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segunda-feira, 3 de dezembro de 2018

O segredo dos unicórnios: Não deixar os desenvolvedores se transformarem em uma ameaça à empresa


Não é exagero dizer que o Brasil está virando um local propício ao empreendedorismo de inovação — por natureza, sempre tivemos muitas startups nacionais na área da tecnologia nascendo quase que diariamente, e esse fenômeno só tende a crescer. Grande parte disso é o incentivo criado pelas unicórnios brasileiras, ou seja, as empresas que surgiram aqui e conseguiram alcançar um valor de mercado igual ou superior a US$ 1 bilhão. Como exemplo, podemos citar a 99, a Nubank, o PagSeguro e (mais recentemente) a Stone.
É óbvio que empresas unicórnio possuem algumas características em comum que as auxiliaram a atingir esse patamar e uma delas é o fato de que todas possuem uma mentalidade corporativa similar: adotam metodologias de desenvolvimento ágeis (como o Scrum), empregam uma cultura de informação descentralizada, garantem uma presença contínua na comunidade para engajar seus fãs e trocam experiências e aprendizados — tanto internamente quanto externamente.
Por outro lado, é natural que uma corporação que valha US$ 1 bilhão atraia o olhar sagaz dos criminosos cibernéticos. É por isso que todas as unicórnios compartilham mais uma característica em comum: dão muita atenção à segurança da informação, realizando uma série de procedimentos para checar se não existem brechas em sua infraestrutura de proteção de dados e se tudo está em conformidade com os mais altos padrões do setor. Além de, claro, investir em uma equipe de peso para cuidar desse assunto.

Quando os devs são as vítimas
O setor de engenharia — ou seja, grupo de desenvolvedores que efetivamente escrevem os códigos de uma startup de tecnologia — costuma ser o principal alvo quando um cibercriminoso decide atacar uma startup. Afinal, empresas disruptivas possuem tecnologias próprias e o time de engenheiros sempre sabe quais serão os seus próximos passos. Esse tipo de informação é valiosíssima, visto que podem ser vazadas publicamente ou até mesmo comercializadas no mercado negro.
Obviamente, nenhum bom desenvolvedor seria descuidado o suficiente para infectar sua máquina com um malware tradicional — o perigo mora na engenharia social. Esses profissionais podem, por exemplo, se tornar vítimas de ataques presenciais (como extorsão de informações em eventos, meetups etc.), em meios eletrônicos (phishing, vishing, smishing) e por mídias removíveis (entrega de pendrives comprometidos em coworkings e outros locais públicos que eles frequentam).
Também é necessário treinar sua equipe para que eles fiquem atentos a exposições espontâneas de informações corporativas sensíveis, algo que acontece com mais frequência do que você pode imaginar. Tirar uma foto de sua estação de trabalho (sem garantir que seu monitor não esteja exibindo trechos de códigos-fonte, por exemplo) e postá-la nas redes sociais pode ser o suficiente para comprometer um projeto segredo e entregar o ouro para quem está de olho na possível nova unicórnio do mercado.

Desenvolvimento seguro na prática
As startups pecam ao não incorporar uma cultura centrada em segurança desde a sua fundação. Proteção de dados não é algo que deve ser encarado como um custo, mas sim como um diferencial estratégico e até mesmo competitivo. Se você deixar para se preocupar com esse assunto só quando seu produto deslanchar, provavelmente já será tarde demais para preencher as lacunas que foram geradas lá no começo da jornada, quando as primeiras paredes da empresa estavam sendo erguidas bloco por bloco.

O Desenvolvimento Seguro, Testes de Segurança em Aplicações Web, Segurança em Cloud, DevSecOps e outros assuntos que ocupam as salas de programação das principais empresas do país serão temas do code{4}sec, evento que acontece em São Paulo nesta quarta-feira, dia 5 de dezembro, reunindo os principais especialistas em AppSec do país.



Pagar dívida ou garantir a reserva de emergência?


Conseguiu juntar um pouco de dinheiro? Recebeu o 13° ou restituição do imposto de renda e não sabe o que fazer? Siga a rota da saúde financeira preperado pelo Juros Baixos, descubra quais são os passos para pagar suas dívidas e, depois, constituir uma reserva de emergência.


