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quarta-feira, 6 de abril de 2022

Estudo confirma período de eficácia de medicamento para controle postural em pacientes com Parkinson


Ao detalhar o efeito positivo do levodopa em portadores da doença, trabalho conduzido na Unesp contribui para otimizar o tratamento. Resultados foram divulgados na revista Brain Research (fotos: Fabio Barbieri/Movi-Lab)

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Cientistas do Laboratório de Pesquisa do Movimento Humano (Movi-Lab) da Universidade Estadual Paulista (Unesp), em Bauru, conseguiram mensurar o impacto do medicamento levodopa para o controle da postura e do equilíbrio em pacientes com doença de Parkinson. Eles também estabeleceram o período que dura o efeito do remédio: de 60 a 120 minutos após a ingestão.

Os resultados da pesquisa foram publicados na revista Brain Research e, segundo os autores, ajudam a otimizar o tratamento da doença. O grupo teve apoio da FAPESP por meio de dois projetos (17/19516-8 e 18/03448-6).

Considerado essencial no tratamento do Parkinson, o fármaco levodopa age aumentando a quantidade de dopamina no cérebro, o que reduz os sintomas. No estudo, a equipe monitorou a ingestão da primeira dose do medicamento em 15 pacientes que se encontram em estágio leve a moderado da doença. Todos já faziam uso de levodopa há mais de seis meses e muitos também usavam outros fármacos.

“Trabalhamos com pacientes em estágio da doença entre 1 e 3 [em uma escala que vai até 5]. Esses estágios leve e moderado apresentam as primeiras alterações posturais e de equilíbrio do paciente, mas ainda sem perda da independência. A maioria dos estudos foca nessa etapa, procurando melhorar a qualidade do tratamento”, explica Fabio Augusto Barbieri, professor do Departamento de Educação Física da Faculdade de Ciências da Unesp e do Programa de Pós-Graduação em Ciências do Movimento-Interunidades.

O grupo optou por estudar o impacto da primeira dose diária do remédio, por ser a que tem menos oscilações, levando em conta o período para o início do efeito e o tempo de duração. “E, mesmo assim, há variação de paciente para paciente. Entretanto, pode-se dizer que o efeito da primeira dose é mais regular”, disse o pesquisador, lembrando que a quantidade de doses que cada paciente toma diariamente varia com o grau de evolução da doença e outros fatores.

Para Barbieri, dois aspectos do trabalho devem ser salientados. “O estudo avança na determinação de um período adequado para a avaliação do controle postural e equilíbrio, ou seja, de determinar o período padrão para que os efeitos do medicamento possam ser avaliados por outros estudos; e também no tratamento, uma vez que, determinando a duração de efeito da medicação no equilíbrio, é possível estabelecer o período “ideal” para a prescrição de exercícios físicos, pensando em melhorar o efeito da intervenção. Porém, é importante lembrar que os achados do estudo só valem para controle postural e equilíbrio, que foram o foco deste trabalho. Para marcha ou controle de membros superiores, por exemplo, pode ser que essas ‘janelas’ sejam um pouco diferentes.”

Efeito cortical

Barbieri ressalta que, no experimento, foi usada uma tarefa postural que exigia bastante do paciente. “Ele tinha de ficar parado por um minuto, descalço, com um pé na frente do outro e os braços relaxados ao lado do corpo, olhando para um ponto estático a mais ou menos um metro de distância. E repetia essa tarefa três vezes. Em estudos anteriores, com os pés posicionados lado a lado, não foi encontrado efeito positivo do levodopa. Mas era uma tarefa postural mais fácil. Há estudos anteriores que corroboram essa hipótese do efeito positivo em tarefas mais difíceis.”

Os voluntários fizeram duas visitas ao Movi-Lab, separadas por no mínimo sete e no máximo 14 dias. Em ambas, compareceram ao laboratório sem tomar a medicação e com um mínimo de 12 horas desde a ingestão da última dose. Isso porque eles foram avaliados antes e depois da ingestão do levodopa (que os cientistas chamam de período OFF e período ON da medicação, respectivamente). Neste último caso, os pacientes foram avaliados a cada 30 minutos, por três horas após a primeira dose matinal. Em um dos dias foram avaliadas variáveis clínicas e, no outro dia, o controle postural.

Os cientistas mediram a oscilação do centro de pressão do paciente (CoP, na sigla em inglês) usando uma plataforma de força. Mensuraram também a atividade muscular, com um eletromiógrafo, e a atividade cortical, com um eletroencefalograma, procedimento que afere a atividade das diferentes regiões do córtex por meio dos sinais elétricos no cérebro.

“Medimos as variáveis do CoP, da atividade muscular e da atividade cortical em diferentes momentos após a ingestão do levodopa e comparamos. Vimos que, 60 minutos após a ingestão do levodopa, há um aumento na atividade elétrica, o que mostra que o paciente está ativando mais as regiões do córtex estudadas e lidando melhor com os efeitos que a doença tem no cérebro para o controle postural. Assim, o paciente consegue produzir um sinal motor mais adequado para controlar melhor a postura.”

