Pesquisar no Blog

quinta-feira, 10 de janeiro de 2019

Ano Novo: não deixe a cibersegurança de fora da lista de resoluções para 2019


Uma média de 3,7 milhões de ataques de malware por dia são identificados pela Kaspersky Lab e outras 192 mil mensagens de phishing são bloqueadas por dia na América Latina

Para muitos, o novo ano oferece a oportunidade de melhorar alguns aspectos e abandonar maus hábitos ou simplesmente estabelecer metas que se pretende alcançar nos próximos 12 meses. Devido à crescente dependência de dispositivos eletrônicos e à pouca preocupação com a proteção dos mesmos, é importante que a adoção de boas práticas e hábitos de cibersegurança estejam presentes dentre as metas para 2019.
 

Atualmente, os dispositivos armazenam todos os aspectos da vida digital dos usuários. De fotos, vídeos, números de telefone, conversas pessoais, senhas, histórico de pesquisa na web, chamadas e localização dos lugares que foram visitados recentemente. Um comportamento descuidado deixa os dispositivos e as informações vulneráveis às ciberameaças que podem levar à perda de dinheiro e até prejudicar a privacidade. Para se ter uma ideia dos riscos, a empresa registra uma média de 3,7 milhões de ataques de malware por dia e bloqueia 192 mil mensagens de phishing por dia na América Latina.

"Os telefones, PCs e tablets contêm dados confidenciais e, quando o usuário perde ou é roubado, essas informações podem cair em mãos erradas e causar acidentes sérios e reais", alerta Roberto Martínez, analista de segurança da Kaspersky Lab.É importante que os usuários entendam que a vida digital e a real estão interligadas, assim como a segurança: devemos ter cuidado quando vamos atravessar a rua e também antes de acessar um site ou link desconhecido. A adoção de bons hábitos de cibersegurança para proteger essas informações e nossos dispositivos contra roubo, invasão ou perda, se fazem mais do que necessários e fundamentais.
 

Aproveitando a temporada em que muitas pessoas estão projetando novas metas, os especialistas da Kaspersky Lab listaram as seguintes resoluções para levar uma vida digital melhor em 2019:


1) Não clique em links: principalmente os recebidos de desconhecidos, nem em links com mensagens suspeitas que foram enviadas por seus amigos via redes sociais, e-mail ou app de mensagens. Nos primeiros dias de 2019, identificamos um golpe disseminado via WhatsApp e Facebook Message que atraiu mais de 675 mil pessoas. De novembro de 2017 a novembro de 2018, a média de ataques diários de phishing no Brasil cresceu 110% quando comparado com o período anterior (novembro/2016 até novembro/2017);


2) Atente-se às suas informações. Saiba o que, e onde estão armazenados seus dados. Isso facilitará a limpeza dos dispositivos e dará tranquilidade para que as informações não sejam perdidas e utilizadas de forma incorreta;


3) Remova todos os aplicativos e arquivos que não são mais utilizados, seja dos dispositivos ou das redes sociais, pois os apps geralmente funcionam em segundo plano, mesmo sem o conhecimento do usuário. Além disso, certifique-se de que os aplicativos que continuarão no dispositivo utilizam criptografia. Ano passado, foi feita uma análise sobre alguns apps pela Kaspersky Lab e foi descoberto que alguns apps transmitem dados de usuários sem criptografia, usando um protocolo HTTP não seguro e, portanto, há o risco de expor os dados dos usuários;


4) Atualize os sistemas operacionais e aplicativos. É importante fazer este passo assim que uma nova versão estiver disponível, pois ela será responsável por corrigir possíveis vulnerabilidades que existiam no sistema. Um grande exemplo do quão importante é essa operação, foi o caso WannaCry, em que os cibercriminosos se aproveitaram de uma falha no sistema Windows 10 para realizar o atraque;


5) Altere todas as suas senhas. O início de um novo ano é uma boa oportunidade para alterar as senhas, pois elas devem ser atualizadas regularmente. Na maioria dos casos, os usuários utilizam as mesmas senhas para diferentes sites e o cibercriminoso testará a combinação em todos os serviços e redes sociais mais populares, principalmente quando há casos de vazamento de informações – como os que foram percebidos e divulgados em 2018. Por isso, para evitar confusão na hora de saber qual senha é de qual login, é aconselhável usar um software de gerenciamento como o Kaspersky Password Manager, que gera uma senha exclusiva para cada site e ajuda a lembrar delas sem precisar memorizá-las;


6) Faça backup dos dados. Os backups de segurança oferecem ao usuário a tranquilidade de saber que, se algo acontecer ao seu computador, como a temida tela azul ou um arquivo corrompido, o usuário poderá recuperar esses dados. Além disso, no caso de um ataque de ransomware, que criptografa as informações que exigem um pagamento para descriptografá-los, isso não causaria mais consequências, pois é possível reinstalar o sistema operacional fazendo o upload do último backup;


