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quinta-feira, 5 de abril de 2018

Como combater as fraudes nos planos de saúde?


São muitos os que pagam por ações ilegais cometidas por irresponsáveis dentro do setor


A saúde no Brasil anda sempre a passos lentos, com uma precariedade que vai desde suas estruturas físicas até suas estruturas governamentais. Diariamente são muitos os desafios que o setor precisa vencer, e infelizmente um dos que mais precisam ser combatidos neste momento são as fraudes — que "roubaram" dos "cofres" da saúde cerca de R$ 14 bilhões em contas hospitalares, de acordo com o Advance Medical Group e o Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS).

As ações ilegais praticadas por muitos representantes do segmento têm custado alto para a saúde no Brasil — principalmente para os planos de saúde. Falsificação de carta de permanência para obtenção de redução de carências, alteração de endereço para reduzir o preço, alteração de contrato social, de caged, de comprovante de pagamento, alteração de idade para redução do valor, alteração de peso e altura (para não imputar CPT nos casos de obesidade mórbida), alteração da declaração de saúde, inclusão de falsos funcionários (algumas vezes com formulário fornecido pela própria operadora) etc., são apenas alguns dos exemplos. São ações absurdamente inescrupulosas e irresponsáveis, sem limites e sem qualquer condição de estar no nosso mercado. Quando a pessoa se abre para a fraude, ela rompe uma barreira de proteção interna e perde completamente — e em pouco tempo — a noção do que é certo e do que é errado.

O que é preciso, então, para acabar de vez com essa "doença" do setor? A resposta é conversa. Essas ações corrompem e desequilibram um sistema matemático muito sensível, passando uma imagem de promiscuidade para o mercado em geral; portanto, antes de mais nada todos deste segmento devem falar muito sobre o assunto, pois quanto mais o mesmo fica oculto, mais difícil será o tempo de conscientização. Precisamos tratar os crimes como crimes e os criminosos como criminosos. Estamos em um momento de rupturas de práticas antigas que não se sustentam mais e que exigem um novo comportamento por parte de todos os envolvidos: corretores, corretoras, operadoras, sindicato e profissionais da saúde.

Já no que diz respeito ao Sindiplanos, há um trabalho com a ANS para certificação de das corretoras, de forma que somente poderão ser intermediados contratos por pessoas e empresas certificadas pela ANS. Após esse passo, quem cometer fraudes será suspenso e poderá ter o registro cancelado em definitivo. Assim também as corretoras que fraudarem o sistema através de empresas que burlem o sistema tributário e venham a gerar suspeitas de lavagem de dinheiro através de práticas comerciais insustentáveis e outras falcatruas próprias das empresas, serão chamadas para apresentar provas que esclareçam que as suspeitas não procedem e, caso se confirme o dolo, serão denunciadas para os órgãos competentes e terão o código ANS suspenso ou cancelado.

A solução virá com a união das empresas e dos profissionais do setor em debates que desvendem o tema e apresentem soluções efetivas que sanem esse problema da saúde, que trazem desconfianças em relação ao segmento e consomem a todos nós.




Silvio Toni - Presidente do Sindiplanos

 

Trânsito é a principal causa de morte acidental entre crianças de zero a 14 anos no Brasil

 

Crédito da foto:Shutterstock

 

 Até os dez anos, crianças devem ser conduzidas no banco traseiro, com equipamentos de segurança adequados ao seu tamanho

Entre 2014 e 2015, houve uma redução nessas ocorrências, mas números ainda são preocupantes


Os acidentes que mais matam crianças no país são queda, afogamento, sufocação, queimadura, envenenamento e trânsito. De todos, o trânsito é o maior ofensor. De acordo com dados da ONG Criança Segura, entre 2014 e 2015, houve uma diminuição desses casos e os óbitos passaram de 1.654 para 1.389 - o que representa uma redução de 16%.  No entanto, apesar desta redução, os sinistros em ruas, estradas e rodovias ainda são o tipo de acidente que mais provoca mortes acidentais de crianças até 14 anos no Brasil. As estatísticas, altas e assustadoras, podem ser revertidas com mais consciência, respeito às leis de trânsito e educação.  É o que diz o especialista ouvido pela Perkons, empresa que desenvolve e aplica tecnologia para a segurança no trânsito.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) já alertou sobre os cinco principais fatores que causam acidentes de trânsito: excesso de velocidade, associação de bebida alcoólica e direção, a falta de uso de capacete, cinto de segurança e equipamento de retenção de crianças. A opinião de Renato Campes Trini, gerente técnico da Organização Nacional de Segurança Viária (ONSV), corrobora com isso. Ele afirma que o transporte de crianças de forma negligente é a principal causa dos acidentes com esse público. Apesar da resolução Nº 277 do Conselho Nacional de Trânsito (COTRAN), conhecida como Lei da Cadeirinha, publicada em maio de 2008, os pais e responsáveis muitas vezes não respeitam as condições mínimas de segurança para o transporte de passageiros com idade inferior a dez anos.  “Os pais precisam tomar atitudes preventivas, usar os equipamentos de segurança e contribuir para salvar vidas. Quando saímos nas ruas, é fácil flagrar crianças soltas no carro e até com a cabeça para fora dos veículos”, diz Trini.

