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sexta-feira, 12 de março de 2021

As quedas são responsáveis pela diminuição da qualidade de vida dos idosos

O momento de reclusão provocada pela pandemia da COVID-19 simboliza um risco a mobilidade, fator que pode aumentar as quedas

 

As quedas ocorrem em todas as idades, mas especialmente após os 60 anos ficam mais frequentes à medida que a idade avança, aumentando também, a gravidade das ocorrências. Segundo dados do Ministério da Saúde, em 2017, quase 12 mil pessoas com mais de 60 anos morreram em decorrência de quedas. Estimativas apontam que, por ano, no Brasil, cerca de 30% dos idosos caem pelo menos uma vez, dos quais 50% ficam com a mobilidade reduzida, gerando lesões que vão requerer vigilância contínua para este idoso.

“A queda é um evento comum, porém, não deve ser considerado um acontecimento normal. Devemos considerar a queda como uma ocorrência sentinela e avaliar o que está por trás”, informa a Dra. Juliana Junqueira, especialista em geriatria e membro da diretoria da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG). No Brasil, atualmente, existem cerca de 29,5 milhões de idosos, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que estima ainda, o crescimento dessa população, que já é superior ao número de crianças com até 9 anos de idade.  

Os fatores que podem ocasionar as quedas podem ser intrínsecos ou extrínsecos, como explica a Dra. Iride Caberlon, enfermeira e especialista em gerontologia da SBGG:Os fatos intrínsecos estão relacionados à pessoa, como: fraquezas musculares, deficiência auditiva, tontura, vertigem e outros. Os fatores extrínsecos, estão relacionados aos eventos externos, como o solo irregular, a falta de adaptação no ambiente (instalação de barras de apoio, retirada de tapetes, nivelamento do piso), calçadas e outros”.


Pandemia

Para além das preocupações normais que o avanço da idade traz, a pandemia da COVID-19 trouxe mais pontos de atenção para a vida dos idosos. Se antes o recomendado era fazer exercícios, caminhar, manter uma vida ativa, agora a instrução é para se recolher e se preservar. O que segunda a Dra. Cristina Ribeiro, fisioterapeuta e membro especialista em gerontologia da SBGG, vai acabar por diminuir a mobilidade e talvez, venha a provocar o aumento no número de quedas. “É importante que os idosos que tenham sessões de exercícios de fisioterapia, mantenham esse atendimento. Que pode ser através de telemonitoramento ou teleatendimento, o importante é não parar totalmente”, pontua.

“As quedas em idosos estão ligadas às doenças crônicas, não apenas doenças específicas da parte neuromuscular, mas doenças sistêmicas de forma geral. Doenças orgânicas como: insuficiência cardíaca e infecções. Por isso, é muito importante ter um olhar especial, pois muitas vezes a queda é a única manifestação de alguma descompensação aguda. Neste momento de pandemia, a queda pode sim, inclusive, ser uma manifestação de infecção por COVID-19 em uma pessoa idosa”, explica a Dra. Juliana Junqueira.


Síndrome da Fragilidade

A Síndrome da fragilidade é uma condição genética que, em decorrência dos seus sintomas, acaba por provocar quedas em idosos. De origem neuroendócrina, gera maior vulnerabilidade. Dentre os sintomas existentes, os mais comuns são perda involuntária de peso, fraqueza, redução da velocidade e exaustão. Quando esses sinais surgem no corpo, acontecem outras reações adversas, como queda, hospitalização e até mesmo declínio funcional e morte.


Sarcopenia

Um artigo divulgado na Revista Brasileira de Reumatologia, apontou que 10% dos idosos entre 60 e 69 anos apresentam sarcopenia. Sendo esta, responsável pela perda da massa muscular e a redução na força dos músculos, gerando a diminuição da autonomia, reduzindo a mobilidade e aumentando o risco de quedas. Entre os fatores que ajudam no desenvolvimento da doença estão: sedentarismo, maus hábitos alimentares, doenças crônicas e alguns medicamentos.

“Ainda sobre as quedas, neste período de pandemia é importante observar sintomas como: depressão, ansiedade, distúrbios do sono, idoso que não está bem, acaba diminuindo a atenção, tendo déficit de concentração e isso aumenta o risco de cair”, afirma a Dra. Juliana, que continua explicando pontos a serem observados: “É preciso lembrar que o idoso neste período, precisa continuar cuidando das suas doenças crônicas, mantendo uma alimentação saudável, com consumo satisfatório de proteínas e também manter a atividade física a medida do possível, porque isso vai impactar na diminuição no risco de queda, conclui a doutora.

 



Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG)

 

PODE OU NÃO PODE? 5 MITOS E VERDADES SOBRE OS SMARTPHONES

É perigoso mexer no celular enquanto está carregando? Tem problema continuar usando o aparelho mesmo com a tela rachada? É saudável usar mais o carregador portátil do que o original? Essas são algumas das dúvidas de quem passa o dia com o smartphone na mão. De fato, alguns cuidados ajudam a prolongar a vida útil do eletrônico e a especialista Tatiana Moura, do grupo FixOnline, mostra quais são verdadeiros e quais não passam de mitos populares!


De acordo com a mais recente pesquisa anual do FGVcia (Centro de Tecnologia de Informação Aplicada da Fundação Getúlio Vargas), hoje 234 milhões de smartphones circulam pelo Brasil. E segundo um levantamento da empresa de marketing de influência Squid, a pandemia provocou um aumento no uso do celular em 88%. Esses dados mostram que para se manter conectado durante todo o dia, é fundamental estar atento aos hábitos que podem prejudicar o smartphone e acabar gerando gastos inesperados para realizar consertos!

Tatiana Moura, sócia e fundadora da maior assistência técnica especializada em troca de vidros de celulares do Brasil, a FixOnline, esclarece 5 mitos e verdade muito comuns quando o assunto é celular.



1) O CARREGADOR PORTÁTIL PODE SUBSTITUIR O CARREGADOR ORIGINAL DO APARELHO?

MITO! É fato que de uns anos pra cá esses aparelhos milagrosos têm ficado populares por serem práticos, pequenos e não exigirem tomada, mas é recomendável que sejam usados apenas quando realmente necessário. "Nenhum dispositivo substitui o carregador original do aparelho, pois esse foi desenvolvido especificamente para a bateria daquele modelo", explica a especialista.

"Além disso, é comum que power banks esquentem o aparelho enquanto o carrega, então é aconselhado deixá-lo na sombra durante o processo. Outro cuidado que deve ser tomado é não retirar o carregador portátil antes que o celular atinja a carga completa, pois isso pode danificar a vida útil da bateria. Sobre as versões falsificadas, não preciso nem dizer né? Além de prejudicarem a bateria, podem danificar a placa e já vi casos em que o carregador pegou fogo", complementa a técnica da FixOnline.



