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segunda-feira, 7 de novembro de 2016

“A dor tem pressa”, diz presidente do CNJ ao abrir oficina sobre saúde



A presidente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, afirmou nesta segunda-feira (7/11), que as sentenças judiciais que dão acesso a remédios são parte da democracia, e que a dor tem pressa. Foi durante a abertura da primeira oficina dos Núcleos de Avaliação de Tecnologia em Saúde (NATs) e dos Núcleos de Apoio Técnico do Poder Judiciário (NAT-Jus), no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. As oficinas são resultado do termo de cooperação técnica firmado entre o CNJ e o Ministério da Saúde para subsidiar os magistrados em ações judiciais na área da saúde.

A capacitação de juízes ficará a cargo do Hospital Sírio-Libanês. A parceria da entidade hospitalar com o CNJ dará origem a uma plataforma com informações técnicas, com base em evidências científicas, para subsidiar os magistrados de todo o país. Na prática, ao se deparar com uma demanda por medicamentos ou tratamentos de saúde, o magistrado poderá contar com a consultoria de especialistas da área para auxilia-lo em relação às informações técnicas.

Segundo a ministra Cármen Lúcia, a parceria vai minimizar os problemas de compatibilidade entre o atendimento coletivo e as demandas urgentes individuais. “ O que nós estamos trabalhando é, com a criação desses núcleos, oferecer condições para imediatamente decidir com a informação precisa de médicos”, disse a ministra.


Dor tem pressa – Na opinião da ministra Cármen Lúcia, há uma democratização da sociedade brasileira. “O cidadão que morria até pelo menos a década de 1980, antes da Constituição, não sabia que ele tinha direito à saúde, que podia reivindicar. Hoje ele vai à luta, porque a democracia voltou ao Brasil. Graças a Deus!”. Segundo a ministra, o seu papel como juíza é garantir o direito à saúde. “Eu sou juíza, não sou ministra da Fazenda. Não desconheço a responsabilidade dele. Eu não sou ministra da Saúde. Eu sou juíza, eu tenho a Constituição, que diz que é garantido o direito à saúde. Eu estudo que a medicina pode oferecer uma alternativa para essa pessoa viver com dignidade. Convenhamos, a dor tem pressa. Eu lido com o humano, eu não lido com o cofre”, afirmou. 


Banco de dados - O banco de dados que subsidiará os juízes conterá notas técnicas, análises de evidências científicas e pareceres técnico científicos consolidados, emitidos pelos núcleos de apoio e avaliação, pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologia no Sistema Único de Saúde (Conitec), além de informações da biblioteca do Centro Cochrane do Brasil (instituição sem fins lucrativos) e outras fontes científicas.

O hospital investirá, por meio do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde, cerca de R$ 15 milhões, ao longo de três anos, para criar a estrutura da plataforma, que estará disponível na página eletrônica do Conselho. Caberá ao CNJ resguardar as informações e torná-las acessíveis aos juízes.

Na opinião da ministra Cármen Lúcia, a falta desse tipo de informação técnica deixa os magistrados sem base para tomar decisões. “Os juízes, muitas vezes, decidem sem saber exatamente se aquele era o medicamento que era necessário, se não tinha outro tratamento. Porque a nossa especialidade não é essa”, ressaltou a ministra.


Oficinas - A oficina no Sírio-Libanês aborda, entre outros temas, a elaboração e padronização de pareceres e notas técnicas, que servirão de subsídio científico aos tribunais para a tomada de decisão em ações relacionadas à saúde. Supervisor do Fórum Nacional do Judiciário para a Saúde, o conselheiro Arnaldo Hossepian também participou da cerimônia. “Nossa ideia é que em até 72 horas seja possível dar uma resposta ao juiz, que poderá ou não seguir o parecer. É possível que a demanda seja temerária e ele, desamparado de conhecimento técnico, tenda a atender o pleito, por tratar-se da vida de alguém”, explicou. A primeira oficina contou com a presença de representantes dos tribunais de 10 estados: Acre, Bahia, Goiás, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Tocantins.