Todos os sinais medidos (CoP, atividade muscular e cortical) foram sincronizados eletronicamente e analisados no Matlab, um software de cálculo numérico de alta performance. “Até onde sabemos, este é o primeiro estudo a investigar a dinâmica do controle postural [atividade cortical, atividade muscular e movimento corporal] em resposta ao levodopa durante uma tarefa desafiadora em pé”, afirma.


Janelas

Para o professor, tendo em vista o tratamento da doença, que inclui exercício físico, os resultados do trabalho podem ajudar a direcionar as prescrições de intervenções motoras para pacientes com Parkinson.

“Se quisermos que o tratamento tenha efeito maior no controle postural, o exercício físico deve ser realizado dentro da janela entre 60 e 120 minutos após a ingestão da primeira dose, para garantir que o paciente consiga o melhor rendimento possível.” Ele afirma que o grupo não esperava que o efeito do remédio durasse tanto (duas horas), embora a marca dos 60 minutos já tivesse sido delimitada por outros estudos.

O próximo passo, de acordo com Barbieri, é propor intervenções que possam auxiliar no controle postural e no equilíbrio do paciente, pensando em como combinar a medicação com a realização de exercício físico e também determinar o período mais indicado para prescrever esse exercício.

“Temos visto estudos na literatura que combinam vários tipos de reabilitação – medicação, exercícios físicos, fonoaudiologia, fisioterapia e outros – para reduzir a progressão da doença. Se a intervenção for feita no melhor momento, é possível diminuir ainda mais o ritmo de progressão. Entretanto, faltam estudos que mostrem qual é o momento ótimo para intervir. É nesse âmbito que nosso trabalho se insere.”


Parkinson precoce

Há dois subtipos de Parkinson idiopático (sem causa determinada) mais conhecidos: aquele que provoca instabilidade postural e distúrbios da marcha e aquele que provoca tremor. “O que se sabe até agora é que a doença pode ser causada por vários fatores: genética, exposições ambientais, estilo de vida [hábitos não saudáveis, alimentação, sedentarismo], execução de trabalho que envolva substâncias tóxicas, lesões no sistema neural ou mesmo consumo de drogas.”

Segundo Barbieri, o perfil do enfermo tem mudado. “Era uma doença que atingia mais os idosos, principalmente acima dos 60 anos. Mas o perfil está mudando. Temos visto muitos casos de Parkinson precoce, abaixo dos 50 anos. Possivelmente, o diagnóstico hoje é mais precoce por conta do avanço da tecnologia. A doença também teve mais visibilidade nos últimos anos, falou-se mais dela publicamente. Esses fatores parecem interferir na idade de diagnóstico da doença, melhorando a caracterização dos pacientes com Parkinson.”

O artigo Temporal dynamics of cortical activity and postural control in response to the first levodopa dose of the day in people with Parkinson’s disease pode ser lido em: www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0006899321005849?dgcid=author.

 

 

Karina Ninni

Agência FAPESP 

https://agencia.fapesp.br/estudo-confirma-periodo-de-eficacia-de-medicamento-para-controle-postural-em-pacientes-com-parkinson/38302/


Dia Mundial da Saúde: saneamento se destaca como sinônimo de saúde preventiva

 

Quando consideramos que a cada R 1 investido em saneamento, outros R 4 são economizados em saúde, é coerente afirmar que o saneamento é sinônimo de saúde preventiva, mas transformar isso em realidade não é tão simples assim.

A universalização do saneamento demanda investimentos na ordem de R
700 bilhões para que todo brasileiro tenha acesso à água, coleta e tratamento de esgoto, até 2033, para mudar a realidade de 35 milhões de pessoas que não têm acesso ao recurso potável e 100 milhões que convivem, diariamente, com esgoto a céu aberto.

Em 2020, os investimentos em saneamento no país não chegaram sequer à metade do valor ideal e foram menores do que no ano anterior. No Norte e Nordeste, por exemplo, a carência pelos serviços de saneamento é ainda mais latente. Ainda que em pouco tempo e com muito a avançar, já possamos comemorar avanços significativos na cobertura de água e de esgoto em Manaus (AM), principal capital do norte brasileiro e localizada na maior bacia hidrográfica do mundo, e Teresina (PI), que impactaram positivamente na saúde da população.

A concessionária Águas de Teresina celebra a conquista da universalização do abastecimento de água já em 2020. Desde então, foi possível perceber uma queda de 68,7% nas internações decorrentes de diarreias no município, passando de 419 casos para 131 ocorrências. Os casos de dengue na cidade também diminuíram, registrando 66% menos casos do que no ano anterior e uma queda de 20% das internações pela doença entre 2017 e 2021.

Em Manaus, por sua vez, um estudo realizado pelo Instituto Trata Brasil aponta que regiões vulneráveis da cidade tiveram melhoras nos índices de saúde pública após a chegada de sistemas de abastecimento de água. Segundo o Instituto, foi registrada uma queda de até quatro vezes de doenças de transmissão hídrica.

Nos bairros onde o Instituto realizou a pesquisa, a ausência de crianças nas escolas por conta de doenças relacionadas ao saneamento, caiu de 46% para 11%, melhorando a qualidade da educação local. Por outro lado, os idosos também se tornaram mais saudáveis, dado que a quantidade de pessoas que deixaram de realizar as suas atividades caiu de 32% para 6%, aumentando o número de pessoas ativas nas comunidades e ampliando as redes de apoios existentes.

