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quinta-feira, 8 de novembro de 2018

Você sabe como um analgésico funciona no organismo?


 Entenda o que acontece quando você utiliza Advil para combater dores na cabeça, nas costas, musculares e cólicas menstruais


A dor pode ser um aviso do nosso corpo de que alguma coisa não está funcionando bem, ou uma reação quando temos uma lesão.  Embora a dor possa nos proteger, forçando-nos a descansar ou parar de fazer algo, a experiência de sentir dor é desconfortável e pode ter um efeito negativo na qualidade de vida. A dor pode aumentar o estresse, interromper o sono e causar ansiedade, por isso os objetivos do tratamento são a redução da dor e melhora da função da área afetada. Dessa forma, é preciso ser criterioso para escolher a melhor solução para acabar rapidamente com a dor, seja ela de cabeça, nas costas, muscular ou cólica menstrual.

Quando uma região está dolorida, um alerta percorre o sistema nervoso até chegar ao cérebro, que responde com a sensação de dor. Assim, sabemos que algo errado aconteceu. É importante, porém, perceber a intensidade do incômodo (leve, moderado ou intenso) e ficar atento ao tempo de duração, que determina se a dor é aguda ou crônica. A dor aguda começa de repente e geralmente não dura muito tempo. 

“Se a dor for intensa ou persistir por mais tempo, é importante procurar um médico para pesquisar as causas. Já as dores agudas podem ser tratadas com analgésico que aja rapidamente no foco da dor, com bom perfil de segurança e que seja suave para o estômago[1],[2],[3]”, explica o gerente médico da Pfizer Consumer Healthcare, Andres Zapata


Em ação

Entenda o que acontece quando você utiliza Advil para combater dores na cabeça, nas costas, musculares e cólicas menstruais.

- Passo 1: ao chegar ao estômago, a cápsula líquida se desintegra, liberando o princípio ativo do medicamento (ibuprofeno). O analgésico é absorvido rapidamente a partir de 10 minutos. 

Já outros analgésicos, em formato de comprimidos convencionais, precisam de mais tempo para ser dissolvidos, com o início da ação analgésica um pouco mais demorado.

Passo 2: o princípio ativo é, então,  direcionado para os lugares onde a dor está sendo gerada, dessa forma, atua exatamente no local do incômodo.

Passo 3: a ação do ibuprofeno, princípio ativo de Advil, bloqueia o envio de “alertas” ao cérebro e a resposta com a sensação de dor. Assim, o incômodo é cessado por um período prolongado, de até 8 horas, transformando a dor em uma memória distante. 

Analgésicos são uma solução importante para aliviar rapidamente a dor. “É normal que um consumidor procure um analgésico rápido, eficaz, que age diretamente no local da dor, duradouro e seguro sendo suave com o estômago. Além disso, é essencial ler sempre a bula e respeitar as doses máximas diárias e o tempo do tratamento”, finaliza Zapata.






Pfizer



[1] Nicholas Moore & James M Scheiman (2018): Gastrointestinal safety and tolerability of oral non-aspirin over-the-counter analgesics, Postgraduate Medicine, DOI: 10.1080/00325481.2018.1429793

[2] Doyle G, Furey S, Berlin R, Cooper S, Jayawardena S, Ashraf E, Baird L. Gastrointestinal safety and tolerance of ibuprofen at maximum over-the-counter dose. Aliment Pharmacol Ther. 1999 Jul;13(7):897-906.

[3] Kellstein DE, Waksman JA, Furey SA, Binstok G, Cooper SA. The safety profile of nonprescription ibuprofen in multiple-dose use: a meta-analysis. J Clin Pharmacol. 1999 May;39(5):520-32.

quarta-feira, 7 de novembro de 2018

Doenças causadas por falta de saneamento afetam 33% dos municípios do Mato Grosso do Sul




Apesar de 45,2% dos domicílios do Mato Grosso do Sul terem atendimento de coleta de esgoto, o estado ainda registra um alto índice de doenças relacionadas à falta de saneamento. Segundo levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI) em dados do IBGE, em 26 das 79 cidades sul-mato-grossenses houve registros de doenças associadas à falta de saneamento básico. Isso representa 33% dos municípios do estado.


