Pesquisar no Blog

terça-feira, 26 de fevereiro de 2019

HPV como fator de risco


O vírus HPV atinge a pele e as mucosas, podendo causar verrugas ou lesões percursoras de câncer, como o câncer de colo de útero, garganta ou ânus. O nome HPV é a sigla inglesa para "Papiloma vírus humano"; e cada tipo de HPV pode causar verrugas em diferentes partes do corpo, relacionando-se ao câncer de colo de útero na mulher.

O vírus HPV também tem relação com câncer de garganta e, recentemente, em países desenvolvidos, vem sendo observado um aumento desse casos de câncer de garganta relacionados ao vírus HPV. Portanto, possivelmente, os hábitos sexuais estão relacionados a aquisição do vírus HPV e ao desenvolvimento de tumores na região da garganta.

Estamos falando especificamente da orofaringe, que é a região onde estão as amígdalas e a úvula, a famosa campainha. Pessoas que têm o vírus HPV nessas regiões têm uma elevada chance de desenvolver câncer de garganta, mesmo que elas não fumem e não consumam álcool.

Além disso, é cada vez maior a frequência de tumores de garganta em homens e mulheres mais jovens do que o habitual, não fumantes e não consumidores de álcool, que são os fatores de risco sabidamente conhecidos. Então, se você tiver dor de garganta e dificuldade para engolir por mais de duas semanas, procure um médico para ser avaliado e ter certeza que você não tem um câncer na sua garganta.





Antonio Bertelli - professor da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo. Contato: dr.bertelli@me.com


Surdez em músicos: como prolongar a carreira de quem sofre com problemas auditivos


Alto volume nos palcos pode prejudicar a audição ao longo dos anos; diversos astros da música mundial sofrem desse problema sem abandonar a carreira


Seja com um microfone ou um instrumento musical nas mãos, os músicos exercem seus dons nos palcos diante da exposição a altos volumes e ao risco de sofrerem algum problema auditivo. Eric Clapton, considerado um dos melhores guitarristas da história do Rock, anunciou recentemente que está perdendo a audição. O guitarrista, que tem 72 anos, em entrevista recentemente para um documentário sobre sua carreira, falou sobre as sequelas; reflexo dos 55 anos que passou em cima dos palcos. 

Além de Clapton, diversos músicos famosos sofrem com problemas de audição. Chris Martin, vocalista da banda britânica Coldplay, foi diagnosticado com Tinnitus (Zumbido) há mais de dez anos. Phil Collins, Ozzy Osbourne, Bono Vox e até mesmo Ludwing van Beethoven tiveram que realizar mudanças ou rupturas em suas carreiras após uma perda de audição significativa. 

Atualmente, com as novas tecnologias, os aparelhos auditivos podem oferecer, além de uma boa qualidade de vida, a continuidade da carreira musical dos artistas. 

A perda auditiva pode ser causada por hereditariedade, doenças ou pela exposição frequente a sons muito altos. Nestes casos, o uso de protetores nos ouvidos pode evitar o agravamento do problema.

“É importante que os músicos atentem para a importância de se prevenir os danos auditivos usando tampões durante os shows. E para quem já detectou a perda auditiva, é recomendada a avaliação com uma fonoaudióloga para que se identifique o melhor aparelho auditivo. Além da questão médica, a perda auditiva em músicos pode causar perda emocional também. É importante observar que a prótese auditiva traz de volta não somente a audição, mas também a sensibilidade por meio da música e da criatividade”, explica Isabela Papera, fonoaudióloga da Telex Soluções Auditivas.

Estudo da OMS (Organização Mundial da Saúde) considera a perda de audição relacionada ao ruído musical a segunda maior causa de surdez no mundo. Para evitar que outros músicos passem pelos mesmos problemas, a fonoaudióloga da Telex recomenda o uso frequente de protetores auriculares.

“Os protetores não eliminam o som por completo e nem impedem que o músico ouça o seu instrumento ou o que acontece à sua volta. Eles apenas reduzem o volume excessivo que chega aos ouvidos, protegendo a cóclea e propiciando uma audição mais confortável do som ambiente”, ressalta a fonoaudióloga, que é especialista em audiologia.