Segundo o Ranking do Saneamento 2022, promovido pelo Instituto Trata Brasil e GO Associados, Manaus é a capital que mais investiu em saneamento no Norte e Nordeste nos últimos anos. Desde que assumiu a responsabilidade pelos serviços de água e esgotamento sanitário, em 2018, a Águas de Manaus investiu, em média, R
167,48 milhões por ano. O montante se iguala ao investimento do Recife no mesmo período (2018 a 2020). Ao colocar na ponta do lápis, o retorno para a saúde pública no período é o equivalente a quatro vezes o investimento. Para muito além do discurso, a melhoria da saúde da população, entre outros aspectos socioeconômicos, é consequência direta do desenvolvimento do saneamento básico.

 

Renato Medicis - engenheiro civil e vice-presidente regional na Aegea, responsável pela Regional 3 (Norte e Nordeste), que compreende operações de água e esgoto nas cidades de Manaus (AM), Teresina (PI), Timon (MA), Barcarena (PA) e Ariquemes, Rolim de Moura, Buritis e Pimenta Bueno (RO).


Retomada do setor elétrico e inovações no pós-pandemia

O consumo de eletricidade é um excelente termômetro para saber como está a atividade econômica de um país. No caso do Brasil, o setor energético é uma das principais alavancas para o crescimento econômico, por envolver investimentos em infraestrutura e pelo seu potencial de atração de investimentos e geração de empregos, principalmente neste período pós-pandêmico.

Após o rápido avanço da Covid-19, o governo criou uma medida emergencial, a Conta Covid. Implementada por meio da Medida Provisória n° 10.350/20, ela nasceu com o propósito de receber os recursos de uma operação financeira para alívio do caixa das distribuidoras de energia, sendo a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) responsável pela contratação e administração do empréstimo. Desta forma, ela garantiu por um tempo a liquidez do setor, refreando os efeitos da redução do consumo e do aumento da inadimplência no período.

Independentemente da situação de exceção que tem sido a pandemia e dos entraves que ela ocasiona, o setor elétrico brasileiro passa por um processo de modernização. Desde 2019, medidas, projetos de lei e estratégias de mercado vêm priorizando o movimento. Um exemplo foi a aprovação da portaria n° 187/19, que considera a busca por melhores soluções para a modernização do setor, capitaneada pelo Ministério de Minas e Energia. Entre outros aspectos, a medida busca melhores mecanismos de formação de preços, inserção de novas tecnologias, sustentabilidade dos serviços de distribuição e liberdade do consumidor.

Das 15 frentes de atuação que compõem a portaria, um dos mais importantes diz respeito aos Procedimentos de Distribuição de Energia Elétrica (Prodist). Ao determinar regras que normatizam os sistemas de distribuição, o Prodist se conecta não só com as distribuidoras, mas com toda a cadeia do setor elétrico brasileiro. Ele também ajuda a padronizar e promover a equidade entre as empresas de distribuição de energia elétrica de todo o País.

Agora, em 2022, o cenário atual para o consumo de energia elétrica no País é de leve redução. Segundo dados do Boletim InfoMercado Quinzenal do CCEE, o Brasil demandou 66.751 megawatts médios em janeiro, pequeno recuo de 0,7% em relação ao mesmo período do ano passado. Neste contexto e diante de um cenário desafiador, a KRJ tem investido cada vez mais em novas tecnologias, desenvolvendo produtos que alinham desempenho, redução de custo e redução do tempo de instalação, transferindo ao mercado um importante fator de redução de custo operacional as empresas distribuidoras de energia que é a redução do custo de mão de obra nas intervenções necessárias a rede elétrica. Os conectores perfurantes da KRJ, desenvolvidos com o conceito do “efeito mola” na conexão, tem o custo mais competitivo, não necessitam de rotinas de reaperto, principalmente em ambientes em que haja algum tipo de vibração, bem como possuem um tempo reduzido de instalação por não requerer ferramentas especiais em sua instalação.

A KRJ, em todos os seus desenvolvimentos tem como objetivo garantir que seus produtos alinhem a evolução técnica e a facilidade de instalação para proporcionar um menor tempo de exposição dos profissionais à rede, garantindo o aumento da confiabilidade e da proteção dos sistemas elétricos, o que é uma preocupação contínua de empresas que têm o compromisso com a qualidade da energia fornecida e responsabilidade com os seus operadores.



Marcelo Mendes - economista e gerente geral da KRJ, especializada em conexões elétricas. www.krj.com.br


Como lidar com as incertezas e inseguranças no trabalho, em um mundo cada vez mais frágil e ansioso

O mundo está muito rápido e complexo. Estudo do The World Economic Forum (Genebra) informou que 50% do conteúdo adquirido no 1º ano de um curso regular em uma universidade torna-se obsoleto no 4º ano; e que mais de um terço do conjunto de competências essenciais requeridas para a maioria das profissões relevantes será composto por competências que ainda não são consideradas fundamentais.  

