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quinta-feira, 6 de julho de 2023

Mudar ou não de emprego: 5 recomendações para tomar a decisão assertiva

A vida é uma travessia. Estamos sempre indo do ponto A para o ponto B, às vezes em linha reta e muitas outras por vias tortuosas. Esta metáfora, tão usada por pensadores da área de negócios, é interessante. Digo isso porque, quando damos inícios a uma travessia, espera-se que cheguemos num lugar diferente do que saímos. Mesmo assim, quando chegamos, nos sentimos um estranho naquele novo lugar. Quantas vezes não mudou de empresa e se pegou com saudades da antiga casa? 

Como exemplo, gosto de pensar em jovens que saem de uma pequena cidade e começam uma nova vida em um grande centro. Quando perguntados sobre o que estão achando, muitos se mostram preocupados com os novos costumes da cidade grande. É comum ouvir expressões saudosas, que servem para demonstrar o quanto as pessoas eram mais felizes. Agora, a pergunta que me veio foi: se estava tão bom, por que iniciou uma travessia? Afinal, se eu empreendo esforços nesse sentido, é natural esperar que o lugar que eu estou indo seja diferente do qual estava, não é mesmo? 

Apesar de lógico, as coisas nem sempre são assim. Muitos, sentindo-se desconfortáveis com algo, buscam mudar sem saber ao certo o quê. Entender o que não está nos fazendo bem é algo que precisamos colocar esforço e análise. Encontrar a causa raiz do que nos incomoda não é trivial de ser achada. E, nesse momento de desconforto, pode aparecer uma oferta de vaga enquanto navega no LinkedIn ou no Instagram e você acaba clicando. Pronto. Está num processo seletivo e não sabe bem o porquê está lá. Apenas clicou. 

Nesse meio tempo, enquanto o processo corre, você começa achar que sua vida estagnou. Não há perspectivas de crescimento. Seu colega foi promovido, mesmo sendo você bem melhor que ele. Está péssimo, olhando as redes sociais para que o tempo passe mais rápido. E aí, recebe um convite de entrevista por e-mail! Uau! As pessoas ainda se interessam por você. Papo vai, papo vem, o entrevistador mostra todo potencial que você terá para mudar de empresa. Vai crescer! O céu é o limite. Salário maior já na largada; enfim, nunca mais se sentirá parado. 

Muda. Despede-se. É admitido. Duas semanas de cordialidades. Na terceira semana, começa o ritmo normal e vem aquela sensação: empresa é tudo igual, só muda de endereço. Começa a rotular os puxa sacos. Cria uma lista mental dos fofoqueiros do café. Decora o organograma. Decora o namorograma (importante). Sente a primeira quebra de expectativa. Alguém te recrutou porque achou que a culpa do Projeto Transformador era o antigo profissional. E você, em três semanas, não conseguiu mudar tudo. Quebra-se o encanto e, em uns três meses, estará na mesma. Socorro. Por que mudei?

 

Calma, nem tudo é assim. 

Como diziam os avós: pesei na tinta do exemplo citado, mas muitas vezes é esse o quadro que encontramos. Por isso, quando for fazer uma travessia corporativa, precisamos de mais avaliação. O profissional de hoje está diante de um cenário bem complexo e interessante. Estamos vivendo em um mundo globalizado, conectado e em constante mudança, com empresas disputando talentos e inovações surgindo a todo momento. 

A primeira coisa que um profissional deve considerar antes de fazer uma mudança de empresa é: qual é o seu objetivo de carreira no longo prazo? É importante ter uma visão clara de onde você quer chegar. Essa mudança vai te aproximar dos seus objetivos ou é apenas um salto temporário que pode te desviar do seu caminho? 

O segundo ponto é: entender o cenário do mercado. A empresa para a qual você está considerando mudar está em ascensão? Quais são as tendências para essa indústria nos próximos anos? Você terá oportunidades de crescimento e desenvolvimento lá? 

A terceira consideração é se identificar com a cultura da empresa. Seus valores fazem sentido? A cultura de uma organização pode afetar significativamente a sua satisfação no trabalho e o seu desempenho. Além disso, a adaptação a uma nova cultura pode ser um desafio, por isso, é importante pesquisar e refletir sobre isso. 

Além disso, o quarto - e essencial - ponto é considerar a oferta em si. O pacote de benefícios atende às suas necessidades? O salário é competitivo e justo pelo seu nível de experiência e habilidades? A posição oferece um bom equilíbrio entre trabalho e vida pessoal? 

Por fim, como quinta recomendação: refletir sobre o momento da mudança. Mudanças são estressantes e exigem adaptação. Este é um bom momento para você lidar com isso? Você está emocionalmente pronto para iniciar um novo capítulo em sua carreira? 

Acredito, junto à FM2S, que a educação contínua e o desenvolvimento de habilidades são fundamentais para a sua carreira. Independentemente da empresa em que você está, investir em si mesmo é sempre a melhor opção. Nós não somos definidos pelas empresas em que trabalhamos, mas pelas escolhas que fazemos. E lembre-se: o trabalho é um palco onde você atua, e o papel principal é sempre seu. Portanto, escolha com sabedoria.

