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segunda-feira, 2 de agosto de 2021

Horóscopo Mensal de Agosto 2021



 

O Sol entrou no signo de Leão trazendo brilho para todos nós. Se você está sentindo uma força de autoridade e liderança chegando em sua vida, pode ter certeza de que a justificativa é essa. Desde o dia 22 de julho, o astro rei vem contemplando o signo dos leoninos. De 22 de agosto em diante, o foco passa para a Virgem. Quer entender mais sobre essa influência? O astrólogo Brendan Orin, do Astrocentro, nos conta sobre o horóscopo mensal de agosto de 2021. Confira:

 

Áries (21/03 a 20/04)

Em agosto, o mês vai ser de muita luz para os arianos por conta do Sol em Leão. Quando o Sol transita por qualquer signo de fogo, ele cria um trígono com seu Sol Natal. O resultado é vitalidade, auto estima, autoridade e vontade de ser visto. É interessante vocês aproveitarem essa fase para investir em novidades da sua carreira, encontrar um novo emprego ou até iniciar um projeto.  

Além disso, Marte permanece o mês inteiro no signo de Virgem. Por ser seu planeta regente, o impacto disso em você é grande - trazendo muita energia e vontade de resolver todas as coisas que ficaram paradas. Será o gás da organização que te falta, às vezes. Essa movimentação planetária também vai proporcionar uma guinada na vida profissional. No final de agosto, o Sol transita para Virgem, deixando o mundo menos focado no "eu" e no "agora" e mais em "nós". É uma forma de pensar mais na sociedade e no coletivo, valorizando mais a ordem. A grande sacada é aproveitar a energia de vitalidade no começo do mês para que no final, as melhores decisões sejam tomadas. 

Outro planeta que fica em Virgem por um bom tempo e te ajudará bastante, é Mercúrio. No dia 11 de agosto, ele sai de Leão e entra em Virgem. A partir disso, aproveite para tirar ideias do papel e colocá-las em prática. Mercúrio trata de toda a comunicação, que vai estar muito pautada em respeito e processo. Arianos, é esse o momento de investir em sua carreira.

 

Touro (21/04 a 20/05)

Taurinos, esse mês algumas movimentações vão te trazer sorte. A maioria delas será no signo de Virgem, que também pertence ao elemento da Terra, como vocês. Essa energia vai ser enviada para vocês por meio de um trígono astrológico, que é quando o Sol atual fica perfeitamente alinhado com seu Sol natal. Para começar, Vênus fica em Virgem até o dia 16 de agosto e depois passa para a Libra. Ambos os posicionamentos são legais. Marte, que fala sobre as soluções de conflito, também está no signo de Virgem desde o dia 29 de julho. Ou seja, esse mês inteiro todos os taurinos vão sentir aquela força e capacidade de mudar o mundo. A parte boa é que, por mais que Marte ative o signo nativo de vocês, estará de uma forma que tenha a ver com o ritmo e fluxo taurino.  

Outro planeta que está transitando pela Virgem, é Mercúrio. Inicialmente ficará em Leão, mas em 11 de agosto passa para Virgem. Quando essa transição acontece, o que estava baseado em palavra de autoridade passa a ter a ver com processos e decisões coletivas. Uma organização que é comum para os virginianos. Em 30 de agosto, uma nova transição acontece. Mercúrio sai de Virgem e passa para Libra, deixando as conversas dos relacionamentos cheias de declarações. Por outro lado, as pessoas vão ficar mais polidas e diplomáticas na hora dos discursos. Vale lembrar que ambos os posicionamentos acompanham Vênus. Ou seja, os dois planetas vão se encontrar posicionados no mesmo lugar. 

O Sol fica quase o mês inteiro em Leão, o que pode incomodar os nativos em Touro. Perceberemos as pessoas se achando demais por conta do ego leonino, mas isso faz parte. O lado positivo é a vitalidade, generosidade e capacidade de liderança.

 

Gêmeos (21/05 a 20/06)

Tem bastante coisa acontecendo em Virgem no céu durante o mês de agosto. Para os geminianos, isso não é muito bom por não ser um signo mutável e fazer uma quadratura com seu sol natal. Mercúrio, seu planeta natal, está em Leão trazendo para você auto estima, magnetismo e vontade de se mostrar pra vida. Por outro lado, a comunicação das pessoas fica baseada em hierarquia e autoridade.  

No dia 11 de agosto, o planeta transita para Virgem e vocês podem sentir que as coisas estão ordenadas demais. Os nativos do signo de gêmeos podem se incomodar com isso porque é como se fossem colocadas dentro de uma caixa. No entanto, a comunicação continua efetiva. Em 30 de agosto, Mercúrio sai de Virgem e vai para Libra, aliviando as tensões por fazer um bom ângulo com seu Sol natal. 

A segunda movimentação importante para esse signo será o Sol em Leão, que fala muito sobre vitalidade e as pessoas querendo ser mais vistas. Em 22 de agosto, acontece a transição para virgem deixando tudo mais burocrático, em ordem e processos. Isso é normal por conta das características da Virgem. Marte que estava em Virgem desde 29 de julho e vai permanecer. Isso pode trazer uma dose de estresse, então tome cuidado porque no fim do mês ele vai caminhar para Libra. Até que isso aconteça, a possibilidade desse Marte á atrapalhar sua energia geminiano.

 

Câncer (21/06 a 22/07)

Cancerianos, o mês será calmo e tranquilo para vocês. Primeiro, porque a Lua não vai transitar por nenhum signo complicado de lidar e segundo, porque muitas movimentações de outros planetas acontecerão em signo de terra. Isso te traz uma estabilidade, que é super importante e vocês amam.  

No dia 8 de agosto, a Lua Nova acontece em Leão te trazendo oportunidade de fazer tudo aquilo que você quer por si mesmo. Vale aproveitar essa fase para se mimar e se cuidar. Depois, a Lua Crescente acontece no signo de Escorpião sendo super positiva para você na área da espiritualidade e sexualidade. Os cancerianos vão se ver mais assertivos, tomando boas decisões e ainda aproveitando para curtir experiências quentes em quatro paredes. A Lua Cheia será em Aquário trazendo energia e capacidade mental. No dia 30 de agosto, a Lua mingua em Gêmeos te dando força para encerrar assuntos inacabados.  

O Sol começa o mês no signo de Leão trazendo pro mundo uma energia mais egóica, com auto estima e auto aceitação. Isso será super importante porque todos nós precisamos desse toque, vez ou outra. Em 22 de agosto, passa para Virgem e o mundo se torna mais burocrático e processual.  Porém, todos os planos feitos terão super chance de dar certo.