A velocidade com que as mudanças ocorrem, de forma contínua, demanda que empresas e profissionais transformem as fraquezas desse novo mundo em forças para se manterem ativos no mercado. Assim funciona no mundo BANI (Brittle, Anxious, Nonlinear e Incomprehensible; em português, Fragilidade, Ansiedade, Não linearidade e Incompreensibilidade), onde a resiliência e inteligência emocional são as principais habilidades comportamentais.   

O convite feito por Amy Webb na última Tech Trends (março de 2022) refere-se a “Repercepção” das coisas, porque, segundo ela, a razão pela qual muita gente não consegue ver aquilo que está disponível é o mesmo motivo pelo qual não veem as "trends emergentes", ou seja, as tendências que moldam o futuro.  

Algumas coisas aparecem fora dos modelos com os quais estamos habituados e isso não significa que elas não poderão mudar o mundo. Lembre-se de questionar suas suposições sobre como os negócios funcionam, olhe as tendências com mais curiosidade ao invés de imediatamente dizer ‘não’ e, assim, novas oportunidades e novos riscos surgirão.   

A repercepção é uma qualidade dos bons gestores e nos ajuda a lidar com a complexidade e a incerteza, além de explorar novos territórios.  

Para trabalhar a repercepção compartilho uma ferramenta do The Future Today Institute, denominada The Axes of Uncertainty, e o convido para lidar com a vulnerabilidade e as oportunidades: 

  

Passo 1: baseie-se em fatos. 

Defina e registre o que é importante para você neste momento. Liste suas incertezas e medos frente ao objetivo. 

Pesquise e levante informações confiáveis sobre estas incertezas e medos em 4 categorias: 

Fatores econômicos, 

Fatores sociais,  

Fatores políticos e  

Fatores tecnológicos/científicos.  

Distribua os dados em eixos do extremo negativo ao extremo positivo. 

  

Passo 2: faça um brainstorm interno.  

Anote as incertezas, medos, preocupações ou inseguranças ao lado dos fatores pesquisados. 

Cuidado: Tendemos a prever as mudanças como melhores ou piores do que realmente são, conforme nossas experiências e informações armazenadas. Seja neutro e baseie-se em fatos. 

Exemplo, passos 1 e 2. 

Minhas incertezas: 

O que será do meu trabalho em um mundo em constante mudança?  

O que faço será substituído pela inteligência Artificial (IA)?  

Terei condições de pagar minhas contas e cuidar da minha família? 

 

Passo 3: 

Selecione duas das suas principais incertezas e coloque as informações levantadas nos eixos opostos. 

  

Passo 4: 

Escreva uma definição curta para cada quadrante, cruzando os eixos. As definições devem descrever um estado futuro que considere os dados obtidos. Você pode criar quantas definições desejar. Exemplo: 

  

Passo 5: 

Classifique cada quadrante com: 

  • Oportunidade de curto prazo 
  • Oportunidade de longo prazo 
  • Risco próximo 
  • Risco distante 
  • Risco existencial 

   

Não gostamos de analisar riscos, pois nos trazem informações sobre possibilidades de insucesso, mas pense na contrapartida: Quanto mais cedo você identificar um risco e trabalhar para mitigá-lo, excluí-lo ou solucioná-lo, mais rápido você converterá o risco em oportunidade, por este motivo, num mundo de inovações, o risco não é negativo. 

  

Passo final: 

Se você encontrou oportunidades potenciais, faça mais pesquisas e explore a ideia profundamente.  

Priorize e combine as definições.  

Crie cenários, explore visões positivas, negativas e neutras.  

Você terá em mãos informações relevantes e finalmente, faça a sua escolha por qual caminho segui. Defina sua estratégia de ação de curto e longo prazo, priorize o seu objetivo e siga em frente.   

“Quando as visões passam a fazer sentindo, a distância entre o pensar e o agir deixa de existir.” Margareth Weatlhy. 

 

 Regina Campilongo -- Sócia fundadora da Moving Forward – Heads, professora, designer e facilitadora de programas de treinamentos comportamentais organizacionais, mentora estratégica ágil, conselheira Trends Innovation, Master IE. 

 

As mentiras mais contadas por profissionais na internet e em entrevista de emprego

A insegurança e o medo de não se destacar leva muitos a dizerem que possuem determinadas qualificações, sendo que na realidade não tem


Mentira em entrevista de emprego e em perfis profissionais de redes sociais de networking é mais comum do que se imagina. As inverdades mais conhecidas são: dizer que o inglês é intermediário, sendo que não fala ou não escreve o idioma de fato; inventar um motivo falso para demissão do emprego anterior; ou informar, que domina programas como o Excel ou determinadas funções de informática, quando na verdade não domina. Outros, vão mais a fundo ao mentir, e chegam a dizer que possuem formação universitária e até usam o logo da instituição educacional no perfil online, mas não fizeram ou não terminaram a faculdade.

E o pior, é que a mentira pode alcançar extremos como recentemente a imprensa noticiou sobre um homem, que se passou por médico em uma importante instituição de saúde e na realidade ele era apenas um socorrista. Depois de algumas investigações, foram descobertas inúmeras outras mentiras envolvendo a mesma pessoa.

Esse caso mostra o extremo, de como a falsidade ideológica, pode levar uma pessoa a situações absurdas. Não é exatamente o que quero abordar neste artigo, mas é uma boa maneira de demonstrar o quanto a mentira é danosa, pode começar em pequenas atitudes cotidianas e virar uma mitomania, ou seja, uma patologia associada a transtornos e perturbações psicológicas, que necessitam de um tratamento médico especifico.