 

Virgilio Marques dos Santos - um dos fundadores da FM2S, doutor, mestre e graduado em Engenharia Mecânica pela Unicamp e Master Black Belt pela mesma Universidade. Foi professor dos cursos de Black Belt, Green Belt e especialização em Gestão e Estratégia de Empresas da Unicamp, assim como de outras universidades e cursos de pós-graduação. Atuou como gerente de processos e melhoria em empresa de bebidas e foi um dos idealizadores do Desafio Unicamp de Inovação Tecnológica.


Redação Enem 2023: quais as competências necessárias para uma boa nota?

Correção leva em conta cinco critérios básicos para avaliar produção textual; saiba quais são eles


Uma boa redação para provas e exames de seleção é sempre composta por introdução, desenvolvimento e conclusão. O formato inicial é simples, mas há outros elementos fundamentais para garantir uma boa nota nesse tipo de texto. No caso do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), há cinco competências básicas que são consideradas na hora de fazer a correção da redação.

Seguir determinados padrões ao elaborar os argumentos e a estrutura textual é uma boa estratégia para alcançar uma pontuação alta, como explica o assessor de Redação do Sistema Positivo de Ensino Fábio Gusmão. “Estudantes bem preparados estudam e conhecem bem as competências da redação do Enem e sabem trabalhar em cima delas. Assim, apesar do tempo curto e do tema proposto, que é sempre surpresa, é possível conseguir bons resultados”, destaca.

Cada uma das competências estabelecidas para a redação do Enem vale até 200 pontos. É por isso que esse texto pode chegar à nota máxima de mil pontos. Além disso, é indispensável construir o que se chama de “repertório cultural”, um conjunto de conhecimentos variados que contribuem para a argumentação lógica e baseada em boas referências. 


Norma padrão da Língua Portuguesa

A primeira das cinco competências é o uso formal da Língua Portuguesa. Nela, são considerados fatores como a concordância, gramática, pontuação, ortografia, entre outros. “A correção admite até dois erros nessa competência, mas, se o estudante errar mais que isso, a nota máxima já não será uma possibilidade”, afirma o especialista.


Texto dissertativo-argumentativo

Embora seja bastante ampla, a redação do Enem precisa respeitar uma regra básica: é preciso que ela seja um texto dissertativo-argumentativo em prosa. “Esse tipo de texto segue uma estrutura de argumentação, muitas vezes trazendo propostas de solução para uma situação-problema, com coesão e coerência”, detalha Gusmão.

Nessa competência também é avaliado o recorte do tema. “O aluno não pode tangenciar, ou seja, falar de uma maneira muito ampla e não desenvolver a proposta que está na temática”, lembra.


Bons argumentos

É exatamente nesta competência que entra a necessidade de uma sólida construção do repertório cultural. Com base em conhecimentos previamente adquiridos por meio de séries, filmes, livros, músicas, viagens e outros, o estudante precisa apresentar informações que estejam relacionadas ao tema proposto. “É preciso saber relacionar, selecionar, organizar e interpretar informações como opiniões, fatos, argumentos e informações que estejam relacionados à tese apresentada pelo estudante. E, claro, tudo isso deve ter como base informações verídicas”, diz Gusmão.


Construção de coesão textual

Ter uma boa estrutura de introdução, desenvolvimento e conclusão depende, entre outras coisas, da capacidade de organizar o texto de modo que um parágrafo esteja conectado ao outro. “Saber usar os recursos coesivos de forma adequada ajuda a conseguir esse efeito de um texto bem articulado e alcançar a nota máxima nessa competência”, afirma.


Solução e respeito aos direitos humanos

Não basta escrever bem, é preciso fazê-lo sem desrespeitar os direitos humanos. E sim, essa é uma das competências avaliadas na redação do Enem. Além disso, o estudante deve apresentar uma proposta de solução para o problema trazido no tema. O assessor ressalta que “os corretores esperam que o estudante possa explicar como a solução escolhida por ele, como ela pode ser executada, a que ela se destina e quais os seus possíveis efeitos”.

Dentro da proposta de intervenção é preciso haver cinco elementos: ação, agente, modo ou meio, finalidade e detalhamento para qualquer um dos quatro elementos anteriores. “É preciso trazer mais características acerca desse elemento. Se os direitos humanos forem feridos ou faltar um desses elementos, o aluno não alcançará uma boa nota nessa competência”, finaliza.

 

Sistema Positivo de Ensino


quarta-feira, 5 de julho de 2023

Nova vacina contra a dengue já está disponível no mercado brasileiro

Imunizante que contempla os quatro tipos de vírus da dengue e com maior abrangência de público já está disponível nas unidades de vacinas do Sabin em todo o Brasil

   
 

Uma nova ferramenta chegou para combater os casos de dengue no Brasil. A vacina QDENGA (TAK-003), produzida pelo laboratório Takeda, protege contra todos os quatro tipos do vírus causadores da doença, apresenta maior eficácia que a anterior disponível no mercado e já está disponível nas unidades de vacinas do Sabin Diagnóstico e Saúde em todo o Brasil. 

