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quinta-feira, 17 de maio de 2018

O Pedagogo e a importância de sua atuação em vários âmbitos


No dia 20 de maio comemoramos o Dia do Pedagogo, um grande profissional que é responsável por toda a organização do processo educativo, seja no âmbito da escola como em outros locais nos quais a educação está presente.

E não é que temos muitos motivos para comemorar? Cada vez mais nos deparamos com um amplo mercado de trabalho para esse profissional, que, por meio da docência, é capaz de mudar vidas e transformar realidades. 
Educação... Um universo de tanta responsabilidade que é capaz de exercer a formação das pessoas combinando ensino e troca de conhecimento. Não é a toa que é considerada a maior riqueza de um país. Como não se apaixonar por essa área, não é mesmo?

Mas qual o passo a passo para implementar um  programa educativo dentro de uma instituição de ensino? Com pesquisas detalhadas, o profissional analisa as necessidades e oportunidades e aplica os resultados no ambiente escolar. Seu trabalho permite a organização dos processos pedagógicos, considerando todas as atividades que envolvem o processo de aprendizagem, de forma sistematizada.
Tanta dedicação confirma a complexidade do processo de formação, bem como a necessidade de dedicação de professores e estudantes, já que a formação do pedagogo prevê ainda o acompanhamento do dia a dia da escola. É ele quem gerencia as ações pedagógicas, além de ser o elemento articulador entre a escola, a família e o aluno.

E não para por aí! O pedagogo também pode exercer suas funções em empresas das mais diversas áreas, além de hospitais, casas de detenção, igrejas, entre outros.

Portanto, não há dúvida: quando se trata de educação, sempre haverá espaço para o trabalho deste profissional. Parabéns pelo seu dia!






Marcia Regina Mocelin - coordenadora do curso de Formação Pedagógica em Letras
Gisele do Rocio Cordeiro - coordenadora do Curso de Licenciatura em Pedagogia do  Centro Universitário Internacional Uninter.

Mais do mesmo na saúde brasileira


Todos os países do mundo, em maior ou menor grau, apresentam problemas de saúde que precisa ser solucionados. Há doenças, como a raiva na África, que precisam ser erradicadas. Outros países mais desenvolvidos estudam constantemente como melhorar de forma preventiva a saúde da população, além de buscarem a extensão de novas tecnologias a todos os cidadãos. Enfim, é uma área de vital importância e sempre sensível aos governos. 

Não obstante, enquanto alguns países equacionam seus problemas com o adequado aproveitamento de recursos, o Brasil enfrenta a situação de ser um dos países da América Latina (apenas para comparar com os irmãos mais próximos) que menos destina recursos à saúde, 500 dólares por habitante/ano contra 700 dólares investidos na Argentina ou ainda 4 mil dólares habitante/ano, no Canadá. Para piorar, os recursos existentes são mal geridos, como fartamente se constata pelos escândalos frequentes estampados na mídia nacional e internacional.

A situação da saúde brasileira é grave. Recente pesquisa realizada por um grande portal brasileiro de notícias elegeu os dez principais problemas
enfrentados pela saúde pública e privada no país: falta de médicos e de recursos no SUS, mensalidades altas e reajustes abusivos dos planos de
saúde, falta de remédios na saúde pública e a longa espera para marcar consultas, exames e cirurgias nos hospitais públicos - nenhuma surpresa.

Acumulam-se décadas de falência do sistema da saúde pública no país. Paralelamente, a saúde privada também passa por um período de emergência
financeira e administrativa, principalmente as operadoras de planos de saúde. O sistema de saúde pública apresenta falhas em seus principais
programas. Um exemplo é o Saúde da Família, que tem o objetivo de atuar na prevenção de doenças, alterando um modelo de saúde centrado nos hospitais.

Segundo informações publicadas na Agência Câmara de notícias, até 2015, nenhum estado alcançou cobertura completa do programa. Apenas dois
ultrapassaram os 90% de cobertura: Piauí e Paraíba. Na outra ponta, sete estados têm atendimento abaixo da metade: Amazonas, Rio de Janeiro, Paraná, Roraima, Rio Grande do Sul, São Paulo e Distrito Federal, com 20%. 

A consequência dessa e de outras falhas são hospitais lotados. Dados do Tribunal de Contas da União (TCU) indicam que 64% dos hospitais estão sempre com superlotação. Apenas 6% nunca estão cheios. Falta prevenção, faltam leitos no país.

Não se vislumbra uma luz no fim do túnel, porque não há plano de ação por parte dos governos que se sucedem. Em meio à crise nesse momento, por exemplo, o ministro da Saúde, Gilberto Occhi, acompanhado de representantes da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), foi defender, na Câmara dos Deputados, a nova regulamentação para a cobrança de coparticipação e franquia em planos de saúde já a partir de 2019. Culturalmente no país, cuida-se apenas das consequências e não das causas dos problemas, o que leva à permanência do status da crise.

Não se espera a solução de todos os problemas, mas alguns já identificados poderiam sim desde já evitados ou minorados por ações administrativas
pontuais, em especial: falta de leitos e de medicamentos, filas de exames e cirurgias do SUS, corrupção e as fraudes no setor, que vão desde de médicos que batem ponto e não prestam o serviço à população, passam pela pirataria de remédios e equipamentos médicos e até a ação de organizações criminosas que atuam na área de próteses e órteses. 

