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quarta-feira, 13 de julho de 2022

Tratamentos estéticos no Inverno: saiba quais os ativos mais recomendados para a estação

Além de alguns cuidados especiais com a pele nas temperaturas mais frias, o inverno pode ser melhor para fazer tratamentos mais invasivos do que feitos no verão, por ser a estação mais fria do ano e possuir a menor incidência de raios UVA/UVB. 

Por esse motivo, nessa época, as pessoas se sentem mais confortáveis para realizar tratamentos que podem envolver ativos fotossensíveis. “O Inverno é a estação mais adequada para procedimentos que utilizam ácidos, pois, com o sol e calor menos potentes, tais substâncias podem ser usadas com menos restrições, porém sempre associadas a protetor solar diariamente”, esclarece Sarah Bechstein, dermatologista e co-fundadora da health tech alemã FORMEL Skin.

A seguir, Dra. Sarah explica sobre os compostos e ácidos mais procurados durante o inverno por demandarem muito cuidado em relação à exposição solar.


Ácido Retinóico ou tretinoína 

Um dos mais eficazes ácidos usados na dermatologia há décadas é um derivado da vitamina A que remove células mortas, estimula colágeno, suaviza linhas finas e diminui manchas. Também bastante usado no combate à acne e envelhecimento. Esse composto é utilizado à noite para evitar que a pele tenha contato com o sol após a aplicação do produto. 

“Além do risco de causar manchas, a exposição ao sol sem proteção durante o uso de tretinoína não é indicado, pois a pele fica mais sensível aos raios solares devido à descamação causada pela substância”, completa a especialista.


Hidroquinona

Trata-se de uma substância usada na pele para clarear manchas escuras e melasma. O efeito clareador da hidroquinona aparece geralmente após um mês de uso e o tratamento não deve ultrapassar três meses, segundo alguns autores. Durante o procedimento com hidroquinona, deve-se evitar ao máximo a exposição ao sol.

“É altamente recomendada a aplicação de protetor solar, com filtro de fator de proteção 50 ou mais, durante e após o tratamento, pois o efeito da despigmentação obtida é reversível, bastando para isso interrupção do tratamento”, alerta.


Adapaleno 

O adapaleno é um análogo dos retinóides, com ações similares as do ácido retinóico. Ele tem ação queratolítica e é usado no tratamento de acne leve a moderada. Este ácido também é indicado para o tratamento do fotoenvelhecimento cutâneo.

Durante seu tratamento, o uso de protetores solares e até o uso de roupas protetoras sobre as áreas tratadas são recomendados quando a exposição não puder ser evitada. 

“Extremos de temperatura, vento e frio também podem ser irritantes para pacientes sob tratamento com adapaleno, por isso, recomendamos o uso de hidratantes para garantir a recuperação da barreira de proteção cutânea”, pontua Sarah. 


Peróxido de Benzoíla 

Além do seu principal benefício, que é controle da acne, pela sua ação bactericida o Peróxido de Benzoíla também tem ação queratolítica, o que pode contribuir para o rejuvenescimento da pele. A dermatologista explica que pode ocorrer descamação após uma ou duas semanas de uso, por isso a preocupação com a proteção solar e  a importância de cuidar da barreira protetora da pele fazendo uso de hidratantes. 


Ácido Salicílico

Um dos mais usados no tratamento da acne, tem como uma das suas principais funções a ação anti-inflamatória, além de promover esfoliação, renovação da pele, remoção das células mortas e o excesso de oleosidade. Está presente em vários cosméticos para pele oleosa e acneica, em concentrações bastante toleráveis. Em concentrações mais elevadas, pode ser usado na forma de peelings aplicados por profissionais capacitados. 


Ácido Glicólico 

Segundo a Dra. Sarah, atualmente existe um interesse cada vez maior no uso do ácido glicólico no rejuvenescimento da pele. Este componente provoca vasodilatação, diminui a espessura e a compactação do estrato córneo, além de acelerar o “turnover” da epiderme e estimular a síntese de colágeno. É usado nas concentrações de 2 a 10% para tratamento de acne, hipercromias, atenuação de rugas finas e linhas de expressão, e, em concentrações maiores, é usado como peelings. 