2) PODE MEXER NO CELULAR ENQUANTO CARREGA?

VERDADE! Dada a evolução dos aparelhos celulares, isso não pode ser mais considerado uma grande preocupação, mas segundo a profissional, existem alguns pontos a serem levados em consideração. "Se o celular está carregando e você o utiliza para realizar funções básicas moderadamente, como enviar algumas mensagens, acessar e-mail ou outros aplicativos, isso não causará dano algum. Mas colocar vídeos longos, ficar jogando joguinhos e outras atividades mais pesadas, pode superaquecer o aparelho, o que danifica a bateria e faz com que a carga demore mais para completar. Ou seja, se possível, reduzir o uso nesse momento é opção mais saudável".



3) TELA RACHADA PREJUDICA O FUNCIONAMENTO DO APARELHO?

VERDADE! É bastante comum ver pessoas utilizando o celular mesmo com o vidro rachado, mas de acordo com Tatiana Moura, o uso do aparelho quebrado não é indicado. "Após a queda, mesmo que o aparelho esteja funcionando normalmente, há riscos tanto para o telefone, quanto para quem o está manuseando", alerta. Isso porque, com o tempo de uso, o trincado pode aumentar de espessura e profundidade, afetando a funcionalidade do eletrônico. Pequenos farelos de vidros também podem ser soltos, expondo o usuário a cortes.

Quando isso acontece, o consumidor costuma entrar em desespero, achando que terá que trocar tudo e pagar um absurdo pelo serviço, mas a técnica da Fix Online faz um alerta: "Apesar da grande maioria das assistências trocarem tudo, em 90% dos casos a quebra é apenas do vidro e não do LCD", revela. A troca somente do vidro gera uma economia de 70% no orçamento.



4) CAPINHAS INTEREFEREM NO SINAL?

MITO! As capinhas mais comuns são feitas de silicone, borracha, couro e TPU. Esses materiais não causam preocupação em relação ao sinal do celular, pois não constroem barreiras. Mas Tatiana alerta para as capinhas com metal em sua composição "Elas podem mudar esse cenário, visto que o material causa interferência no caminho das ondas de radiofrequência, dificultando que o celular emita e receba os sinais. Isso pode afetar o sinal da rede, Wi-Fi e Bluetooth, então melhor evitar capinhas com esse componente, certo?"



5) FECHAR APLICATIVOS EM SEGUNDO PLANO DEIXAM O CELULAR MAIS RÁPIDO?

MITO! Essa versão até chegou a ser verdadeira um dia, mas hoje os smartphones possuem processadores potentes que fazem automaticamente o gerenciamento de desempenho. Dessa forma, enquanto as janelas de segundo plano não estão sendo utilizadas, elas ficam ali apenas pré ativadas, basicamente congeladas, portanto, de acordo com Tatiana, isso não interfere na velocidade que o aparelho opera.



Grupo FixOnline

 

Home Office dispara e requer cuidado com a autoimagem

Com a pandemia instalada pelo novo Coronavírus, o home office passou a fazer parte da vida de muitos profissionais que precisaram se adaptar para continuar trabalhando. Uma das preocupações que afeta os profissionais que estão em home office, além de manter a produtividade, é o cuidado com a auto imagem.


De acordo com o coordenador do curso de consultoria de imagem do Centro Europeu, Pablo Inísio, o ideal é manter o código de vestimentas - o chamado dress code - da empresa durante o home office. "Cuide da sua imagem como se fosse trabalhar fora, principalmente se estiver exposto por videoconferência", explicou.

Segundo ele, o profissional de home office também deve estar atento ao cenário de trabalho. "Para o seu rendimento profissional, o ambiente ao seu redor deve ser agradável aos olhos, organizado".

Pensando em estar sempre apto e satisfeito com a imagem profissional que é transmitida, o trabalho do consultor de imagem pode ajudar e muito. O consultor ajuda na escolha de cores, como realçar a beleza natural e auxiliar a definir um estilo pessoal marcante

"Além disso, o consultor de imagem orienta sobre modelagem de roupas, cor do cabelo que cai melhor para cada estilo de pessoa e também ajuda nas compras, fazendo com que a pessoa opte por peças essenciais, comprando menos", explica Inísio.



Consultoria de Imagem por Home Office

Os profissionais que atuam na área de consultoria de imagem têm a possibilidade de trabalhar em diferentes plataformas gratuitas com os seus clientes, online. "Atualmente, toda a parte investigativa, os diagnósticos e as sugestões de estilo podem ser facilmente feitos por videoconferências. Em tempos difíceis surgem novas oportunidades para inovar na carreira", reforça Inísio.


A consultora e professora do Centro Europeu Márcia Crivorot é um exemplo. Ela atua online atendendo clientes de todo o Brasil, Europa e Estados Unidos. Os alunos da escola em Curitiba - que cursam consultoria de imagem - têm contato com vários professores atuantes que lançam ferramentas digitais para continuar as atuações de forma digital.

Mercado cresce na pandemia

O trabalho em casa foi estratégia adotada por 46% das empresas durante a pandemia, segundo a Pesquisa Gestão de Pessoas na Crise covid-19. O estudo elaborado pela Fundação Instituto de Administração (FIA) coletou, em 2020, dados de 139 pequenas, médias e grandes empresas que atuam em todo o Brasil.

O percentual de companhias que adotou o teletrabalho durante a quarentena foi maior no ramo de serviços hospitalares (53%) e na indústria (47%). Entre as grandes empresas, o índice das que colocaram os funcionários em regime de home office ficou em 55% e em 31%, entre as pequenas. Um terço do total das empresas (33%) disse que adotou um sistema parcial de trabalho em casa, valendo apenas em alguns dias da semana.

De acordo com o estudo, 41% dos funcionários das empresas foram colocados em regime de home office, quase todos os que teriam a possibilidade de trabalhar a distância, que somavam 46% do total dos quadros. No setor de comércio e serviços, 57,5% dos empregados passaram para o teletrabalho, nas pequenas empresas o percentual ficou em 52%.





Centro Europeu

https://centroeuropeu.com.br


Saúde mental: os males expostos pela pandemia

Não é de hoje que o ser humano foi se transformando em um sujeito atópico, com dificuldade de encontrar seu lugar e com uma sensação de inconsistência. A pandemia exacerbou os sentimentos de insegurança individuais e coletivos, demonstrando ainda a tendência ao individualismo, que sempre existiu e vem se tornando um mal ainda maior no século XXI. As pessoas tendem a interagir digitalmente umas com as outras, sem o real calor humano. O isolamento demonstrou o quanto o contato com o outro é fundamental.