Currículo ‘fake’

Normalmente as pessoas gastam mais tempo mentindo do que relatando as suas reais capacidades profissionais. Na hora de redigir o currículo, elas se esquecem das coisas que realmente são relevantes — como, qual é o seu objetivo profissional, suas reais certificações, formações e registros profissionais anteriores —, focando na lista daquilo que “acham” que sabem fazer, algumas delas com conhecimento e vivência rasa.

As invenções dos candidatos a uma vaga profissional são criadas com objetivo de passar para a próxima etapa do processo de seleção e, logicamente, ser contratado. Porém, na hora da entrevista, muitos se contradizem com questões que estavam no currículo, mas não eram totalmente verdadeiras — como, quando o inglês do nível básico vem disfarçado de intermediário, o intermediário de avançado, e o avançado de fluente, entre outras.

Mentir, que tem uma formação universitária ou uma MBA, é algo sério, pois, ainda que imagine não precisar totalmente deste conhecimento adquirido em sala de aula, em algum momento estas noções específicas terão que ser demonstradas. Normalmente quem age assim “acha” que é autossuficiente profissionalmente e tem conhecimento satisfatório. Mas, na prática a mentira acaba sendo descoberta e haverá frustração e ‘saia justa’ podendo acabar mal, com baixo desempenho no trabalho, resultados profissionais medíocres, demissão por justa causa devido as inverdades contadas e ficar com uma fama ruim no mercado de atuação.

Além disso, levar tempo inventando mentiras e desculpas, gasta muita energia, pois, precisará estar em alerta, vigiando e criando estratégias para que essas inverdades não sejam descobertas. O melhor é utilizar essa energia no que realmente interessa, como fazer cursos, treinamentos e até mesmo se esforçar para ser excelente em sua função profissional.


Recrutadores atentos as mentiras

Um dos motivos mais recorrentes do recrutador não se atentar as mentiras contadas por um candidato é a pressa em cobrir uma vaga, reduzindo os processos e as etapas da seleção. Hoje existem ferramentas que auxiliam na detecção de inverdades, além de provas, testes e perguntas.

É necessário tomar muito cuidado com processos seletivos rasos, que não se aprofundam nas verificações das competências e comportamentos.  Nos exemplos clássicos do Excel e do inglês, por exemplo, é muito importante um teste prático para avaliar a habilidade do candidato. Além disso, o selecionador precisa estar preparado para ter o conhecimento aprofundado de tudo o que é necessário no cargo a ser preenchido. Pois, para selecionar um analista financeiro é preciso entender as competências e necessidades da função, entendendo se o candidato se aproxima da função ou tem excesso de conhecimento e então traçar uma linha de adaptação.

O candidato que falseia informações pode ser desmascarado na própria entrevista, quando o selecionador evita o uso de perguntas clichês, como quais as suas habilidades e defeitos, e faz questionamentos mais inteligentes, que trarão respostas espontâneas e verdadeiras, desestruturando “as respostas ensaiadas”. A conversa com o candidato deve ser tranquila e fluida, que leve a confiança e evite mais nervosismo no candidato. É possível perceber coerência na narrativa da pessoa quando há uma entrevista bem feita.


Franqueza ganha pontos

Se tem algo que conta ponto com recrutadores é a franqueza, pois ainda que a sua competência não se encaixe em uma vaga ela poderá levar a outros processos seletivos. Porém se mentir, perderá a vaga para a qual está concorrendo e também a oportunidade de participar de outras seleções, pois ficará taxado com perfil enganoso.

Portanto, antes de pensar em mentir qualquer coisa que seja, na entrevista de emprego, no currículo ou no perfil da rede social de networking, pense nas consequências desastrosas, que isso poderá trazer a sua carreira, quando a verdade aparecer. A máxima popular já alerta que “a mentira tem pernas curtas” — pode demorar um pouco, mas, será descoberta.

 

Kelly Stak - consultora de RH e especialista em desenvolvimento de pessoas e escritora do livro "Rótulos Não Me Definem: Uma História de Resiliência"


Como declarar empréstimos no imposto de renda 2022

Financiamentos devem ser declarados quando ultrapassam o valor de R$5 mil


A temporada da declaração do imposto de renda chegou e as pessoas que realizaram empréstimos durante o ano passado devem mencionar financiamentos acima de R$5mil na declaração de 2022. Com base no levantamento realizado pelo Banco Central, em 2021, o valor total de empréstimos bancários atingiram um montante de R$664 bilhões, chegando a R$4,6 trilhões, o que mostra que o serviço é muito utilizado pelos brasileiros. A fintech especializada em meios de pagamento e crédito pessoal, Provu, explica como essas informações devem estar presentes no documento que será entregue para a Receita Federal. 

 

1- Quando você deve declarar um empréstimo ou financiamento?

O empréstimo deve ser introduzido nas declarações dos brasileiros  que contrataram o serviço por meio de instituições bancárias, com amigos, conhecidos e/ou familiares, caso o valor ultrapasse o montante de R$5 mil. Essa informação será inserida na ficha de dívidas e ônus reais. 