Ácido Azelaico 

É uma substância que pode ser encontrada em forma de gel ou creme, variando entre 5% a 25%. Auxilia no tratamento da acne leve a moderada, age eliminando as bactérias causadoras de acne e também atua diminuindo a produção de queratina, que torna o ambiente propício para a proliferação bacteriana. Também é um inibidor da substância tirosinase (envolvida no metabolismo da melanina), assim, é capaz de reduzir a síntese de melanina, ajudando em casos de melasma e hiperpigmentação pós-inflamatória. 

Recentemente, foi aprovado pelo FDA (órgão que regulamenta os alimentos e fármacos nos EUA) para o tratamento de rosácea, graças às suas propriedades antibacterianas, antioxidantes e anti-inflamatórias. A principal vantagem do uso de ácido azelaico em relação a outros ativos é o fato de ser menos sensível à exposição solar e causar menos efeitos colaterais significativos.


Acompanhamento médico

Para finalizar, Sarah Bechstein reforça a importância do acompanhamento contínuo com um profissional que possa avaliar as características de cada pele e indicar ou não cada um dos procedimentos citados.

“Cada pele é única e exige cuidados específicos. Antes de realizar qualquer tipo de procedimento, é fundamental que a paciente consulte uma dermatologista de confiança que possa orientá-la da melhor forma”, conclui.



FORMEL Skin healthtech

www.formelskin.com.br

 

Para estimular doação de órgãos e tecidos, Instituto brasileiro lança concurso de desenhos

Divulgação

Segunda edição do Salão de Humor vai premiar charges e cartuns. As inscrições das artes podem ser feitas até o dia 15 de agosto, de forma on-line, e serão premiadas com valores em dinheiro

 

O Instituto GABRIEL, organização social sem fins lucrativos que trabalha desde 2000 para estimular a doação de órgãos e tecidos de bebês portadores de anencefalia, lançou, no dia 4 de julho, o 2° Salão de Humor sobre Doação de Órgãos. Atualmente, mais de 56 mil pessoas esperam por um transplante no Brasil. E o “sim” de uma só pessoa pode salvar até oito vidas.

A primeira edição do Salão de Humor aconteceu em 2008 e premiou quatro categorias de humor gráfico: Charge, Cartum, História em Quadrinhos e Caricatura. “O sucesso da iniciativa foi tão grande que os convites para que novas edições do Salão de Humor ocorressem foram constantes de lá para cá”, conta Maria Inês Toledo de Azevedo Carvalho, presidente do Instituto GABRIEL e criadora do projeto em conjunto com Valdir de Carvalho e o cartunista Mário Mastrotti. 

Desta vez, 14 anos depois da primeira edição, o evento vai premiar duas categorias: Cartum e Charge. O formato on-line busca democratizar ainda mais a participação de artistas de todo o Brasil. A expectativa é que mais de 100 mil pessoas participem.

“Durante esses 14 anos da primeira edição, as obras puderam ser vistas em diversas exposições e mostras em várias cidades do país. Há alguns anos, já queríamos promover a segunda edição, mas o cotidiano sempre acabava postergando a ação. Com o falecimento de meu marido Valdir de Carvalho, no final de 2019, tornou-se questão de honra trabalhar para que o Salão acontecesse para homenageá-lo. Juntamos força e motivação com nossa equipe e aqui estamos realizando essa meta”, explica Maria Inês. O público-alvo são profissionais da área da saúde, educação, artistas gráficos, estudantes e população em geral. 

Os interessados podem inscrever até três obras por categoria no site do Instituto (www.gabriel.org.br/salaodehumor/) até às 23h59, no horário de Brasília, do dia 15 de agosto. O anúncio sobre os vencedores ocorre dia 27 de setembro, Dia Nacional do Doador de Órgãos. Depois disso, será aberta uma visitação virtual às obras vencedoras. Tudo vai ser compartilhado nas redes sociais do Instituto GABRIEL. 