Vivemos em uma sociedade e uma cultura que nos forçam a perseguir um ideal irreal de felicidade, muitas vezes exibido nas redes sociais. Sem facilidade de dizer Não para situações de "suposto" prazer, fomos nos tornando reféns de ilusões e fantasias de felicidade plena. Em certo grau, perdemos a noção de que a vida também é feita de privações. Ainda cuidamos e hierarquizamos nossas ações em termos de Bem e Mal, mas deixamos de delegar à religião, ao trabalho, as relações sociais ou à família o papel de dar sentido à vida e acabamos privatizando esse sentido.

O que exatamente isso quer dizer? Que passamos a usar como parâmetro de certo, errado ou merecimento quase que exclusivamente nosso ponto de vista. A individualização extremada nos tornou os "únicos e infalíveis juízes" das mazelas da humanidade ou daqueles que nos rodeiam inclusive daquilo que é considerado "normal" ou "anormal".

Mas quando se trata de saúde mental, como estamos reagindo? Tendemos a pensar que normalidade está ligada a saúde e que anormalidade está ligada a doença. Não podemos esquecer que até pouco tempo atrás transtornos mentais eram vistos como demonizações. Somente a partir do século XIX foram sendo estabelecidos os conceitos de doença e saúde mental. Se sofrimentos psíquicos ou manifestações "fora do padrão" eram vistas como pactos demoníacos, era natural haver uma exclusão dessas pessoas e como herança cultural carregamos esse estigma, ainda que mais ameno, até hoje.

Atualmente encontramos formas variadas de adoecimento emocional com nomenclaturas nem sempre unanimes, mas a partir de março de 2020 com o advento da pandemia causada pelo Covid-19, um ponto se tornou comum tanto entre profissionais da saúde mental quanto da população em geral: as pessoas estão sofrendo muito. O distanciamento prolongado, o medo do desconhecido e da morte pelo vírus e a possível perda do trabalho tiveram como consequência o aumento expressivo de doenças psicossomáticas. De crianças a idosos a vulnerabilidade passou a fazer parte do mundo, ninguém saiu ileso e, sem contabilizar outras doenças, somente os casos de depressão somam 11 milhões de brasileiros acometidos por esse mal, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Mas afinal o que acontece com uma pessoa depressiva? A pessoa possui uma lógica de pensamento de que nunca vai conseguir mudar, o passado é visto de maneira negativa ou apática e o futuro não existe para ela. Além disso, se instala uma inapetência para viver, uma impossibilidade de desejar e de agir. Há um sentimento de incapacidade gerando um esgotamento e uma profunda angústia que impede a pessoa de levantar da cama e, muitas vezes, é somente pelo trabalho que ela sai de casa.

Agora se a pessoa já vivenciava um quadro depressivo e perdeu o emprego a depressão se intensifica. Sabemos que o trabalho não tem apenas a função de garantir uma remuneração financeira, ele também constrói uma autoimagem positiva pelo seu valor simbólico, garantindo uma identidade e uma subjetividade realizadora. A perda do trabalho pode "desarrumar" um sujeito.

O que fazer? O primeiro passo é procurar um especialista: psiquiatra, psicólogo ou psicanalista. Avaliar a necessidade de medicação e análise/terapia. Isso é fundamental, mas insuficiente. São necessárias outras ações para que a vitalidade volte a habitar a pessoa e para isso acontecer exercícios físicos são extremamente importantes, ioga, meditação, leituras e programas positivos, contato com a natureza e o resgate ao amor próprio.

Se a mão invisível do Covid pesou sobre nós, também descobrimos a força da cooperação, o respeito pela ciência, a virtude pelo autocuidado, a suportabilidade da incerteza e a alegria daquilo que de fato tem valor na vida: saúde, família, amigos, disciplina e determinação de hoje sermos uma versão melhor de quem fomos ontem.

 


Márcia Tolotti - psicóloga e psicanalista, consultora e especialista em educação psicofinanceira pessoal e corporativa. Já publicou sete livros sobre autoconhecimento e mercado psicofinanceiro, como ‘O Desafio da Independência - Financeira e Afetiva’, que já teve mais de 50 mil exemplares vendidos, e ‘As Armadilhas do Consumo’. https://marciatolotti.com.br/

Nem tudo é Covid-19

Doenças respiratórias em crianças aumentam nessa época do ano


O índice de crianças em Pronto-Socorro e unidades de internação pediátricos tem aumentado gradativamente desde o começo do ano. Entretanto, diferente do que muitas pessoas possam imaginar, a maior procura não é por causa do SARS-CoV-2, e sim, por outras infecções respiratórias virais, muito comuns nessa época do ano.

No Sabará Hospital Infantil, especializado no atendimento de crianças de 0 a 17 anos, em fevereiro desse ano em comparação com o mês anterior foi observado um aumento de 185% do número de atendimentos de bronquiolite no PS e de 254% nas internações. Estes números, embora ainda 33% e 40% inferiores a fevereiro de 2020, se aproximam ao registro de 2019.

“O aumento de casos de bronquiolite já é esperado a partir do final de fevereiro e habitualmente o pico de casos ocorre entre março e maio. O aumento de casos de bronquiolite reflete a redução das medidas de distanciamento social, incluindo o retorno às escolas, que aumenta a transmissão do vírus sincicial respiratório, principal causa da bronquiolite”, explica o gerente médico e infectologista do Sabará Hospital Infantil, Dr. Francisco Ivanildo de Oliveira.

Pacientes com Bronquiolite atendidos no PS e internados



 

Em relação aos casos de Sindrome Gripal/Resfriados, nos meses de janeiro e fevereiro de 2021 houve um aumento de casos, equivalente aos mesmos meses de 2019.

 

Pacientes com Síndrome Gripal/Resfriados atendidos no PS



“Verificamos um aumento, a partir de janeiro, no atendimento de crianças com doenças respiratórias de uma forma geral. O que percebemos é que esse aumento aconteceu um pouco mais cedo do que o habitual”, explica Dr. Francisco.

O especialista afirma que é importante proteger as crianças das infecções virais, mas que os pais não precisam entrar em pânico em relação ao Coronavírus em crianças. “Vários estudos mostram que as crianças habitualmente apresentam formas mais leves de infecção e as escolas não são os principais focos de transmissão de Covid-19 sendo que, a maior frequência de transmissão acontece na comunidade”, afirma Dr. Francisco.



Sabará Hospital Infantil


Rim: A importância de manter a função do órgão

Doença renal crônica tem como fatores de risco comuns diabetes, obesidade e pressão alta, mas pode afetar pacientes com lúpus e COVID-19


Março é o mês do cuidado com a saúde dos rins. Comemorada este ano no dia 11 de março, a data tem como objetivo conscientizar a sociedade sobre a importância desse órgão vital, desde a prevenção das doenças renais até a participação ativa no tratamento.