 

2- E se você tiver mais de um empréstimo?

Caso o brasileiro possua mais de um financiamento, ele terá que criar um item para cada um dos credores que lhe emprestaram. Se houver uma antecipação de pagamento do empréstimo, também deverá ser apontado na declaração, isso irá garantir que não ocorra irregularidades referentes a este crédito no ano seguinte. 

 

3- Onde encontro as informações que a Receita Federal pede?

As informações e dados sobre os empréstimos que deverão ser introduzidas na declaração são disponibilizadas pelas instituições bancárias que encaminham os informes de rendimentos para os clientes que os solicitarem.  Visando facilitar o trabalho do cliente na hora de elaborar a declaração de imposto de renda,na Provu, os dados são  encaminhados por e-mail, com todas as informações sobre os financiamentos e o que devem ser introduzidos no arquivo que será encaminhado para a Receita Federal.

 

4- Além de empréstimos, o que mais deve ser declarado?

Outros rendimentos também devem ser apresentados na declaração de imposto de renda, tais como salário, pensão ou aluguel que passe dos R$25.559,70  ao ano, bens imobiliários e direitos de R$300.000,00 até o último dia do ano anterior, atividades rurais que apresentam uma receita bruta superior a R$142.798,50, rendimentos não tributados ou tributados na fonte superiores a R$40.000,00,  operações no mercado financeiro como bolsa de valores e lucros obtidos através da venda de imóveis residenciais. 

 

Provu - fintech


3 formas de combater a Fake News na educação infanti

 Especialista aponta dicas para ajudar pais e responsáveis a abordar e explicar sobre o tema para seus filhos

 

Apesar de muito se falar sobre as fake news, pouco se fala sobre como elas afetam na prática a vida das crianças, pois elas também estão expostas a muitas dessas informações falsas, principalmente pelo uso da tecnologia nos processos de aprendizagem e pelas interações sociais. As notícias inverídicas podem gerar gatilhos para transtornos de ansiedade e pânico, minimizar os riscos de algum problema de forma equivocada e espalhar mais rápido do que as verdadeiras gerando conflitos. 

Aproveitando às aulas no modelo híbrido, é importante além de preparar os alunos academicamente, prepará-los também socialmente. Trabalhar assuntos diversos, atuais e que fazem parte do cotidiano da criança, dentro e fora da escola, como este, é fundamental. 

Pensando em ajudar pais e responsáveis, Pedro Gigante, co-fundador e CEO do SuperAutor, projeto pedagógico que transforma crianças em autores de livros infantis, separou 3 formas essenciais de abordar este assunto com as crianças. confira:
 

1-) Promova uma leitura reflexiva: Uma atividade interessante para exercitar esta capacidade é a “leitura” de imagens. Ela busca evidenciar as imagens como textos que fornecem informações que também podem ser interpretadas. A proposta também entender como as nossas experiências prévias impactam na nossa absorção e entendimento de informações visuais.
 

2-) Identifique notícias falsas junto com as crianças: Uma ótima atividade para combater as fake news no meio infantil é ensinar na prática para a criança como analisar uma informação. Peça para que as crianças pesquisem sobre determinados assuntos e tragam links das pesquisas que elas encontraram. Recomende que a criança se atente à data da publicação, quem publicou, quem escreveu, quantos comentários a página possui, há quantos anos a página está no ar etc. Esta simples atividade pode despertar um senso crítico na criança e a curiosidade de investigar sempre mais.
 

3-) Deixe claro os riscos de espalhar estas notícias: Além da velocidade que se espalha uma notícia falsa, a forma como ela pode afetar negativamente a vida das pessoas pode ser irreversível. Uma fake news pode gerar desinformações a respeito de temas relacionados à saúde pública, pode acabar com a reputação de alguém ou até mesmo ser responsável pela captação de dados pessoais para crimes online. Apesar de parecer cedo para tratar temas como estes com as crianças, é necessário que elas tenham em mente estes riscos, para que elas cresçam com a consciência devida sobre o tema.
 

SuperAutor

 

Dia Mundial de Conscientização do Autismo acende os holofotes para a importância da inclusão

 No Brasil, estima-se que 2 milhões de pessoas são autistas. A psicóloga explica o que é o autismo, causas, qual o tratamento e, principalmente, inclusão dos autistas, pois “Lugar de autista é em todo lugar”.

 

O Dia Mundial de Conscientização do Autismo que acontece todo 2 de abril, esse ano apresentou o tema da campanha nacional “Lugar de autista é em todo lugar”, para promover uma mensagem inclusiva à sociedade em relação às pessoas autistas. O Transtorno do Espectro Autista - TEA, ou autismo, é um transtorno no desenvolvimento neurológico da criança que acarreta alterações em sua comunicação, na interação social e com o meio, bem como mudanças em seu comportamento. No Brasil, estima-se que existem 2 milhões de pessoas com TEA. 

Segundo a psicóloga da Iron Saúde Digital, Bettina Vostoupal, as causas do desenvolvimento do autismo são desconhecidas, porém há estudos que indicam que a predisposição genética explicaria apenas metade do risco de desenvolver TEA. Há fatores ambientais e metabólicos que também influenciam nessa situação. 

