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quinta-feira, 7 de fevereiro de 2019

Como ajudar os filhos na adaptação da vida escolar



Especialista dá dicas para os pais auxiliarem os filhos nesse processo que marca uma nova realidade social da vida familiar.


Está chegando o período de volta às aulas na maioria das escolas do Brasil. Trata-se de um momento marcante para a vida dos alunos, de veteranos a iniciantes – crianças que, pela primeira vez, vão encarar o momento mágico da vida escolar. Pais e escolas têm papel fundamental para ajudar na adaptação dos pequenos.

“Para os novos alunos da Educação Infantil a escola é, inicialmente, um espaço novo e desconhecido, com um professor que não faz parte do seu círculo de relacionamento”, esclarece Lady Christina Sabadell, diretora geral da Escola Bilíngue Pueri Domus. “Ir para a escola significa separar-se de pessoas conhecidas e de ambientes seguros. Isso gera insegurança natural, intensificando a dependência dos pais. A criança precisa de um tempo para conhecer e aceitar a escola, adquirindo confiança nela”, conta a diretora, que é pedagoga e psicopedagoga com mais de 30 anos de experiência em educação.

É fundamental as escolas oferecerem períodos de adaptação especial, que variam de criança para criança e, geralmente, costumam se resumir à primeira semana de aula. No caso do Pueri Domus, o horário de entrada e saída bem como o de permanência é diferenciado: duas horas nos dois primeiros dias, três no terceiro e quarto e quatro horas no quinto dia. “Queremos, com isso, que os novos alunos se sintam mais seguros e tranquilos”, revela a diretora.

Além disso, é necessário um olhar cuidadoso e atento por parte dos educadores para que percebam o que aproxima as crianças. Esse tipo de ação contribui para a consolidação de vínculos afetivos e de vivência. Desta forma se dá o exercício da convivência, quando pequenas ações ajudam a criar relações entre as crianças e o efetivo processo de adaptação.


Dez dicas para a adaptação escolar ser tranquila


A Escola Bilíngue Pueri Domus preparou um Guia de Adaptação da Educação Infantil, com várias dicas para os pais neste momento importante na vida da criança. Conheça algumas das principais dicas do documento:


1. CONVERSE COM A CRIANÇA SOBRE A ESCOLA

Procure ouvir a criança sem demonstrar ansiedade ou fazer um “questionário”. Conte o que vai acontecer enquanto estiverem na escola. Mantenha a tranquilidade, falando menos e ouvindo mais.


2. DEMONSTRE SEGURANÇA, SEMPRE

Mostre firmeza na hora de deixar a criança na escola, despedindo-se carinhosamente. Demonstre que gostaria que permanecesse na escola, conhecesse sua classe, os novos amigos e aproveitasse o que lhe vai ser oferecido. Afirme que irá esperar por ela na saída. Organize-se especialmente nos primeiros dias, para que não atrase de forma alguma para buscá-la. O período de adaptação, longo ou breve, é importante tanto para seus filhos, como para os pais. É nesse momento que a confiança na escola se estabelece para ambos. O papel da escola é o de orientá-los e o dos pais, de cuidar e nos ajudar para que esse momento importante seja seguro e tranquilo para a criança.


3. REFORÇO POSITIVO É IMPORTANTE

Não comente na presença da criança as atitudes negativas dela na escola. Ao contrário, reforce o fato de ter ficado sem chorar, mesmo que por pouco tempo, e ter trabalhado em classe.


4. A IMPORTÂNCIA DE ESTABELECER A ROTINA

A criança deve vir todos os dias à escola, uniformizada e na hora marcada, respeitando horários de entrada e saída. Deve-se evitar que, neste período, ela chegue com muita antecedência ou permaneça além do horário de saída.


5. CHORAR É NATURAL

Nesse período,a maneira que a criança se expressa para demonstrar seu desagrado frente a algo que o incomoda é o choro. Seja firme, paciente e acredite que ela estará bem e que a separação nesta fase é um processo necessário.


6. OBJETOS DE APEGO

Não é bom mudar a rotina da criança. Essa é a primeira “grande” separação (mãe/criança) e, por isso, algumas delas necessitam de um referencial que faça uma ponte casa/escola. Portanto, os objetos de apego são bem-vindos (paninho, chupeta, ursinho, etc.). Depois da adaptação, aos poucos estes objetos vão sendo deixados de lado.


7. TROCA DE INFORMAÇÕES

Toda adaptação gera angústias e inseguranças, tanto em crianças como em adultos. É importante manter um diálogo estreito entre pais e escola, para dar informações sobre a criança e tirar dúvidas. Entre os recursos disponíveis estão entrevista com a coordenação, breve com a professora nahora da saída, trocar recados via agenda e reunião individual com a professora após o primeiro mês de aula.


8. FORMAS DE EXPRESSÃO

Nessa faixa etária, as crianças, por ainda não terem a linguagem verbal totalmente desenvolvida, expressam seu descontentamento, angústia ou insegurança utilizando a linguagem corporal. Como muitos estão na fase oral, período em que sentem a necessidade de levar à boca tudo o que estiver ao seu alcance, eles não compreendem que mordidas, beliscões e puxões de cabelo, machucam e causam dor. É provável que situações como essas aconteçam nesse período, mesmo com a professora atenta. Quando isso ocorrer, os pais são informados.


9. COMPORTAMENTO DIFERENTE

Neste início de ano escolar a criança poderá ter oscilações no comportamento como: choro, medo, receio, falta de apetite, alteração no sono, teste de limites, etc. Há necessidade de tempo para ajustes entre escola, família e criança, o que é perfeitamente normal.


