No Brasil, estima-se que 2 milhões de pessoas são autistas. A psicóloga explica o que é o autismo, causas, qual o tratamento e, principalmente, inclusão dos autistas, pois “Lugar de autista é em todo lugar”.
O Dia Mundial de Conscientização do
Autismo que acontece todo 2 de abril, esse ano apresentou o tema da campanha
nacional “Lugar de autista é em todo lugar”, para promover uma mensagem
inclusiva à sociedade em relação às pessoas autistas. O Transtorno do Espectro
Autista - TEA, ou autismo, é um transtorno no desenvolvimento neurológico da
criança que acarreta alterações em sua comunicação, na interação social e com o
meio, bem como mudanças em seu comportamento. No Brasil, estima-se que existem
2 milhões de pessoas com TEA.
Segundo a psicóloga da Iron Saúde
Digital, Bettina Vostoupal, as causas do desenvolvimento do autismo são desconhecidas,
porém há estudos que indicam que a predisposição genética explicaria apenas
metade do risco de desenvolver TEA. Há fatores ambientais e metabólicos que
também influenciam nessa situação.
“Os primeiros sinais de TEA podem ser
identificados no indivíduo quando ainda é um bebê, entre 1 e 2 anos de idade. A
partir de 1 ano de idade completo, a criança com TEA apresenta comportamento de
maior interação com objetos do que com pessoas, não apontam com o dedinho, não
mantém um contato visual com outra pessoa e não atendem quando são chamadas. A
partir dos 18 meses, já é possível fazer uma avaliação com um neuropediatra
para, enfim, definir o diagnóstico”, esclarece.
Bettina Vostoupal fala que para
realizar o tratamento do autismo, é essencial o acompanhamento
multiprofissional de médico, psicólogo, fonoaudiólogo, entre outros, a fim de
definir uma conduta adequada para a idade do paciente bem como a intensidade
dos sintomas. “O tratamento terá como foco a busca de terapias específicas para
melhorar as habilidades sociais, de comunicação, interação e organização não
somente do paciente, mas da família. Não há uma medicação específica para o
tratamento em si, mas frequentemente utiliza-se de medicações para alguns
sintomas que podem acompanhar o TEA”.
Uma curiosidade sobre o tema é que o
número de diagnósticos de TEA em homens é quatro vezes maior do que em
mulheres. A psicóloga explica que as hipóteses para o fato são de que haja
algum fator genético ainda desconhecido, bem como a possibilidade de o transtorno
desenvolver-se de forma diferente em mulheres, e por isso o diagnóstico muitas
vezes não acontece.
É importante lembrar que as pessoas
diagnosticadas com autismo podem ter uma vida normal, com algumas limitações,
mas normal. A identificação e o tratamento adequado fazem toda a diferença no
desenvolvimento humano, por isso, os pais devem procurar um profissional
especializado, pois cada criança tem o seu tempo de desenvolvimento. A
sociedade precisa entender o mundo das diferenças e quebrar os tabus, “Lugar de
autista é em todo lugar”.
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