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quinta-feira, 8 de novembro de 2018

12 de novembro - Dia Mundial contra a Pneumonia: como prevenir a doença


Dia 12 de novembro é o Dia Mundial contra a Pneumonia. A doença é uma infecção respiratória grave, caracterizada por tosse, febre e secreção. Ela é uma das principais causas de hospitalização no Brasil e no mundo, sendo que cerca de 1,2 milhão de crianças morrem anualmente em decorrência desta enfermidade.1 A forma mais eficiente de prevenção contra a doença é a vacinação.2

Atualmente, a cobertura vacinal para a prevenção da pneumonia, causada pela bactéria Streptococcus pneumoniae ou pneumococo,  está abaixo do recomendado no país, apesar da vacina ser gratuita nos postos de saúde para crianças menores de cinco anos.3,4,5,6,7 Dados do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (Datasus), atualizado em agosto de 2018, apontam que a cobertura vacinal do esquema primário chegou a 86% em 2017 e da vacinação de reforço, a apenas 74%.3,4 Comparando com 2016, houve uma queda de 10 pontos percentuais no país, quando a cobertura era de 95% para a primeira dose e 84,10% para o reforço.3,4

Em 2016, a pneumonia foi a maior causa de mortalidade infantil por doenças infecciosas no mundo. Essa informação foi observada ao analisar crianças menores de 5 anos.10



Causas e transmissão

A pneumonia é causada por diversos agentes infecciosos, incluindo vírus, bactérias e fungos, e pode ser transmitida de algumas maneiras.2 Os vírus e bactérias que são encontrados no nariz ou na garganta de uma criança podem infectar os pulmões se forem inalados. Além disso, os vírus e as bactérias também podem se espalhar através de uma tosse ou espirro, e até mesmo pelo sangue, especialmente durante e logo após o nascimento.2



Sintomas

Os principais sintomas de uma pneumonia aguda são tosse constante, febre, gemidos por causa de problemas respiratórios, dificuldade para se alimentar, apatia, prostração, e aumento da frequência respiratória. As crianças que manifestarem esses sinais devem ser levadas para atendimento médico imediato para tratamento adequado.8



Doença Pneumocócica

A bactéria Streptococcus pneumoniae (pneumococo) é a principal causa de pneumonia e de doença invasiva em crianças com menos de cinco anos, por doenças preveníveis através da vacinação.11

O pneumococo causa doenças que atingem o sistema respiratório, a corrente sanguínea e o cérebro. São classificadas em dois tipos: Doença Pneumocócica Invasiva (DPI) – meningite, sepse e alguns tipos de pneumonia, – e Doenças Não Invasivas, consideradas de menor gravidade, que incluem outros tipos de pneumonia e otite média.9



Prevenção

A forma mais eficiente de prevenir a doença pneumocócica e, consequentemente, prevenir a principal causa de pneumonia em crianças, é a vacinação.2,9 O Calendário de Vacinação do Programa Nacional de Imunizações (PNI) recomenda a administração de duas doses da vacina pneumocócica 10-valente (conjugada) idealmente aos 2 meses e aos 4 meses de idade e vacinação de reforço aos 12 meses.6

A vacina pneumocócica 10-valente (conjugada) está disponível gratuitamente nos postos de saúde para crianças menores de cinco anos.6,7

Além da vacinação, outras formas de prevenção da doença em crianças são: lavar as mãos regularmente, garantir uma nutrição saudável, não compartilhar mamadeiras, copos e utensílios de cozinha, e beber água potável.12,13


Consulte o seu médico.





GSK





Referências:

1 - HOSPITAL SÍRIO-LIBANÊS. Pneumonia: mitos e verdades. In: Sua Saúde, 2017. Disponível em: <https://www.hospitalsiriolibanes.org.br/sua-saude/Paginas/pmeumonia-mitos-verdades.aspx>. Acesso em: 18 out. 2018.

2 - WORLD HEALTH ORGANIZATION. Pneumonia. 2016. Disponível em: <http://www.who.int/news-room/fact-sheets/detail/pneumonia>. Acesso em: 18 out. 2018.

