Pesquisar no Blog

quinta-feira, 8 de novembro de 2018

Ipsos aponta sete tendências de consumo e comportamento


Estudo qualitativo organiza fenômenos, identifica movimentos e ajuda a nortear planos estratégicos de empresas


Como as tendências de consumo e comportamento afetam a vida das pessoas e como os acontecimentos nacionais e internacionais na política, economia, sociedade e cultura transformam atitudes e decisões de compra? Para responder essas questões, a Ipsos lança a 8ª onda do Observatório de Tendências. O estudo qualitativo tem como objetivo identificar os movimentos, sentidos e valores sociais, e analisá-los a fim de nortear as empresas em todas as etapas do planejamento estratégico de suas marcas e produtos. 

“O nosso trabalho sempre foi mapear tendências que inspiram determinados padrões para auxiliar as empresas no desafio de compreender os fenômenos culturais, econômicos e sociais da sociedade e como estes afetam o comportamento de consumo. É um trabalho muito além de identificar ‘modinhas’ ou ‘febres’. Não buscamos o efêmero, mas o que tende a ser contínuo e que mora por trás do que vemos manifestado no dia a dia”, afirma Eduardo Trevisan, gerente de Inovação da Ipsos. 

O Observatório de Tendências da Ipsos é um exercício constante de atualização de conhecimento baseado em um estudo qualitativo que integra diferentes metodologias e técnicas, como pesquisa bibliográfica, entrevistas em profundidade, análise semiótica, etnografia, grupos de discussão, etc. A novidade dessa edição é a inclusão do social listening com o uso da ferramenta proprietária Ipsos Trend Radar. “Além do nosso olhar qualitativo no entendimento das movimentações de comportamentos, realizamos um acompanhamento nas redes sociais para compreender a evolução de termos ligados às tendências na rede. A leitura desses movimentos nos ajuda a entender o nível de assimilação que certas tendências têm na sociedade brasileira como um todo”, comenta Ana Malamud, diretora da área qualitativa da Ipsos. 

As sete tendências identificadas pela Ipsos são:


GO EMBODY. A absorção da tecnologia no corpo e na matéria.

Fundamentada na relação entre tecnologia e globalização, a tendência originalmente chamada de Go Global foi marcada em seu início pela ruptura das barreiras, trazendo sensação de euforia e expansão do mundo físico. Depois da euforia, adquire uma perspectiva mais crítica, questionando os efeitos dessa tecnologia na vida das pessoas. Na onda anterior, a Ipsos havia identificado um sentido de ponderação, com a busca por um equilíbrio, como forma de lidar com o aspecto inevitável e naturalizado das tecnologias. “Era o momento da ambiguidade entre expansão e fechamento. Hoje, a relação com o espaço se torna novamente marcada pela retração e pela demarcação dos limites”, comenta Clotilde Perez, coordenadora do Observatório de Tendências da Ipsos e proprietária da casa Semio. 

Quatro anos atrás, quando foi realizada a última onda do Observatório de Tendências da Ipsos, a tecnologia estava naturalizada, ou nas superfícies – nos wearables, por exemplo. “Agora, a tecnologia está incorporada e absorvida – na biotecnologia, na nanotecnologia. Está dentro do corpo e da matéria. E os números assumem uma centralidade inédita, com a possibilidade de transformar praticamente todas as áreas da vida. E tudo isso de alguma maneira evidencia a indiscutível instauração de uma nova forma de se relacionar com a tecnologia e com o espaço: o paradigma algorítmico”, conclui Clotilde.


ID QUEST. Entre a fratura das redes e os novos afetos.

A tendência ID Quest se sustenta na busca do indivíduo pela sua identidade e nas redes de proteção de que ele se valia para isso. Segundo os experts da Ipsos, nas primeiras ondas do Observatório de Tendências, o olhar para o passado garantia alguma segurança e trazia sentido. Nas ondas intermediárias isso se presentificava, se diversificava e se expandia para novas áreas: pets, colecionismo e novas possibilidades espirituais. Na última onda, o grande destaque era a midiatização da identidade, com o decadismo, as selfies e a avatarização – sem vínculos de compromisso com a verdade.