“Os primeiros sinais de TEA podem ser identificados no indivíduo quando ainda é um bebê, entre 1 e 2 anos de idade. A partir de 1 ano de idade completo, a criança com TEA apresenta comportamento de maior interação com objetos do que com pessoas, não apontam com o dedinho, não mantém um contato visual com outra pessoa e não atendem quando são chamadas. A partir dos 18 meses, já é possível fazer uma avaliação com um neuropediatra para, enfim, definir o diagnóstico”, esclarece. 

Bettina Vostoupal fala que para realizar o tratamento do autismo, é essencial o acompanhamento multiprofissional de médico, psicólogo, fonoaudiólogo, entre outros, a fim de definir uma conduta adequada para a idade do paciente bem como a intensidade dos sintomas. “O tratamento terá como foco a busca de terapias específicas para melhorar as habilidades sociais, de comunicação, interação e organização não somente do paciente, mas da família. Não há uma medicação específica para o tratamento em si, mas frequentemente utiliza-se de medicações para alguns sintomas que podem acompanhar o TEA”. 

Uma curiosidade sobre o tema é que o número de diagnósticos de TEA em homens é quatro vezes maior do que em mulheres. A psicóloga explica que as hipóteses para o fato são de que haja algum fator genético ainda desconhecido, bem como a possibilidade de o transtorno desenvolver-se de forma diferente em mulheres, e por isso o diagnóstico muitas vezes não acontece. 

É importante lembrar que as pessoas diagnosticadas com autismo podem ter uma vida normal, com algumas limitações, mas normal. A identificação e o tratamento adequado fazem toda a diferença no desenvolvimento humano, por isso, os pais devem procurar um profissional especializado, pois cada criança tem o seu tempo de desenvolvimento. A sociedade precisa entender o mundo das diferenças e quebrar os tabus, “Lugar de autista é em todo lugar”.


Dia do jornalista: E se a Imprensa virasse uma grande rede social? Google news showcase; uma nova era para o marketing digital

 

Jennifer de Paula, especialista em marketing digital, comenta sobre a novidade anunciada pelo Google e o cenário da comunicação para o futuro

 

A renomada empresa Google acaba de lançar uma inovação para o mundo da comunicação. Chamada de “News Showcase", o aplicativo tem páginas de conteúdos informativos selecionados por veículos de comunicação. De acordo com a empresa, o objetivo é oferecer notícias com credibilidade e com mais contexto para os usuários. “Depois da imprensa ter perdido espaço na mídia social e dessas ferramentas terem prejudicado a credibilidade das informações com as fake news, o Google vai transformar a imprensa em uma grande rede social”, afirma a BBA , especialista em Marketing Digital e diretora  de marketing da MF Press Global, Jennifer de Paula, que a convite da associação portuguesa de imprensa esteve presente no evento “A Transição Para o Digital”.

 

Para ela, a novidade do Google aumenta a relevância da credibilidade da imprensa. “Agora as pessoas vão ter acesso direto aos canais de comunicação. É possível escolher os assuntos preferidos, os veículos favoritos e isso vai transformar a imprensa em uma rede social”, detalha a especialista.

 

Jennifer chama atenção ainda para os prejuízos causados pela facilidade de propagação de informações. “A qualidade da informação acabou se perdendo com o tempo e essa inovação que está acontecendo vai modificar todo o marketing digital em um período muito curto. Essa transformação vai mudar totalmente a forma com a qual as pessoas enxergam a imprensa”, opina.

 

“É como se o google pudesse qualificar a imprensa e as pessoas vão conseguir selecionar quem serão as principais e mais relevantes. É uma espécie de like dado dentro da imprensa, isso é sensacional”, afirma a especialista. Os avanços tecnológicos disseminados por grandes empresas como o Google estão ditando as mudanças sociais em uma velocidade impressionante. “O desenvolvimento da rede social está fazendo com que todo o resto do mundo digital tenha que se atualizar para não perder a credibilidade”, explica.

 

Jennifer de Paula defende que a popularização da internet e das mídias sociais têm um poder transformador quase espontâneo. “O rádio era um meio de comunicação que estava sendo deixado de lado. De repente, a internet surge trazendo os podcasts e o rádio volta a expandir e o comportamento das pessoas referente a ele muda também”, exemplifica. “Um outro exemplo é o TikTok que causou alterações significativas dentro e fora do mundo virtual, mudando o modo de fazer marketing, priorizando vídeos ao invés de fotos e gerando também alterações de comportamentos na sociedade. É incrível a velocidade e a profundidade das alterações que estão acontecendo, é necessário ficar de olho em tudo para não ficar para trás”, pontua. 

 

Jennifer de Paula - diretora de marketing e gestão da MF Press Global, uma agência de comunicação internacional. Responsável por gestão de mídias sociais, carreira, posicionamento de marca, comunicação integrada e construção de autoridade no mercado de profissionais que somam milhões de seguidores nas redes sociais. A especialista é referência no que diz respeito às principais atualizações do mundo digital.