3 - Pesquisa realizada na base de dados DATASUS, utilizando os limites “REGIÃO/UNIDADE DA FEDERAÇÃO” para Linha, “ANO” para Coluna, “COBERTURAS VACINAIS” para Conteúdo, “2010 a 2017” para Períodos Disponíveis, “PNEUMOCÓCICA” para Etiologia e “TODAS AS CATEGORIAS” para os demais itens. Disponível em: <http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/deftohtm.exe?pni/cnv/cpniuf.def>. Acesso em 18 out. 2018.

4 - Pesquisa realizada na base de dados DATASUS, utilizando os limites “REGIÃO/UNIDADE DA FEDERAÇÃO” para Linha, “ANO” para Coluna, “COBERTURAS VACINAIS” para Conteúdo, “2010 a 2017” para Períodos Disponíveis, “PNEUMOCÓCICA (1º REF)” para Etiologia e “TODAS AS CATEGORIAS” para os demais itens. Disponível em: <http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/deftohtm.exe?pni/cnv/cpniuf.def>. Acesso em 18 out. 2018.

5 - MORAES, JC. et al. Qual é a cobertura vacinal real? Epidemiologia e Serviços de Saúde, 12(3): 147-53, 2003.

6 - BRASIL. Ministério da Saúde. Vacinação: calendário nacional de vacinação. Disponível em: <http://portalms.saude.gov.br/acoes-e-programas/vacinacao/calendario-vacinacao>. Acesso em: 18 out. 2018.

7 - SOCIEDADE BRASILEIRA DE IMUNIZAÇÕES. Calendário de vacinação da criança: recomendações da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) – 2018/2019 [atualizado até 26/08/2018]. Disponível em: <https://sbim.org.br/images/calendarios/calend-sbim-crianca.pdf>. Acesso em: 18 out. 2018.

8 - SOCIEDADE DE PEDIATRIA DE SÃO PAULO. Pneumonia aguda na criança. 2007. Disponível em: <http://www.spsp.org.br/2008/01/28/pneumonia_aguda_na_crianca/>. Acesso em: 18 out. 2018.

9 - FIOCRUZ. Doenças pneumocócicas: informações técnicas. Disponível em:< https://agencia.fiocruz.br/doen%C3%A7as-pneumoc%C3%B3cicas-informa%C3%A7%C3%B5es-t%C3%A9cnicas>. Acesso em: 18 out. 2018.

10 - WORLD HEALTH ORGANIZATION. Levels & Trends In Child Mortality Report 2017. Disponível em: https://www.unicef.org/publications/files/Child_Mortality_Report_2017.pdf. Acesso em: 18 out. 2018.

11 - ANDRADE, A.L. et al. Bacteriology of Community-acquired Invasive Disease Found in a Multicountry Prospective, Population-based, Epidemiological Surveillance for Pneumococcus in Children in Latin America. The Pediatric Infectious Disease Journal. 31(12):1312–1314, 2012.

12 - NHS. Pneumococcal Infections – Prevention. Disponível em: <https://www.nhs.uk/conditions/pneumococcal-infections/prevention/>. Acesso em 18 out. 2018.

13 - UNITED NATIONS CHILDREN’S FUND. Pneumonia – The Deadliest Childhood Disease. Disponível em: < https://data.unicef.org/wp-content/uploads/2015/12/World-Pneumonia-Day-Infographic_242.pdf>. Acesso em 18 out. 2018.

Diabéticos desconhecem riscos para a visão


Pesquisa em 41 países, incluindo o Brasil, mostra que quase um terço dos diabéticos desconhecem as doenças que podem surgir nos olhos.


