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terça-feira, 4 de julho de 2017

Dor de Ovulação atinge 1 em cada 5 mulheres



Ginecologista Élvio Floresti Junior esclarece os sintomas


Uma das queixas mais comuns nos consultórios ginecológicos são de mulheres que relatam fortes dores abdominais que acontecem mensalmente, mesmo em períodos que não estão menstruadas.

Segundo o ginecologista e obstetra Élvio Floresti Junior, a dor abdominal inferior acontece no período em que a mulher está ovulando. “Chamamos de Dor de Ovulação ou Mittelschmerz e também é conhecida como ´dor do meio´. Este sintoma acomete 1 em cada 5 mulheres e acontece geralmente na metade do ciclo menstrual”, explica o especialista.

A dor pode aparecer antes, durante e até após a ovulação e nem sempre do mesmo lado do abdômen. Este mal está relacionado pela liberação do líquido do óvulo maduro. “Quando o ovário faz a liberação de um óvulo acontece a ruptura do folículo para a saída deste ovo. É nesse caminho de saída do óvulo, até passar pelas trompas e chegar no útero que a dor pode existir”, esclarece doutor Élvio.

Entre os sintomas deste incômodo está tanto dores intensas, como cólicas no baixo ventre além de sensação de peso na região e as vezes secreção clara. 

“Estes sinais podem durar até 3 dias. Mas é preciso que a mulher fique atenta se a dor que está sentindo de fato é do período de ovulação”, alerta o médico.

Para identificar se a dor realmente está sendo causada pela ovulação é indicado que a mulher consulte a data da última menstruação e quando foi o início deste desconforto. Se as dores apareceram entre 10 e 14 dias depois do primeiro dia do ciclo menstrual significa que está no período de ovular.

Em casos que exige investigação detalhada, há a recomendação de exames de ultrassonografia. Não há um tratamento específico já que este processo faz parte da rotina do sistema reprodutor feminino.

“O uso de analgésicos, bolsa de água quente aliviam o problema. Porém, é sempre importante a mulher procurar um especialista para investigar se o caso é apenas dor de ovulação. Outras doenças como endometriose, cistos de ovário, gravidez ectópica, entre outros apresentam os mesmos sintomas”, finaliza Doutor Élvio Floresti.






Doutor Elvio Floresti Junior - ginecologista e obstetra formado pela Escola Paulista de Medicina desde 1984. Possui título de especialista em ginecologia e obstetrícia pela Febrasgo (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia) e título de especialista em colposcopia. Além disso, é especializado em histerectomia vaginal sem prolapso uterino (sem necessidade de corte abdominal) e está atualizado com as últimas técnicas cirúrgicas como sling vaginal.
Realiza pré-natal especializado e atua em gestações de alto risco.





Como um casal homoafetivo pode ter um filho biológico?




As técnicas utilizadas são duas: inseminação artificial e fertilização in vitro


Antigamente, a única forma de um casal homoafetivo ter um filho era a adoção. Hoje, com os avanços da Medicina Reprodutiva, existem alternativas, permitindo que um dos parceiros seja o genitor biológico.

Em 2015, uma resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM) estabeleceu as normas de inseminação artificial e fertilização in vitro, que são as formas utilizadas por quem tem dificuldade de engravidar, e também por esses casais.

“Se o casal homoafetivo for do sexo feminino, pode se beneficiar das duas técnicas. A inseminação intrauterina é um processo mais simples. Uma das parceiras faz uso de medicamentos para estimulação ovariana e ultrassonografias para monitorar o crescimento folicular, ou seja, a produção de óvulos. Na melhor época, o sêmen é implantado no útero, para que ocorra a fecundação. Nesse caso, a chance de engravidar varia de 15% a 18% em cada procedimento”, explica Dr. Edson Borges Jr., especialista em reprodução humana assistida e diretor científico do Fertility Medical Group.

Já a fertilização in vitro (FIV) é um tratamento um pouco mais elaborado. Da mesma forma que a inseminação artificial, a mulher faz uso de medicamentos para estimular a produção de óvulos e ultrassonografias.

A diferença está no fato de esses óvulos serem retirados do útero (sem corte ou dor) e fecundados em laboratório. Quando se tornam embriões, são implantados no útero da mulher. A quantidade depende da idade da mulher, explica Borges.

Nos dois casos, os espermatozoides devem ser escolhidos em um Banco de Sêmen. Se a opção for pela inseminação, uma das parceiras terá seu óvulo fecundado. Na FIV, o óvulo fecundado de uma pode ser implantado na outra. Desta forma, as duas participam do processo.

De acordo com dr. Edson, ainda existe o recurso as Cessão Temporária de Útero conhecida “barriga de aluguel” nos casos em que não existe a condição  de nenhuma das envolvidas em gestar. Vale lembrar que O CFM também estabelece normas para esse procedimento. “As doadoras temporárias do útero devem pertencer à família de um dos parceiros, num parentesco consanguíneo até o quarto grau (primeiro grau - mãe; segundo grau - irmã/avó; terceiro grau - tia; quarto grau - prima)”. Além disso, não pode haver caráter lucrativo nem comercial.

“Se o casal homoafetivo for do sexo masculino, a única possibilidade de ter um filho biológico é a fertilização in vitro e os óvulos devem ser doados e implantados em uma mulher, seguindo as mesmas regras estabelecidas pelo CFM”, finaliza o especialista.




Casais que não brigam não são felizes



Não é porque um casal não briga que a vida a dois está a mil maravilhas. Segundo Oswaldo M. Rodrigues Jr. psicólogo especialista em relacionamento do InPaSex (Instituto Paulista de Sexualidade) isso pode não ser sinônimo de um relacionamento bom. “O normal é que as pessoas discordem ao longo do tempo em uma relação, já que os dois carregam bagagens de educação, valores e cultura diferentes. Se não existe discussão entre um casal, pode ser sinal de que algum dos dois esteja se anulando e abaixando demais a cabeça. E isso nunca será útil para o futuro d casal”, fala o especialista.
As pequenas brigas ajudam os casais a melhorarem a relação - claro que desde que não extrapole o limite do respeito. “Brigar pode ser sinal de preocupação com o outro e isso faz com que as coisas deem certo. Ninguém briga com quem não importa”, fala a psicóloga Carla Zeglio, também especialista em relacionamento de casais do InPaSex, que ainda diz que “Depois do sabor amargo de uma discussão vem também o lado doce de uma reconciliação e da cumplicidade”
Para Oswaldo, cada briga é uma nova possibilidade de refletir e melhorar o diálogo. “Com um desentendimento os dois passam por momentos de reflexão e isso é o que faz crescer e fortalecer a relação. Claro que ambos precisam compreender que o debate não é uma competição para ver quem ganha. Uma briga serve para desvendar um pouco mais de nós mesmos e descobrimos coisas no outro e assim, com o passar os anos não precisam mais brigar pela mesma causa, irão se entender em apenas um olhar. Constroem novas formas de solucionar problemas”, ensina.
Além disso, a velha regra de “alguém sempre tem que ceder para uma relação dar certo” é a mais pura verdade segundo a psicóloga. “Se nenhum dos dois jamais abrir mão das suas convicções, dificilmente a relação resiste. Se os pingos não são colocados nos I´s, a tendência é isso virar amargura e com o passar dos anos, pode detonar com a relação. Discutir com o objetivo de ambos ganharem é sempre positivo!”, finaliza Carla.





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