 

Como seria a internet sem anúncios segmentados: estudo inédito do IAB Brasil traz internautas abordando experiência de uso da internet com publicidade

 Realizado no Brasil e na América Latina, em parceria com os institutos Nielsen e Offerwise, o estudo aponta que 87% dos internautas preferem ter acesso à maioria dos aplicativos de forma gratuita em seu celular, mesmo com a presença de anúncios direcionados; Já 73% dos brasileiros com acesso à internet consideram a publicidade útil para encontrar produtos e auxiliar no processo de compra.



O IAB Brasil, associação que representa a publicidade digital no país, apresenta estudo inédito que investiga como seria a internet se não existissem anúncios direcionados financiando serviços e conteúdos de forma gratuita para os internautas.

Para entender os impactos deste cenário hipotético para a sociedade, o IAB Brasil, em parceria com a Nielsen e a Offerwise, entrevistou internautas na Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, México, Peru e Uruguai para saber o que preferem: pagar por serviços do dia a dia e conteúdos já utilizados atualmente de forma gratuita – como apps de mensagem, e-mail, acesso a músicas, vídeos e afins – ou continuar a ter acesso a essa gratuidade, mas sendo impactados por anúncios, como já funciona nos dias de hoje


O que o internauta prefere?        

O estudo mostrou que 2 em cada 3 internautas brasileiros preferem que a experiência de uso da internet continue a mesma, com a maior parte dos serviços digitais sem qualquer custo e com a presença de anúncios.

Ainda sobre este cenário, 87% dos usuários de internet do Brasil preferem ter acesso à maioria dos aplicativos em seu celular de forma gratuita e com a presença de anúncios direcionados do que pagar por eles e não ser impactado por anúncios.


E se tivessem que pagar? 

Caso tivessem que pagar por serviços que hoje são gratuitos, 61% dos internautas brasileiros afirmaram que usariam menos a internet. Desses 34% reduziriam este consumo para não pagar e 27% pagariam pouco, além de diminuir o uso da internet. Entre os que estariam dispostos a pagar, 60% não desembolsariam mais que R$ 10,00 por informações e serviços do dia a dia que hoje não possuem nenhum custo.

O estudo mostra também que 93% dos brasileiros com acesso à internet acreditam ser importante poder decidir sobre quais serviços e conteúdos gostariam de pagar.

"Os números do Brasil são bem alinhados aos dos internautas latino-americanos. É importante ponderar que as populações da América Latina enfrentam desafios de desenvolvimento na economia, e, portanto, o seu poder de compra terá influência na predisposição a pagar por serviços”, comenta Sabrina Balhes, líder de Measurement da Nielsen Brasil.


Qual a utilidade da publicidade para o internauta?     

Quando questionados sobre a utilidade da publicidade digital, 73% dos brasileiros com acesso à internet a consideraram útil para encontrar produtos e auxiliar no processo de compra.

"A pesquisa mostra que a publicidade digital tem relevância para o usuário, seja por custear funcionalidades fundamentais em seu dia a dia ou por facilitar o processo de descoberta de produtos e serviços de seu interesse. Sem a publicidade, a internet livre como conhecemos hoje não existiria, pois esta estrutura precisa ser custeada de alguma forma”, comenta Cris Camargo, CEO do IAB Brasil. "É importante entender também que, caso esse cenário hipotético se consolidasse, nem todos estariam aptos a pagar e, assim, teriam seu acesso restrito, o que traria um impacto enorme na democratização do acesso a serviços e aplicativos na internet”, finalizou.


Cenário América Latina versus Brasil     

Mais da metade (65%) dos latino-americanos consideram a publicidade útil para encontrar produtos e auxiliar no processo de compra. Destaca-se o Brasil com 73%, 8 pontos percentuais acima da média da América Latina.

A preferência entre internautas latino-americanos também é de 2 em cada 3 para que a experiência de uso da internet continue a mesma: com a maior parte dos serviços digitais gratuitos e a presença de anúncios. Chega a 92% o volume de respondentes que acreditam ser importante o direito de decidir por quais sites e aplicativos desejam pagar; curiosamente, no Brasil, o percentual apurado foi de 93%, demonstrando o alinhamento de expectativas em relação aos ganhos com a publicidade digital.

Caso tivessem que custear serviços que hoje são gratuitos, 41% dos internautas latino-americanos afirmaram que não pagariam e utilizariam menos a internet. Adicionalmente, as médias de Brasil e Latam ficaram em 57% e 58%, respectivamente, de internautas que não desembolsariam mais que R$ 10,00 por qualquer tipo de serviço, de entretenimento a informação de qualidade, que hoje são gratuitos.


Sobre o estudo        

A amostra de América Latina, retratada abaixo, tem como base a representatividade da população de internautas, de acordo com painel da Offerwise nas regiões pesquisadas. Para a realização desse estudo, foram entrevistadas 4.260 pessoas em painel on-line representativo da população de internautas, entre dezembro de 2021 e fevereiro de 2022, nos seguintes países: Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, México, Peru e Uruguai

 

 

IAB Brasil - Entidade de classe sem fins lucrativos que tem como objetivo desenvolver a publicidade digital no Brasil. https://iabbrasil.com.br/.

 

Nielsen - retrata a mídia e o conteúdo do mundo como líder global em medição, dados e análises de audiência.

www.nielsen.com

www.nielsen.com/investors

  

Offerwise - pesquisas de mercado de maneiras inovadoras.


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