 

Leão (23/07 a 22/08)

O Sol passa um bom tempo no seu signo, te trazendo: vitalidade, auto estima, magnetismo, sorte e muita luz. Os nativos de Leão não têm culpa de serem regidos pelo astro rei, todas as coisas que o Sol diz para todos são ainda mais fortes para você. No fim das contas, todo mundo dança a sua dança porque conforme o Sol vai caminhando por cada signo os leoninos vão sentindo as emoções daquele signo na pele.  

Por exemplo, no mês passado estavam vivendo tudo mais intensamente e emocionalmente por ele estar posicionado em Câncer. Agora, seu inferno astral está se aproximando do fim e você começa a melhorar exponencialmente. O mundo está próximo de você. Então, você vai sentir muito poder pessoal.  

Em 22 de agosto, o Sol caminha para Virgem tirando um pouco dessa energia e deixando tudo mais frio e ordenado. Esse período é importante para sua vida para estruturar tudo ao seu redor. Faz parte.  

Marte, que fala sobre nossa forma de resolver problemas, também estará posicionado na Virgem. Esse movimento vai dizer que tudo aquilo que for planejado dará certo. Abuse de cronogramas, posts-its e listas. Mercúrio também vai lhe ajudar bastante porque estará em Leão até o dia 10 de agosto. Os leoninos vão se ver passando suas mensagens com mais facilidade. Depois, ele vai para Virgem e a comunicação fica objetivo. Nada de dúvidas e entrelinhas.

 

Virgem (23/08 a 22/09)

Para você que é do signo de Virgem, esse mês reserva excelentes notícias e não apenas porque o Sol entrará no seu signo no dia 22. O que acontece é que terão tantos planetas transitando pelo signo de virgem que você vai ter muito sucesso em suas comunicações, relações familiares, relacionamentos amorosos e trabalho.  

Mercúrio começa o mês posicionado em Leão, fazendo os virginianos sentirem mais vontade de cuidar mais deles mesmos e deixar sua comunicação mais forte. Para quem trabalha com liderança, será algo muito positivo. No dia 11 de agosto, o planeta transita para o signo de Virgem. Podem esperar por sorte, oportunidade e guinadas na sua carreira. Tudo aquilo que você conseguir planejar e colocar no papel, com certeza será muito bem feito. No dia 30 de agosto, Mercúrio passa para Libra.  

Vênus fica em virgem até o dia 15 de agosto, será um período de extremo bem-estar e muita auto- estima. Seja para se manter no relacionamento que você está ou para conquistar alguém, o ritmo será da forma que os nativos de Virgem adoram. Depois, Vênus passa para Libra, deixando os relacionamentos mais doces e tranquilos.   

Marte, planeta que fala sobre a resolução de problemas, também está em Virgem desde 29 de julho. Ou seja, as pessoas que quiserem solucionar conflitos esse mês vão ter que abusar de cronogramas e sistemas que colocam a vida em ordem. Tudo se torna processual.

 

Libra (23/09 a 22/10)

Podemos dizer que agosto não é o mês dos librianos, porque esse será setembro. Contudo, é certo de que tudo passa a melhorar a partir daqui. Vênus, seu planeta regente, começa o mês em virgem e fica até 16 de agosto. É tempo de organizar e planejar sua vida. Porém, Marte também está posicionado na Virgem desde o dia 29 de julho. Esse cruzamento dos dois planetas em alguns momentos vai trazer para você algo bastante sexual. Uma energia e/ou vontade de viver uma aventura em quatro paredes, tanto para quem está solteiro quanto para quem está comprometido. Além desse encontro, também temos a oportunidade de resolver as coisas relacionadas a programação, planejamento e estrutura. Crie metas, prazos e listas se for necessário. Ainda mais para aquelas coisas que precisam de um passo de cada vez porque, lá na frente você vai querer ter começado agora. 

Vale lembrar que essa movimentação de Vênus no signo de Libra deixa as relações mais rotineiras e isso pode incomodar os nativos de Libra. A parte positiva é que existe uma harmonia com cuidados da casa e consigo mesmo, que te agradam, foque nisso. Em 16 de agosto, o planeta passa para Libra. Quando nosso planeta regente está em nosso signo é um momento de carisma, de coisas boas e isso é normal. Aproveite essa fase de bem-estar e magnetismo pessoal.  

Mercúrio começa o mês em Leão, deixando as palavras e situações mais baseadas em autoridade. No dia 11 de agosto, o planeta transita para Virgem. Para quem é libriano, esse tempo de Mercúrio e Vênus em Virgem, deixa os relacionamentos melhores. Isso porque quando a sintonia e a comunicação estão boas, é nítido que a relação ficará boa também.

 

Escorpião (23/10 a 21/11)

As pessoas do signo de Escorpião podem aprender algumas coisas legais com a passagem de Marte, um dos seus planetas regentes, no signo de Virgem. Essa movimentação vai te ajudar a organizar as coisas, preparar tudo antes de dar aquela cartada final. Marte está em Virgem desde o dia 29 de julho, fazendo com que a forma de conquistar as coisas no mundo tenha a ver com estrutura, rotina e organização. A realidade se torna baseada em disciplina.  

Vênus também se encontrará no signo de Virgem, porém até o dia 16 de agosto. Quando Vênus e Marte se encontram posicionados no mesmo signo, o resultado é aquela carga energética sexual que você adora para sua vida. Então, todos sentiram uma força e um desejo maior direcionados a essa questão de se relacionar fisicamente. Depois, Vênus passa para Libra, deixando os nativos mais ciumentos - principalmente para quem namora ou é casado. O lado positivo é que os relacionamentos ficam mais íntimos, então é mais uma questão de saber lidar.  

A Lua fica nova no dia de Leão no dia 8, trazendo uma energia de confusão nos sentimentos. Em seguida, a Lua Crescente acontecerá no signo de Escorpião no dia 15 de agosto, mexendo muito com seus sentimentos. Você vai sentir mais vontade de conquistar, cortejar e paquerar. É aquele "comer pelas beiradas". Por fim, a Lua Cheia em aquário no dia 22 de agosto, também incomodando os nativos de escorpião. Isso porque todo mundo fica muito solto e desapegado, perdendo a responsabilidade e vocês odeiam isso.