O novo imunizante, ampliou a indicação para pessoas de 4 a 60 anos de idade, previne cerca de 80% dos casos gerais de dengue, cerca de 15% a mais do que vacinas anteriores, e reduz em mais de 90% a hospitalização. O esquema vacinal é reduzido, necessita de duas doses, com intervalo de dois meses entre elas.

   

A dengue é reconhecida como uma das principais causas de doenças graves com morte em crianças em alguns países da Ásia e da América Latina. Não existe tratamento específico para as formas de dengue ou dengue grave. A Organização Mundial da Saúde - OMS recomenda além da vigilância epidemiológica, o diagnóstico e atendimento médico precoces e adequados para redução da mortalidade.   

   

Em 2023, até a Semana Epidemiológica 21 (27 de maio), dos 1.994.088 casos de dengue notificados na Região das Américas, 775.369 (38,9%) foram confirmados laboratorialmente e 2.597 (0,13%) foram classificados como dengue grave. O maior número de casos de dengue foi observado no Brasil, com 1.515.460 casos, seguido pela Bolívia, com 126.182 casos, e pelo Peru, com 115.949 casos. Em relação aos casos de dengue grave, um número maior de casos também foi observado no Brasil.  

   

A nova vacina foi produzida a partir do tipo 2, vírus mais grave da doença e faz proteção contra os quatro tipos de vírus. São quatro os vírus que podem causar dengue: DENV1, DENV2, DENV3 e DENV4, sendo os tipos 1, 2 e 4 os mais comuns no Brasil. Já o tipo 3 não causa epidemias no país há cerca de 15 anos. Especialistas observam que quando uma situação como essa acontece, de um sorotipo ser introduzido ou voltar a circular, aumentam as chances de um surto ou epidemia, porque há muitas pessoas sem defesas contra aquele tipo de vírus da dengue.    

   

“Como existem quatro sorotipos de vírus da dengue, quando a pessoa é contaminada, fica imune (protegido) àquele tipo específico, por exemplo o DENV1. Mas pode contrair novamente a doença pelos outros tipos do vírus. A nova vacina mostrou-se eficaz na proteção contra todos os sorotipos”, explica a consultora de Imunização do Sabin Diagnóstico e Saúde, a médica infectologista Ana Rosa dos Santos.     


A nova vacina, no entanto, não elimina a necessidade de adoção das outras medidas que evitam a proliferação do mosquito. Eliminar os criadouros do inseto continua sendo a forma mais eficaz de se evitar a Dengue, ao mesmo tempo a Zika e a Chikungunya, que também são transmitidas pelo Aedes. Encher os pratinhos dos vasinhos de plantas com areia, tampar caixas d’água, cisternas e quaisquer reservatórios de água, limpar calhas e ralos, guardar garrafas e outros recipientes com a boca para baixo, são algumas das medidas que impedem a reprodução do mosquito.    

 

Grupo Sabin
https://www.sabin.com.br/


Nem todo nódulo nas mamas é câncer; saiba quando buscar ajuda médica

Getty Images
Ocorrências de nódulos nas mamas são um motivo de preocupação para muitas mulheres em todo o mundo. No entanto, é essencial entender que nem todos os nódulos são malignos. Segundo dados atualizados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), cerca de 80% dos nódulos mamários são benignos.

A mastologista Milena Pessoa ressalta que é importante que as mulheres conheçam seu próprio corpo e estejam atentas a quaisquer alterações nas mamas. Em geral, um nódulo benigno é geralmente macio, indolor e de consistência regular. No entanto, se você notar um nódulo que seja duro, irregular ou doloroso, é aconselhável procurar imediatamente um profissional de saúde para uma avaliação detalhada.

De acordo com especialistas, embora a maioria dos nódulos mamários benignos não represente um risco à saúde, é necessário investigá-los para descartar a possibilidade de câncer. A mastologista recomenda que mulheres com mais de 40 anos realizem exames de mamografia regularmente para a detecção prévia de qualquer anomalia. Para aquelas com histórico familiar de câncer de mama, a idade recomendada para iniciar os exames é mais precoce, geralmente aos 35 anos.

O diagnóstico antecipado é fundamental para o tratamento eficaz do câncer de mama. Portanto, é importante que as mulheres não hesitem em buscar ajuda médica se notarem qualquer alteração nas mamas. A realização regular de exames das mamas e o acompanhamento médico são essenciais para a detecção precoce e, consequentemente, para uma maior taxa de sucesso no tratamento.

“Não devemos ignorar qualquer alteração ou sinal de alerta. A informação é uma aliada poderosa na luta contra o câncer de mama, e a conscientização é a chave para a prevenção e o diagnóstico precoce. Cuidar da sua saúde e não deixar de realizar exames regulares é um sinal de amor próprio”, finaliza Milena Pessoa.