10. ADAPTAÇÃO A UMA SEGUNDA LÍNGUA

Outra preocupação dos pais, principalmente para as escolas bilíngues, é a adaptação a uma segunda língua. Lady Christina Sabadell explica que a aprendizagem do inglês acontece de forma progressiva, respeitando o ritmo de cada criança tanto na primeira língua quanto na segunda. Ela ressalta ainda que a comunicação não verbal e gestual e a linguagem corporal também são formas de expressão que são levadas em consideração e permitem que o professor realize uma leitura do comportamento da criança. “O contato com a segunda língua começa com palavras soltas, músicas, rimas e brincadeiras. Essa forma de aprendizagem, pautada na ludicidade e dentro de contextos significativos, dará sentindo ao processo de input ao idioma para que ela ocorra com naturalidade”, resume.



Você chora ao deixar seu filho na escola no primeiro dia de aula? Esse texto é para você


É muito comum e natural que a criança crie elevadas expectativas com relação ao início das aulas. É tudo muito novo, inclusive as relações interpessoais. No entanto, assim como somos inundados de sentimentos positivos quando passamos por esse ciclo de nossas vidas, diversos pontos negativos também se fazem presente na vida de quem irá passar por essa situação pela primeira vez. O psicólogo Wilton Batista Cabral, do Hapvida, explica como devemos lidar com essa experiência.

"Para lidar com o primeiro dia de aula dos filhos, é importante que os pais se mantenham tranquilos, buscando demonstrar que está tudo bem. Isso pode ser facilitador para o professor que irá receber seu filho. O medo é importante para a sobrevivência, mas nesse caso é importante a demonstração de confiança no processo da experiência vivenciada por todos os envolvidos. Acredite, a criança está observando você e seus sentimentos, podendo corresponder conforme o que ele está observando", alerta o especialista.

Além disso, os pais, segundo Wilton, podem se sentir um pouco incomodados com as mudanças de rotina, principalmente se for o primeiro ano letivo do filho. Mas isso faz parte do processo de adaptação da nova rotina e cada um vai vivenciar esse processo de forma diferente. "Mas se esse incômodo chegar a níveis muito altos, o importante é procurar ajuda profissional de um psicólogo", completa.

Para identificar esses sintomas e amenizá-los, é importante que a pessoa esteja atenta para diferenciar uma aparente tristeza passageira de uma situação de tristeza profunda que esteja causando prejuízos importantes em seu dia a dia, assim como em seu meio social e familiar.

"Ocupar a mente com a leitura de um bom livro ou atividade física, pode ajudar, e muito no alívio dos sintomas, porém é importante lembrar que se esses sentimentos vêm causando incômodos pessoais e sociais. Podemos e devemos buscar ajuda terapêutica para passar por essa experiência da forma mais saudável possível", finaliza.


Uso inadequado de mochilas pode lesionar coluna das crianças


Ortopedista do HCor alerta para o uso incorreto e o peso excessivo das mochilas na volta às aulas; o ideal é que a bolsa não pese mais do que 10 e 15% do peso corporal da criança, tenha duas alças ou, preferencialmente, rodinhas


Com o retorno às aulas, volta também à atenção dos pais ao peso da mochila das crianças e dos adolescentes. Nesta época do ano os pais enfrentam o mesmo dilema: o que e como levar os materiais para a escola sem prejudicar os ombros e a coluna da meninada. O mau uso de mochilas pode ocasionar, além de problemas sérios na coluna, vários tipos diferentes de lesões nos ombros. Se não tratados adequadamente, podem levar a prejuízos para a vida toda, como desvio de postura e dores crônicas nas articulações.

Aquela lista imensa de materiais nem sempre é preciso ir todos os dias para a escola. As crianças podem até ter preguiça de arrumar a mochila diariamente, mas esta iniciativa, que deve ser supervisionada pelos pais, evita que elas carreguem peso extra, sem necessidade. Além disso, é preciso orientá-los quanto à forma correta de carregar, erguer ou retirar a mochila das costas. Ao primeiro sinal de dor, vale consultar o médico para uma avaliação mais detalhada.

Raphael Marcon, ortopedista do HCor (Hospital do Coração) explica que o peso pode afetar as articulações, influenciando no desenvolvimento dos pequenos. “As crianças podem sofrer sérios danos na coluna vertebral. O ideal é que a bolsa não ultrapasse 10% a 15% do peso da criança e que tenha duas alças, preferencialmente largas, para evitar a sobrecarga em apenas um dos ombros. Se for mochila de rodinha, o puxador tem de que ter uma altura suficiente para que a criança não curve o corpo”, orienta.


Evite problemas

Para eliminar a possibilidade de as crianças sofrerem com algum problema na coluna, o ortopedista do HCor lista algumas dicas que podem ajudar os pais na hora de arrumar a mochila dos filhos para a volta às aulas. Confira!


Tamanho ideal: a mochila não deve ficar abaixo da cintura. “Quanto mais baixa, mais sobrecarregados ficarão os ombros”, alerta Dr. Marcon. O ideal é que a bolsa fique um pouco acima da cintura, cerca de três dedos, aproximadamente.


Alças: na hora de escolher a mochila, prefira as que têm alças largas. Elas ajudam a distribuir melhor o peso. Além disso, é importante que a criança utilize as duas alças nos ombros firmemente ajustadas.


Rodinhas: se for inevitável levar diversos livros e cadernos todos os dias, o ideal é optar pelas mochilas com rodinhas. “Mesmo estes modelos merecem atenção. O puxador deve ficar na altura do punho da criança, isso evita que ela se abaixe para puxar a mochila”, ressalta o ortopedista.






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