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quarta-feira, 6 de abril de 2022

Dia Mundial de Conscientização do Autismo acende os holofotes para a importância da inclusão

 No Brasil, estima-se que 2 milhões de pessoas são autistas. A psicóloga explica o que é o autismo, causas, qual o tratamento e, principalmente, inclusão dos autistas, pois “Lugar de autista é em todo lugar”.

 

O Dia Mundial de Conscientização do Autismo que acontece todo 2 de abril, esse ano apresentou o tema da campanha nacional “Lugar de autista é em todo lugar”, para promover uma mensagem inclusiva à sociedade em relação às pessoas autistas. O Transtorno do Espectro Autista - TEA, ou autismo, é um transtorno no desenvolvimento neurológico da criança que acarreta alterações em sua comunicação, na interação social e com o meio, bem como mudanças em seu comportamento. No Brasil, estima-se que existem 2 milhões de pessoas com TEA. 

Segundo a psicóloga da Iron Saúde Digital, Bettina Vostoupal, as causas do desenvolvimento do autismo são desconhecidas, porém há estudos que indicam que a predisposição genética explicaria apenas metade do risco de desenvolver TEA. Há fatores ambientais e metabólicos que também influenciam nessa situação. 

“Os primeiros sinais de TEA podem ser identificados no indivíduo quando ainda é um bebê, entre 1 e 2 anos de idade. A partir de 1 ano de idade completo, a criança com TEA apresenta comportamento de maior interação com objetos do que com pessoas, não apontam com o dedinho, não mantém um contato visual com outra pessoa e não atendem quando são chamadas. A partir dos 18 meses, já é possível fazer uma avaliação com um neuropediatra para, enfim, definir o diagnóstico”, esclarece. 

Bettina Vostoupal fala que para realizar o tratamento do autismo, é essencial o acompanhamento multiprofissional de médico, psicólogo, fonoaudiólogo, entre outros, a fim de definir uma conduta adequada para a idade do paciente bem como a intensidade dos sintomas. “O tratamento terá como foco a busca de terapias específicas para melhorar as habilidades sociais, de comunicação, interação e organização não somente do paciente, mas da família. Não há uma medicação específica para o tratamento em si, mas frequentemente utiliza-se de medicações para alguns sintomas que podem acompanhar o TEA”. 

Uma curiosidade sobre o tema é que o número de diagnósticos de TEA em homens é quatro vezes maior do que em mulheres. A psicóloga explica que as hipóteses para o fato são de que haja algum fator genético ainda desconhecido, bem como a possibilidade de o transtorno desenvolver-se de forma diferente em mulheres, e por isso o diagnóstico muitas vezes não acontece. 

É importante lembrar que as pessoas diagnosticadas com autismo podem ter uma vida normal, com algumas limitações, mas normal. A identificação e o tratamento adequado fazem toda a diferença no desenvolvimento humano, por isso, os pais devem procurar um profissional especializado, pois cada criança tem o seu tempo de desenvolvimento. A sociedade precisa entender o mundo das diferenças e quebrar os tabus, “Lugar de autista é em todo lugar”.


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