 

O que acontece com o olho quando ele sofre com catarata?

Crédito: v2osk
A catarata é um mal que acomete pessoas de todas as idades, e como a visão é um sentido precioso e fundamental para inúmeras experiências do nosso dia a dia, é muito importante saber o que é catarata e como essa doença pode afetar a saúde dos olhos, entendendo o que acontece com o olho quando o mesmo sofre com catarata.


Segundo uma pesquisa da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), 14 milhões de brasileiros acima dos 50 anos sofrem com a catarata. Esse número representa 25% do total de pessoas da faixa etária que sofrem com essa doença oftalmológica incapacitante.

Mas o que é, exatamente, a catarata? Trata-se de uma lesão ocular, em que a lente natural dos olhos, denominada cristalino, torna-se turva ou opaca, prejudicando a clareza da visão.

Apesar de a condição ser tratável por meio de cirurgia, ela deteriora a qualidade de vida de quem a carrega, afetando atividades básicas como ler, cozinhar, dirigir e até mesmo reconhecer rostos e objetos.


Sinais e sintomas da catarata

A gravidade dos sintomas da catarata pode variar conforme as predisposições de cada paciente. No entanto, os sinais mais comuns incluem:

  • Visão turva ou embaçada;
  • Incapacidade de focar em objetos ou rostos;
  • Visão nebulosa, como se houvesse uma ‘“névoa” nos olhos;
  • Fotofobia (sensibilidade à luz);
  • Dificuldade em enxergar em ambientes com pouca luz;
  • Pontos brilhantes no campo de visão ou anéis ao redor de lâmpadas e luzes;
  • Perda de contraste nas cores;
  • Visão dupla.

Além dos fatores previamente citados, a genética também pode contribuir para o desenvolvimento da catarata.


O que acontece com o olho quando ele sofre com catarata

Os olhos são órgãos complexos, repletos de “camadas” que se unem para promover a visão. Uma dessas camadas chama-se cristalino, que é considerado a “lente natural” dos olhos. 

Crédito: Harpreet Singh

Localizado atrás da íris (parte colorida dos olhos), o cristalino ajuda a focalizar a luz enxergada. Alguns fatores podem deteriorar os cristalinos, como:

  • Idade;
Diabetes;
  • Exposição prolongada aos raios UV sem o uso de lentes de proteção;
Tabagismo;
  • Traumas e pancadas;
  • Hipertensão arterial;
  • Uso de determinados colírios e medicamentos;
  • Inflamações nos olhos ou outras doenças oftalmológicas.

Com essa deterioração, o cristalino desenvolve a catarata, que se manifesta por meio do acúmulo de proteínas que formam uma espécie de “manto” de áreas opacas. Elas prejudicam a transparência da camada, interferindo na passagem de luz e prejudicando a visão.

À medida que a catarata se desenvolve, as áreas opacas tomam conta do cristalino, levando à diminuição gradual da visão. 


Importância da consulta com um especialista

Embora seja difícil prevenir a catarata, já que fatores como envelhecimento, é inevitável, consultar-se periodicamente com um oftalmologista é imprescindível, em todas as fases da vida, para prevenir a doença — bem como outras condições oftalmológicas adversas.

Se você suspeita que esteja com catarata, o diagnóstico preciso também faz toda a diferença em seu tratamento. Por isso, consulte um oftalmologista de confiança para a avaliação dos olhos e, se achar necessário, busque outras opiniões. 

Além da catarata, outros problemas de visão podem acometer seus olhos, e é importante que eles sejam avaliados e que os tratamentos corretos sejam indicados. 

Dessa forma, vale reiterar que as consultas com oftalmologistas são imprescindíveis para uma vida saudável e disposta. Doenças oculares como a catarata interferem negativamente na qualidade de vida e habilidade de realizar tarefas simples, por isso, não negligencie sua saúde visual!

 

6 mitos e verdades sobre o transtorno do déficit de atenção com hiperatividade

 TDAH é um distúrbio que afeta de 3% a 5% das crianças em idade escolar; veja sintomas e tratamentos sobre um transtorno que também pode ser diagnosticado na vida adulta

 

O transtorno do déficit de atenção com hiperatividade (TDAH) é um tema que tem sido discutido mais frequentemente, especialmente na mídia, em ambientes escolares, e, claro, também nas famílias. A popularidade atual na abordagem sobre esse déficit se dá em razão de sua prevalência, entre 3% e 5% das crianças em idade escolar, de acordo com informações da Associação Brasileira do Déficit de Atenção (ABDA). 

O TDAH é definido como um distúrbio neurobiológico, cujos sinais aparecem na infância, mas que também podem ser diagnosticados na vida adulta. O transtorno também é frequentemente conhecido por muitas pessoas como DDA (distúrbio do déficit de atenção) e tem como principais manifestações a desatenção em tarefas cotidianas, a inquietude e a impulsividade. 