A premiação vai contemplar o primeiro e segundo lugares com valores em dinheiro de R$ 1 mil e R$ 500,00, respectivamente. Serão, ainda, destinadas três menções honrosas por categoria. O corpo de jurados escolhido pela organização do evento é formado por profissionais de saúde, da área de captação de recursos e transplantes de órgãos, com nomes de expressão no setor, que são: Alexandro Andreolli, Bruno Deltreggia Benites, Gustavo Fernandes Ferreira, João Luiz Erbs Pessoa, Helder José Lessa Zambelli, Lucio Filgueiras Pacheco Moreira, Marcelo Mion, Marilda Mazzali, Tadeu Thome e Walter Duro Garcia. Eles vão julgar as obras que terão maior impacto junto à comunidade e, claro, que também tenham uma boa dose de humor para chamar a atenção, de forma lúdica, para a importância da causa, que é a doação de órgãos. 

“Apoiar a segunda edição do Salão de Humor é uma oportunidade de abordar um tema de alto impacto de maneira leve e lúdica. Hoje, a fila de espera por transplantes no país cresceu 30,4% e chega a 50 mil pessoas. Por isso, é de extrema importância a conscientização da sociedade quanto a doação de órgãos. Basta um sim para que a vida possa continuar”, comenta Paula Peres Mazuco, gerente de Marketing da Biometrix.

Para Maria Inês, presidente do Instituto GABRIEL, a expectativa é de que a segunda edição do evento seja capaz de inspirar ainda mais artistas a produzirem obras que levem mensagens positivas e sensibilizem as pessoas. “Esperamos conscientizar cada vez mais a sociedade sobre a importância da doação de órgãos como um gesto de solidariedade que salva vidas”, diz. 

Na primeira edição, o evento recebeu 250 obras de todo o Brasil, em quatro categorias. A expectativa para esta edição é que sejam inscritas 400 obras. Mais informações podem ser obtidas em www.gabriel.org.br/salaodehumor/ ou pelo WhatsApp (19) 98700-0466. 

 

Sobre a Biometrix

Líder no mercado de atuação, a Biometrix Diagnóstica está há mais de 25 anos desenvolvendo soluções voltadas ao diagnóstico molecular. O objetivo da Biometrix é tornar o diagnóstico médico cada vez mais rápido e preciso, sempre em busca de resultados que contribuam com a saúde e o bem-estar. Por isso, está comprometida com a qualidade de vida, oferecendo a mais alta tecnologia em reagentes para diagnóstico e equipamentos laboratoriais, principalmente relacionados a transplante de órgãos e tecidos. Mais informações:  www.biometrix.com.br

Sobre o Instituto Gabriel

O Instituto GABRIEL é uma organização social sem fins lucrativos. Seu nome é uma homenagem à Gabrielle de Azevedo Carvalho, que nasceu com anencefalia (ausência de cérebro), no dia 24 de maio de 1998. Gabrielle foi o segundo bebê do casal Maria Inês Toledo de Azevedo Carvalho e Valdir de Carvalho a apresentar a má formação congênita. Dez anos antes, eles já haviam perdido outra filha em decorrência do mesmo problema.

Maria Inês e Valdir optaram por manter a gestação de Gabrielle até o final para, após o nascimento do bebê e seu inevitável falecimento, efetuar a doação de seus órgãos na tentativa de ajudar crianças que aguardavam por um transplante. Entretanto, a doação não pôde acontecer em virtude de uma omissão na lei brasileira em vigor naquela época, que não previa a doação de órgãos de bebês portadores de anencefalia.

O Instituto GABRIEL iniciou, então, um trabalho para que a normatização das doações acontecesse. Isto só se concretizou parcialmente em 02 de março de 2007, com a portaria do Ministério da Saúde, mas que ainda não atende por completo às necessidades desse tipo de doação.

No decorrer dos anos, o Instituto GABRIEL se especializou em desenvolver projetos para o incentivo à doação de órgãos e tecidos, como, também, de prevenção das malformações congênitas e das principais causas de doenças que levam ao transplante. Mais informações: www.gabriel.org.br 


H.Olhos orienta sobre importância do “Detox Digital” com as crianças durante as férias escolares

 Oftalmologista alerta que excesso de uso de telas causa a síndrome visual do computador (SVC); condição está relacionada à miopia acomodativa, uma dificuldade temporária de enxergar de longe

 

A chegada das férias é um bom momento para crianças e adolescentes deixarem de lado os aparelhos eletrônicos e investir em outras atividades, principalmente nas brincadeiras outdoor. É comprovado cientificamente que o uso contínuo e prolongado de celulares, tablets, computadores e outros dispositivos pode prejudicar a visão, principalmente pela luz emitida pelos aparelhos, que age diretamente nos olhos causando uma sensação de visão embaçada, irritação, ardência por conta do olho seco, entre outros problemas como miopia, por exemplo. 