No dia mundial do diabetes, 14 de novembro, a celebração tem como tema a conscientização da família na gestão da doença.  Isso porque, dados da OMS (Organização mundial da Saúde) mostram que o diabetes não para de crescer no mundo todo e o envolvimento familiar ajuda os portadores a controlar os principais fatores de risco da doença: sedentarismo consumo de bebidas alcoólicas, cigarros e alimentos calóricos. O atlas da OMS aponta que a prevalência global do diabetes é de 8,8%, totalizando 425 milhões de casos e prevê que em 2040 atinja 1 em cada 10 pessoas no mundo.  No Brasil 8,1% da população tem debates ou 16,8 milhões de brasileiros. Entre mulheres a incidência é de 8,8% contra 7,4% dos homens. 


Chance de perder a visão aumenta até 25 vezes

De acordo com o oftalmologista Leôncio Queiroz Neto do Instituto Penido Burnier a mulher tem maior tendência para se tornar diabética porque na maternidade pode ganhar peso, e 16% contraem diabetes gestacional, que embora desapareça após o parto, pode se tornar um mal permanente. “O problema é que o diabetes é uma doença progressiva e aumenta em até 25 vezes o risco de perder a visão” alerta. Isso porque, explica,  afeta toda a circulação, inclusive dos delicados vasos sanguíneos do fundo do olho sem dar qualquer sinal de alerta no início. Por isso, toda pessoa que tem diabetes deve fazer exames oftalmológicos periódicos. Caso enxergue manchas escuras deve consultar um oftalmologista imediatamente. 


Falta informação 

Uma evidência do maior risco de cegueira entra diabéticos foi comprovado por uma recente pesquisa desenvolvida em 41 países, incluindo o Brasil, pelo IDF (International Diabetes Federation),  IAPB (agência de controle da cegueira ligada à OMS)  e IFA ( International Federation on Ageing). A pesquisa mostra que metade dos diabéticos só são diagnosticados anos depois de conviver com a doença e quanto mais tardio o diagnóstico, maior a chance de perder a visão.  Pior: quase um terço, 31%, nunca receberam informação sobre retinopatia e edema macular- decorrentes do diabetes, importantes causas de perda definitiva da visão entre pessoas de 20 a 60 ano. O oftalmologista destaca que no Brasil o primeiro diagnóstico de diabetes muitas vezes acontece durante um exame de fundo de olho porque o brasileiro, não tem hábito de fazer check-up. A visão, ressalta,  responde por 85% de nossa integração com o meio ambiente. Por isso, determina a independência conforme envelhecemos.


Catarata e alterações sistêmicas

Além das alterações na retina, o diabetes dobra o risco de contrair catarata segundo um estudo realizado no Reino Unido com mais de 50 mil pessoas. Queiroz Neto explica que isso acontece porque os depósitos de glicemia nas paredes do olho somados às constantes oscilações dos níveis glicêmicos aumentam a formação de radicais livres e aceleram o processo de envelhecimento do cristalino, lente interna do olho. O especialista afirma o adiamento da cirurgia é contraindicado porque torna o procedimento mais perigoso e porque a catarata avançada impede o bom acompanhamento de alterações na retina causadas pelo diabetes e por isso pode levar à perda irreparável da visão.

A hiperglicemia, observa,  também pode causar complicações cardiovasculares,  insuficiência renal, amputação e danos nos nervos decorrentes da má circulação.


44% falham na dieta 

Queiroz Neto explica que 10% dos casos de diabetes são do tipo 1 causada, ou seja, causada  por uma alteração no sistema imunológico que dificulta a produção de insulina pelo pâncreas. A falta de insulina, hormônio que transforma a glicose dos alimentos em energia, cria depósitos de glicemia no sangue. explica. O tratamento para reequilibrar o organismo é feito com reposição de insulina.

“Nos outros 90%, o diabetes é do tipo 2 e resulta de uma resistência das células à insulina relacionada à hereditariedade, sedentarismo, obesidade e estresse”, salienta. O tratamento é feito com medicamentos que estimulam a produção de insulina, mas a manutenção de uma dieta equilibrada é fundamental. O problema é que o 44% dos participantes da pesquisa afirmaram que   têm dificuldade para manter a dieta correta. 