Receber um diagnóstico de doença renal pode representar um grande desafio na vida dos pacientes e das pessoas à sua volta, ainda mais diante de um momento tão delicado da saúde como o que enfrentamos com a pandemia da covid-19. Por isso, é de extrema importância relembrar constantemente a população sobre a necessidade do diagnóstico precoce, que se fortalece pelo rastreio com base nos fatores de risco.

Outro fator de risco importante, recém descoberto, é a COVID-19. Segundo a Sociedade Brasileira de Nefrologia, nos pacientes que tiveram complicações renais causadas pelo coronavírus e que sobreviveram à doença, a taxa de recuperação da função renal estimada foi: entre 50% e 70% para 31,8% dos pacientes; entre 25% e 50% para 22,7% dos pacientes; e inferior a 25% para 27,3% dos pacientes. Esses casos ainda não têm confirmação para evolução da doença renal crônica, mas pode ser um fator de risco importante.

Outras doenças crônicas podem ser causadoras, como é o caso do diabetes e da pressão alta. Segundo o dr. Eduardo Rocha, Professor de Nefrologia da Faculdade de Medicina da UFRJ, os pacientes diabéticos e com hipertensão devem se manter atentos aos níveis de creatinina no sangue. "Os fatores de risco podem ser extraordinários como o lúpus e a COVID-19, ou corriqueiros como o diabetes e a hipertensão arterial.Por isso, é importante que olhemos para o paciente de forma integral".

"Outro ponto importante são as complicações relacionadas à doença renal crônica, como o aumento do potássio e a anemia. Sem falar, é claro, dos tratamentos substitutivos, como a diálise, que impactam de forma substancial a qualidade de vida do paciente e que, diante do cenário preocupante da pandemia, podem acabar sendo adiados ao máximo graças aos avanços da ciência", explica o especialista.

Para levar informação sobre as doenças renais, pesquisa realizada pela Abril Inteligência resultou em uma grande compreensão acerca de como os brasileiros cuidam dos rins. "A pesquisa comprova que há um longo caminho de conscientização do brasileiro sobre a saúde de seus rins. Um dado de impacto é que apenas 8% dos entrevistados já se consultaram com o nefrologista, o médico especialista em rins", diz Eduardo.

Dentre os principais resultados está a falta conhecimento sobre os danos que o diabetes e a hipertensão podem causar nos rins. Ambas não são consideradas graves por pelo menos 1/3 dos entrevistados. Além disso, comprovou que o diagnóstico das doenças renais acontece de forma tardia e que cerca 1/3 dos pacientes entrevistados não consideram a doença controlada e o índice de internações relacionadas ainda é alto.

Outro ponto importante destacado é que quase metade dos pacientes sofre ou sofreu de anemia, reforçando a importância de investigar e tratar o quadro e, quando falamos de doenças como a hiperpotassemia, apenas 31% dos entrevistados com doenças renais dizem se tratar com medicamentos e 12% alega ter episódios da doença ao menos uma vez por mês².

Os rins são órgãos que desempenham um papel vital para o pleno funcionamento do organismo. Sua principal e mais conhecida função, é a filtragem de substâncias tóxicas do corpo, porém o órgão faz muito mais do que isso. Graças a ele, é possível manter o equilíbrio entre os minerais do organismo (como sódio e potássio), regular o pH do sangue, equilibrar o volume líquido do corpo e produzir hormônios e substâncias benéficas para o organismo, como a vitamina D.

Apesar das múltiplas funções e de sua importância, a população brasileira não dedica aos rins o cuidado necessário para prevenir enfermidades graves. Isso implica em uma alta de doenças importantes, como a insuficiência renal crônica, quadro em que a atividade do órgão deixa de existir, sendo necessária a substituição via transplante ou diálise. De acordo com a Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN), mais de 133 mil pacientes renais crônicos dependem da filtragem artificial do sangue, sendo que 108 mil destes têm o tratamento financiado única e exclusivamente pelo SUS, por meio de uma rede de 770 clínicas privadas credenciadas.

Portanto, a orientação para manter os rins saudáveis é, anualmente, realizar exames laboratoriais simples, como o a creatinina sérica e urina - no qual será detectada se há presença de proteínas - manter a pressão arterial em dia, controlar o diabetes, não fumar e evitar o consumo de álcool, além de fortalecer cuidados com a alimentação e realizar a prática de atividades físicas.

 


AstraZeneca

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Como me preparar para a FIV?

 Médico ginecologista da Clínica Origen de Medicina Reprodutiva, Marcos Sampaio, esclarece as principais dúvidas sobre a Fertilização In Vitro

 

Conhecida por oferecer as maiores taxas de sucesso dentre as técnicas de reprodução assistida, a Fertilização in Vitro (FIV), que se tornou conhecida em 1978 com o nascimento de Louise Brown -o primeiro bebê concebido a partir da técnica-, é utilizada como opção para diferentes causas de infertilidade, embora não seja indicada para todos os casos.

Cabe ao médico especialista em reprodução humana indicar a FIV, após a realização de exames clínicos e físicos. Mas, uma vez decididas a recorrerem à técnica, as tentantes precisam seguir algumas recomendações a fim de elevar as chances de sucesso do tratamento. O médico da Clínica Origen de Medicina Reprodutiva, Dr. Marcos Sampaio, esclarece as dúvidas mais comuns às mulheres sobre a preparação para a FIV. Confira!

Quais exames o casal deve fazer antes de se submeter ao tratamento?

Uma vez indicado o tratamento, os exames são realizados para acompanhar/monitorar a resposta ovariana e do útero às medicações, como dosagens hormonais e a ultrassonografia. Alguns exames de sangue são realizados por exigência de Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).

A mulher precisa usar alguma medicação especial?

Sim. Existem hormônios específicos para estimular o crescimento de múltiplos folículos, para impedir a rotura dos folículos e para amadurecer os óvulos.


Após quanto tempo de tentativas a FIV é recomendada?
A FIV é indicada de acordo com cada caso. O tempo sem uso de métodos contraceptivos é um balizador para procura de ajuda e não indicador de FIV. Assim, mulheres com até 35 anos devem aguardar 1 ano antes de procurar ajuda e, acima dessa idade, devem aguardar 6 meses.


Qual a duração do tratamento de Fertilização in Vitro?
O tratamento dura, aproximadamente, de 15 a 20 dias


A mulher pode manter uma rotina normal durante o tratamento de FIV?
Sim. Aliás, não só pode como deve!! Pois isso não interfere nos resultados e ajuda a reduzir a ansiedade relativa à expectativa do tratamento.


Há necessidade de uma dieta especial?
Não. A dieta não interfere no resultado.