“O excesso de uso de tela tornou-se muito comum, principalmente com a pandemia, e é conhecida como síndrome visual do computador (SVC). A condição está relacionada à miopia acomodativa, uma dificuldade temporária de enxergar de longe. Nos últimos 3 anos observamos que a miopia precoce em crianças e adolescentes aumentou significativamente, além do ritmo esperado para a idade, o que futuramente pode causar, na fase adulta, outras doenças oculares como problemas de retina, catarata e glaucoma, explica a Dra. Helena Costa oftalmologista do H.Olhos em São Paulo, da rede Vision One. 

O período de férias é um bom momento para as crianças fazerem um “detox digital”, evitando o excesso de telas, principalmente à noite. Além dos problemas oculares, a luz azul emitida por esses aparelhos faz com que o cérebro entenda que ainda está de dia e precisa ficar alerta, quando justamente deveria ser o contrário.

 

Sintomas

Os sintomas mais comuns da síndrome visual do computador são: olhos secos e irritados, pálpebras ressecadas, sensação de ardência nos olhos, visão embaçada, fadiga ocular e dores de cabeça. 

Outros sintomas não estão diretamente ligados à visão, mas também podem ser percebidos no excesso de telas, como dores do pescoço e nas costas, ligados diretamente à ergonomia, ou seja, a postura corporal, normalmente incorreta.

 

Prevenção

Nada melhor que brincar: brincadeiras tradicionais como pega-pega, esconde-esconde, jogos com bola, entre outros, são excelentes oportunidades para deixar as telas de lado. O “modo brincar” ao ar livre é essencial não só para a visão, mas também para uma infância saudável!

 

Descansar os olhos é importante: faça pausas de 5 a 10 minutos a cada 2 horas. Amplie a visão olhando alguns segundos para pontos distantes.
 

Ajuste o brilho das telas: aumentar o contraste e reduzir o brilho facilita a leitura e força menos os olhos. Além disso, o modo noturno dos aparelhos reduz a emissão da luz azul.
 

Lentes de contato: quando possível, deixe as lentes de contato de lado e utilize os óculos.
 

Invista em boas telas: filtros antirreflexo e monitores LCD possuem melhor resolução e auxiliam com uma visualização mais confortável.
 

Não esqueça de piscar: diante das telas piscamos menos. A média de 15 a 20 piscadas por minuto cai para 6 a 8.

 

“Não existe uma fórmula exata, mas o ideal é aproveitar as férias e deixar a tecnologia de lado o máximo possível. Os aparelhos não são vilões, mas é preciso ter bom senso e disciplina durante o uso. E vale sempre destacar que a prevenção é fundamental, por este motivo é importante visitar um oftalmologista pelo menos uma vez ao ano, desde a infância”, acrescenta Dra. Helena, do H.Olhos.

 

Vision One


Alergias respiratórias: o que são, sintomas, causas e principais cuidados

As doenças respiratórias representam boa parte dos problemas de saúde entre as pessoas. É uma soma entre os fatores genéticos e as alterações ambientais como as mudanças climáticas nos períodos de outono e inverno. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 35% da população brasileira possui algum tipo de alergia.  

As alergias respiratórias são uma resposta exagerada do sistema imunológico a poeira, alimentos, fungos, ácaros, substâncias químicas ou pólen, provocando a exacerbação de doenças como rinite, asma, sinusite e bronquite. De acordo com a médica pneumologista pediátrica, Raquel Mascarenhas Freitas, após a exposição a alguma dessas substâncias responsáveis em gerar a alergia, o corpo responde com inflamações que irão desencadear sinais ou sintomas.  

“Obstrução nasal, coriza, coceira no nariz, vermelhidão ocular, tosse, falta de ar e até manifestações em pele, como manchas, mudanças da textura deixando mais áspera e seca. São sintomas que podem ser confundidos com um quadro de resfriado comum ou gripe. O que diferencia o quadro alérgico é que estas doenças apresentam também sintomas sistêmicos como febre, dores pelo corpo, inflamação da garganta e uma prostração”, explicou a especialista, que também é professora do curso de Medicina da Unex - Centro Universitário de Excelência, em Feira de Santana. 