Existem vários tipos de protetores no mercado, como os da Telex, por exemplo, que são feitos em acrílico e moldados de acordo com a anatomia do ouvido de cada pessoa, e que diminuem o barulho ambiente em 15 decibéis ou em 25 decibéis, conforme a necessidade do usuário.


O incômodo da transpiração: dicas e cuidados ajudam a controlar o suor


O temido "cecê" (cheiro corporal) pode causar constrangimento e situações desagradáveis. Luciana Maluf, dermatologista e consultora de beleza da Condor, lista algumas dicas para eliminar o problema


A transpiração é um processo natural para o bom funcionamento do organismo. É por meio dela que o corpo consegue regular a temperatura interna e eliminar as toxinas.

No entanto, além do fator fisiológico, o suor também pode ser desencadeado por questões emocionais, e ficam visíveis, principalmente, quando ocorre em excesso ou em ocasiões em que não é possível “culpar” o calor.

O estresse, por exemplo, é um desses desencadeadores. Em situações estressantes, o cérebro entende que há perigo. Consequentemente, o corpo libera o suor como uma reação involuntária ao medo.

Em outras palavras: o suor em excesso pode surgir em momentos tensos: antes de uma entrevista de emprego, antes do primeiro encontro, em reuniões difíceis ou em qualquer outro cenário que possa parecer ameaçador.  Para algumas pessoas, esse turbilhão de emoções pode se manifestar na forma de indesejáveis manchas molhadas nas axilas ou em suor em outras partes do corpo.

“O curioso é que o suor, em si, não tem cheiro. As responsáveis pelo odor característico (e nada agradável) são as bactérias que habitam o nosso corpo. Além de inofensivas, elas ajudam na defesa natural da pele. O problema, no caso da transpiração, é que esses microrganismos se alimentam do suor e o metabolizam, produzindo “subprodutos” de cheiro forte”, alerta Luciana Maluf, dermatologista e consultora de beleza da Condor.

Por mais que seja algo natural, a transpiração pode ser um grande incômodo pelo constrangimento aparente das axilas molhadas ou pelo odor. E o verão, com suas temperaturas elevadas, agrava ainda mais esse cenário – mesmo para as pessoas que não apresentam normalmente suor excessivo (hiperidrose).

“A boa notícia é que existem formas de amenizar o problema com cuidados diários, tratamentos clínicos dermatológicos e cirúrgicos”, pontua Luciana. Existem até receitas caseiras que prometem um reforço na força-tarefa contra o suor. 


Como a higiene pessoal e a alimentação podem ajudar

Uma das formas de prevenção ao mau cheiro é diminuir a quantidade de bactérias que se desenvolvem nas regiões de maior transpiração, como as axilas, os pés e as mãos. A alimentação é uma importante aliada na batalha para amenizar os problemas causados pelo suor. A doutora Luciana Maluf listou algumas medidas simples.
  • No banho: procure lavar essas regiões com sabonetes antissépticos e seque bem a pele após o banho. Outra saída é depilar as axilas ou manter os pelos dessa área mais curtos;
  • No armário: evite tecidos sintéticos, como o poliéster ou o náilon. Estes tipos de materiais impedem a saída do suor. Pode até parecer uma boa ideia, mas não é. “O ambiente quente e úmido que se forma sob essas tramas são – com o perdão do trocadilho – um prato cheio para as bactérias eliminarem as substâncias que causam o mau cheiro. Nessas horas, roupas feitas com algodão são as melhores opções e podem ajudar no combate aos odores causados pelo suor”, declara a consultora da Condor;
  • Na lavanderia: lave a parte da roupa que fica em contato com a axila com sabão de coco antes de colocá-la na máquina. Isso ajuda a eliminar as bactérias que ficaram no tecido;
  • Comer, beber e não transpirar: outras dicas para amenizar os efeitos da transpiração envolvem a alimentação e o consumo de líquidos ao longo dia.  
Você é o que você come

Conhece essa máxima, não é? Ela vale também na hora de falar sobre o suor. Alguns alimentos dificultam o controle da transpiração. Para quem sofre especialmente com as “pizzas” embaixo do braço, vale pegar leve no consumo de pratos picantes, de alho, cebola, fast food, processados ou de sobremesas que levam muito açúcar. E essa dica é dupla: no lugar, vá de frutas, verduras, grãos integrais e carnes magras. Lembrando sempre que mudanças no cardápio devem ser orientadas por especialistas.