 

Sagitário (22/11 a 21/12)

Com tantas coisas acontecendo em Leão esse mês, com certeza isso trará uma energia boa para vocês. Em compensação, logo em seguida uma energia transitando forte em virgem vai bagunçar um pouco a sua vida. Se começarmos a pensar dessa forma, o mês já vai iniciar estranho. Até porque, temos alguns planetas que estão retrógrados e um deles é o seu regente. Júpiter está retrógrado em Aquário, fazendo você se questionar se você está sendo encaixado na vida que sempre sonhou. Tudo fica mais esquisito e vai demorar um tempo para passar. Só depois que o planeta passar por Capricórnio é que as coisas voltam ao seu estado normal.  

Sol em Leão, faz um ângulo favorável de 120 graus com seu Sol natal. Dessa forma, você recebe um pouco da energia leonina. Aproveite essa fase porque até sua saúde tende a ter um boom. Mercúrio também começa o mês em Leão, mas depois passa para Virgem. Ou seja, tudo aquilo que estava iluminado e autoritário passa a ficar mais em ordeiro. As pessoas vão ficar com a comunicação mais direta, cansadas de piada e deixando o bom humor de lado. Em 30 de agosto, ele passa para Libra, deixando as comunicações mais diplomáticas.

 

Capricórnio (22/12 a 20/01)

Com tantos posicionamentos em Virgem acontecendo, o signo de Capricórnio vai receber uma energia bem boa. O que acontece é que, nesse período de agosto, vários planetas vão transitar pelo signo de virgem gerando um ângulo de 120 graus, chamado trígono. Isso é extremamente favorável na astrologia. Então, você receberá muita energia positiva e vai ver sua vida se movimentando de forma boa. 

Seu planeta regente, Saturno, continua retrógrado. Sabemos que os nativos desse signo já estão acostumados com isso porque a vida deles nunca foi fácil. Contudo, mares calmos não fazem bons marinheiros e disso vocês sabem bem. Os percalços no caminho é que fazem suas conquistas serem duradouras. Essa retrogradação vai acontecer no signo de Aquário trazendo alguns desafios relacionados à energia, os questionamentos vão começar a surgir na sua cabeça: será que devo fazer isso ou optar pela minha estabilidade? Será que devo aceitar esse acordo ou brigar pelo o que eu penso. Todas essas dúvidas têm a ver com a movimentação retrógrada de Saturno em Aquário.  

Júpiter expande todas as coisas e isso vale, ainda mais, para o signo que ele estiver passando. Quando Júpiter está retrógrado em Aquário, as pessoas começam a flertar com ideias conservadoras e o motivo principal é porque ele estará se aproximando de Capricórnio. Então, quando Júpiter e Saturno estiverem no seu signo você verá as coisas voltando ao seu fluxo normal. Sua energia será renovada porque as coisas voltam a andar para frente. Contudo, até lá o conservadorismo resiste.

 

Aquário (21/01 a 18/02)

O mês dos aquarianos será cheio de altos e baixos, com novidades no amor e novidades no trabalho. Urano, seu planeta regente principal, está no signo de Touro e vem falando muito sobre sua profissão. Isso traz ideias novas e economia compartilhada. Esse planeta entrará em movimento retrógrado, trazendo alguns questionamentos. Você pode se sentir um pouco preso e achar sua vida um pouco chata, porque Touro é um signo de permanência. Além disso, você pode encontrar alguns problemas financeiros - cuidado para não dar um passo maior que a perna.  

O seu outro planeta regente, que é Saturno, também está retrógrado. A notícia boa é que ele está no seu signo. Desde o dia 28 de julho, Júpiter também está retrógrado em Aquário. O que acontece é que esses dois planetas são lidos como sociais, falam com a vida pessoal de cada um e sobre como nossa sociedade se comporta. A junção desses dois movimentos retrógrados vai trazer desafios relacionados ao seu próprio signo, repense e reflita o que precisar.

 

Peixes (19/02 a 20/03)

Segurem a onda esse mês, piscianos. Têm vários planetas que vão estar transitando pelo signo de Virgem, que é seu oposto. Enquanto você sonha e resolve as coisas de maneira inesperadas, o signo de Virgem é ordeiro e pé no chão. Você pode sentir a morosidade do que está por vir. Seu planeta regente está em movimento retrógrado, Netuno. Ele está retrógrado no seu signo, trazendo uma inquietude e uma sensação de desesperança mesmo. Você pode até se sentir afastado da sua energia espiritual, vendo algumas marcas do passado voltando para te atormentar e é normal. Não se assuste porque você conseguirá tirar isso de letra. 

Júpiter saiu de Peixes e entrou em Aquário, também em retrogradação. Essa movimentação vai pedir que você repense a sua vida, não sonhe alto demais e planeje alto demais. Segure essa energia para não ficar estressada. Saturno também está retrógrado em Aquário, fazendo você pensar o que se deve romper com coisas do passado para caminhar para o futuro. Plutão estará retrógrado em Capricórnio.

 

 

Astrocentro

www.astrocentro.com.br

Síndrome do Pensamento Acelerado: estímulos e informações em excesso esgotam mente e corpo

Para absorver todos os novos impulsos, o cérebro, já esgotado, acaba tomando para si a energia que deveria ser utilizada para o funcionamento de outros órgãos e músculos, resultando no desgaste físico


 

Identificada pelo psiquiatra e escritor Augusto Cury, a Síndrome do Pensamento Acelerado (SPA) gera dificuldade em organizar os pensamentos, podendo saturar o córtex cerebral e resultar em uma mente hiper pensante (em busca permanente de informações e estímulos), agitada, impaciente, com bloqueio criativo e baixo nível de tolerância.

 

“Diariamente, ficamos expostos a uma quantidade enorme de estímulos, nos motivando a fazer várias tarefas simultaneamente. O problema é que o cérebro não está acostumado a receber tantos estímulos e a processar inúmeras informações de uma vez só. O resultado é o esgotamento mental, e para absorver todos os novos impulsos, o cérebro acaba tomando para si a energia que deveria ser utilizada para o funcionamento de outros órgãos e músculos, o que justifica o desgaste físico”, explica a Dra. Danielle H. Admoni, psiquiatra na Escola Paulista de Medicina UNIFESP e especialista pela ABP (Associação Brasileira de Psiquiatria).

 

Segundo o Instituto Augusto Cury, a SPA atinge cerca de 80% da população brasileira. Mesmo sendo comum, a síndrome é pouco discutida. Muitas pessoas sofrem com os sintomas sem saberem que estão lidando com este problema de ordem psicológica, pois, ainda que não seja considerada uma doença, a SPA está relacionada a quadros de transtorno de ansiedade.