Na onda atual, o sentido principal é o do desalento, com as redes de proteção, fraturadas, já incapazes de dar acolhimento ou segurança. As pessoas não querem surpresas nem discordâncias, por isso, há uma busca maior por controle. Há uma valorização da relação com os pets. Os animais estão sob os comandos das pessoas, que determinam onde eles vão dormir, se vão passear ou não, etc. Os eletrônicos, como a assistente virtual Alexa, também são valorizados e, com eles, a relação é de quase total controle.

“Nenhum grupo identitário, definido por gênero, aparência ou classe social, se sente plenamente reconhecido, representado e respeitado. Isso provoca o deslizamento dos afetos: das pessoas para os animais, das instituições públicas para as marcas, do que é humano e afetivamente complexo para o que é físico e tecnologicamente seguro”, afirma a coordenadora do Observatório de Tendências da Ipsos.


KNOW YOUR RIGHTS. A normalização e a conscientização do consumo.

Know Your Rights é a tendência que se fundamenta no consumo e na sua relação com a existência humana e social e nas críticas decorrentes dessa centralidade. Na última edição do Observatório de Tendências, a questão humana ganhou relevância e o consumo passou a ser encarado como possível solução para a crise mundial.

“Só que hoje, por mais que abrace causas e dispute propósitos, esse consumo não dá conta das responsabilidades que ele próprio tinha abraçado, diante da real diminuição da circulação de dinheiro. Mas, longe de dar a causa como perdida, a situação atual vem favorecendo o surgimento de novas e promissoras possibilidades, a partir da busca por outras lógicas de produção e consumo – resgatando valores como responsabilidade, compartilhamento, sustentabilidade, inclusão e cidadania”, diz Clotilde.


KRONOS FEVER. Evasão do tempo presente.

A relação do homem com o tempo vem como um desejo de fuga do presente, do agora nesta edição do Observatório de Tendências. A fuga se materializa em maratonas de séries em serviços de streaming ou em maratonas de corrida. São horas dedicadas para fazer algo sem conexão com o agora. “Como escapar do presente é a grande questão que aparece. O caminho tem sido resgatar no passado as referências para entender o presente e rever os planos para o futuro. Mas do passado ressuscitam também antigos fantasmas que nos assombram”, afirma a coordenadora do estudo.

O Observatório de Tendências da Ipsos mostra que as pessoas se sentem amparadas pelo desenvolvimento tecnológico e percebem a constante aceleração em relação ao futuro, mas não tem nenhuma convicção de que nele encontrarão refúgio para as suas angústias. “Um passado mal resolvido e um futuro pouco promissor nos confinam a um presente angustiante, do qual só se pode querer escapar”, conclui.


LIVING WELL. Corpo são, mente insana.

A equipe da Ipsos explica que o fundamento da tendência Living Well está no bem-estar, um paradigma utópico que nos mobiliza incessantemente, sempre na intersecção entre o corpo, a mente e o plano espiritual. Ela afirma que nas primeiras ondas do Observatório de Tendências, a busca pelo bem-estar equilibrava-se na tricotomia “eu devo” – “eu quero” – “eu posso”. Nas últimas ondas, já no plano do “eu preciso”, observaram um grande sentido de instrumentalização, com múltiplos caminhos ao bem-estar, era o tempo do “eu sei como”.

“Hoje, a sensação é a de que todos os caminhos e possibilidades levam a um bem-estar do corpo concreto, da saúde física e da aparência estética – com graves prejuízos à sanidade da mente e ao equilíbrio espiritual. A midiatização da beleza e do bem-estar, a instrumentalização estética do corpo, o total descolamento entre o parecer bonito e o sentir-se bem, o crescimento do isolamento e do individualismo – tudo isso evidencia que o bem-estar pleno nunca esteve tão longe de ser alcançado. Estamos na ordem do bem-estar fragmentado, parcial, limitado. Estamos na ordem do ‘eu tentei’”, comenta a coordenadora do estudo.


MAXIMUM EXPOSURE. O sensível espetacularizado.

Ao longo das edições do Observatório, a Ipsos identificou na tendência Maximum Exposure que o marasmo do cotidiano sempre provocou nas pessoas a busca por mecanismos de ruptura, seja pela radicalização mais extrema, seja pela imersão mais sensorial. “Atualmente, o que se percebe é a completa fusão entre a dimensão imersiva e o aspecto radical da tendência. Ou seja, estamos imersos na ruptura, vivemos a cotidianização do radical e, ao mesmo tempo, a radicalização do cotidiano”, explica Clotilde.