7) Verifique os controles de segurança nos dispositivos, aplicativos e redes sociais. É preciso analisar as permissões concedidas aos dispositivos e aplicativos e decidir se eles realmente merecem privilégios, como acesso à lista de contatos ou manter um registro dos locais físicos mais visitados, etc. No caso das redes sociais, verifique se as informações compartilhadas são públicas e, se estiverem, use os controles de segurança da plataforma para limitar quem pode acessar o que é postado;


8) Para aumentar a segurança dos dispositivos móveis, a Kaspersky Lab indica o uso do Kaspersky Security Cloud, um serviço de segurança adaptativo, que vai além da proteção tradicional, para proteger os consumidores de qualquer ameaça digital que eles enfrentam, incluindo phishing, malware e apps mal-intencionados. A solução oferece ainda proteção personalizada de acordo com as necessidades individuais dos usuários, com base no comportamento online, nos dispositivos aos quais estão conectados, avisa sobre possíveis vazamentos de dados em contas online e muito mais.

Por isso, é importante que a adoção de boas práticas e hábitos de cibersegurança estejam presentes dentre as metas para este ano.

Para mais informações sobre como melhorar alguns hábitos, acesse: http://securelist.lat.






Kaspersky Lab


O mercado de locações comerciais em 2019


O mercado de locação de imóvel urbano comercial ou não residencial possui diversos segmentos, tais como galpões industriais, salas comerciais, espaços em shopping centers, casas e prédios em corredores comerciais, salas de cinema, entre outros. Por esta razão, não é recomendado aos investidores que olhem somente para os números gerais deste “mercado”, visto que, além da divisão nos segmentos acima mencionados, outros fatores também podem ter forte influência na oferta e demanda, e, portanto, na fixação do preço médio do aluguel.

Como exemplos, temos o nível de população estabelecida no local, crescimento econômico acelerado (nesta hipótese,  o risco maior é quando o quadro de crescimento é revertido - vide algumas cidades cariocas que tiveram expressivo desenvolvimento econômico e imobiliário e agora sofrem duras penas nesta época pós royalties do pré-sal), excesso de oferta (em São Paulo, Capital, observamos um fenômeno recente muito interessante que foi  a movimentação das empresas de seus antigos escritórios para lajes corporativas “Triple A”, devido as boas condições oferecidas pelos seus locadores, o que fez despencar os alugueis médios dos conjuntos comerciais na cidade) e existência de infraestrutura (construção de portos, estações de metrô etc.).

Em vista de minha atuação profissional em negociações de contratos de locação na defesa dos interesses dos lojistas e franquias, passarei a minha visão geral em termos de temperatura do mercado. Primeiro, destaco que precisamos sempre ter em mente que são muitos os elementos que os senhorios e inquilinos analisam quando negociam o valor do locativo. Por exemplo, se o imóvel está em local que, além das vendas, serve de vitrine para a marca do varejista. Ou, nas renovações contratuais, sempre o lojista vai apurar o seu faturamento médio para verificar se é compatível com o custo de ocupação pretendido pelo locador.

Como não há um levantamento oficial disponível no momento, me limito a dizer que, na minha experiência profissional recente, os locadores de rua, de modo geral, continuam sensíveis ao momento ainda delicado da setor varejista e da economia como um todo, no sentido de que existem boas condições de entrada aos lojistas que querem iniciar um negócio ou reduzir os seus aluguéis através de negociações junto aos proprietários dos seus imóveis. Verificamos as redes em expansão utilizarem o modelo buit to suit, no qual o investidor compra o imóvel e faz toda a reforma necessária para a implantação da loja, uma drogaria ou clínica médica, por exemplo.

Particular atenção merece as locações de espaços em shopping centers, vez que, conforme serviços efetuados em nosso escritório, ainda observamos muitos lojistas fechando os seus estabelecimentos, inclusive em shopping centers que tradicionalmente não apresentavam vacância e problema de fluxo de consumidores.

O segmento de shopping  centers tem gargalos próprios e, sendo assim, alguns desafios particulares a superar. Podemos citar como exemplos: aumento demasiado no número de centros de compras em algumas praças; custos impeditivos (entenda-se, condomínio, fundo de promoção, despesas específicas e décimo-terceiro aluguel – é imperioso que seja concentrado esforços na redução do condomínio e demais encargos); e a mudança no comportamento do consumidor (vide o e-commerce). Outra situação a ser levada em conta neste momento é que, normalmente, os aluguéis dos lojistas são reajustados pelo IGP-M ou IGP-DI, ambos da Fundação Getúlio Vargas, índices estes que hoje superam com folga o crescimento do faturamento de muitos lojistas e os indexadores que medem a inflação com base no consumo (IGP-M/FGV em Dez./18 = 7,5521 e IPCA/IBGE em Nov./18 = 4,0459).

