualquer problema profundo que ele possa ocasionar”, recomenda a Dra. Helen.  

Em relação à prevenção, a indicação é a prática de atividade física e de bons hábitos alimentares. “Ter uma vida saudável, com alimentação balanceada e exercícios físicos, irá contribuir para uma melhor circulação e evitar que o paciente entre em quadros que agravam o surgimento de doenças vasculares, como o de obesidade e pressão alta. Conter a evolução do problema começa com o autocuidado diário, uma vez que a predisposição familiar não é o único agravante. Evitar ficar longos períodos em pé ou apenas sentado também é muito importante. Por mais que a rotina profissional de algumas pessoas tenda para isso, é preciso inserir momentos de movimentação que favoreçam a circulação sanguínea e evitem patologias vasculares futuras. No que diz respeito à saúde, é sempre importante se pôr em primeiro lugar”, finaliza a angiologista.

 

Doença do Silicone, você já ouviu falar?


Cirurgiã plástica Patricia Marques esclarece dúvidas sobre a relação do diagnóstico com as próteses mamárias

 

O Brasil é o país que mais realiza cirurgias plásticas no mundo de acordo com um levantamento de 2021 realizado com base em informações da ISAPS (Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética) e da SBCP (Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica).

A mamoplastia de aumento, procedimento de implante de próteses mamárias e aumento dos seios é uma das cirurgias que coloca o país no topo desse ranking. Segundo o estudo, são realizados por aqui mais de 210 mil desse tipo por ano.

Com a alta demanda na procura por seios maiores e mais volumosos, aparecem também queixas de pacientes que relatam a apresentação de alguns sintomas clínicos após a cirurgia acreditando que estariam relacionados às próteses. 

Conhecida popularmente como Doença do Silicone e ainda não reconhecida pela comunidade médica, as especulações sobre o problema têm levado cada vez mais mulheres para os consultórios médicos em busca do explante, procedimento de retirada dessas próteses.

“A Doença do Silicone ou ASIA (Síndrome Autoimune Induzida por Adjuvantes) tem causado muito receio nas pacientes. É uma doença autoimune e inflamatória caracterizada pelo surgimento de sintomas inespecíficos como dor articular e no corpo, cansaço, distúrbios no sono e perda de cabelo, entre outros, após a colocação dos implantes”, explica Patricia Marques, cirurgiã plástica e membro da SBCP. 

A especialista explica que, por se tratar de uma condição ainda rara e pouco conhecida, não existe total compreensão sobre mecanismos envolvidos e nem a certeza de que o implante está relacionado ao surgimento do quadro, mas os conhecimentos atuais indicam que mulheres com diagnóstico prévio de doenças reumatológicas e autoimunes parecem ser mais suscetíveis a desenvolver os sintomas. 

“É importante frisar que esses sintomas estão presentes em muitas outras doenças e vale ressaltar que os implantes de silicone são considerados seguros e continuam a ser utilizados em todo o mundo”, acrescenta.

Além disso, Patricia esclarece que apesar da dúvida ser muito comum e o tema polêmico, é comprovado que as próteses de silicone não provocam rejeição do organismo após colocadas. “Na cirurgia plástica não existe rejeição. Seria impreciso dizer algo assim. Rejeição é passível de ocorrer com órgãos transplantados, como o rim, o fígado, o coração. Já nas cirurgias plásticas, como as mamárias, podem ocorrer complicações cirúrgicas que resultem na necessidade da retirada das próteses, mas são complicações decorrentes do processo cirúrgico e organismo da paciente e não configuram rejeição”, finaliza. 

 

Patricia Marques - graduada pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, membro especialista da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, com especialização em reconstrução de mama e cirurgia linfática no Hospital Santa Creu i Sant Pau em Barcelona, e complementação em cirurgia reparadora de mama, cabeça e pescoço no Hospital Memorial Sloan-Katering Cancer Center, em NY, EUA. 
CRM-SP: 146410
Site: www.drapatriciamarques.com.br
Instagram: @dra_patricia_marques

 

Cuidados com os olhos no Outono

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Olhos vermelhos, inchados, sensação de areia, lacrimejamento excessivo e secreção indicam a importância de procurar um especialista


Durante o outono, há um risco aumentado de doenças como conjuntivite, alergias e olho seco, devido às mudanças do clima. Olhos vermelhos, inchados, sensação de areia, lacrimejamento excessivo, secreção indicam a importância de procurar um especialista.

Segundo Marcelo Brito, médico oftalmologista, o recomendado é buscar lugares com maior umidade, ingerir bastante líquidos e usar lubrificantes. “O uso de medicações caseiras, como chá de rosa branca, podem levar a infecções e alergias ainda mais graves”, alerta o oftalmologista.