“Não se trata mais de romper com a rotina. Agora, todos os instantes podem ser de alguma forma extremos e disruptivos. A agressividade está naturalizada, midiatizada, estetizada, ao ponto de não mais chocar nem agredir propriamente. A vigilância já faz parte do dia-a-dia – de modo que já não se pode mais viver sem a presunção de um registro, por mais invasivo que ele seja. A exposição da intimidade está banalizada. Tudo pode e deve ser divulgado, compartilhado, publicado.”


MY WAY. Criar e ser criado.

A tendência My Way explora a relação do homem contemporâneo com a indústria, tanto na sua busca por individualização, que aparece nos processos de customização, como na sua própria capacidade produtiva, por exemplo, no artesanato. Há uma valorização da criatividade e a criação do novo artesanal. Um exemplo são as cervejas artesanais, que na verdade são industrializadas, mas microindividualizadas. As impressoras 3D são um dos contribuidores para esse novo artesanal, que não é tão manual assim.

“Frente à massa uniformizada, a singularidade de cada indivíduo se constrói, se reforça e se autoaperfeiçoa na lógica inteligente dos algoritmos, que faz tudo parecer feito e pensado para cada um de nós. Ante um mercado hiper-homogeneizado, softwares, redes e máquinas permitem uma produção individual cada vez mais interessante e que tem impactado positivamente o mercado. Tudo isso com influência direta na qualidade da produção artesanal, na criação e na distribuição de conteúdos culturais, e na valorização da criatividade e do empreendedorismo”, afirma Clotilde.






Ipsos Brasil - New, Fresh & Digital https://youtu.be/AWD_nwkXrpM
Ipsos Brasil – Diferenciais https://youtu.be/gSWOO5KunKI
Ipsos Brasil – Curiosidade https://youtu.be/eEm9dve420s



Conheça a nova versão do Saúde Brasil


Plataforma de promoção da saúde traz conteúdos que estimulam a população a mudar seus hábitos em prol de uma vida mais saudável e com qualidade 


A nova versão do Saúde Brasil já está disponível para a população. Com o objetivo de ampliar a interação com o público e se consolidar como um canal exclusivo de informações em prol de uma vida mais saudável e com qualidade, a plataforma ganhou novo visual e funcionalidades neste mês de novembro.

A ferramenta na internet é parte de uma campanha do Ministério da Saúde que visa conscientizar a população brasileira de que a promoção da saúde é o melhor remédio para uma vida saudável. Todos os conteúdos e serviços estão baseados em quatro pilares: Eu quero me alimentar melhor; Eu quero me exercitar; Eu quero ter um peso saudável; Eu quero parar de fumar.

O site reúne conteúdos em diferentes formatos: textos, infográficos, vídeos, podcasts e novas funcionalidades incorporadas periodicamente. Ao trazer a voz de personagens e especialistas, busca estimular autonomia da população em geral para a realização de escolhas saudáveis, além de favorecer a adoção de boas práticas alimentares (e de vida).

A má alimentação, o sedentarismo, o consumo de cigarro e a obesidade levam ao adoecimento. Alguns exemplos das doenças adquiridas por esses maus hábitos são: a diabetes, a hipertensão, o infarto e o AVC, que sobrecarregam o sistema de saúde. No Brasil, as doenças crônicas não transmissíveis respondem por 68,3% do total de mortes.


Novos conteúdos e funcionalidades

Com um layout mais amigável, a página principal (home) ganhou uma área de busca personalizada, imagens em destaque e textos reduzidos. Além do acesso a textos, infográficos, vídeos e podcasts, o usuário também pode consultar uma seleção especial de receitas, calcular seu Índice de Massa Corporal (IMC) e fazer o Teste do cigarro.

Os conteúdos agora trazem botões de compartilhamento com as redes sociais Facebook, Twitter e Linkedin. Há também novas funcionalidades como infográficos e vídeos interativos, onde o usuário pode clicar em links relacionados para se aprofundar no tema.