O Código de Trânsito Brasileiro (CTB) determina no artigo 64 que até os dez anos de idade as crianças devem ser conduzidas no banco traseiro, em dispositivos próprios para sua idade, peso e tamanho.  Bebês de até 9 kg precisam de uma cadeira do tipo “bebê-conforto”, instalada de costas para o painel do carro. A partir de um ano, as crianças devem utilizar, obrigatoriamente, a cadeirinha. E, quando completam quatro anos, devem passar para o assento de elevação, exigido até os sete anos de idade.
Para o gerente técnico da ONSV, além de obedecer as leis de trânsito de maneira geral, conscientizar e educar pelo exemplo cumpre um papel fundamental. “Precisamos mostrar às crianças os riscos que o trânsito representa e os direitos e deveres delas nesse contexto. Enquanto as escolas não contarem, na grade curricular, com uma disciplina para a formação no trânsito, mesmo sem esse apoio os pais devem cumprir essa função, dando o exemplo e mantendo uma postura firme”, destaca Trini.


O exemplo vem de casa

Na família da professora universitária Mariana Sbaraini Cordeiro, mãe do Pedro, de 18 anos, e da Izadora, de 11 anos, o trânsito é encarado com seriedade e responsabilidade. Ela ensina os filhos sobre o papel de cada um no trânsito desde pequenos. Os dois sempre andaram na cadeirinha e usaram cinto de segurança. “Nunca abrimos mão dos dispositivos de segurança; eles aprenderam que são indispensáveis mesmo em trajetos curtos, por uma quadra”, conta a professora.

Para ela, o maior desafio na educação dos filhos quando o assunto é o trânsito, é a falta de suporte do poder púbico. “As crianças aprendem que é preciso atravessar somente na faixa. Mas, e quando a faixa não está pintada ou visível na rua? Além da infraestrutura precária das vias públicas, faltam campanhas educativas com apelo visual e linguagem lúdica, dirigida às crianças”, opina Mariana.




Confiança do empresário do comércio paulistano alcança maior patamar desde janeiro de 2014


Segundo a FecomercioSP, indicador registra a terceira alta consecutiva e atinge 115,5 pontos

 
O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC) no Município de São Paulo subiu 0,8%, ao passar de 114,6 pontos em fevereiro para 115,5 pontos em março, o maior nível desde janeiro de 2014 e a terceira alta consecutiva. Na comparação anual, o ICEC avançou 17,5%.

Apurado mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), o ICEC varia de zero (pessimismo total) a 200 pontos (otimismo total).

Em março, o ICEC das empresas com até 50 funcionários cresceu 0,9% em relação a fevereiro, indo de 114,1 para 115,1 pontos. Se comparado ao mesmo mês de 2017, a elevação foi de 17,4%, quando o indicador marcava 98,1 pontos. No caso das empresas com mais de 50 empregados, houve um recuo de 0,4% no comparativo mensal, passando de 134,3 pontos em fevereiro para 133,7 pontos em março. Entretanto, em relação ao mesmo período de 2017, o acréscimo foi de 22,1%.


Indicadores 
 
Dois dos três quesitos que integram o indicador avançaram na passagem de fevereiro para março. O Índice das Condições Econômicas Atuais (ICAEC) subiu pelo quinto mês consecutivo, atingindo 96,3 pontos, alta de 2,7% na comparação mensal e o maior patamar desde janeiro de 2014. No comparativo anual, o avanço foi de 41,2%, quando em março de 2017 marcava 68,2 pontos.

O Índice de Expectativas do Empresário do Comércio (IEEC) cresceu 1,4%, passando de 153,4 pontos em fevereiro para 155,5 pontos em março, a maior pontuação desde outubro de 2013. Em relação a março do ano passado, quando atingiu 146,8 pontos, houve alta de 5,9%. O Índice de Investimento do Empresário do Comércio (IIEC), porém, recuou 1,8%, ao passar de 96,5 pontos em fevereiro para 94,8 pontos em março. Em relação ao mesmo mês de 2017 (80 pontos), o indicador apresentou crescimento de 18,4%.

 


Segundo a assessoria econômica da FecomercioSP, os dados mostram que os empresários vêm ajustando para cima sua confiança baseada, principalmente, no ciclo de recuperação das vendas em curso. As expectativas também são positivas diante dos números que a economia apresenta. Ainda de acordo com a Entidade, fatores como inflação baixa, juros com tendência de queda e melhores resultados do mercado de trabalho contribuem para o aumento da confiança e a intenção de consumo por parte das famílias, fator decisivo para o bom desempenho do comércio.


Nota metodológica
 
O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC) contempla as percepções do setor em relação ao seu segmento, à sua empresa e à economia do País. São entrevistas feitas em painel fixo de empresas, com amostragem segmentada por setor (não duráveis, semiduráveis e duráveis) e por porte de empresa (até 50 empregados e mais de 50 empregados). As questões agrupadas formam o ICEC, que por sua vez pode ser decomposto em outros subíndices que avaliam as perspectivas futuras, a avaliação presente e as estratégias dos empresários mediante o cenário econômico. A pesquisa é referente ao município de São Paulo, mas sua base amostral reflete o cenário da região metropolitana.


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