Menos café, mais água. A cafeína estimula o sistema nervoso, além de potencializar a produção de adrenalina. Isso aumenta a temperatura corporal e o corpo vai responder transpirando mais. O mesmo vale para os refrigerantes. Beba sem moderação água e água de coco.  Quando estamos bem hidratados crescem as chances da temperatura interna ficar sob controle, diminuindo assim o suor em excesso. Invista em sucos naturais gelados.


Xô, pele grudenta!

Além de aumentar a transpiração, o calor mais intenso no verão também impulsiona a atividade das glândulas que produzem oleosidade, proporcionando aquela sensação desagradável de pele grudenta. Na hora de escolher o hidratante é importante checar o rótulo dos matificantes que tiram o brilho, e de produtos que tenham ativos próprios para a renovação da pele, como o ácido glicólico, por exemplo. “Converse com seu dermatologista sobre essas alternativas. Pense também no seu tipo de pele na hora de escolher o protetor solar. Já existem filtros secos, que combinam ação de antiumidade e antioleosidade. Além disso, graças à presença de ativos como o óxido de silício, essas versões ajudam a absorver a oleosidade”, indica Luciana Maluf, dermatologista e consultora de beleza da Condor.


Abra os poros

Em alguns casos, o suor excessivo pode ser causado pelos poros fechados. Nesse caso, a esfoliação entra como aliada também para diminuir a transpiração, e as versões naturais surgem como boas dicas para experimentar em casa. “Existem bons ingredientes para amenizar o problema. A aveia, o sal e o café moído podem ser acrescentados ao sabonete líquido neutro. Esfregue com movimentos leves e circulares o preparado diretamente nas regiões que mais incomodam e enxague bem depois. Os cuidados podem ser realizados duas vezes por semana. O resultado será uma pele macia, limpa e melhor preparada para receber os outros cremes e afins”, reforça Luciana.


No consultório

Quadros de suor excessivo podem indicar algum distúrbio, como a hiperidrose. Nesses casos, a melhor saída é procurar um médico dermatologista. Tratamentos com neurotoxinas, como a toxina botulínica, amenizam o problema. Mas há também produtos cujos princípios ativos combatem o suor e ajudam no controle, como o cloridrato de alumínio.



Em casa
A sabedoria popular é cheia de “truques” e receitas. E isso inclui fórmulas caseiras que prometem auxiliar na luta contra o suor e seus odores indesejáveis. Embora a eficácia dessas alternativas seja difícil de ser comprovada, fizemos uma pesquisa de duas receitas que podem contribuir no controle da transpiração.



1 - Desodorante caseiro

Ingredientes

½ xícara de bicarbonato (75 g)
½ xícara de amido de milho (75 g)
4 colheres de sopa de óleo de coco (60 g)
10 gotas do seu óleo essencial preferido


Modo de preparo: junte em um recipiente o bicarbonato e o amido de milho. Acrescente o óleo de coco emisture até obter uma pasta homogênea. Coloque a mistura em um recipiente adequado e leve à geladeira por algumas horas (até que ela fique sólida). Aplique nas axilas.



2 - Vinagre e água de lavanda

Ingredientes

½ xícara de vinagre (125 ml) - o vinagre é bactericida
1 xícara de água de lavanda ou alecrim (250 ml)


Modo de preparo: misture os ingredientes em um recipiente com tampa. Agite o frasco diariamente durante uma semana. Após esse período, o preparado está pronto para ser usado.




Posts mais acessados