De acordo com a especialista em infraestrutura da CNI, Ilana Ferreira, no Brasil, o setor com maior déficit de atendimento e com maiores desafios de expansão é justamente o de saneamento básico. Na avaliação dela, os impactos na saúde da população são inestimáveis.

“De acordo com os últimos dados que nós temos, por exemplo, em 2016, mais de 3 mil crianças com menos de 5 anos faleceram no Brasil em razão de diarreia, que é uma doença associada a baixo acesso à água tratada”, destaca Ilana.

Para melhorar a situação no Mato Grosso do Sul, o setor privado pretende investir, nos próximos anos, R$ 255 milhões em saneamento no estado. Atualmente, a capital Campo Grande ocupa a 26ª posição no ranking nacional do setor, segundo o Instituto Trata Brasil.

Nesse sentido, estudiosos do tema acreditam que a aprovação da Medida Provisória 844/2018, que tramita no Congresso Nacional, vá melhorar a situação de localidades que ainda sofrem com a baixa qualidade dos serviços de saneamento básico.

A MP atualiza o marco legal do saneamento básico e atribui à Agência Nacional de Águas (ANA) a competência para editar normas de referência nacionais sobre o serviço de saneamento.

“É importante que o setor seja capaz de mobilizar maiores investimentos e com isso, seguir nesse rumo de universalização dos serviços. E a Medida Provisória, uma vez que ela contribui, traz sinais adequados para que se aumente o investimento, nesse sentido ela é positiva”, avalia Pedro Scazufca, economista e consultor do Instituto Trata Brasil.

O diretor de relações institucionais da Associação Brasileiras das Operadoras Privadas de Saneamento, ABCON, Percy Soares Neto, também é a favor da medida. Segundo ele “quando se criam condições para que essas operações possam ser executadas por companhias privadas, se retira a obrigação dos estados de fazer alguns investimentos e o estado fica na condição de regulador”, explica.


Proposta

A Medida Provisória 844/2018 prevê que a Agência Nacional de Águas (ANA) tenha competência para elaborar normas nacionais para os serviços públicos voltados à área de saneamento básico.

O projeto prevê, ainda, a necessidade de abertura de licitação para obras de água e esgoto. Até a edição da MP, era permitido às prefeituras realizarem esses trabalhos com empresa pública sem licitação.

Pelos termos da MP, a ANA também fica responsável pela atuação nas áreas de abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza urbana, manejo de resíduos sólidos e drenagem urbana.

Como se trata de uma Medida Provisória, as normas previstas no texto já estão em vigor desde a publicação no Diário Oficial da União, em julho deste ano. No entanto, para se tornar definitivamente lei, a matéria precisa ser aprovada pelo Congresso até o dia 19 de novembro.

No início do mês, a MP havia sido aprovada por uma comissão mista do Congresso Nacional. O texto agora aguarda votação do Plenário da Câmara. Caso seja aprovada pelos deputados, vai para votação no Senado Federal. Nas duas Casas, o quórum para aprovação de uma MP é maioria simples (metade mais um dos parlamentares presentes no Plenário).







Marquezan Araújo
Fonte: Agência do Rádio Mais 


O bilinguismo no século XXI


Dominar uma segunda língua - no caso o inglês, atualmente utilizado entre falantes de outros idiomas para se comunicarem no mundo - traz amplos benefícios, especialmente ligados ao cérebro e a habilidades essenciais do século XXI: pensamento crítico, competências comunicativas, colaborativas, criativas e diversidade cognitiva. Saímos do modelo do canto em uníssono (uniformidade) e entramos para a prática do canto em harmonia (diversidade).

Transitar por duas línguas, além de dispensar intérpretes, tem efeito profundo no modo como pensamos e agimos. O aprimoramento cognitivo é apenas o primeiro passo. Memórias, valores e até a personalidade podem se modificar dependendo da língua que usamos, como se o cérebro bilíngue abrigasse duas mentes autônomas. Apesar de tamanha importância, isso foi ignorado por muito tempo e só recentemente recebeu a relevância merecida. Muitos pesquisadores expõem as vantagens de um bilíngue em comparação a um monolíngue, como o adiamento de futuras demências, maior compreensão de culturas diversas e a oportunidade de expor ideias de outras formas. A experiência intelectual da pessoa com dois sistemas linguísticos amplia sua flexibilidade mental e produz um leque superior na formação e expressão de conceitos, pois o cérebro bilíngue está sempre ativo nas duas línguas e o exercício de eleger uma e não a outra fortalece a mente.