Para mostrar como é possível mudar de vida com a adoção de hábitos simples, vídeos testemunhais narram histórias reais de superação. Personagens de todos os estados do país falam das transformações proporcionadas por hábitos simples, como se alimentar melhor, se exercitar e/ou parar de fumar.

Todo o conteúdo do saude.gov.br/saudebrasil é responsivo, portanto funciona tanto no desktop, celular ou computador de mesa. E a navegação é adaptada para os aparelhos móveis, garantindo a melhor experiência para o usuário.





Agência Saúde



Natal deve movimentar R$ 53,5 bi na economia, projetam CNDL/SPC Brasil


Este ano, mais de 110 milhões de brasileiros pretendem ir às compras e desembolsar, em média, R$ 116 por presente. Lojas de departamento, internet e shopping center são os principais locais de compra. Mais da metade dos consumidores pagarão à vista


Apesar da lenta recuperação da economia no país e do ambiente de incertezas, a maior parte dos brasileiros pretende manter a tradição e ir às compras neste Natal, movimento que promete aquecer as vendas do varejo em 2018. É o que revela pesquisa realizada em todas as capitais pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil). As projeções permanecem no mesmo patamar do último ano e indicam uma injeção de aproximadamente R$ 53,5 bilhões na economia.

Além disso, espera-se que mais de 110,1 milhões de consumidores presenteiem alguém no Natal de 2018. Em termos percentuais, 72% dos brasileiros planejam comprar presentes para terceiros no Natal deste ano, número que se mantém elevado principalmente nas classes A e B (83%). Apenas 9% disseram que não vão presentear — 26% porque não gostam ou não têm o costume, 23% por estarem desempregados e 17% por não ter dinheiro — enquanto 19% ainda não se decidiram.

Na avaliação do presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Junior, a injeção desse volume de recursos na economia reforça o porquê a data é a mais aguardada do ano para consumidores e comerciantes. “Embora o cenário econômico atual não esteja tão favorável, a expectativa positiva para o Natal dá indícios sobre a disposição dos brasileiros em consumir”, afirma Pellizzaro Junior.

Consumidor pretende comprar entre quatro e cinco presentes; ticket médio será de R$ 116 por item. Considerando os que realizaram compras no ano passado, 27% planejam gastar mais

Em média, os consumidores ouvidos na pesquisa devem comprar entre quatro e cinco presentes. O valor médio com cada item será de R$ 115,90, sendo maior entre os homens (R$ 136,51). O levantamento também revela que o número dos que pretendem desembolsar entre R$ 101 e R$ 200 com presentes cresceu na comparação com 2017, passando de 10% para 16%. Esse percentual chega a mais de um terço (33%) na faixa acima de 55 anos. Há, contudo, uma parcela considerável de consumidores (33%) que ainda não decidiu qual ao valor a ser desembolsado.

Outro dado que sugere uma disposição maior de consumo para o Natal é que quase um terço (27%) dos entrevistados que compraram presentes em 2017 irá gastar um valor superior este ano — alta de oito pontos percentuais na comparação com o último Natal. Outros 30% planejam gastar a mesma quantia e 22% menos. Considerando os que vão gastar mais no Natal de 2018, 29% afirmam que vão adquirir um presente melhor, enquanto 25% reclamam do aumento dos preços, principalmente as classes A e B (41%). Há ainda, 22% de pessoas que economizaram ao longo do ano para poder gastar mais com os presentes natalinos, em especial as mulheres (33%).

Entre os que irão diminuir os gastos, a principal razão deve-se à situação financeira ruim e ao orçamento apertado (34%). Outros 30% afirmaram que querem economizar, enquanto 14% possuem outras prioridades de compra, como a casa própria ou um automóvel e 12% estão desempregados.

85% dos consumidores vão pesquisar preços antes de comprar presentes; lojas de departamento e internet são principais locais de compra 

Os reflexos da crise continuam sendo sentidos no bolso do consumidor, que enfrenta orçamento mais apertado e renda que não acompanhou ajustes de preço dos produtos. Tanto que a maioria dos consumidores ouvidos (56%) disseram que os presentes de Natal estão mais caros em 2018 do que no ano passado. Para 28%, os produtos estão na mesma faixa de preço, enquanto apenas 6% disseram que os preços estão menores.