Há que se apontar também a falta de médicos em algumas regiões. O governo federal tentou equacionar essa questão, lançando o polêmico programa "Mais Médicos", inclusive utilizando de mão de obra de outros países (em especial Cuba) - mas, fato é que o problema continua. Segundo dados do Conselho Federal de Medicina, há um médico para cada 470 brasileiros. No Norte e Nordeste esse número chega a 953,3 e 749,6, respectivamente. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), existe 17,6 médicos para cada 10 mil brasileiros, bem menos que na Europa, cuja taxa é de 33,3. Ou seja, estamos formando menos que o necessário e distribuindo os profissionais de forma equivocada. E nesse caso enfrentamos outra barreira crônica que é a do acesso à educação e à formação de qualidade. 

Outro grave problema é a longa fila de espera para marcação de exames, consultas e cirurgias no SUS. Como consequência assiste-se a mortes em filas e corredores, doentes graves sem atendimento, dificuldade de acesso a exames e medicamentos. Somando-se a condições precárias de trabalho dos médicos e equipes, dos equipamentos nos hospitais públicos tem-se um cenário catastrófico. 

Nesta próxima eleição presidencial, o tema da saúde será debatido e, principalmente, explorado pelos candidatos. Entretanto, é triste saber que muito pouco será proposto e realizado para melhorar a vida dos cidadãos no país. É a hora de exigir mudanças e cobrar efetividade.




Sandra Franco - consultora jurídica especializada em direito médico e da saúde, doutoranda em Saúde Pública, presidente da Comissão de Direito Médico e da Saúde da OAB de São José dos Campos (SP) e membro do Comitê de Ética para pesquisa em seres humanos da UNESP (SJC) e presidente da Academia Brasileira de Direito Médico e da Saúde - drasandra@sfranconsultoria.com.br

NO VALE DO SILÍCIO DA CORRUPÇÃO


        Quando a bancada do ainda minúsculo PT da Assembleia Nacional Constituinte eleita em 1986 se recusou a assinar a Constituição, não estava antevendo os problemas que forçosamente dela adviriam. Era por motivos errados que o partido a rejeitava. Reprovava-a por não ser suficientemente socialista, estatista, coletivista, corporativista e sindicalista, nem suficientemente avessa à propriedade privada, ao cristianismo e à civilização ocidental. Tudo que ela tinha de ruim, o PT queria ainda pior. Para quase todas as teses derrotadas ou não tão vitoriosas quanto desejava, o partido tinha apoio da ala esquerda do PMDB, que nos últimos meses do processo constituinte rompeu com o governo Sarney e fundou o PSDB. É bom não esquecer: o PSDB nasceu mais próximo do PT que do PMDB e muito distante do DEM (então PFL), com o qual viria a andar por bom tempo. 

        A plataforma e as posições políticas que o PT sustentara na constituinte serviram para atazanar todos os governos subsequentes. O partido foi contra o Plano Real, o pagamento da dívida externa, a Lei de Responsabilidade Fiscal, o superávit fiscal, as privatizações, a abertura ao mercado externo, o agronegócio, bem como a toda e qualquer proposta que significasse redução do tamanho e do peso do Estado. Na oposição, o PT fez muito mal ao Brasil. O partido pode ser representado por uma figura de costas para o século XXI, empacada com um pé na primeira metade do século XX, outro na segunda metade do século XIX. Não apenas impediu, ou dificultou, de modo sistemático, a aprovação de medidas modernizantes, mas emperrou, na mesma sintonia, a mentalidade de parcela significativa da população brasileira, seduzida pelo discurso partidário. O único, por sinal, que fez e faz política em tempo integral, tendo, por isso, elevado poder de convencimento. 

        O tempo veio mostrar o quanto era hipócrita o duro combate à corrupção que embalava a oratória do PT oposicionista. Esse vício moral não surgiu com o PT. Não nasceu em 2003. Bem antes, já engatinhava pelos corredores do poder, preparando-se para os “malfeitos” do porvir. Na longa continuidade do governo petista, ganhou tempo para alcançar maturidade e se profissionalizar. Brasília se tornou uma espécie de Vale do Silício da corrupção, terra dos negócios bilionários, das “sacadas” geniais, pluripartidárias, conferindo notáveis fortunas a indivíduos dos quais ninguém, antes, sequer ouvira falar. 

        Os treze anos de governos petistas criaram o caos. Derrubaram a economia, reintroduziram a inflação, exponencializaram o déficit público, jogaram milhões de brasileiros no desemprego, não promoveram quaisquer das reformas estruturais e institucionais que a realidade nacional exigia e naufragaram em irresponsabilidade fiscal e corrupção. O país afundou.

        Com o impeachment de Dilma, o partido voltou à oposição e ao mesmo padrão de conduta que o levara ao poder. Passou a opor-se às mais indispensáveis e inadiáveis reformas, que por não terem sido feitas no tempo devido, tornaram-se urgentíssimas. Em vão. O PT e seus anexos cuidam apenas de impedir que o governo governe. A irresponsabilidade, na política brasileira, é uma coisa doentia, que o PT também não inventou, mas à qual conferiu estatura épica. Passou da hora de os partidos políticos brasileiros assumirem suas responsabilidades e colocarem o bem do país em primeiro lugar. Parafraseando Temer pelo avesso: não dá para manter isso aí, viu?








Percival Puggina - membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A tomada do Brasil, integrante do grupo Pensar+.



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