 

“As redes sociais, por exemplo, são responsáveis por diversos quadros de ansiedade, já que muitas pessoas passam o tempo todo checando notificações e mensagens. Além disso, dentro de um curto período na internet, o indivíduo absorve uma quantidade absurda de textos e imagens, fator que gera cansaço e esgotamento mental”, reforça Flávia Teixeira, psicóloga, mestre em Saúde Coletiva pela UFRJ, professora de pós-graduação em Psicologia Hospitalar na UFRJ e pós-graduada em Psicossomática Contemporânea.


 

Sintomas


A SPA está associada ao fluxo intenso de pensamentos, ou seja, não há relação com o conteúdo deles, mas com a quantidade e a velocidade em que são produzidos pelo cérebro. Confira os principais sintomas de quem é acometido pela síndrome:

 

- Ansiedade


- Dificuldade de atenção e concentração


- Pensamentos distorcidos


- Prejuízos à memória, como lapsos


- Cansaço excessivo


- Dificuldade para pegar no sono


- Irritabilidade fácil


- Não conseguir descansar o suficiente e acordar cansado


- Inquietação


- Excesso de estímulos visuais e sonoros


- Sofrimento por antecipação


- Intolerância ao ser contrariado


- Mudança de humor repentina


- Insatisfação constante


- Sintomas psicossomáticos, como dor de cabeça, dor nos músculos, queda de cabelo e gastrite


 

Quem pode ter


Normalmente, a síndrome surge em pessoas que precisam se manter constantemente atentas, produtivas e sob pressão. A SPA é muito comum em executivos, profissionais de saúde, escritores, professores e jornalistas, por exemplo.

 

“São pessoas que não conseguem parar um segundo sequer para evitar o comprometimento do trabalho, já que tudo acontece em um ritmo extremamente acelerado, com muitos projetos e pouco prazo de entrega. Nestes casos, a SPA acaba dificultando o desenvolvimento de capacidades, de criatividade, reflexão e memória, podendo prejudicar o rendimento do trabalho”, pondera a Dra. Cristiane Romano, mestre e doutora em Ciências e Expressividade pela USP, e pós-graduada em Gestão e Estratégia de Marketing pela PUC-MG.

 

Cristiane aconselha evitar longas jornadas de trabalho. Para conseguir realizar as tarefas somente no horário do expediente, é preciso disciplina e organização. Outra dica é, ao invés de tirar um mês de férias, tirar 4 ou 5 dias de férias a cada 4 meses. “Dessa forma, você espaça seu tempo para descansar e desligar a mente”, diz Romano.


 

Atenção com as crianças


No entanto, a SPA não se limita ao âmbito profissional. Segundo Danielle Admoni, que também é psiquiatra da infância e adolescência na UNIFESP, qualquer pessoa pode desenvolver a síndrome.

 

“Crianças e adolescentes são bombardeados por informações a todo momento e submetidos ao excesso de tarefas, estímulos sociais e preocupações. Isso acaba por estressar e desgastar o cérebro, especialmente em se tratando de indivíduos em pleno desenvolvimento neuro psicomotor, cuja estrutura cerebral é afetada, provocando disfunção no sistema neurológico e endocrinológico, podendo gerar danos irreversíveis”, alerta a psiquiatra.

 

“Caso seu filho apresente quadro de ansiedade, dificuldade de concentração, falta de memória, irritabilidade, cansaço físico e mental, busque ajuda imediatamente, antes que o seu desenvolvimento intelectual possa ser comprometido”.


 

Tratamento


O diagnóstico da SPA deve ser feito por um psicólogo ou psiquiatra. Pode ser com base nos sintomas e nos relatos sobre os hábitos cotidianos do paciente, como também por meio de um questionário específico que auxilia a identificar pontos que podem ter ficado de fora.

 

O psicólogo ajuda no entendimento dos pensamentos, dos sentimentos e dos comportamentos. Já o psiquiatra poderá entrar com medicações, caso seja necessário. “O importante é haver um acompanhamento multidisciplinar para descartar outras hipóteses e garantir o diagnóstico correto”, ressalta a psicóloga Flávia Teixeira.

 

Segundo ela, adotar mudanças de hábitos e rotina pode ajudar no tratamento da síndrome: praticar atividades físicas regularmente, dar pausas para descanso entre as tarefas do dia, limitar-se ao uso de redes sociais e de telas em geral, e passar a praticar um hobby ou alguma atividade que dê prazer, como pintar, ler, cozinhar, entre diversas outras opções que proporcionam o bem-estar que sua mente e seu corpo tanto precisam.


Inteligência artificial e sono, parceria inédita no Brasil para o tratamento da insônia

EMS e Vigilantes do Sono são pioneiros no oferecimento de terapia digital que vai além da venda de medicamentos e visam melhorar saúde e qualidade do sono


Em investimento inédito, a EMS, maior laboratório farmacêutico no Brasil, firma parceria com a startup Vigilantes do Sono, indicando o uso da plataforma para o tratamento de pacientes com dificuldades para dormir. Com isso, a farmacêutica se torna a primeira do ramo a oferecer a terapia cognitiva-comportamental para insônia (TCC-I).

A metodologia utilizada pelo Vigilantes do Sono abrange técnicas cientificamente comprovadas, com resultados melhores para o tratamento do sono, que vão além da higiene do sono, que permite às pessoas aprenderem o relaxamento necessário para descansar durante a noite e dormir bem.

Para o diretor da unidade de prescrição da EMS, Joaquim Alves, a parceria é benéfica para a ampliação do diagnóstico e tratamento da insônia, agora de fácil acesso com o App, permitindo resultados ainda mais eficazes numa abordagem combinada com medicamentos e técnicas comportamentais. A meta é alcançar 10 mil médicos, que poderão usar a tecnologia por quatro meses gratuitamente com seus pacientes.

Estudos apontam que a Terapia combinada (Terapia Medicamentosa + Terapia Comportamental) é a melhor abordagem possível para melhoria do sono e remissão da insônia. Recentemente foi publicado um artigo japonês na Revista "Sleep Medicine" de referência internacional, que evidenciou estatisticamente que a utilização dessa terapia comportamental em pacientes que já faziam uso de Drogas Z (indutores do sono) além de aumentar a satisfação durante o tratamento tiveram também uma melhoria ainda mais significativa na qualidade de sono.

O Vigilantes do Sono é o primeiro programa digital de terapia cognitiva-comportamental para insônia (TCC-I) no Brasil. A tecnologia alia Ciência Comportamental e Inteligência Artificial (AI), utilizando um ChatBot para interagir com os usuários. O programa é considerado padrão ouro de tratamento pelos principais consensos de sono pela sua alta eficácia e comprovação científica.

O programa é composto por até 50 sessões, onde 4 em cada 5 pessoas que as completam, melhoram o sono. É comprovado que o paciente pega no sono 50% mais rápido e acorda 60% menos durante a noite.