Tratamento mais acessível 

A pesquisa mostra que os tratamentos para retinopatia diabética e edema macular combinam mais de uma terapia ao redor do mundo e o laser ainda é o mais utilizado.  Quase um terço dos participantes, 29%, afirmaram ter dificuldade para pagar os exames. A boa notícia é que no Brasil os planos de saúde passaram a cobrir dois procedimentos a partir deste ano por determinação da ANS (Agência Nacional de d Saúde). O oftalmologista destaca que agora a OCT (Tomografia de Coerência Óptica) exame de imagem utilizado no diagnóstico e a terapia anti-VEGF têm cobertura dos planos de saúde. Por isso, mais brasileiros já podem preservar a visão das doenças na retina. 


Você já ouviu falar sobre ceratocone?


·         Doença faz com que a córnea fique afinada e encurvada, podendo levar ao desenvolvimento de altos graus de astigmatismo e miopia

·         Especialista do H.Olhos – Hospital de Olhos explica como identificar e tratar o problema


Doença congênita que afeta os olhos, o ceratocone acomete de 0,5% a 3% da população. O problema se caracteriza pelo afinamento e encurvamento progressivos da córnea, que fica com um formato parecido com um cone, o que compromete e pode levar à baixa da visão. Para chamar a atenção e disseminar informações sobre a doença, em 10 de novembro, é celebrado o Dia Mundial do Ceratocone.

“O desenvolvimento do ceratocone acontece entre os 10 e 20 anos e tende a progredir até os 30 e 40 anos. Apesar da incidência mais comum ser de forma espontânea, entre 5% e 27% dos casos têm histórico da doença na família”, aponta a Dra. Myrna Serapião, especialista em ceratocone do H.Olhos – Hospital de Olhos.  


Como identificar?

Em sua fase inicial, a doença tem como característica o surgimento de miopia ou astigmatismo. Em seguida, o paciente começa a se queixar de mudanças frequentes na prescrição dos óculos, visão embaçada, com halos de luz ou distorcida, e alta sensibilidade à luminosidade.

“A baixa visão, aumento progressivo de astigmatismo, acompanhado por dores de cabeça e fotofobia, e a dificuldade de enxergar mesmo com os óculos são sintomas comuns do ceratocone. A partir de um exame clínico, é possível confirmar a doença. Com o avanço da tecnologia na medicina, o diagnóstico tornou-se mais eficaz, pois existem aparelhos específicos capazes de medir com extrema precisão a espessura e a curvatura da córnea, detectando o ceratocone mesmo em estágios iniciais”, explica a médica.

É importante destacar também que os pacientes que sofrem com ceratocone tendem a ter alergia ocular associada, e, consequentemente, coçam os olhos. O ato de coçá-los com frequência está diretamente ligado ao afinamento da córnea e leva ao agravamento da doença.


Tratamento

O transplante de córnea é o único tratamento definitivo do problema. No entanto, existem outros métodos que, quando indicados adequadamente pelo oftalmologista, podem melhorar a visão e proporcionar uma melhor qualidade de vida aos pacientes.

Existem quatro fases da doença. Na inicial, a visão pode ser corrigida com o uso de óculos. No estágio moderado, recomenda-se o uso de lentes de contato específicas para ceratocone ou o implante de anel intracorneano, quando a visão com lentes de contato não é satisfatória ou quando há intolerância às lentes. Mais uma opção é um procedimento conhecido como crosslinking. Neste processo, após a aplicação de colírio anestésico e preparos iniciais da córnea, é introduzido o colírio de vitamina B2 que, associado à luz UVA emitida por uma fonte, aumenta a ligação das fibras de colágeno da córnea, o que a enrijece, evitando a progressão da doença.

Nas etapas mais avançadas, o tratamento baseia-se no transplante de córnea. “O ceratocone é a principal causa de transplante de córnea em regiões mais desenvolvidas. A rejeição é rara nestes casos e, quando ocorre, é percebida rapidamente. O tratamento clínico é suficiente para que não seja necessário um novo transplante. Este é um dos motivos pelos quais a doação de órgãos é tão importante e deve ser estimulada”, argumenta a Dra. Myrna Serapião.


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