Existem efeitos colaterais?
Sim. Os mais comuns são um inchaço no baixo ventre e nas mamas. Algumas mulheres podem experimentar um enjoo também.


A partir dos 40 anos a mulher não pode mais fazer FIV?
Não é verdade. O que acontece é uma diminuição nas taxas de gravidez secundaria à diminuição na quantidade e piora na qualidade dos óvulos.


Quantos embriões são transferidos para o útero da mulher?
Depende da idade e do desejo do casal. O limite é de 2 embriões até os 35 anos, 3 ate os 40 e 4 a partir dos 40 anos.


O que evoluiu de 1978 para cá?
Muita coisa! Em especial a técnica de Injeção Intracitoplasmática de Espermatozoides (ICSI), congelamento de embriões e óvulos e uso da técnica para Diagnóstico Genético Pré-Implantacional (PGD) para os casais com indicação específica.

 

Vamos aumentar a conscientização sobre lesão renal aguda!

#VamosnosConscientizar


A Lesão Renal Aguda (LRA) é uma perda súbita, temporária e às vezes irreversível da função renal. A boa notícia é que é evitável, tratável e, na maioria dos casos, com poucas ou nenhuma consequência de longo prazo para a saúde.

Na verdade, a cada ano 13,3 milhões de novos casos são diagnosticados com esta doença, no entanto, eles representam dois milhões de mortes anuais em todo o mundo devido à falta de identificação e tratamento precoce em muitos países, tanto os que estão em desenvolvimento como os que se desenvolvem, caso os pacientes não recebam cuidados essenciais antes que seja tarde demais.

"Devido ao tratamento inadequado ou à identificação tardia, essa doença pode ter uma taxa de mortalidade mais alta do que o câncer de mama, câncer de próstata, insuficiência cardíaca e diabetes combinados. Na verdade, a mortalidade ajustada para um evento de AKI é de 23,9% em adultos e 13,8% em crianças"- comentou Stefano Laganis, Diretor de Invitro Diagnostics da Siemens Healthineers.

Portanto, o diagnóstico precoce e o monitoramento de todos os estágios da doença podem ajudar a prevenir a progressão da doença renal ou insuficiência renal. Em relação ao diagnóstico, a Siemens Healthineers possui um portfólio completo de mais de 40 ensaios imunoquímicos para o manejo da doença renal e suas comorbidades - e também possui soluções de teste para prognóstico e acompanhamento combinando a relação albumina-creatinina com medidas de TFG.

A constante revisão e estar alerta para identificar os sintomas desta doença é o convite que deve ser feito a todos os entes queridos, amigos e familiares. Entre os sintomas estão: sangramento urinário, febre, fraqueza, fadiga, diarreia, falta de apetite, dores abdominais, dores nas costas, cãibras musculares, entre outros.

Nesse contexto, a Siemens Healthineers recomenda cinco atividades que podem ser realizadas para uma vida saudável e preventiva contra doenças renais:

• Mantenha-se hidratado - Beber muitos líquidos ajuda os rins a funcionarem corretamente. Sua urina deve ser de cor amarela, se for mais escura pode ser um sinal de desidratação .

• Alimente-se de forma saudável: uma dieta balanceada garantirá que você obtenha todas as vitaminas e minerais de que seu corpo necessita. Coma muitas frutas, vegetais e cereais, como macarrão integral, pão e arroz. Não coma muitos alimentos salgados ou gordurosos.

• Verifique sua pressão arterial: A pressão arterial elevada não apresenta sintomas, mas pode aumentar o risco de problemas renais e cardíacos.

• Seja moderado com cigarros e álcool: tente parar de fumar completamente e limite a quantidade de álcool que ingere. Homens e mulheres são aconselhados a não beber mais do que 14 unidades de álcool por semana regularmente.

• Mantenha uma boa condição física: o peso excessivo aumenta a pressão arterial, o que é ruim para os rins. Tente manter um peso saudável mantendo-se ativo e não comendo demais. Recomenda-se fazer pelo menos 150 minutos de exercícios de intensidade moderada, como caminhar, andar de bicicleta ou nadar, a cada semana.

Os cuidados com os rins são necessários, pois eles são essenciais para a sobrevivência. Desempenham diversas funções, todas de grande importância para o funcionamento do corpo humano. Por isso, siga as recomendações da Siemens Healthineers, fique atento aos sintomas, comece a levar uma vida saudável e esteja em constante check-up com seu médico.

Infografia: http://cdn0.scrvt.com/39b415fb07de4d9656c7b516d8e2d907/1800000007084474/23ed4afa1259/Spanish_kidney_disease_infographic_1800000007084474.pdf



Siemens Healthineers

 

Hepatites virais durante a gestação

Apesar do risco de transmissão vertical das doenças virais, métodos preventivos garantem uma gestação saudável e sem preocupações. 

 

A gravidez é um momento único para a futura mamãe, e é neste momento em que a mulher precisa se manter mais saudável possível para ter uma gestação tranquila e sem complicações. 

Na fase de pré-natal, a gestante precisa seguir uma agenda completa de acompanhamento e exames, quase uma maratona entre consultas, avaliações físicas e check-up.

O Ministério da Saúde recomenda que as mulheres visitem seu médico pelo menos 6 vezes da descoberta da gravidez até o momento do parto, mas, normalmente, a frequência acaba sendo maior até por solicitação dos médicos. 

No pré-natal, são realizados exames de sangue, fezes e urina, para identificar possíveis infecções, pré-eclâmpsias e anemias. Além do ultrassom, a mulher realiza outros exames para cada fase da gestação, onde é avaliado o crescimento do bebê, doenças gestacionais, e exames especiais, para identificar algum comprometimento com a saúde da mãe e do feto. 

Mas, o que acontece se a gestante é identificada com uma infecção? Ela pode ter o bebê? Quais tratamentos para uma gestante com doenças hepatológicas? 

 

Gestante e as infecções hepatológicas.  

As doenças infecciosas, em sua maioria, são motivos para preocupação. Imagine para a gestante que aguarda ansiosamente pelo seu bebê? O grande medo das mamães é saber se a infecção diagnosticada pode ser transmitida ao bebê, e o que isso pode impactar durante a gestação. 

Em geral, é durante o pré-natal que se avalia a presença destas infecções, o grau da doença, e a possibilidade de complicações. Hoje, mesmo com o processo completo do pré-natal, as hepatites virias são as infecções com mais incidência entre as gestantes, junto com o HIV, tétano, difteria e coqueluche. 

Manter uma rotina saudável ajuda na prevenção das doenças, seja através de atividade física ou de uma alimentação equilibrada. Além disso, a higienização é um fator importante nos dias de hoje, para assim, evitar a contaminação de bactérias e infecções alimentares.