Gastos elevados - Levantamento do Ministério da Saúde mostra que, desde 2010, os gastos da União com ações judiciais para aquisição de medicamentos, equipamentos, insumos, realização de cirurgias e depósitos judiciais cresceram 727%. Só no ano passado, os gastos atingiram R$ 5 bilhões. Segundo o órgão, o Sistema Único de Saúde (SUS) terá de arcar com R$ 7 bilhões neste ano. Para o ministro da Saúde Ricardo Barros, que participou da cerimônia em São Paulo, as decisões judiciais dificultam o planejamento da administração dos recursos. “A sentença não cria um dinheiro novo, ela desloca um que já existe”, disse o ministro. Nesse contexto, a parceria com o hospital privado paulista, segundo Barros, é "importante para suprir a deficiência orçamentária".


Área sensível – A judicialização da saúde é tema de constante preocupação no CNJ. Em setembro, foi aprovada a Resolução 238, que dispõe sobre a criação e a manutenção de comitês estaduais de saúde, bem como a especialização em comarcas com mais de uma vara de fazenda pública.



Agência CNJ de Notícias



Vícios de postura: como corrigir?





O estresse e a correria do dia a dia, assim como diversas maneiras de relaxar são propícios para trazer malefícios para a saúde, podendo ocasionar dores e problemas de secundários a uma postura incorreta e desalinhada, podendo prejudicar inclusive a circulação.

Você já parou para pensar como é sua postura ao sentar-se e ao andar? É muito comum ver pessoas sentadas sem o devido apoio para as costas no encosto da cadeira, seja na escola, faculdade, em casa, no trânsito, shopping e no trabalho. Outros vícios comuns de postura também são andar com a cabeça baixa, principalmente quando se está mexendo no celular, e carregar bolsas e mochilas pesadas com os ombros encurvados ou apoiadas de um lado só. Mas o que isso pode causar?

O cansaço uma hora bate e as dores nas costas parecem acabar com o bom humor, não é mesmo? O que muitas vezes esquecemos é que essa dor pode ser prejudicial para a coluna e para saúde. Os vícios posturais podem levar ao encurtamento muscular, dores, tensões, tendinites, compressão de nervos ou do sistema circulatório e desgaste das articulações. 

“Permanecer por um longo período na mesma posição, seja sentado ou em pé, pode levar ao desenvolvimento de vícios posturais. É preciso saber distribuir a sobrecarga de peso mudando de posições e realizando alongamentos periódicos”, afirma o ortopedista e diretor clínico da SO.U Ortopedia, Dr. Bruno César Aprile.

Para prevenir os problemas de coluna e mantê-la alinhada, o ortopedista explica que é preciso procurar pela ajuda de especialistas que podem contribuir de diversas formas, como com um plano de exercícios e alongamentos ao acordar, durante a jornada de trabalho, manter uma alimentação balanceada e praticar atividade física, além de orientações de como identificar e melhorar as situações ergonômicas frequentemente incorretas no nosso dia-a-dia (altura da tela do computador, posição do pescoço e da coluna ao ficar sentado, melhor forma de usar o aparelho celular, etc).




Dr. Bruno César Aprile - diretor clínico da SO.U Ortopedia, é médico ortopedista com formação em medicina pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, especialização em ‘Ortopedia e Traumatologia’ e Afecções da Coluna Vertebral  pelo “Pavilhão Fernandinho Simonsen”, da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. O mesmo é especialista em cirurgia da coluna e em técnicas minimamente invasivas como a endoscopia da coluna.



Anvisa aprova primeiro medicamento para doença genética irreversível




De origem predominantemente portuguesa, a paramiloidose se manifesta entre 30 e 40 anos e, sem tratamento, o paciente sobrevive cerca de 10 anos após os primeiros sintomas


A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou hoje o medicamento Vyndaqel (tafamidis), da Pfizer, primeiro e único tratamento específico para adultos com polineuropatia amiloidótica familiar (PAF), ou paramiloidose. Doença neurodegenerativa, genética, progressiva e irreversível, a enfermidade costuma ser diagnosticada entre os 30 e os 40 anos de idade e os pacientes sobrevivem, em média, apenas dez anos após o surgimento dos primeiros sintomas, se não houver tratamento adequado. 

De origem predominantemente portuguesa, a PAF foi incluída no ano passado na lista de doenças raras prioritárias de discussão do governo brasileiro. Embora se trate de uma doença rara, em Portugal sua prevalência é elevada, chegando a um caso a cada 500 habitantes em algumas regiões¹. Os japoneses também apresentam uma incidência aumentada da doença em relação à população em geral, assim como suecos e africanos.