Segundo o fundador do Vigilantes do Sono, Lucas Baraças, a parceria é de extrema importância, uma vez que a indústria de medicamentos busca um caminho alternativo para o tratamento de quem passa a noite em vigília. "Essa é uma parceria inédita e que trará bons resultados para os dois lados. Vemos a parceria com a EMS como algo inovador, mostrando que a empresa está aberta a buscar novos caminhos para prover a melhoria na saúde dos brasileiros".

O programa no formato digital traz algumas novidades para profissionais de saúde. Através da ferramenta do Vigilantes do Sono, os médicos podem oferecer uma terapia com telemonitoramento do sono aos seus pacientes, ganhando tempo e enriquecendo as consultas, com acolhimento além do horário da consulta.

O projeto conta com o apoio de algumas referências em sono no Brasil, como a Dra. Cristina Salles (otorrinolaringologista - Médica do sono), Dra. Helena Hachul (ginecologista - Pesquisadora do sono), Dr. Caio Bonadio (psiquiatra - Especialista em sono) e suporte de médicos parceiros em todo o território nacional em prol de difundir os bons hábitos de sono. Segundo a Dra. Helena Hachul, este projeto é de grande importância, pelo potencial de impacto social no cuidado do sono e saúde da população ao oferecer uma alternativa mais acessível para todos os brasileiros.

 


Vigilantes do Sono

https://www.vigilantesdosono.com/

 

EMS

https://www.ems.com.br


Por que meu filho não me obedece?

Entre tantas noções sobre o que é certo e errado na postura dos pais em relação aos filhos, criamos uma espécie de senso comum de que precisamos ter “controle” sobre o comportamento das crianças. Ao longo do tempo, isso se “resolvia” por meio de punições e castigos físicos. Disciplina era sinônimo de punição física. Foi assim também que, no passado, os pais colocavam crianças para trabalhar por longas jornadas em minas de carvão, em fábricas ou em roças de algodão, embora vejamos isso, hoje, como uma barbaridade (e é!). Parece distante e sem sentido, mas até 1970, no Brasil, utilizava-se de palmatória para “ensinar” uma criança.

Hoje, a ideia de castigos físicos, palmadas e punições está superada. Mas é difícil abrir mão da lógica que orientava esse tipo de postura: a ideia de controlar os filhos.

Eu era um adolescente de 13 anos quando o cinto de segurança se tornou obrigatório no Brasil, em 1994. Ainda recordo de adultos com imensa dificuldade em usar o cinto porque não entendiam seu sentido. O que ocorre com a educação dos filhos é semelhante ao motorista cinquentão que tem a informação de que os cintos reduzem em 40% as colisões fatais e em 60% os traumatismos, mas não consegue fazer uso rotineiro, automático e natural.

Ou seja, o que nossos pais viveram, o que nós vivemos na infância e tudo que aprendemos em nosso ambiente social está relacionado com a nossa percepção sobre a infância e sobre a criação de filhos. Isso tudo criou os conceitos e as verdades em que acreditamos. E explica muitas das dificuldades que você vive hoje. Antes de tentarmos mudar o comportamento das crianças, precisamos mudar a nós mesmos.

Existe muita informação, muito conhecimento, muita pesquisa, descobertas da ciência sobre a infância e sobre a educação de filhos a que nossos pais não tiveram acesso, e que não podemos aprender pelos meios convencionais. Só conseguiremos aprender o novo se desaprendermos algumas ideias e jeitos que fomos assimilando sem perceber, ao longo dos anos.

O mais difícil desses conceitos que você deve abandonar está relacionado à autoridade: entender que os filhos não precisam obedecer aos pais. Essa ideia de obediência irrestrita cria uma hierarquia vertical; é a principal causa de desestruturação de inúmeras famílias e um dos motivos de relacionamentos com pouco diálogo, adolescentes revoltados e pais altamente estressados.

Essa maneira de se relacionar com os filhos estabelece a noção equivocada de que filhos que não obedecem são “malcriados”. Cria culpa nos pais por situações que as crianças vivem na infância que são resultado de comportamentos naturais, típicos, que toda a criança vive, como as célebres birras.

A ideia de que pais estão em uma hierarquia superior deu origem também à seguinte preocupação, que assombra muitas famílias: será que sou muito permissivo, será que sou muito autoritário?

Essa nova forma de pensar a educação e a criação dos filhos embute um conceito importante para substituir a obediência pelo relacionamento. Tudo que envolve uma criação positiva de filhos, menos estressante para todos, passa pela construção de relacionamentos saudáveis e atenciosos. Não significa que você precisa ficar brincando com seu filho o dia todo ou atender tudo o que ele quer. Relacionamento significa olhar para a criança e entender que ela tem necessidades semelhantes as suas, tem desejos, vontades, fragilidades, interesses e capacidades diferentes.

E nosso desafio é conseguir orquestrar isso tudo de forma que não prejudiquemos seu desenvolvimento e não prejudiquemos também a nossa saúde mental. Criar filhos não é algo fácil – é a maior aventura da vida. Seremos responsáveis e sofremos os impactos de seus destinos e escolhas ao longo de nossa vida também. Essas orientações ajudarão você a conseguir uma relação com mais empatia, entendimentos e colaboração no dia a dia. E, no futuro, relações saudáveis, próximas, e uma família convivendo em equilíbrio e harmonia.

 

 

Marcio André Bosse - psicólogo, especialista em desenvolvimento infantil (Instagram: @papaimarcio)

www.papaimarcio.com.br


RELACIONAMENTOS, PESSOALIDADES

Indivíduo: “o ser humano considerado isoladamente na comunidade de que faz parte; cidadão” (Houaiss). Isso é uma invenção da burguesia. O indivíduo, nesse sentido, como ente destacado da indistinção, é uma criação da Revolução Francesa. O sujeito de direitos, ou com direitos, pela tão só condição de estar no mundo, é uma construção intelectual do Iluminismo. Antes, em não sendo nobre nem clérigo, uma pessoa não era um sujeito; era vassalo, plebeu, um nada, um ninguém.

Qual a condição para ser sujeito? Além das afirmações de direitos, que vêm certificando com essa qualidade pessoas que não eram assim consideradas, sujeito, nas relações cotidianas, é o indivíduo com determinação sobre si, responsável e responsabilizável por seus atos. Ou seja, sujeito é o corpo com capacidade de pensar e de se determinar conforme seu pensamento. Se um corpo não tem capacidade de autodeterminar-se, não pode assumir compromissos, não responde por seus gestos. Onde há um sujeito, pois, há deliberação, há vontade.