Como nos casos de hepatite A, acometida através de alimentos e água contaminada. Sua transmissão vertical, quando passa da mãe para o bebê durante a gestação, é rara, já que o vírus não ultrapassa a barreira placentária. 

No caso da hepatite B, sendo a mais grave entre os tipos da doença, é possível que a mãe infecte seu filho, que poderá desenvolver uma hepatite crônica durante o parto, pois o bebê fica exposto à materiais infectados, como sangue, secreção e líquido amniótico.

Segundo a Dra. Raquel Scherer de Fraga, hepatologista e professora de medicina na IMED, “uma paciente que já sabe que tem a hepatite B, em algum momento da vida dela, que faz o acompanhamento médico, é aconselhável que ela faça uma avaliação pré-concepcional, para programar sua gestação. Se a mulher engravidar sem essa programação, é preciso ver se o vírus está ativo ou não”.

Mas, vale salientar que não significa que as pacientes com hepatite crônica poderão transmitir a infecção ao seu filho. “As gestantes que têm a hepatite B com a carga viral elevada, devem utilizar uma medicação antiviral no último trimestre da gestação”, conclui a Dra. Raquel. 

Para a hepatite C, o diagnóstico da doença é mais dificultoso, já que as pacientes não apresentam sintomas. Sua transmissão vertical é relativamente rara, com 11% dos casos nos diagnósticos em gestantes. Segundo dados do Ministério da Saúde, a prevalência de casos com óbitos da hepatite C em gestantes varia de 0,2% e 1,4% em todo Brasil. Os riscos são baixos para o feto, já que a infecção não ultrapassa a barreira placentária. 

 

Imunização é essencial contra infecções  

Embora a pauta do momento seja a vacina da Covid-19, as futuras mães não podem se esquecer das vacinas obrigatórias, como a tríplice bacteriana, para se proteger contra difteria, tétano e coqueluche, e as vacinas, contra hepatite B e influenza (gripe).

Segundo dados da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), menos de 50% das gestantes receberam as doses das vacinas obrigatórias em 2020. Os especialistas alegam o medo das grávidas de se locomoverem até os locais de vacinação e se contaminarem pela covid. 

A imunização é um dos métodos mais eficazes preventivos contra agentes infecciosos. Em uma pesquisa realizada pelo Grupo de Apoio às Políticas de Prevenção e Proteção à Saúde, do Fundo Especial de Saúde para Imunização em Massa e Controle de Doenças (GAPS)/FESIMA), feito com 6233 gestantes, foi analisada a taxa de transmissão da hepatite em mães vacinadas. Entre os casos de gestantes com hepatite crônica, seis mulheres receberam o esquema vacinal completo e não foi identificado transmissão vertical da infecção. 

O acompanhamento pré-natal é importante para identificar o melhor tratamento, e como será sua aplicação. De acordo com a Dra. Raquel Scherer, “é sempre importante, que o bebê da gestante, portadora da hepatite b, receba imunoglobulina na hora do nascimento junto com a primeira dose da vacina”.

Lembrando que a vacina contra hepatite B faz parte do Calendário nacional de vacinação obrigatória do Ministério da Saúde, tendo 3 doses da vacina, uma no momento do nascimento, outra com um mês de vida, e a última após 6 meses de vida. Com o uso do antiviral no último trimestre de gestação, a aplicação da imunoglobulina e com a dose vacinal no momento do nascimento, o risco de transmissão é praticamente nulo. 

“É muito importante frisar que mulheres que não estejam usando o antiviral, porque não tem indicação de usar durante a gestação, tem um maior risco de reativação da doença no período pós-parto. Nesse momento, a mulher está numa situação de imunossupressão relativa, mas que ainda assim é uma imunossupressão, fazendo que neste período tenha o acompanhamento mais de perto”, finaliza a Dra. Raquel. 

 


Dra. Raquel Scherer de Fraga - hepatologista e professora de medicina na IMED, em Passo Fundo.

 

O Câncer Não Espera: Especialistas reforçam recomendações sobre fluxos seguros para que diagnóstico e tratamentos de tumores malignos sejam assegurados diante da pior fase da pandemia

 Agravamento da Covid-19 no país levantam preocupação sobre adiamentos de condutas essenciais no combate ao câncer; Iniciativa liderada pelo Instituto Oncoclínicas orienta pacientes oncológicos sobre como proceder neste momento



Nos últimos dias, diferentes cidades do Brasil voltaram registrar aumentos no número de casos do novo coronavírus. Com isso, em muitas localidades, governos não descartam a possibilidade de retomada de medidas mais restritivas de circulação da população para evitar que os índices de contaminação pela COVID-19 sigam atingindo patamares elevados. A exemplo disso, o estado de São Paulo entrará na fase roxa a partir de sábado (13/03) diante da atual situação de crise sanitária, com números de mortes e internações atingindo níveis recorde.

Em meio a esse cenário, quem depende de tratamento médico continuado para doenças diversas se preocupa com os impactos da alta de casos de contaminação pelo novo coronavírus - a mais severa desde o início da pandemia no país - , o que tem levado à superlotação de ambientes hospitalares das redes pública e privada. É o caso de quem enfrenta o câncer, doença que, de acordo com o Centro Internacional para Pesquisa do Câncer (IARC) - agência especializada da Organização Mundial de Saúde (OMS) - afeta 1,5 milhão de brasileiros e corresponde à realidade de ao menos 43,8 milhões de pessoas pelo mundo. A entidade aponta ainda que apenas em 2020 mais de 19 milhões de pessoas foram diagnosticadas com a doença e houve quase 10 milhões de óbitos por câncer ao redor do globo.

Uma estimativa das Sociedades Brasileiras de Patologia (SBP) e de Cirurgia Oncológica (SBCO) apontou que nos primeiros meses da pandemia 70% das cirurgias oncológicas foram adiadas. Além disso, ao menos 70 mil brasileiros deixaram de ser diagnosticados com câncer devido a não realização de exames essenciais para identificar a doença.

Para que esses índices preocupantes não sofram ainda mais elevações, é preciso alertar os pacientes oncológicos e a população em geral sobre como atrasos nos cuidados médicos adequados pode comprometer, até irreversivelmente, o sucesso na luta contra o câncer. E é com esse objetivo que o Instituto Oncoclínicas - em parceria com sociedades de especialidades médicas, entidades não governamentais de suporte a pacientes oncológicos, instituições de saúde e farmacêuticas - criou movimento O Câncer Não Espera (https://www.ocancernaoespera.com.br).

Aberta à participação de empresas, entidades ligadas à área médica ou qualquer cidadão engajado na luta em favor da vida e da saúde dos brasileiros, a mobilização tem por objetivo alertar a sociedade brasileira para os riscos do adiamento de diagnósticos, exames, cirurgias e tratamentos contra o câncer em função do temor relacionado ao COVID-19.