Embora não existam estatísticas nacionais oficiais sobre a PAF, estima-se que existam milhares de brasileiros com a doença, o que pode fazer do País uma das nações com o maior número de pacientes no mundo. “A origem da enfermidade a torna especialmente relevante para o Brasil, que abriga um número de descendentes de portugueses superior ao próprio total de habitantes de Portugal. Por isso, a chegada de Vyndaqel, que nos estudos clínicos se mostrou capaz de retardar a progressão da PAF de forma muito expressiva, representa uma grande esperança para esses pacientes”, diz o diretor médico da Pfizer, Eurico Correia.

A PAF é causada por uma mutação no gene de uma proteína do plasma sanguíneo chamada transtirretina (TTR), sintetizada principalmente pelo fígado. Por isso, antes da aprovação de Vyndaqel (tafamidis), uma das poucas opções para os brasileiros era a realização do transplante hepático, um procedimento que requer uma série de cuidados por toda a vida. Considerado uma droga-órfã para esses pacientes, Vyndaqel foi aprovado já em 2011 na União Europeia e também é comercializado no Japão, México, Israel, Argentina e Coreia do Sul.

Sobre a PAF
No paciente com PAF, a mutação leva à produção de proteínas TTR instáveis, que se depositam em vários tecidos do corpo, interferindo em seu funcionamento. Com elevado potencial incapacitante, a PAF costuma se manifestar inicialmente por meio da perda de sensibilidade à dor e à temperatura nos membros inferiores.

A progressão da doença é variável entre os pacientes, mas normalmente há uma combinação de sintomas, envolvendo diferentes órgãos. Assim, podem ocorrer alterações gastrointestinais, renais e cardíacas, além de perturbações visuais e, nos homens, quadros de disfunção erétil. Trata-se de uma doença neuromuscular autossômica e dominante, ou seja, o filho de um paciente apresenta 50% de risco de também ser portador da mutação que causa a enfermidade, sendo a V30M a mutação mais comum no Brasil.

Sobre o medicamento
Vyndaqel (tafamidis) age impedindo que as proteínas TTR se desestabilizem. Dessa forma, o tratamento é capaz de retardar significativamente a progressão da doença em pacientes medicados em sua fase inicial, conforme mostram os dados de um novo trabalho científico envolvendo três estudos com o medicamento. Os resultados foram apresentados neste ano, durante o 27º Congresso Brasileiro de Neurologia, em Belo Horizonte.

Na análise, que envolveu 71 indivíduos com PAF que apresentavam a mutação genética V30M na transtirretina, os pacientes foram tratados por diferentes períodos, chegando a 5,5 anos. Nesse estágio, sem tratamento, em geral os pacientes já necessitam de auxílio para caminhar.

Com a medicação, a progressão média da doença no grupo estudado foi mínima, representando apenas 5,3 pontos na escala NIS-LL (Neuropathy Impairment Score of the Lower Limb), que é um sistema de avaliação clínica que reúne testes de sensibilidade, força muscular e reflexos para dimensionar o comprometimento dos membros inferiores em pacientes com neuropatias periféricas. Nessa escala a pontuação varia de 0 (estado normal) a 88 (comprometimento total).

Na análise, Vyndaqel também se mostrou capaz de impedir a perda de peso corporal não intencional nos pacientes, uma vez que a PAF costuma ser acompanhada por distúrbios gastrointestinais que muitas vezes levam à desnutrição. Além disso, o medicamento demonstrou um bom perfil de segurança e foi bem tolerado pelos pacientes, de modo que não houve registros de efeitos colaterais graves ou inesperados.

As doenças raras
As doenças raras formam um grupo de enfermidades graves, que juntas afetam cerca de 350 milhões de pessoas em todo o mundo, segundo estimativas da Organização Mundial de Saúde (OMS). Embora existam mais de 7 mil doenças conhecidas nessa categoria, apenas cerca de 5% contam com algum tratamento aprovado.

Na Pfizer, as doenças raras representam uma área prioritária para investimentos em Pesquisa & Desenvolvimento (P&D), reforçando o compromisso da companhia na busca por tratamentos para necessidades médicas não atendidas, independentemente da prevalência dessas doenças. 

Para isso, a companhia se baseia em mais de duas décadas de experiência nesse segmento, contando com um pipeline robusto composto por mais de 20 moléculas em estudo, além de um amplo portfólio global com mais de 20 medicamentos aprovados em todo o mundo, englobando medicamentos para doenças raras nas áreas de hematologia, neurociência, distúrbios metabólicos hereditários e pneumologia.



