Nutricionista da
Dietbox, startup de nutrição, dá dicas de alimentação e atividades que ajudam a
prevenir a doença
A obesidade é uma doença já muito conhecida no
mundo, inclusive, no Brasil. Segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística (IBGE), seis em cada dez brasileiros estão obesos.
Ou seja, 96 milhões de pessoas, estão com o Índice de Massa Corporal (IMC)
acima do esperado. Para 2025, os números são ainda mais alarmantes: cerca de
700 milhões de pessoas deverão ser afetadas com a doença, se não tratada
regularmente.
Mulheres continuam
no topo. Os dados do IBGE mostram ainda que 29,5% das mulheres têm obesidade,
praticamente, uma em cada três. Enquanto os homens estão com 21,8%. Quando
analisado apenas o sobrepeso, elas estão com 62,6%, contra 57,5% dos homens.
Para Júlia
Canabarro, nutricionista da startup de nutrição Dietbox, assim como diversas
outras doenças, a obesidade também oferece risco à saúde e precisa ser tratada.
"É classificado um indivíduo obeso, quando o excesso de gordura corporal,
em quantidade, determina prejuízos à saúde. Isso se dá quando o IMC é maior ou
igual a 30 kg/m² e a faixa de peso normal varia entre 18,5 e 24,9 kg/m². As
pessoas que possuem índice entre 25 e 29,9 kg/m², já são diagnosticados com
sobrepeso", explica Júlia Canabarro.
Segundo a
especialista, são inúmeros os fatores que podem contribuir para o aumento desse
índice: correria do dia a dia, sedentarismo, fatores endócrinos, genéticos e,
até mesmo, psicológicos. No Brasil, uma em cada três crianças apresenta excesso
de peso, de acordo com informações divulgadas pelo Ministério da Saúde. Já em
adultos, o número mais que dobrou, de 12,2% para 26,8%.
"O diagnóstico
de obesidade, está além de fatores estéticos, precisa ser cuidado como
patológico. Sabe-se que a origem dessas causas está muito ligada a problemas
emocionais, ainda mais quando relacionamos ao atual momento, de tanta
incerteza", diz a nutricionista.
Alimentos aliados ao
combate à obesidade
Para evitar o
excesso de peso ou chegar a níveis de gordura que, muitas vezes, podem resultar
em cirurgia, algumas medidas são importantes e tudo começa na alimentação.
"Muitas pessoas não fazem ideia de como começar a ter uma relação melhor
com a comida. Nesse sentido, hábitos simples já podem fazer grande diferença.
Como, por exemplo, consumir bastante água e apostar em refeições equilibradas,
com folhas verdes, alimentos integrais e fibras, como chia, quinoa, linhaça,
aveia. Além disso, evitar os ultraprocessados", orienta Júlia Canabarro.
Alimentação e
exercícios físicos
A boa alimentação,
aliada à prática regular de exercícios físicos, contribuem não apenas para o
controle do sobrepeso, mas ajuda em diversas outras doenças. "Às vezes,
focamos apenas em um tipo de atividade ou uma alimentação muito restrita, para
a perda de peso. Isso é um mito. É possível caminhar, correr, nadar, praticar
crossfit, dançar, entre diversas opções que fogem um pouco do terror da
academia, para muitos. Isso também vale para a rotina alimentar. Não precisa
ter uma dieta restrita. Tudo é analisado, de acordo com o perfil de cada
paciente, sua rotina e hábitos", conclui a profissional da Dietbox.
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