Os burgueses, quando inventaram e afirmaram a individualidade, fizeram-no para opô-la aos nobres e ao clero. Hoje, com mais ou menos consciência disso, já nascemos indivíduos com uma lista de direitos, o que torna difícil compreender a nossa condição de objeto das condições sociais. É de se registrar que os burgueses iluministas foram traídos pela burguesia positivista e se estabeleceu outra ordem conservadora, com uma hierarquia social que releva a disposição do dinheiro; não obstante, restou um bom avanço.


Um desdobramento da individualidade foi a privacidade. A vida privada é a resguardada da vida pública. Associa-se vida privada à vida íntima, contudo, há uma diferença importante. A vida privada é aquela em que o Estado ou os governos não se devem meter; é aquela esfera da vida cidadã que não deve ser governada, sobre a qual deve incidir o mínimo de especificações legais. Já a vida íntima é o meu mínimo individual, no sentido de absolutamente particular, indevassável.


Nesse espaço meu que só a mim pertence nem mesmo outros indivíduos privados, ainda que de minha relação próxima ou mesmo afetiva, se deveriam imiscuir. Mas creio que a reserva da intimidade, ainda que seja coisa sobre a qual muito se fala, tem sido aviltada. As pessoas não se conservam o seu mínimo íntimo e não se furtam de invadir o âmago existencial de outrem.


Amiga minha, por suas queixas, seria vítima de um casamento machista típico. Mas, vista a coisa com olhos de querer ver, não era bem assim, ou isso não dizia tudo. É verdade que o marido exercitava bisbilhotices: controlava o hodômetro do carro, o celular, o combustível, o perfume, o GPS, o cheiro da calcinha, o lixo do banheiro; usava aplicativos cibernéticos e não descuidava das fofocas. Fazia o que podia (na verdade, não podia; ninguém pode).


Bem, mas, e daí? A mulher seria vítima disso? Nesse caso específico, mais ou menos. Primeiro, ela era bem instruída, trabalhava e tinha renda suficiente para viver com dignidade sem o marido; segundo, filhos não eram empecilho à sua liberdade; terceiro, o que tristemente importa: ela fazia a mesma coisa que o marido, ou pelo menos tentava: xeretava tudo da vida dele, e não era “retribuição”, era exercício de controle “independente”. Como ele, ela pretextava cuidados de amor.


Claro, o marido levava os benefícios de ser “macho” em uma sociedade machista. Então, dados os hábitos dominantes, ele tinha bastante vantagem relativa. Mas, estranhamente, a mulher não se rebelava contra o estado de coisas em si. Ela só lamentava não dispor de igual poder controlador. Despudoradamente, dizia que fazia o mesmo e, se pudesse, faria mais; também e igualmente, escarafunchava coisas e movimentos do marido.


Eis um ambiente compartilhado de invasão de intimidade. Esse casal tem cidadania, tem privacidade, mas cada parte sofre invasão de intimidade pela outra. Tem meios, tem esclarecimento, tem, enfim, condições de abdicar do que faz, mas nunca esteve em pauta revogar o fazê-lo. É como se houvesse um acordo canalha em que as partes se reconhecem na sua canalhice: sabem a indignidade em que vivem, vivem em acordo tácito a vida indigna.


A vida civilizada pede o conceito de pessoalidade. É imperativo que haja um conjunto de qualidades e de condições de viver que defina o humano além do macaco evoluído em bando. Um humano que meramente cumpre os costumes que o encerram é um humano como espécie, mas é pouco humano como cultura. Prender-se como escolha em pequenezes não é existencialmente humano.


Anoto que estou falando de quem pode fazê-lo. Quero, todavia, eu mesmo controverter o que digo. O feminismo não pode ser reduzido a uma noção individualista de empoderamento: “É importante que mulheres sejam financeira e emocionalmente independentes? Com certeza. Mas, considerando que esse estilo de vida é completamente inacessível para a maior parte das mulheres, nem contribui para que se torne acessível, não traz bem coletivo nenhum.


O empoderamento individual ainda não representa uma mudança concreta na violência doméstica e sexual que as mulheres sofrem enquanto grupo (apesar da ‘moda’ do feminismo de mercado, há índices assustadores de agressões a mulheres e o Brasil é destaque em feminicídio); não nos livra de ter os empregos e subempregos menos valorizados; não põe fim à tripla jornada de trabalho; nem, no caso das mulheres negras, faz com que elas deixem de viver em condições mais precárias do que todo o resto da população.


Essas são questões que não se resolvem quando decidimos que queremos ser donas das próprias bucetas ou afirmamos que ninguém manda em nós. São problemas sociais e políticos complexos que só podem ser enfrentados com luta política contínua, dentro e fora das instituições de poder. É isso que o feminismo representa: um movimento antissistêmico. Ou, pelo menos, é o que deveria representar” (Como o Feminismo de Mercado Engana Você, Bruna de Lara, The Intercept Brasil, 15jan19).


A questão é mesmo estrutural. Mas estruturas movem-se, ou são movidas. “A construção de um mundo de todos, mais livre e mais igual, não ocorrerá sem a construção de um mundo de cada um, que diga alguma coisa aos interesses concretos [...] Inobstante o ‘um’ depender do ‘todos’, cabe seleção do que vai ser utilizado para alicerce de si próprio, e exibir os resultados, influenciando pessoas próximas, na tentativa de desencadear processos que levem a formas de viver a vida e vê-la vivida que possam ser nomeadas democracia” (Léo Rosa de Andrade, Liberdade Privada e Ideologia, Acadêmica, 1993).

 

Na Tradição Ocidental não há humanidade como vida culturalmente construída sem privacidade e intimidade (um mínimo pessoal). A humanização dos humanos não adveio da repetição de maus hábitos, mas da invenção de modos inteligentes e dignos de viver. Nesta quadra em que as mulheres marcam sua independência, certos comportamentos não se autorizam mais. Restos de machismo, doenças da paixão, o que sejam, algumas atitudes, por quem pode fazê-lo, devem ser remetidas ao lixo da História.

 

 



Léo Rosa de Andrade

Doutor em Direito pela UFSC.

Psicanalista e Jornalista.


5 erros comuns que brasileiros cometem ao falar inglês

Dominar um outro idioma pode ser uma tarefa árdua e, ao longo desse processo de aprendizagem e consolidação, erros recorrentes acabam surgindo no caminho de quem busca a fluência. Embora esses equívocos sejam bastante comuns e façam parte do processo natural de aprendizado, é importante ter em mente a origem dos erros para conseguir monitorá-los com mais facilidade. 

