Doença
renal crônica tem como fatores de risco comuns diabetes, obesidade e pressão
alta, mas pode afetar pacientes com lúpus e COVID-19
Março é o mês do
cuidado com a saúde dos rins. Comemorada este ano no dia 11 de março, a data
tem como objetivo conscientizar a sociedade sobre a importância desse órgão
vital, desde a prevenção das doenças renais até a participação ativa no
tratamento.
Receber um diagnóstico
de doença renal pode representar um grande desafio na vida dos pacientes e das
pessoas à sua volta, ainda mais diante de um momento tão delicado da saúde como
o que enfrentamos com a pandemia da covid-19. Por isso, é de extrema
importância relembrar constantemente a população sobre a necessidade do
diagnóstico precoce, que se fortalece pelo rastreio com base nos fatores de
risco.
Outro fator de risco
importante, recém descoberto, é a COVID-19. Segundo a Sociedade Brasileira de
Nefrologia, nos pacientes que tiveram complicações renais causadas pelo
coronavírus e que sobreviveram à doença, a taxa de recuperação da função renal
estimada foi: entre 50% e 70% para 31,8% dos pacientes; entre 25% e 50% para
22,7% dos pacientes; e inferior a 25% para 27,3% dos pacientes. Esses casos
ainda não têm confirmação para evolução da doença renal crônica, mas pode ser
um fator de risco importante.
Outras doenças
crônicas podem ser causadoras, como é o caso do diabetes e da pressão alta.
Segundo o dr. Eduardo Rocha, Professor de Nefrologia da Faculdade de Medicina
da UFRJ, os pacientes diabéticos e com hipertensão devem se manter atentos aos
níveis de creatinina no sangue. "Os fatores de risco podem ser
extraordinários como o lúpus e a COVID-19, ou corriqueiros como o diabetes e a
hipertensão arterial.Por isso, é importante que olhemos para o paciente de
forma integral".
"Outro ponto
importante são as complicações relacionadas à doença renal crônica, como o
aumento do potássio e a anemia. Sem falar, é claro, dos tratamentos
substitutivos, como a diálise, que impactam de forma substancial a qualidade de
vida do paciente e que, diante do cenário preocupante da pandemia, podem acabar
sendo adiados ao máximo graças aos avanços da ciência", explica o
especialista.
Para levar informação
sobre as doenças renais, pesquisa realizada pela Abril Inteligência resultou em
uma grande compreensão acerca de como os brasileiros cuidam dos rins. "A
pesquisa comprova que há um longo caminho de conscientização do brasileiro
sobre a saúde de seus rins. Um dado de impacto é que apenas 8% dos
entrevistados já se consultaram com o nefrologista, o médico especialista em
rins", diz Eduardo.
Dentre os principais
resultados está a falta conhecimento sobre os danos que o diabetes e a
hipertensão podem causar nos rins. Ambas não são consideradas graves por pelo
menos 1/3 dos entrevistados. Além disso, comprovou que o diagnóstico das doenças
renais acontece de forma tardia e que cerca 1/3 dos pacientes entrevistados não
consideram a doença controlada e o índice de internações relacionadas ainda é
alto.
Outro ponto importante
destacado é que quase metade dos pacientes sofre ou sofreu de anemia,
reforçando a importância de investigar e tratar o quadro e, quando falamos de
doenças como a hiperpotassemia, apenas 31% dos entrevistados com doenças renais
dizem se tratar com medicamentos e 12% alega ter episódios da doença ao menos
uma vez por mês².
Os rins são órgãos que
desempenham um papel vital para o pleno funcionamento do organismo. Sua
principal e mais conhecida função, é a filtragem de substâncias tóxicas do
corpo, porém o órgão faz muito mais do que isso. Graças a ele, é possível
manter o equilíbrio entre os minerais do organismo (como sódio e potássio),
regular o pH do sangue, equilibrar o volume líquido do corpo e produzir
hormônios e substâncias benéficas para o organismo, como a vitamina D.
Apesar das múltiplas
funções e de sua importância, a população brasileira não dedica aos rins o
cuidado necessário para prevenir enfermidades graves. Isso implica em uma alta
de doenças importantes, como a insuficiência renal crônica, quadro em que a
atividade do órgão deixa de existir, sendo necessária a substituição via
transplante ou diálise. De acordo com a Sociedade Brasileira de Nefrologia
(SBN), mais de 133 mil pacientes renais crônicos dependem da filtragem
artificial do sangue, sendo que 108 mil destes têm o tratamento financiado
única e exclusivamente pelo SUS, por meio de uma rede de 770 clínicas privadas
credenciadas.
Portanto, a orientação
para manter os rins saudáveis é, anualmente, realizar exames laboratoriais
simples, como o a creatinina sérica e urina - no qual será detectada se há presença
de proteínas - manter a pressão arterial em dia, controlar o diabetes, não
fumar e evitar o consumo de álcool, além de fortalecer cuidados com a
alimentação e realizar a prática de atividades físicas.
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