"O tempo é decisivo em muitas condutas. Na pandemia que parou o mundo, a evolução da curva epidemiológica da Covid-19 impactará nossas vidas por um tempo indeterminado. O câncer é uma doença grave, e que antes da pandemia já ocupava o segundo lugar no ranking das principais causas de morte no Brasil. Assim como há serviços essenciais que precisam continuar, existem tratamentos essenciais que devem prosseguir, sob risco de perdermos vidas que podem ser salvas", afirma um dos idealizadores da campanha, o oncologista Bruno Ferrari.

Para ele, que é também fundador e presidente do Conselho de Administração do Grupo Oncoclínicas, é imperativo que o combate ao câncer não fique em segundo plano. "A OMS afirmou que, mesmo durante a pandemia, o câncer é considerado uma doença de emergência. O câncer não negocia prazos", alerta.

Assim como a continuidade do tratamento, o médico lembra que a atenção para que a doença seja detectada precocemente não pode ser descuidada. "É imprescindível garantir a segurança dos que precisam ir a laboratórios, clínicas e aos hospitais, com sistemas ainda mais rigorosos para evitar o contágio de Covid-19. Nossa intenção, a partir dessa campanha, é alertar o público sobre a necessidade de preservarmos os fluxos essenciais para a manutenção da linha de cuidado oncológico e propor uma reflexão para que a pandemia não gere outros reflexos negativos para a saúde dos brasileiros", completa Bruno Ferrari.

Para quem tem o diagnóstico de câncer, o oncologista lembra que é importante a população estar ciente de seus direitos com relação ao acesso às terapias de controle da doença. No caso daqueles que optaram diretamente por adiar suas condutas de cuidado oncológico, ele frisa que manter o contato com o médico responsável é sempre a melhor alternativa antes de qualquer definição.

"É essencial avaliar cada paciente oncológico de forma individualizada. Converse com o especialista responsável pelo cuidado para saber da real necessidade de ir ao hospital/clínica. Isso garantirá mais segurança na tomada de decisão sobre como proceder", explica o médico.



Telemedicina e novas alternativas de tratamento podem assegurar fluxos

Diante das incertezas sobre os avanços do novo vírus entre a população enquanto a vacinação ainda não está disponível a todos, Bruno Ferrari acredita que a telemedicina segue sendo ferramenta que pode ajudar muito em casos de pacientes que não necessitam de atendimento presencial, ou como pré-triagem até mesmo na avaliação de necessidade do deslocamento, sendo um suporte relevante. "Seguindo a legislação vigente, podemos proporcionar o acompanhamento de pacientes, tanto para um primeiro atendimento quanto para casos em seguimento, por meio dessa plataforma. Essa possibilidade de contato virtual segue, obviamente, critérios que o médico avaliará caso a caso", diz.

Outra possibilidade que, adicionalmente, vem sendo discutida entre a comunidade médica e o poder público é a ampliação do uso de medicações orais em situações em substituição à quimioterapia endovenosa, que depende de deslocamentos até um hospital ou clínica para ser realizada. A proposta, aprovada pelo Senado Federal em junho de 2020, segue aguardando votação pela Câmara dos Deputados. Ainda sem data certa para ser transformada em Lei, essa linha de medicamentos, quando aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), passará também a constar automaticamente no rol da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e permitindo que pacientes com plano de saúde tenham acesso a esses remédios avançados de controle do câncer.

"Demos um passo importante para facilitar o acesso dos pacientes oncológicos às melhores terapias disponíveis no mercado. Agora é essencial que seja dada celeridade à votação na Câmara dos Deputados para que este projeto seja sancionado como lei pelo Governo Federal. Essa disponibilidade deveria se estender ao sistema público de saúde. É um direito de todos os pacientes. É um tema que precisa ser tratado em caráter de emergência", pontua o fundador do Grupo Oncoclínicas.

Em tempos de Covid-19, ele reforça que é essencial entender as especificidades da linha de cuidado oncológico e conferir o olhar humanizado. "Os pacientes precisam se sentir, acima de tudo, assistidos em suas individualidades", finaliza Bruno Ferrari.

Interessados em participar e conhecer mais detalhes sobre o movimento O Câncer não Espera podem encontrar mais informações no www.cancernaoespera.com.br

 

Oftalmologista alerta pais sobre o avanço da miopia em crianças mais novas

Exames oftalmológicos são fundamentais para reduzir o avanço da miopia
(Divulgação)

A recomendação é que os pais estimulem atividades ao ar livre e controlem o uso de celulares e demais dispositivos tecnológicos


Está constatado que o distanciamento social, o excesso de uso de telas digitais e a redução de atividades ao ar livre intensificaram o avanço da miopia no mundo, e, por isso, é importante que os pais evitem que crianças mais novas usem tablets, celulares e computadores por muito tempo. O alerta é da médica oftalmologista Tania Schaefer, presidente da SOBLEC - Sociedade Brasileira de Lentes de Contato, Córnea e Refratometria. De acordo com ela, “o estado refrativo das crianças mais novas pode ser mais sensível às mudanças ambientais do que as de idades mais velhas, porque estão em um período crítico para o desenvolvimento da miopia. O crescimento do olho é maior neste período de vida”. 

A oftalmologista enfatiza que a pesquisa científica “Progressão da miopia em crianças em idade escolar após Covid-19 - Confinamento Domiciliar”, elaborada pelo doutor Jiaxing Wang, concluiu  que o confinamento domiciliar durante a pandemia parece estar associado a uma mudança significativa de miopia em crianças de 6 a 8 anos, de acordo com os exames de fotos em escolas de 2020.  Tania Schaefer ressalta que o tempo gasto em atividades ao ar livre diminuiu devido ao confinamento e as horas a mais que as crianças ficaram conectadas ao aparelhos eletrônicos muito próximos ao rosto, ocasionaram um  crescimento nos casos de miopia precoce, ampliando a dificuldade em enxergar para longe. 

Segundo a oftalmologista, a pesquisa, publicada na edição de 03 de fevereiro de 2021, na revista científica JAMA Ophthalmology, envolveu mais de 120 mil crianças de 10 escolas primárias em Feicheng, China, e mostrou que os casos de miopia entre crianças de 6 anos aumentaram 400% nos cinco primeiros meses de distanciamento social de 2020, em comparação aos anos anteriores. Entre os participantes com 7 anos o aumento foi de 200% nos casos de miopia, e aos 8 anos a alta foi de 40%. 