Reconhecido oficialmente pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o transtorno do déficit de atenção com hiperatividade é diagnosticado por meio de uma análise psíquica e multidisciplinar, de acordo com as necessidades específicas de cada criança ou adulto que procura o atendimento clínico. 

O tratamento do transtorno, por sua vez, pode envolver medicamentos em determinados casos, mas também abrange outras medidas comportamentais. Médicos, psicólogos, fonoaudiólogos e terapeutas ocupacionais são alguns dos profissionais responsáveis por ajudar no tratamento multidisciplinar desse déficit, que constantemente está cercado de mitos. Confira a seguir 6 mentiras e verdades sobre o transtorno do déficit de atenção com hiperatividade.

 

O TDAH surge por culpa dos pais

Mito. O transtorno do déficit de atenção com hiperatividade não acomete as crianças por causa de qualquer negligência na educação dada pelos pais dos pequenos ou algo similar. Afinal, a condição é comprovadamente neurobiológica e tem relação com a hereditariedade, não com falta de afeto ou quaisquer falhas dos pais em relação às crianças.

 

Crianças com TDAH podem ter uma vida normal

Verdade. Pessoas diagnosticadas com o transtorno passam por um tratamento multidisciplinar responsável por lidar da melhor maneira com os sintomas e podem, com toda a certeza, seguir a vida de maneira igualitária aos outros indivíduos na sociedade.

 

Pessoas com TDAH são menos inteligentes

Mito. Não há qualquer estudo científico que sustente essa tese. As pessoas com transtorno do déficit de atenção com hiperatividade têm mais dificuldade em relação ao foco e podem ser mais impulsivas, especialmente quando não há diagnóstico e tratamento, mas isso não faz com que elas sejam classificadas como intelectualmente menos capazes.

 

O diagnóstico de TDAH nem sempre é rápido

Verdade. O déficit muitas vezes é identificado erroneamente pelos pais da criança como sinal de preguiça ou ansiedade, o que faz com que muitos responsáveis demorem a buscar ajuda profissional. Como consequência desse atraso na procura por auxílio especializado, a criança pode ter dificuldades na vida cotidiana que apenas serão combatidas com o tratamento correto.

 

O tratamento não funciona em adultos

Mito. O tratamento para pessoas com TDAH é eficiente em todas as fases da vida, já que ele é multidisciplinar e tem uma abordagem que respeita as características de cada indivíduo para a redução dos sintomas e de comportamentos que podem ser prejudiciais.

 

O tratamento precoce é melhor

Verdade. Um diagnóstico rápido na vida da criança permite que ela tenha uma reestruturação familiar e escolar adequada, que será responsável por levá-la aos melhores resultados na atualidade e também no futuro. Porém, é importante destacar que o tratamento pode — e deve — ser introduzido em qualquer fase da vida, mesmo se a pessoa já for adulta.

  

Gabriel Portella - Diretor da Núcleo Joy, clínica referência no atendimento a pessoas neurodivergentes


Rigidez e dificuldade de movimentar as pernas podem indicar Tromboflebite

 Cirurgião vascular explica as principais causas e sintomas da doença

 

Apesar de não ser um termo tão conhecido entre a população, a tromboflebite é uma doença comum no Brasil, mais habitual entre as mulheres e costuma se manifestar nos membros inferiores. É uma trombose que acontece nas veias superficiais ou profundas, ou seja, uma inflamação da veia causada por um trombo (coágulo).

Os dados mostram que a trombose atinge cerca de 180 mil brasileiros por ano, segundo a Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular (SBACV). Mas, será que sentir rigidez e dificuldade de movimentar as pernas podem indicar Tromboflebite?

O cirurgião vascular e membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular, Dr. Márcio Steinbruch, explica que a tromboflebite é uma doença bastante silenciosa, onde o paciente não apresenta nenhum sintoma até que haja complicações, principalmente quando se trata de uma trombose venosa profunda ou tromboflebite profunda. E que, por isso, quando algum sinal de alerta surgir é importante procurar ajuda médica e investigar o sintoma.

“A formação de um coágulo no interior da veia causa um represamento do sangue. E isso pode gerar inchaço e dor moderada no membro. Caso ocorra em uma veia logo abaixo da pele (tromboflebite superficial), seus sintomas basicamente são dor e endurecimento local, que podem evoluir para sequelas estéticas como manchas marrons. Mas, caso ocorra em uma veia interna (tromboflebite profunda), seus sintomas podem ser bem mais severos como inchaço e dor muito forte que impede até a movimentação. Então, a resposta é sim. Rigidez e dificuldade de movimentação podem ser indícios de tromboflebite”, alertou.

Além de prestar atenção aos outros sintomas como a sensação de queimação e peso nas pernas, e a cor mais arroxeada ou mesmo mais azulada da região, é importante estar ciente sobre os fatores de risco da doença como: predisposição genética, obesidade, varizes, uso de hormônios e tabagismo.

Segundo o especialista, existem alguns dispositivos de segurança que acontecem dentro dos vasos para que essa formação de trombos não ocorra e o sangue continue circulando normalmente.