Deste modo, verificamos de um lado os comerciantes com dificuldades em viabilizar as suas operações levando em conta os faturamento das unidades e os custos dos shoppings, e, de outro, empreendedores também sofrendo para conseguir novos lojistas (as grandes redes, desde que a crise afetou a ocupação nos centros de compras, vêm investindo na atração de marcas, custeando a instalação das lojas e oferecendo condições contratuais diferenciadas) e com inadimplência elevada. É fundamental que os gestores deste segmento atuem de forma cooperada com o objetivo de atingirem seus objetivos. Cumpre lembrar que, na esfera jurídica-judicial, é possível a revisão forçada do aluguel, seja para diminuir ou aumentar o seu valor. Ou seja, existe esta saída ao lojista, caso não logre sucesso em negociação que tenha como finalidade reduzir o seu custo de ocupação.






Daniel Alcântara Nastri Cerveira - sócio do escritório Cerveira Advogados Associados; autor do Livro "Shopping Centers - Limites na liberdade de contratar", Editora Saraiva; Professor de Pós-Graduação em Direito Imobiliário do Instituto de Direito da PUC/RJ; professor dos cursos MBA em Gestão de Franquias e do Varejo da FIA – Fundação de Instituto de Administração de São Paulo; de Pós-Graduação em Direito Empresarial pela Universidade Presbiteriana Mackenzie de São Paulo; integrante da Comissão Jurídica da ABF - Associação Brasileira de Franchising; consultor jurídico do Sindilojas-SP; e pós -graduado em Direito Econômico pela Fundação Getúlio Vargas de São Paulo e em Direito Empresarial pela Universidade Presbiteriana Mackenzie de São Paulo.



Produção e difusão do conhecimento: estratégia propulsora para inovação


A educação de qualidade, quarto objetivo do desenvolvimento sustentável da ONU, é um canal importante para a disseminação e geração de conhecimento, bem como fundamental para o desenvolvimento e crescimento econômico mundial. Por sua vez a inovação, aliada à educação, eleva a competitividade entre as organizações e cria novos mercados.

O fluxo intenso de informação e a velocidade com que é compartilhada têm sido ampliados em função das novas tecnologias desenvolvidas ao longo das últimas décadas. A evolução constante dos canais e meios de propagação de conhecimento têm favorecido o atingimento de um número maior de pessoas, principalmente aquelas que desejam se tornar agentes de transformação no ambiente em que estão inseridas.

Com a evolução constante da economia mundial, exige-se cada vez mais que as organizações tenham a capacidade de desenvolver processos e metodologias que as permitam inovar. Para tanto, a produção e difusão do conhecimento passa a ser uma estratégia propulsora para a inovação dentro e fora das organizações. Em virtude da movimentação mundial em torno das organizações exponenciais, uma questão emergente é: o que fazer para se tornar uma organização que aprende e inova?

Comece pelas pessoas! Com o conhecimento como componente principal, é extremante importante que a condução disso seja feita com a mão na massa, com pessoas, para outras pessoas. Neste cenário, o cooperativismo é uma forma de potencializar a colaboração e a cooperação entre as pessoas e as organizações sendo uma oportunidade de ampliar o fluxo de compartilhamento de informação e geração de conhecimento novo, favorecendo à inovação.

As cooperativas promovem a educação e a formação dos seus membros, dos representantes eleitos e dos trabalhadores, de forma que estes possam contribuir, eficazmente, para o desenvolvimento das suas cooperativas. Informam o público em geral, particularmente os jovens e os líderes de opinião, sobre a natureza e as vantagens da cooperação.

Fomentar uma cultura de inovação nas cooperativas, além de desenvolver o ambiente cooperativista, provocar mudança de mindset em seus colaboradores, gerar inquietação sobre o futuro e movimentar a economia, expande a oportunidade de incentivo ao lifelong learning (aprendizagem ao longo da vida), o que permite que as pessoas constantemente estejam num processo de inovação e transformação, ultrapassando fronteiras e barreiras antes desconhecidas, e permitindo que o investimento em capital intelectual por meio de treinamento e capacitação de pessoas, crie o cenário ideal para a promoção de novas ideias e de soluções inovadoras.

Desta forma, perceber o ambiente em que se está inserido, e utilizar as informações como base para esta percepção e para o desenvolvimento de mais conhecimento, promove a criação de metodologias para inovação, utilizando qualquer ferramenta como parte do processo e não ela por si só.







Thiago Martins Diogo - especialista em Gestão Estratégia da Inovação e coordena o Programa de Inovação para o Cooperativismo desenvolvido pelo ISAE Escola de Negócios (www.isaebrasil.com.br).



Posts mais acessados