Referências:
1.     Alves IL, Altland K, Almeida MR, et al. Screening and biochemical characterization of transthyretin variants in the Portuguese population. Hum Mutat. 1997;9(3):226-33.


PFIZER


Câncer de próstata deve atingir 61.200 brasileiros em 2016, segundo o Inca



 
Segundo levantamento do Instituto Nacional do Câncer (Inca), 61.200 casos novos de câncer de próstata devem ser registrados no Brasil até o fim de 2016. Conforme estimativa da entidade, 28,6% de todos os registros de casos novos de câncer em homens no País vão ser de próstata. Na população masculina, essa forma da doença só fica atrás do câncer de pele (não melanoma), que tem 80.850 casos estimados para o mesmo período em todo o país.

Em São Paulo, o estudo do Inca aponta um número de 12.730 possíveis novos casos, sendo 3.600 na capital. Vale ressaltar que, em 2013, ocorreram quase 14 mil mortes por câncer de próstata. No Brasil, existem mais de 12 milhões de homens com mais de 50 anos. Desses, ao longo dos anos, 2 milhões serão atingidos pelo câncer de próstata. De cada 18 homens atingidos, três morrerão do câncer.

De acordo com o médico da equipe de urologia da rede de centros médicos dr.consulta Daniel Cocito Simões, a maioria sobrevive devido ao diagnóstico precoce por meio de exames preventivos.

“O câncer de próstata não produz sintomas nos estágios iniciais, período em que a doença é altamente curável. Por isso, os exames preventivos são fundamentais. Homens com mais de 45 anos devem começar a fazer o exame de toque retal, que é feito em consultório com  médico urologista; e o PSA, exame de sangue, que complementa o diagnóstico da doença, a cada ano. Já os que têm casos de câncer de próstata na família devem fazer os dois exames a partir dos 40.”, esclarece.


Exames preventivos podem aumentar chances de cura

A gravidade do câncer de próstata é avaliada com base no toque retal, valor do PSA e o grau do tumor descoberto na biópsia. Em média, os casos se dividem da seguinte forma: 15% dos casos são do tipo indolente, ou seja, precisa de vigilância com exames periódicos mas não há necessidade de tratamento; 60% são agressivos, mas curáveis, opta-se por cirurgia ou sessões de radioterapia; os outros 25% apresentam lesões avançadas de cura mais difícil. Nesses casos, normalmente, é feito uso de hormonioterapia ou quimioterapia.


Check-up para homens

Vale ressaltar que a rede dr.consulta tem mais de 20 unidades na Grande São Paulo, ABCD, Capão Redondo e inaugura nova unidade em Guarulhos dia 16. Os centros médicos disponibilizam os exames preventivos do câncer de próstata e também outros recursos para check-up masculino anual, como consultas diagnósticos cardiológicos, análises clínicas (exames de sangue e biópsias), além de ultrassonografias. Mais informações sobre os serviços médicos para homens com mais de 40 anos estão disponíveis no site www.drconsulta.com n o link https://www.drconsulta.com/servicos/checkups/check-up_homem.


Saiba mais sobre câncer de próstata

·         Duas condições aumentam o risco de contrair o câncer de próstata.
1)   Homens da raça negra têm o dobro da incidência de câncer de próstata
2)   Ter casos na família: 1 parente = 1.5 vezes o risco; 2 parentes = 3 vezes; 3 parentes= 5 vezes
·         O diagnóstico precoce permite maior chance de cura.
·         Alguns tipos de nódulo podem ser acompanhados por exame, sem necessidade de cirurgia.

·         Paciente com nódulo necessita realizar biópsia de próstata para concluir o diagnóstico de câncer de próstata.

·         O uso do cigarro pode contribuir para o surgimento de câncer de próstata.
·         Pacientes com mais idade têm mais chance de ter câncer de próstata.

                50 anos: 10 %
                70 anos: 30 %
               100 anos: 100%

·         A cirurgia pode causar disfunção erétil.

                Disfunção erétil (impotência sexual), que varia com a idade do paciente operado:

                70 anos: 70%
                65 anos: 35%
                50 anos: 10%

               A cirurgia pode causar incontinência urinária. A média é de 3 a 15% dos pacientes operados.

              Obesidade e vasectomia não aumentam a incidência de câncer de próstata.

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