“A velocidade com que o sangue circula é um dos mecanismos de controle para impedir a trombose. Se a velocidade cair abaixo de um limite mínimo, pode ocorrer uma coagulação e as chances de uma tromboflebite se manifestar aumentam. Por isso, gestantes, pessoas com varizes e em situações em que permanecem imóveis por um extenso período, como, por exemplo, longas viagens de avião e cirurgias são grupos de risco já que a circulação fica prejudicada nessas circunstâncias”.

Vale lembrar que a tromboflebite profunda não está restrita aos membros inferiores, ela também pode atingir uma artéria (trombose arterial). Podendo causar um infarto do miocárdio se estiver localizada em uma artéria que irriga o coração ou um acidente vascular cerebral isquêmico se for em uma artéria cerebral. Um dos maiores riscos da doença é o coágulo ou parte dele se soltar e chegar até o pulmão, causando uma embolia pulmonar. Para todos os casos, no entanto, a orientação é manter uma rotina médica de prevenção ao invés de esperar algum sintoma aparecer.           



Dr. Márcio Steinbruch – formado pela Universidade de São Paulo (USP), é médico com especialização em cirurgia vascular pelo Hospital das Clínicas da FMUSP, além disso, possui título de especialista pela Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular e é membro titular da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular. Curta as redes sociais do médico: Instagram: @livredevarizes e Facebook.com/marcio.steinbruch e acesse o site: www.livredevarizes.com.br/.


Avanços nas cirurgias de coluna proporcionam retorno para a casa no mesmo dia

Utilização de técnicas menos invasivas e o emprego de tecnologias modernas resulta em benefícios significativos, como recuperação mais rápida


A evolução das cirurgias de coluna ao longo do tempo tem trazido benefícios significativos para pacientes que necessitam de tratamentos e procedimentos nessa região do corpo. Com técnicas mais avançadas e menos invasivas, muitos pacientes agora têm a possibilidade de retornar para suas casas no mesmo dia da cirurgia, tornando a recuperação mais fácil e rápida. 

De acordo com o ortopedista Bruno Fabrizio, especialista em cirurgia de coluna, graças a técnicas minimamente invasivas, como cirurgias com pequenas incisões e instrumentos especiais, os pacientes têm experimentado menos dor pós-operatória, menor tempo de recuperação e cicatrizes mais discretas. “Esses procedimentos modernos têm permitido que muitas pessoas retornem para suas casas no mesmo dia, o que representa uma significativa melhoria na qualidade de vida durante o processo de recuperação”, destaca.

Além das técnicas avançadas, a aplicação de tecnologias, como a cirurgia assistida por computador e a imagem intraoperatória, têm proporcionado maior precisão e segurança durante os procedimentos. Essas ferramentas permitem aos cirurgiões ter uma visualização detalhada da coluna durante a intervenção, auxiliando na tomada de decisões e na realização de correções mais precisas.

O avanço das cirurgias de coluna tem sido marcado pela utilização de técnicas menos invasivas e o emprego de tecnologias modernas, resultando em benefícios significativos para os pacientes, como recuperação mais rápida e retorno para casa no mesmo dia. "Esses avanços são fruto de anos de pesquisa e desenvolvimento, além da colaboração entre profissionais da saúde e a indústria médica", revela D. Bruno.

É importante ressaltar que cada caso é único e nem todos os pacientes são elegíveis para procedimentos com retorno no mesmo dia. Uma avaliação médica individualizada é essencial para determinar a melhor abordagem de tratamento para cada pessoa. “É preciso que o tratamento seja personalizado, levando em consideração a condição clínica e o diagnóstico de cada paciente”, aponta o especialista. 



Bruno Fabrízio - Formado pela Faculdade de Medicina de Petrópolis e possui residência em Ortopedia e Traumatologia. É especializado em cirurgia endoscópica da coluna vertebral e procedimentos minimamente invasivos para o tratamento da dor. Foi chefe do serviço de Ortopedia e Traumatologia do Hospital Municipal Lourenço Jorge 2019-2023 e diretor médico do Hospital do Amparo Feminino entre 2020 e 2022. Atualmente, é diretor médico da Clínica Dr Bruno Fabrizio desde 2007.
https://www.instagram.com/drbrunofabrizio/


Alterações no intestino podem representar um risco de câncer?

Especialista da BP sugere incluir a colonoscopia na rotina de exames a partir da idade recomendada e na periodicidade que o médico indicar

 

Um dos tipos de câncer mais comuns no Brasil tem sua origem em uma alteração nas células do intestino grosso, quando ocorre um crescimento desordenado do tecido do órgão. Essas elevações são chamadas pólipos. “A maior parte da população adulta tem ou terá pólipos no intestino. Em princípio, essas formações são benignas, mas com o tempo, podem evoluir para tumores colorretais”, explica Ricardo Saraiva de Carvalho, oncologista clínico da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo.