Tania Schaefer, com base no resultado da pesquisa, afirma que a miopia está avançando em ritmo acelerado o que revela que está surgindo uma nova geração de míopes. “São as crianças mais novas que forçam a visão em telas digitais de uma maneira excessiva e, ao mesmo tempo, não realizam atividades foram de casa”, frisa. 

“O significativo aumento na prevalência da miopia em crianças tem sido fonte de grande preocupação para oftalmologistas e pediatras”, observa Tania Schaefer.  E neste cenário, a SOBLEC iniciou no ano passado a campanha “Alerta Permanente contra a Miopia”, uma iniciativa que conta com o apoio do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), Sociedade Brasileira Oftalmologia Pediátrica (SBOP), Sociedade Brasileira de Visão Subnormal (SBVSN), Sociedade Brasileira de Retina e Vítreo (SBRV), Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP).

O alerta da SOBLEC recomenda que os pais estimulem atividades ao ar livre e controlem o uso de celulares e demais dispositivos tecnológicos. Além disso, é indispensável que levem os filhos com mais frequência aos consultórios oftalmológicos, para que se oferece o tratamento mais adequado. “A campanha da SOBLEC quer conscientizar os pais sobre a importância da prevenção e diagnóstico precoce da miopia. É importante frisar que a miopia quando não tratada pode causar vários problemas oculares, inclusive, levar à cegueira”.

 

Tratamentos estéticos ganham força no combate à diástase

Divulgação
Condição apresenta melhora significativa quando aliada à fisioterapia, medicina e acompanhamento estético 

 

Diástase é conhecida como o alongamento ou estiramento de uma estrutura de tecido muscular do abdômen, fazendo-o perder a forma, força e função. Normalmente presente em gestantes de bebês grandes, gestações gemelares ou muito próximas, esse mal também acomete pessoas obesas, que carregam muito peso na região abdominal, ou que possuem uma postura irregular no dia a dia.

Essa condição afeta todo o resto do sistema do nosso corpo, gerando compensações em membros inferiores, vértebras, assoalho pélvico e vísceras. Além disso, também pode provocar incontinência urinária, dificuldades em realizar alguns movimentos, dores lombares e nas coxas.

De acordo com a esteticista Letícia Diani, da Beauty House: “Existem alguns exercícios de respiração que ajudam a avaliar se há ou não essa condição. Pode haver uma saliência no meio da barriga, que pode ser perceptível apenas quando os músculos abdominais são tensionados, como durante a tosse.” As pessoas também podem se certificar deitando-se de barriga para cima e pressionando os dedos indicador e médio cerca de 2 cm acima e abaixo do umbigo, respectivamente. Depois, contrair o abdômen, como se fosse realizar um exercício de abdominal. O normal é que ao contrair o abdômen, os dedos saltem um pouco para cima, em caso contrário, pode ser considerado uma diástase.

Muitos tratamentos podem ser realizados para melhorar essa condição, mas o ramo da estética vem se destacando com seus protocolos. “Unimos técnicas eficazes para o tratamento da diástase, como eletroterapia e massagem. Também aplicamos exercícios de respiração e de fortalecimento da musculatura na própria clínica”, complementou Letícia. Lembrando que fisioterapeutas e médicos também podem colaborar para uma melhora mais significativa.

É importante ressaltar que algumas pessoas que possuem a diástase devem tomar muito cuidado com exercícios físicos que irão realizar, eles precisam ser sempre acompanhados de um profissional capacitado para não agravar essa patologia.

 

Obesidade pode afetar 700 milhões de pessoas até 2025

Nutricionista da Dietbox, startup de nutrição, dá dicas de alimentação e atividades que ajudam a prevenir a doença

 

A obesidade é uma doença já muito conhecida no mundo, inclusive, no Brasil. Segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), seis em cada dez brasileiros estão obesos. Ou seja, 96 milhões de pessoas, estão com o Índice de Massa Corporal (IMC) acima do esperado. Para 2025, os números são ainda mais alarmantes: cerca de 700 milhões de pessoas deverão ser afetadas com a doença, se não tratada regularmente.

Mulheres continuam no topo. Os dados do IBGE mostram ainda que 29,5% das mulheres têm obesidade, praticamente, uma em cada três. Enquanto os homens estão com 21,8%. Quando analisado apenas o sobrepeso, elas estão com 62,6%, contra 57,5% dos homens.

Para Júlia Canabarro, nutricionista da startup de nutrição Dietbox, assim como diversas outras doenças, a obesidade também oferece risco à saúde e precisa ser tratada. "É classificado um indivíduo obeso, quando o excesso de gordura corporal, em quantidade, determina prejuízos à saúde. Isso se dá quando o IMC é maior ou igual a 30 kg/m² e a faixa de peso normal varia entre 18,5 e 24,9 kg/m². As pessoas que possuem índice entre 25 e 29,9 kg/m², já são diagnosticados com sobrepeso", explica Júlia Canabarro.

Segundo a especialista, são inúmeros os fatores que podem contribuir para o aumento desse índice: correria do dia a dia, sedentarismo, fatores endócrinos, genéticos e, até mesmo, psicológicos. No Brasil, uma em cada três crianças apresenta excesso de peso, de acordo com informações divulgadas pelo Ministério da Saúde. Já em adultos, o número mais que dobrou, de 12,2% para 26,8%.

"O diagnóstico de obesidade, está além de fatores estéticos, precisa ser cuidado como patológico. Sabe-se que a origem dessas causas está muito ligada a problemas emocionais, ainda mais quando relacionamos ao atual momento, de tanta incerteza", diz a nutricionista.



Alimentos aliados ao combate à obesidade

Para evitar o excesso de peso ou chegar a níveis de gordura que, muitas vezes, podem resultar em cirurgia, algumas medidas são importantes e tudo começa na alimentação. "Muitas pessoas não fazem ideia de como começar a ter uma relação melhor com a comida. Nesse sentido, hábitos simples já podem fazer grande diferença. Como, por exemplo, consumir bastante água e apostar em refeições equilibradas, com folhas verdes, alimentos integrais e fibras, como chia, quinoa, linhaça, aveia. Além disso, evitar os ultraprocessados", orienta Júlia Canabarro.



Alimentação e exercícios físicos


A boa alimentação, aliada à prática regular de exercícios físicos, contribuem não apenas para o controle do sobrepeso, mas ajuda em diversas outras doenças. "Às vezes, focamos apenas em um tipo de atividade ou uma alimentação muito restrita, para a perda de peso. Isso é um mito. É possível caminhar, correr, nadar, praticar crossfit, dançar, entre diversas opções que fogem um pouco do terror da academia, para muitos. Isso também vale para a rotina alimentar. Não precisa ter uma dieta restrita. Tudo é analisado, de acordo com o perfil de cada paciente, sua rotina e hábitos", conclui a profissional da Dietbox.

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