De acordo com o assessor de conteúdo do PES English, Esrom Adriano Freitas Irala, uma das principais causas de pequenos (e até grandes) equívocos nesses casos é a interferência que a língua mãe exerce sobre quem está tentando falar uma outra língua que não seja a nativa. "A língua mãe serve como base para o nosso pensamento, como uma âncora para aprendizagem de uma segunda, terceira ou quantas línguas forem. Principalmente no início, ela pode interferir na aquisição de outra língua e, em alguns casos, ela bloqueia a comunicação. Se eu não consigo comunicar a minha mensagem por causa de uma interferência da minha língua mãe, a língua adicional não cumpre sua função, que é comunicar", explica Freitas.

Como exemplo, o especialista cita alguns dos principais erros que podem ocorrer na comunicação em inglês por interferência do português:


Tradução literal

Esse é o tipo de equívoco que pode trazer problemas na comunicação e levar a muitas situações cômicas numa comunicação real. Por exemplo: um calouro brasileiro em uma universidade americana, em seu primeiro dia por lá, está interagindo com seus colegas pela primeira vez e uma das perguntas é sobre a idade deles. O calouro brasileiro pergunta em tradução literal do português para o inglês: "How many years do you have?" (Quantos anos você tem?). Um dos colegas responde, meio sem entender: "Two!". Em inglês não se utiliza essa construção de frase para perguntar a idade de alguém. O certo é "How old are you?" Em uma tradução literal seria como perguntar: “Quão velho você é?”. Logo, o que o colega americano provavelmente entendeu quando o calouro fez a pergunta "How many years do you have?" foi “Quantas orelhas você tem?” e, de pronto, ele respondeu: “Duas”. Years (anos) e Ears (orelhas) não têm exatamente a mesma pronúncia, mas são bastante semelhantes e por isso, nesse contexto, é possível a confusão. Essa é a armadilha da tradução literal de expressões, frases e perguntas do português para o inglês, pois, muitas vezes, a maneira de dizer a mesma coisa é diferente! "É importante ficar atento às diferentes maneiras de dizer a mesma coisa em português e em inglês. Deve-se procurar anotar essas diferenças sempre que elas aparecerem, pois assim fica mais fácil para internalizar e evitar esse erro no futuro", aconselha o especialista. 


Estrutura da língua

Essa é uma continuação do item anterior, porém menos danosa à comunicação, não causando maiores problemas de entendimento. Muitas vezes, falantes do português costumam omitir o sujeito da frase em frases como “Está um dia maravilhoso!”, “Está chovendo hoje.” Na verdade, em português, essa é uma típica oração sem sujeito, ou seja, ela possui um verbo impessoal, que não se refere a nenhuma pessoa. Em inglês é diferente. É preciso sempre usar o sujeito. A mesma frase seria dita assim: "It’s  a wonderful day!". O It é parte obrigatória da estrutura da frase, não estando correto dizer somente "Is a wonderful day!" ou "Is raining". Isso afeta a comunicação e compreensão? Não. Mas é um equívoco causado por uma interferência do português.


Pronúncia

Esse é o tipo de erro que pode muitas vezes causar grandes problemas de comunicação. Em primeiro lugar, vale esclarecer que problemas com pronúncia são diferentes de dificuldades com sotaque. "O sotaque todo mundo tem e não há nenhum problema nisso. Como falantes do português, temos o nosso sotaque característico e isso não importa – desde que saibamos pronunciar corretamente e sejamos compreendidos", destaca Freitas. Mas e se a pronúncia ou entonação erradas levarem a um problema na compreensão da mensagem? Por exemplo: um brasileiro entra em uma cafeteria, em Londres, vai até o balcão e pede: "Cough, please!". A pessoa do outro lado do balcão, levando em tom de brincadeira, olha e... tosse! O brasileiro não entende e pede novamente: "Cough, please!". E a pessoa tosse novamente. Na verdade, a palavra cough (/kɒf/), que significa “tossir, tosse”, tem uma pronúncia semelhante à palavra coffee (/ˈkɑː.fi/), que significa café, e tal detalhe não foi percebido pelo falante de português, mas é algo completamente diferente aos ouvidos de um falante nativo de Inglês.

"A pronúncia equivocada de sons, entonações, sílabas tônicas, mesmo que não seja por interferência direta da língua portuguesa, muitas vezes pode interferir na comunicação. Mais importante que o sotaque é a entonação e a sílaba tônica das palavras. Preste atenção a isso", alerta.


Falsos cognatos (ou falsos amigos)

Também chamados de “falsos amigos”, os falsos cognatos são palavras em inglês que possuem semelhança, fonética ou ortográfica, com um termo da língua portuguesa. E, por conta da semelhança, muitas vezes acabam confundindo os falantes de língua portuguesa, que acham que estão dizendo uma coisa e, na verdade, estão dizendo outra. Exemplo: a palavra exquisite, ao contrário do que possa parecer, não significa “esquisito” e, sim, “delicioso”. A pessoa deve ter cuidado ao usar esse adjetivo em inglês porque, em vez de criticar, como poderia ser a intenção, ela pode, sem saber, acabar fazendo um elogio. Nem tudo que parece é! "Para evitar equívocos como esse, a dica é assistir a muitos filmes, séries e ler muito em inglês para, aos poucos, internalizar os diferentes significados das palavras cognatas em seu contexto", aconselha Freitas.


Empréstimos de palavras do inglês para o português

Existem muitas palavras em inglês que, no dia a dia, são utilizadas nas interações em português. A frase “Você viu aquele outdoor da nova Ferrari? Ela é linda!” provavelmente será compreendida por todos os brasileiros. Já um falante de inglês nativo pode achar estranho. Isso porque o brasileiro “empresta” a palavra outdoor do Inglês e dá a ela uma nova roupagem. Em inglês americano, o mais comum seria dizer: "Did you see that Ferrari billboard? It’s gorgeous!". Os americanos usam a palavra outdoor para dizer “ao ar livre”, “fora de casa”. Por exemplo, outdoor activities (atividades ao ar livre). A mesma confusão pode acontecer com palavras como no-break (em inglês é chamado UPS - Uninterruptible Power Supply), chip (em inglês é SIM Card) e pen drive (em inglês é flashdrive).

"Esses empréstimos de palavras funcionam bem aqui no Brasil, quando falamos a nossa língua, mas podem causar confusão quando utilizados na língua inglesa. Portanto, desconfie do uso de algumas palavras em inglês no meio de frases em português. Para nós, brasileiros, pode parecer claro, mas muitas vezes essa palavra pode não ser a mesma que utilizaremos no mesmo contexto se estivermos falando em inglês", acrescenta.