 

O médico estima que um pólipo pode levar de 10 a 20 anos para se tornar maligno. Nesse período, o grupo de células se multiplica mais rapidamente e sofre modificações de características, passando a invadir os vasos sanguíneos e podendo se disseminar para outros órgãos, conforme alerta o especialista da BP. Apesar disso, o tratamento não é complicado.

 

Centros especializados, como a BP, oferecem a colonoscopia, que é o principal método para prevenir o câncer colorretal. “Esse exame permite obter o material por meio da biópsia, e possui também um caráter terapêutico, pois possibilita a remoção completa dos pólipos”, afirma o Ricardo. O procedimento envolve a introdução do colonoscópio, um tubo fino e flexível equipado com uma microcâmera de alta definição, que permite visualizar internamente o intestino e o reto, detectando qualquer tipo de anomalia.

 

No entanto, a prevenção só está completa com a adoção de hábitos saudáveis, acrescenta o oncologista. Ele recomenda evitar alimentos industrializados, ultraprocessados, embutidos, conservantes, fast-food, carne vermelha, condimentos, gorduras saturadas e conservantes, pois estes itens são culpados pelo processo inflamatório do qual os pólipos se originam. O ideal é adotar uma dieta mais natural, rica em fibras e vegetais. Além disso, a prática de atividade física também é uma importante aliada. “Essa receita ajuda na prevenção de pólipos e câncer colorretal e de muitas outras doenças”, conclui. 

 

BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo


Sete sinais de alerta sobre a visão do seu bebê

No Dia da Saúde Ocular, especialista destaca ainda a importância do teste do olhinho para o diagnóstico precoce de doenças


Estima-se que cerca de 80% das informações sensoriais que os bebês recebem vêm dos olhos, o que torna esse sentido essencial para o seu desenvolvimento.

 

Na semana em que é celebrado o Dia da Saúde Ocular (10/7), Marcelo Cavalcante Costa, oftalmologista e especialista em Retina Infantil da Maternidade São Luiz Star, em São Paulo, destaca os principais sinais de alerta em relação à visão de bebês e crianças.

 

“Embora os bebês não possam expressar verbalmente problemas de visão, existem alguns sinais de alerta que os pais podem observar”, pontua o especialista. Confira:

 

- Lacrimejamento constante: Se o bebê apresentar lacrimejamento excessivo e constante, isso pode ser sinal de um problema ocular, como obstrução do ducto lacrimal ou Glaucoma Congênito.


- Vermelhidão e secreções: Olhos vermelhos, irritados ou com secreção anormal podem indicar uma infecção ocular, como conjuntivite, que requer atenção médica.

 

- Desalinhamento dos olhos: Se os olhos do bebê não estiverem alinhados corretamente, ou seja, se um olho estiver desviado para dentro, para fora ou em uma direção diferente do outro, isso pode indicar estrabismo.

 

- Ausência de contato visual: Embora seja comum que os recém-nascidos não mantenham contato visual imediato, se o bebê não fizer contato ou evitá-lo consistentemente após os primeiros meses de vida, pode ser sinal de um problema de visão.

 

- Falta de interesse em objetos visuais: Se o bebê não mostrar interesse por brinquedos ou objetos coloridos em sua frente, isso pode indicar dificuldades visuais.

 

- Dificuldade em seguir objetos em movimento: A incapacidade do bebê de acompanhar visualmente um objeto em movimento, como um brinquedo balançando, pode ser um sinal de problemas visuais.

 

- Sensibilidade à luz: Se o bebê mostrar desconforto excessivo ou sensibilidade à luz, como piscar excessivamente ou fechar os olhos diante de uma luz brilhante, pode ser um sinal de alerta.

 

“É importante ressaltar que esses sintomas podem indicar outros problemas de saúde, além dos oculares. Caso os pais notem algum desses sinais de alerta, é recomendado consultar um médico, preferencialmente um oftalmologista pediátrico, para uma avaliação adequada da visão do bebê”, orienta Marcelo.

 


Prevenção

 

De acordo com o oftalmologista da Maternidade Star, há mais 50 doenças oculares que podem ser diagnosticadas em recém-nascidos, sendo as mais comuns e graves o retinoblastoma (tipo raro de câncer que atinge pincipalmente crianças), glaucoma e catarata congênita.

 

“São condições que podem levar à perda de visão se não forem diagnosticadas e tratadas precocemente”, destaca o médico.

 

A principal forma de prevenção e detecção precoce de doenças oculares em recém-nascidos é a triagem oftalmológica neonatal, realizada por meio do Teste do Olhinho Ampliado ou Reflexo Vermelho.

 

 O exame, rápido e não invasivo, é realizado com um equipamento portátil, onde o profissional capta imagens do globo ocular do bebê para análise, ainda nos primeiros dias de vida. Estatísticas apontam que 1 a cada 20 pacientes (5% dos casos) possui alguma condição importante e que deve ser acompanhada.