Pesquisar preço antes de comprar já se consolidou como hábito entre os brasileiros: 85% dos entrevistados adotarão essa prática pensando em economizar e a internet (67%) será a principal aliada. O tradicional comércio de rua e as lojas de shopping são dois outros destinos de quem pretende comparar preços, com 49% e 47% das menções, respectivamente. Quanto ao local escolhido para as compras de Natal, este ano as lojas de departamento dividem a preferência dos consumidores (42%) com as lojas online (40%) — 75% desses consumidores virtuais farão, pelo menos, metade de suas compras neste canal.

Os shopping centers aparecem em seguida, com 34% das citações, enquanto as lojas de rua foram mencionadas por 30%.  Os endereços online preferidos são os sites das grandes redes varejistas nacionais (75%), sites de classificados de compra e venda (27%) e lojas virtuais especializadas em ofertas e descontos (22%).

Para a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, a internet vem se consolidando como um importante canal de vendas no país “Cada vez mais, os consumidores usam a rede para compras, principalmente pela comodidade e praticidade, além da possibilidade de comparar preços e encontrar uma diversidade de produtos disponíveis”, comenta Marcela.

Roupas continuam sendo o item mais procurado para o Natal e os filhos mantêm lugar cativo como os mais presenteados

Por mais um ano, as roupas permanecem na primeira posição do ranking de produtos que os consumidores pretendem comprar para presentear no Natal (55%). Calçados (32%), perfumes e cosméticos (31%), brinquedos (30%) e acessórios, como bolsas, cintos e bijuterias (19%), completam a lista de produtos mais procurados para a data.

Quando o assunto se refere a quem deve receber os presentes neste Natal, os filhos continuam em primeiro lugar (57%). Em seguida, os entrevistados mencionaram maridos ou esposas (48%), mães (46%), irmãos (24%), sobrinhos (21%), pais (20%) e namorados (17%). Os filhos também receberão os presentes mais caros (25%).

Na hora de escolher os presentes, o fator que os consumidores mais levam em conta é a qualidade do item adquirido (21%). A pesquisa aponta que dois aspectos chamam a atenção este ano e ganharam importância frente a 2017, tanto as promoções ou descontos oferecidos pelas lojas (20%, contra 13% no último ano) quanto o preço dos presentes (17%, contra 9% no ano passado). Além desses, os entrevistados destacaram ainda o perfil do presenteado (17%) e o desejo do presenteado (13%) como pontos a serem considerados na decisão.

57% vão pagar presentes à vista; para quem parcela, dívidas vão durar, em média, quatro meses


De acordo com o levantamento, a maioria dos entrevistados (57%) vai optar por uma modalidade de pagamento à vista — percentual que sobe para 61% nas classes C, D e E. Os que vão utilizar alguma modalidade de crédito somam 40% dos compradores, dos quais 26% vão recorrer ao cartão de crédito parcelado, 10% preferem pagar no cartão em parcela única e apenas 2% devem usar o cartão de lojas.

Na média, as compras parceladas serão divididas entre quatro e cinco vezes, o que significa para o consumidor comprometer parte de sua renda com prestações de Natal até a Páscoa do próximo ano. Para 54% das pessoas ouvidas pela pesquisa que irão dividir o pagamento de suas compras, a escolha pelo parcelamento deve-se à falta de condições em comprar todos os presentes de uma única vez, enquanto 29% preferem parcelar para garantir sobras de dinheiro no orçamento e 25% esperam poder comprar presentes melhores.

“O ideal é que se o consumidor estiver inadimplente não contraia novas dívidas com o Natal, já que o início do próximo trará despesas altas com impostos, férias e matrícula escolar. Recomenda-se que a pessoa faça as contas e se a opção for o pagamento parcelado, é preciso estar atento para que a prestação não comprometa o pagamento das contas que virão no próximo ano”, orienta a economista-chefe do SPC Brasil.





Metodologia

Inicialmente foram ouvidas 761 pessoas nas 27 capitais para identificar o percentual de quem pretendia ir às compras no Natal e, depois, a partir de 607 entrevistas, investigou-se em detalhes o comportamento de consumo no Natal. A margem de erro é de 3,5 e 4,0 p.p, respectivamente, para um intervalo de confiança de 95%.  







Posts mais acessados