A
educação de qualidade, quarto objetivo do desenvolvimento sustentável da ONU, é
um canal importante para a disseminação e geração de conhecimento, bem como
fundamental para o desenvolvimento e crescimento econômico mundial. Por sua vez
a inovação, aliada à educação, eleva a competitividade entre as organizações e
cria novos mercados.
O
fluxo intenso de informação e a velocidade com que é compartilhada têm sido
ampliados em função das novas tecnologias desenvolvidas ao longo das últimas
décadas. A evolução constante dos canais e meios de propagação de conhecimento
têm favorecido o atingimento de um número maior de pessoas, principalmente
aquelas que desejam se tornar agentes de transformação no ambiente em que estão
inseridas.
Com
a evolução constante da economia mundial, exige-se cada vez mais que as
organizações tenham a capacidade de desenvolver processos e metodologias que as
permitam inovar. Para tanto, a produção e difusão do conhecimento passa a ser
uma estratégia propulsora para a inovação dentro e fora das organizações. Em
virtude da movimentação mundial em torno das organizações exponenciais, uma
questão emergente é: o que fazer para se tornar uma organização que aprende e
inova?
Comece
pelas pessoas! Com o conhecimento como componente principal, é extremante
importante que a condução disso seja feita com a mão na massa, com pessoas,
para outras pessoas. Neste cenário, o cooperativismo é uma forma de
potencializar a colaboração e a cooperação entre as pessoas e as organizações
sendo uma oportunidade de ampliar o fluxo de compartilhamento de informação e
geração de conhecimento novo, favorecendo à inovação.
As
cooperativas promovem a educação e a formação dos seus membros, dos
representantes eleitos e dos trabalhadores, de forma que estes possam
contribuir, eficazmente, para o desenvolvimento das suas cooperativas. Informam
o público em geral, particularmente os jovens e os líderes de opinião, sobre a
natureza e as vantagens da cooperação.
Fomentar
uma cultura de inovação nas cooperativas, além de desenvolver o ambiente
cooperativista, provocar mudança de mindset em seus colaboradores, gerar
inquietação sobre o futuro e movimentar a economia, expande a oportunidade de
incentivo ao lifelong learning (aprendizagem ao longo da vida), o que permite
que as pessoas constantemente estejam num processo de inovação e transformação,
ultrapassando fronteiras e barreiras antes desconhecidas, e permitindo que o
investimento em capital intelectual por meio de treinamento e capacitação de pessoas,
crie o cenário ideal para a promoção de novas ideias e de soluções inovadoras.
Desta
forma, perceber o ambiente em que se está inserido, e utilizar as informações
como base para esta percepção e para o desenvolvimento de mais conhecimento,
promove a criação de metodologias para inovação, utilizando qualquer ferramenta
como parte do processo e não ela por si só.
Thiago
Martins Diogo - especialista em Gestão Estratégia da Inovação e coordena o Programa de Inovação para o Cooperativismo
desenvolvido pelo ISAE Escola de Negócios (www.isaebrasil.com.br).
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