Aprender uma língua adicional, contudo, exige concentração e dedicação para quem não teve a oportunidade de vivenciá-la naturalmente, como nos casos de bilinguismo precoce, em que a família herda essa outra língua e a utiliza cotidianamente ou desde muito cedo. No bilinguismo tardio, quando o contato com essa segunda língua acontece depois de a primeira estar estabelecida, há um caminho mais árduo a ser trilhado, pois é aí que teremos de estudar essa língua e não apenas adquiri-la natural e espontaneamente. E não é fácil ter de recodificar novamente tudo o que já sabemos na língua 1, pois temos de erguer um novo edifício em que suas estruturas são a nova gramática, suas janelas o novo vocabulário e seus acessos a pronúncia diversa de sons que muitas vezes desconhecemos. Quando uma criança inicia essa construção precoce, o prédio 1 (língua materna) e o prédio 2 (língua adicional) são parte de um mesmo condomínio e esse processo é mais harmônico, natural. Por isso a educação bilíngue, a que acontece em colégios, funciona muito bem quando iniciada desde os anos iniciais e de forma correta.

Mas atenção! Bilinguismo não significa um par de aulas semanais a mais de inglês no currículo. Além de encontros adicionais de inglês, há que se ofertar outras atividades e disciplinas em inglês, com profissionais fluentes e capacitados para promover e ampliar esse aprendizado. Como consequência natural, o estudante começa a apresentar um nível maior de concentração como forma de se adaptar rapidamente a contextos desconhecidos e passa, então, a avaliar e tomar decisões mais assertivas, como o que vai falar em seguida, como reagir, interpretar e assim por diante. O cérebro processará esses estímulos com mais agilidade, escolhendo o sistema linguístico mais adequado às suas necessidades naquele momento. E é aí que entra em ação o lobo frontal, que é o centro das funções executivas do cérebro, habilidades que nos ajudam a focar concomitantemente em múltiplos fluxos de informação, monitorar erros, tomar decisões com base nas informações disponíveis, rever planos e resistir à tentação de deixar a frustração nos conduzir a ações precipitadas.

Outra vantagem competitiva, e talvez a mais óbvia, de ser bilíngue, atualmente, são as oportunidades que temos ao dominar um outro idioma. Afinal, em mercados de trabalho cada vez mais concorridos, é imprescindível ter um excelente domínio dessa língua adicional para se destacar da concorrência. E a avaliação dessa habilidade pode ser feita por meio de certificados de proficiência, análise de histórico escolar com mais horas de aulas de/em inglês ou por testes e entrevistas práticas para atestar se o domínio de fato existe.

Outro aspecto que se desenvolve especialmente em alunos bilíngues é a habilidade de compreensão. Cada língua tem suas expressões, formas de construção gramatical e até mesmo linhas de raciocínio diferentes. Por isso, os discursos oral e escrito acabam sendo elaborados de outra forma, com características distintas: em inglês, as ideias costumam ser mais objetivas e concisas, fazendo com que, pela síntese, possamos expressar mais sucintamente o que queremos. Perceber as particularidades de cada língua, para compreender com exatidão a mensagem que se quer passar, as intenções subliminares, características intrínsecas e linha de raciocínio, faz parte desse lindo processo.

Ser bilíngue significa também expandir as formas de se conectar com o mundo porque nos comunicamos para interagir com outras pessoas nessa era totalmente interconectada, com mais oportunidades de viagem, trabalho e estudo. E para garantir essa comunicação efetiva, aspectos culturais também devem ser levados em consideração, já que a língua reflete particularidades sociais de seus falantes. Nesses contextos, o falante bilíngue se relacionará melhor com as pessoas de culturas diversas compreendendo o que está inerte à sua fala e intenção, tornando a comunicação mais ampla e próxima. Uma coisa é certa: dominar uma outra língua em conjunto com habilidades essenciais para agir no século XXI é a chave para o que o futuro nos apresenta, ampliando as escolhas pessoais e profissionais.






Luiz Fernando Schibelbain - diretor da Positivo English Solution School (PES) e gestor de Idiomas PES / Sistema Positivo de Ensino. Palestrante convidado do evento "Um Dia Positivo!", que acontece dia 16/07, em Porto Alegre.


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