Crediário e cartão de crédito são os principais vilões da inadimplência no país, apontam CNDL/SPC Brasil


Plano de saúde, condomínio e aluguel estão entre as contas pagas com prioridade. Atrasos com serviços básicos, como água e luz, negativam 11% dos que possuem essas contas


O brasileiro vem assumindo cada vez mais compromissos financeiros e, diante do atual quadro econômico no país, passa a enfrentar dificuldades para pagar contas, como a fatura cartão de crédito e boletos no comércio. Um estudo realizado em todas as capitais pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) revela que os principais responsáveis pela negativação de CPFs no país são o crediário (65%) e o cartão de crédito (63%), lendo em conta seus usuários. O empréstimo pessoal em bancos ou financeiras aparece em terceiro lugar na lista dos grandes vilões da inadimplência, com 61%.

Entre os outros tipos de dívidas que levaram ao registro do nome em entidades de proteção ao crédito, destacam-se: crédito consignado (60%), cheque especial (57%), financiamento de automóvel (45%), mensalidades escolares (26%), conta de telefone (20%), boletos de TV por assinatura e internet (18%) e conta de água e luz (11%). Atrasos com aluguel e condomínio, respondem por 10% e 8%, respectivamente.

Na avaliação do educador financeiro do SPC Brasil, José Vignoli, o orçamento apertado e a falta de controle financeiro acabam refletindo em uma maior incidência de negativações. “O desemprego ainda em altos níveis e a renda achatada vêm dificultando o pagamento das contas. E o mais grave é o fato que as dívidas bancárias se posicionem entres os primeiros colocados porque os juros elevados por atraso contribuem para que os valores dessas dívidas cresçam até o ponto de o consumidor não conseguir honrar seus compromissos financeiros”, observa.

O levantamento também mapeou quais são as demais contas que os inadimplentes possuem atualmente sem pagar, mas que não necessariamente tenham levado à negativação. De acordo com os dados, os empréstimos que envolvem pessoas próximas com parentes e amigos (38%) são as contas que os entrevistados mais deixaram de pagar. Depois surgem as parcelas do cartão de crédito (20%), crediário (20%) e cheque especial (20%).

Inadimplente prioriza pagamento de plano de saúde e condomínio. Para especialista, ‘troca de dívida’ pode auxiliar ajuste na vida financeira

Quando falta dinheiro para honrar todos os compromissos, um dos maiores desafios para os inadimplentes é priorizar as contas que devem ser quitadas em primeiro lugar. Nesse sentido, a pesquisa mostra que os brasileiros inadimplentes vêm priorizando o plano de saúde (89%) entre as contas a serem quitadas em dia. Os boletos de condomínio aparecem logo atrás, com uma participação de 86%, e o aluguel vem na sequência, com 82%. Outras dívidas que os inadimplentes costumam pagar no prazo são: conta de água e luz (79%), TV por assinatura e internet (75%), conta de telefone fixo e celular (65%) e mensalidade escolar (58%).

Muitos inadimplentes acabam fazendo um tipo de rodízio para escolher qual conta pagar naquele mês, o que demonstra a situação extrema de alguns. Outros, tendem a priorizar o pagamento de contas básicas e de financiamentos, que implicam na tomada do bem ou no corte de fornecimento caso haja atrasos no pagamento. Para alguns casos, pode ser útil o que chamamos de ‘troca de dívida’, que é quando o consumidor substitui o valor das dívidas que cobram juros elevados, como cartão de crédito, por exemplo, por outra mais barata, como o empréstimo consignado. Mas essa deve ser uma opção bem avaliada, após análise ampla do valor das pendências e precisa vir sempre acompanhada de uma reflexão profunda sobre o motivo da inadimplência e quais atitudes levaram o consumidor a essa situação”, orienta Vignoli.


Metodologia

A pesquisa ouviu 609 consumidores com contas em atraso há mais de 90 dias. A amostra é representativa e contempla ambos os gêneros, pessoas acima de 18 anos, de todas as classes sociais e residentes nas 27 capitais do país. A margem de erro é de 3,97 pontos percentuais a uma margem de confiança de 95%. 





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