Além disso, o médico indica a troca de cosméticos a cada 6 meses, por isso, comprar produtos em tamanho reduzido é a melhor escolha, e nunca compartilhar. A alimentação também tem impacto importante na saúde dos olhos, os alimentos ricos em ômega 3 melhoram a lubrificação, ajudando na proteção contra essas doenças.

Para finalizar, Marcelo Brito compartilha as principais medidas preventivas na estação:

- Evitar esfregar os olhos, em caso de coceira faça compressas geladas;

- Mantenha o local sempre arejado;

- Se possível, invista em umidificadores de ar para dormir;

- Visite um médico oftalmologista caso apresente algum sintoma.

 


Marcelo Brito - Médico Oftalmologista

CRM: 18871/RQE:415

Instagram: @dr.marcelobrito

 

Com ameaça de novo surto, vacinar-se contra o sarampo é indispensável

A vacina Tríplice Viral protege contra o sarampo, a caxumba e a rubéola e é a melhor forma de prevenção contra essas doenças.

 

Por conta da pandemia de coronavírus, falar sobre as vacinas, como são produzidas, como funcionam e até quem está por trás do seu desenvolvimento virou pauta cotidiana. Por isso, é de se surpreender que, em um momento em que a vacinação está tão em alta, a adesão às campanhas anda tão baixa - em especial a de sarampo, uma doença muito comum na infância.

 

Sarampo: a volta de uma doença erradicada 

Em 2019, o Brasil passou por um surto da doença, fruto da baixa adesão ao imunizante Tríplice Viral, que protege contra a caxumba, a rubéola e, claro, o sarampo. Na época, foram 18 mil casos e 15 mortes registradas para esta última. 

Esses vírus, no entanto, tiveram uma queda na circulação durante a recente pandemia de coronavírus - já que o isolamento social foi usado como tática de combate à doença. Porém, com a vida voltando ao ritmo habitual, novos casos já foram registrados: até o momento, foram 2 confirmados em São Paulo. 

Os números parecem baixos, mas para um país que tinha o certificado de erradicação da doença, emitido em 2016 pela Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), eles são bastante preocupantes. 

"O sarampo -- que já foi uma das maiores causas de mortalidade infantil -- é uma doença viral altamente contagiosa que evolui com sinais e sintomas como febre, tosse persistente, corrimento nasal, conjuntivite e pequenas manchas avermelhadas espalhadas por todo corpo", explica a Dra. Aline Scarabelli, infectologista e consultora médica do Labi Exames.

A maior preocupação dos médicos, explica a profissional, é o que o sarampo pode evoluir para outras condições graves de saúde, como a otite, a pneumonia, a diarreia, a encefalite e ainda gerar problemas neurológicos, especialmente em crianças.

 

Vacina Tríplice Viral: a principal arma na luta contra o sarampo 

É pensando nisso que a adesão à vacinação se torna ainda mais importante porque, assim como a rubéola e a caxumba, o sarampo é prevenível com a imunização correta. 

"A vacina Tríplice Viral é uma vacina atenuada, ou seja, ela contém formas mais enfraquecidas dos vírus da caxumba, sarampo e rubéola", continua a infectologista. "Essas frações do vírus não são capazes de causar a infecção, mas são suficientes para treinar e proteger o sistema imunológico contra essas infecções." 

Assim como para o coronavírus, a resposta completa do sistema imunológico contra o sarampo acontece duas semanas após a aplicação da segunda dose e, na maioria dos casos, essa proteção dura a vida inteira - daí a importância do estímulo à vacinação. 

Crianças até 12 meses podem tomar a primeira dose antes do primeiro ano de idade e a segunda aos 15 meses. Já crianças, adolescentes e adultos não imunizados na infância podem tomar as vacinas com um intervalo de seis meses entre a primeira e a segunda dose. 

Mas fique atento às contra-indicações: 

  • Gestantes
  • Pacientes imunocomprometidos por doença ou medicação
  • Pacientes com histórico de anafilaxia após a aplicação da primeira dose da vacina ou a algum componente do imunizante

 

LABI EXAMES

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Dia mundial de combate a Asma

9 dicas para pacientes com asma 

Com a mudança de temperatura, é preciso que pacientes fiquem atentos ao tratamento para evitar crises exacerbadas da doença e lotação de hospitais

 

Com a mudança brusca de temperatura durante o outono, crises de doenças respiratórias costumam se tornar constantes em todo país. Entre os tipos de pacientes, grande parte já possui doenças pré-existentes como as respiratórias crônicas, destacando-se a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (“DPOC”) e a asma como as mais prevalentes. 