 

“Vale citar que o exame normal é restrito a um grupo de doenças. Para uma avaliação mais detalhada e abrangente, há a opção do Teste do Olhinho Ampliado, que por meio de imagens digitais detecta 100% das doenças oculares do recém-nascido”, explica o oftalmologista.

 

Isso porque o teste do Olhinho Ampliado inclui uma série de testes e exames para identificar não apenas obstruções no eixo visual, mas também condições oculares e outros problemas que podem afetar a visão do bebê, permitindo a detecção e tratamento precoce, com maiores chances de cura e preservação da visão.

 

O teste ampliado é oferecido na Maternidade São Luiz Star, que reúne toda a expertise do Hospital São Luiz, um dos mais tradicionais de São Paulo, com o serviço premium da Rede D’Or. 

“Vale lembrar que o sistema visual da criança ainda é imaturo e o tratamento precoce é essencial para o seu correto desenvolvimento. O Teste do Olhinho Ampliado é um exame rápido, indolor e de grande importância para a saúde ocular dos bebês”, finaliza Marcelo.


Trombose, anticoncepcionais e menopausa: mitos e verdades

O risco de trombose em mulheres pode aumentar em até 5 vezes em diferentes fases da vida. Fique atenta aos riscos e saiba como prevenir situações graves


A trombose venosa profunda (TVP) é uma doença caracterizada pela formação de um coágulo de sangue em uma veia profunda do corpo. Diferentes motivos podem levar à diminuição ou alteração do fluxo sanguíneo, fazendo com que o sangue se aglutine e coagule. 

O perigo está na possibilidade de um fragmento de coágulo se desprender e, através da circulação, percorrer o organismo e se alojar nos pulmões, resultando em uma embolia pulmonar (EP), uma condição grave e que pode ser fatal, explica o Dr. Alexandre Rossi, médico ginecologista e obstetra, responsável pelo ambulatório de Ginecologia Geral do Hospital e Maternidade Leonor Mendes de Barros e médico colaborador de Ginecologia da Faculdade de Medicina da USP. 

“As mulheres devem ter atenção redobrada, pois algumas situações aumentam as chances de desenvolver tromboses em diferentes fases da vida, sobretudo na gravides, puerpério e menopausa”.

 

Prevenção e diagnóstico 

A trombose é uma situação rara, mas merece atenção especial pois há como prevenir e até mesmo diagnosticar precocemente, evitando complicações mais sérias. 

A prática de atividade física regular, evitar permanecer muitas horas na mesma posição, seja em pé ou sentada, e observar a alimentação para incluir itens que favoreçam a circulação sanguínea são alguns dos cuidados importantes, especialmente para quem possui risco aumentado. 

Azeite de oliva, alho, alcachofra, aipo, mirtilos, açaí, limão e uvas são alguns dos alimentos benéficos para a circulação, enquanto excesso de sódio (sal) e aditivos químicos presentes em alimentos industrializados devem ser evitados. 

Sinais de inchaço nos tornozelos, dor, sensação de cansaço e peso nas pernas, principalmente no final do dia, devem ser avaliados por um médico, alerta o Dr. Alexandre. 

“Em situações em que há risco aumentado, como na gravidez ou menopausa, ou antes de optar por um método anticoncepcional, é possível realizar um exame genético para verificar o risco de trombose”. 

Para a realização do exame, o médico ginecologista poderá fazer a coleta do material vaginal em consultório e encaminhar ao laboratório. Com os resultados em mãos, ele avaliará qual o melhor caminho para a indicação de anticoncepção ou terapia de reposição hormonal.

 

Trombose e gravidez 

Algumas fases da vida da mulher merecem atenção especial relacionada à trombose. Na gravidez, este risco aumenta, pois entre as alterações naturais do organismo, nesta fase o sangue passa a se coagular mais facilmente. Se por um lado esta mudança beneficia a mulher prevenindo maiores perdas de sangue durante o parto, aumenta o risco de desenvolver um coágulo sanguíneo. 

Além disso, com o crescimento do feto, há aumento da pressão nos vasos sanguíneos ao redor da pelve, lentificando o fluxo sanguíneo. Há, ainda, a dificuldade de movimentação natural da gestante e da puérpera, limitando o fluxo sanguíneo normal nas pernas.


Trombose e menopausa 

A partir do climatério, as mulheres voltam a enfrentar um risco aumentado de coágulos sanguíneos. Com a redução da produção de hormônios que regulam o ciclo reprodutivo, muitas mulheres têm a indicação de realizar a reposição hormonal à base de estrógenos que, se utilizados em altas doses, também podem aumentar o risco de trombose venosa.

 

Outros fatores 

São fatores importantes na avaliação do risco de trombose o histórico familiar ou pessoal de coágulos sanguíneos e distúrbios de coagulação do sangue. Por isso, estas informações devem ser levadas ao médico antes de optar por um método anticoncepcional ou terapia de reposição hormonal. 

Episódios de imobilidade prolongada devido a situações de saúde ou condições médicas como doenças cardíacas ou pulmonares ou diabetes, também devem ser notificadas ao médico.


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