 


PES English


Como a obesidade está relacionada com problemas emocionais?

 Entenda porque a gordura pode ser uma forma de proteção do corpo

 

De acordo com dados divulgados pela Organização Mundial da Saúde, a obesidade é um dos problemas de saúde mais graves que a população em geral enfrenta. Segundo a mesma fonte, a obesidade, até 2025, deve afetar mais de 700 milhões de pessoas pelo mundo. No Brasil, 19,8% da população sofre desse problema.

Segundo a fisioterapeuta e especialista em medicina integrativa, Ana Peixoto, “a obesidade é um problema de saúde comum porque as suas causas afetam muitas pessoas”. Desse modo, muito além do simples fato de ingerir mais calorias do que se utiliza por dia, as pessoas obesas, têm, em sua maioria, causas comuns que originam o problema.

Dentro do estudo das 5 Leis Biológicas, teoria criada pelo médico alemão Dr. Hamer, a maneira como vivemos determinadas situações impactam diretamente nas nossas dores e problemas físicos. “Com a obesidade, não é diferente”, afirma a especialista em emoções e patologias. “Colocamos gordura onde precisamos proteger”. A gordura está relacionada à necessidade de proteção, ao quanto a pessoa se sente julgada, bem como aos medos que ela tem de faltar algo como comida, amor, reconhecimento.

Engordamos também quando sentimos que não tivemos o valor que gostaríamos de ter tido para o outro. Desse modo, esse sentimento de ser menosprezado e não ganhar a valorização que merece, é, muitas vezes, expressado pela gordura corporal, que gera a obesidade.

Na carência e no medo da falta acontece a mesma coisa. Pessoas com pais ausentes ou que vivem em famílias que não têm grandes vínculos afetivos, tendem a buscar esse vazio na comida. “Essa falta de amor, de carinho, de calor humano e de afeto, pode facilmente se desenvolver em forma de obesidade”, explica a especialista.

Como ela disse, a gordura surge como forma de “proteger” de toques indesejados, de julgamentos e até pela necessidade de proteger alguém, quando a gordura se concentra mais na barriga. Ana afirma que “pessoas que apanharam muito na infância podem desenvolver uma gordura localizada onde sofria as agressões como forma de proteger o local de futuras dores”. Não só crianças, contudo, pessoas adultas que também tiveram contato com algum tipo de violência ou vulnerabilidade física, tendem a desenvolver gordura nesse local de dor. Em mulheres que tiveram algum relacionamento abusivo e violento com relação à sexualidade, a gordura tende a aparecer em forma de culote.

“A gordura, assim como todas as nossas patologias está ligada aos nossos problemas emocionais”, alerta a fisioterapeuta. Desse modo, mais do que apenas tratar o resultado que foi manifestado pelos problemas, é importante também ficar atento às verdadeiras causas do problema, para que ele seja erradicado totalmente.

 


Ana Peixoto – Fisioterapeuta. Terapeuta especialista em medicina germânica. Idealizadora das técnicas de Reprogramação Bio-muscular e Anatomia Emocional

@anapeixoto.oficial

https://anapeixoto.com.br/


Não, não é a plena igualdade o que todos nós precisamos

 

Conte-me mais sobre você. Qual a sua cor favorita? Qual o gênero musical mais legal do mundo, na sua opinião? Você gosta de cinema? Qual seu filme favorito? Junto com as diferentes respostas para cada uma dessas perguntas, vai existir desigualdade até mesmo nas nossas opiniões sobre quais são as causas da desigualdade. Mas uma das maiores falácias é aquela que trata de temas como esse. Algumas pessoas batem no peito, defendendo que todos devem ser tratados com igualdade, mas muitos ainda não pararam para pensar do que se trata "falar de igualdade".

Tratar a todos com igualdade, no sentido de justiça, pressupõe que as pessoas que irão fazer essa prova estão em condição de igualdade. A questão é que as diferenças entre as pessoas vão sempre existir. Essas diferenças podem ser biológicas, sociais, culturais ou históricas e são uma parte muito rica da nossa sociedade. Mas o fato de os indivíduos serem diferentes não implica que deva haver desigualdade. Essa é uma questão ética e, portanto, cabe à sociedade decidir como resolvê-la.

Mas quando estamos falando de redução da desigualdade, não estamos pensando em uma sociedade feita de pessoas iguais, nem mesmo em termos de renda e riqueza. Estamos falando de equidade. A ideia por trás desse conceito é a proposição de direitos diferentes de modo a buscar a correção da desigualdade de oportunidades observada na sociedade. Essa desigualdade de oportunidades pode se dar a partir das desigualdades de renda, de riqueza ou por outros motivos como discriminações por causa do gênero, cor da pele ou classe social.

É por meio da equidade que se atinge a justiça social, proporcionando resultados iguais para pessoas diferentes. E só atingimos essa meta tratando os diferentes de maneira diferente. Na prática, a equidade pode ser alcançada por meio de ações afirmativas ou, também chamadas, políticas compensatórias. O objetivo é eliminar a exclusão social, cultural e social de modo que, se a vida fosse uma corrida, todos partissem do mesmo ponto de largada.

Mas o que poderia ser feito para resolver o problema da desigualdade? Segundo dados do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD, 2016) a erradicação da fome no mundo custa cerca de US$ 267 bilhões de dólares por ano, durante quinze anos de investimento em áreas rurais e urbanas e em proteção social. A riqueza concentrada das 2.189 pessoas mais ricas do mundo, segundo dados do PwC e UBS Group AG, bateu seu valor recorde, em julho de 2020: US$ 10,2 trilhões. Somando os quinze anos de investimento, necessários para se acabar com a fome no mundo, o valor total é de US$ 4 trilhões. Ou seja, a renda das 2.189 pessoas mais ricas do planeta seria suficiente para resolver o problema da fome duas vezes e ainda sobraria dinheiro.

Alguns poderiam levantar a questão da legitimidade de nos contrapormos a um dos valores fundamentais do capitalismo, a propriedade privada, em nome da justiça social. Mas pouco se fala da legitimidade de pessoas nascerem bilionárias, sem qualquer aspecto meritocrático, ainda que a meritocracia seja um dos valores mais defendidos pela sociedade neoliberal e democrática.

 


Walcir Soares da Silva Junior

 

 

*Este artigo é parte do livro recém publicado “Mill Sentidos da Vida: um café com futuros economistas" pelo professor Walcir Soares Junior (Dabliu), doutor em Desenvolvimento Econômico com foco em políticas públicas educacionais e professor de Economia na Universidade Positivo.


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