No dia 2 de maio é comemorado o dia da conscientização do combate a asma. A doença atinge mais de 20 milhões de pessoas no Brasil[[i]] e é usualmente caracterizada pela inflamação crônica das vias aéreas, sendo infelizmente responsável por 7 óbitos por dia no país [ii]. Permanece como uma das maiores causas de falta de ar e chiado no peito em crianças, adolescentes e adultos[[iii]]. Seus sintomas podem causar sérios impactos na vida do paciente, como insônia, fadiga, diminuição do nível de atividade física e faltas na escola e no trabalho [[iv] [v]]. Ainda que não tenha cura, a asma, adequadamente tratada, pode ser controlada, permitindo a diminuição de riscos e, desta forma, a restauração da qualidade de vida. 

Porém, durante a pandemia de COVID-19, alguns pacientes não conseguiram manter seus tratamentos por medo de sair de casa ou do possível contágio o que, consequentemente, podem ter desencadeado exacerbações da doença durante esse ano. A interrupção do tratamento sem dúvida pode levar o paciente a confundir crises exacerbadas de asma com sintomas de contaminação por Covid-19 ou gripe. Daí a importância de abordar amplamente este assunto, conscientizar a população sobre a importância de manter o tratamento e até em aumentar o acesso a medicamentos que tratem da condição, visto que o diagnóstico precoce e tratamento adequado reduzem taxas de exacerbação (crises respiratórias), internação hospitalar e a mortalidade[[vi]]. 

O médico Pneumologista Dr. José Roberto Megda Filho lista 9 dicas práticas que pacientes com doenças respiratórias crônicas, como asma e DPOC, podem seguir para reduzir a frequência das crises e manter a qualidade de vida

  1. Seguir regularmente o tratamento prescrito;
  2. Vacinar-se contra a COVID-19[vii], contra a gripe (influenza) anualmente e contra a pneumonia de acordo com as diretrizes e o Plano nacional de Imunização (PNI) em vigor;
  3. Realizar atividades físicas regularmente, seguindo o plano de orientação médica;
  4. Caso seja fumante, procurar ajuda do seu (sua) médico de confiança ou de um (a) pneumologista para cessar o hábito tabagista.
  5. Seguir uma dieta com baixo teor de carboidratos se estiver com sobrepeso ou obesidade, conforme orientação de um(a) nutricionista;
  6. Discutir com seu médico um plano de ação a ser seguido, caso haja uma piora dos sintomas.
  7. Procurar um serviço de saúde se não apresentar melhora seguindo o plano de ação proposto no item 6, se estiver com aumento significativo da falta de ar.
  8. Caso seja necessário ir até um hospital ou a consultas médicas, aconselha-se manter o uso de máscaras faciais, respeitar o distanciamento social, estar com as mãos higienizadas com álcool gel e caso esteja tossindo cobrir a boca com um lenço ou com o braço ( etiqueta da tosse).
  9. Não fumar cigarros, e-cigs, Vapes e quaisquer outro derivado do tabaco para evitar exacerbações graves da doença.

 

 

Boehringer Ingelheim  

 

 

[i] DATASUS, banco de dados do Sistema Único de Saúde, Ministério da Saúde, do Brasil, 2013.

[ii] Pizzichini MMM, Carvalho-Pinto RM, Cançado JED, Rubin AS, Cerci Neto A, et al. 2020 Brazilian Thoracic Association recommendations for the management of asthma. J Bras Pneumol. 2020 Mar 2;46(1):e20190307. 2.Barreto ML, RibeiroSilva Rde C, Malta DC, Oliveira-Campos M,Andreazzi MA, Cruz AA. Prevalence of asthma symptoms among adolescents in Brazil: National Adolescent School-based Health Survey (PeNSE 2012). Rev Bras Epidemiol 2014;171:106--115.

[iii] Goulart FAA. Doenças Crônicas Não Transmissíveis: estratégias de controle e desafios e para os Sistemas de Saúde [Internet]. Brasília: Organização Mundial da Saúde; 2011. [citado 2014 nov 14].

[iv] Ministério da Saúde (BR). Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Doenças respiratórias crônicas [Internet]. Brasília: Ministério da Saúde; 2010. (Série A. Normas e Manuais Técnicos); (Cadernos de Atenção Básica, 25). [citado 2014 nov 14].

[v] Gazzotti, Mariana Rodrigues, Oliver A. Nascimento et al. "Nível de controle da asma e seu impacto nas atividades de vida diária em asmáticos no Brasil." Jornal Brasileiro de Pneumologia 39.5 (2013): 532-538.

[vi] Pizzichini MMM, Carvalho-Pinto RM, Cançado JED, Rubin AS, Cerci Neto A, et al. 2020 Brazilian Thoracic Association recommendations for the management of asthma. J Bras Pneumol. 2020 Mar 2;46(1):e20190307.

[vii] Nota técnica Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), da Associação Médica Brasileira (AMB) e da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI) com orientações sobre asma e COVID-19.

 

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