Segundo Raquel Mascarenhas, o próprio clima, frio e seco, serve como um fator irritante para as vias respiratórias. “Um dos motivos das alergias se agravarem no período frio é porque existe uma maior circulação viral nesta época. Também temos a tendência de ficar em ambientes mais fechados e aglomerados devido ao frio. Em geral, estes locais apresentam uma maior predisposição ao acúmulo de ácaro e poeira. Além disso, o uso de roupas de lã e cobertores que ficam muito tempo guardados também são acumuladores desses alérgenos”, comentou.  

 

Diagnóstico e tratamento 

O primeiro passo para uma efetiva análise do quadro é procurar ajuda de um profissional capacitado, ressalta a pneumologista. “O diagnóstico correto é feito através de uma boa anamnese e exames complementares como: prick test ou dosagem de imunoglobulina ‘E’. No caso de asma fazer a realização de uma espirometria. O tratamento é direcionado para cada paciente e consiste em higiene do ambiente, uso de medicamentos antialérgicos, corticóides (sistêmicos tópicos ou inalatórios) e o tratamento com as vacinas”, destacou.  

É o que conta o programador, Carlos Soares, que descobriu quando criança a alergia à poeira e a pelo de animais. “Tenho que evitar estes agentes alérgicos, manter o ambiente limpo e ficar longe de animais. O contato causa espirro, tosse, irritação nos olhos e se ficar muito tempo próximo acontece também sangramento nasal”, enfatiza.  

Durante o inverno, seus cuidados precisam ser redobrados, afirma. “Tenho asma e tenho que tomar cuidado para não ficar resfriado e favorecer a inflamação do organismo, pois, com isso, diminui as defesas e dificulta o controle da asma. Com relação a alergia, não muda muito, pois já utilizo antialérgicos”, falou.  

Raquel Mascarenhas orienta que é necessário evitar varrer a casa e usar pano úmido, assim como não ter em casa itens que acumulam poeira, como tapetes, bichos de pelúcia, etc. Em ambiente muito seco, utilizar um umidificador. Importante ainda, esclarece a pneumologista, realizar a lavagem das roupas de frio antes do uso, trocar com frequência as roupas de cama, evitar locais de aglomeração (preferir ambientes arejados), lavagem das mãos com frequência e o uso de capas antialérgicas em colchão e travesseiro.


Brasil registra 515 amputações de pênis por ano


A melhor forma de prevenir o câncer de pênis é com uma boa higienização
Pixabay

Câncer no órgão reprodutor masculino é a principal causa. Neste Dia do Homem, urologista relata cuidados necessários no dia a dia

 

Nos últimos 14 anos, foram registradas 7.213 amputações de pênis no Brasil, o que corresponde a um aumento de 1.604% no número desses procedimentos. Os dados, levantados pelo Ministério da Saúde, foram divulgados em fevereiro pela Sociedade Brasileira de Urologia (SBU). No período, foram realizados 7.213 procedimentos, uma média de 515 por ano. Neste 15 de julho, quando é celebrado o Dia do Homem, é importante ressaltar os cuidados com a saúde masculina. 

A remoção do órgão tem como principal causa o câncer, que registrou 1.791 casos no Brasil em 2021, de acordo com o DataSUS, plataforma de informações do Sistema Único de Saúde (SUS). Os números da doença vêm em queda desde 2019, quando foram registrados 2.197; em 2020 foram 2.095. Porém, a SBU afirma que a pandemia impactou na procura por ajuda médica e o consequente diagnóstico.  

Traumatismos, acidentes, agressão física, automutilação e intercorrências em cirurgias de circuncisão são alguns outros motivos que podem causar amputação de pênis, apontados pelo urologista Leandro Ferro (CRM-GO 10461), que atende na clínica Oncore, localizada no Órion Complex, em Goiânia. “É importante observar a presença de fimose (dificuldade ou incapacidade de retrair o prepúcio para expor a glande do pênis), verrugas genitais, feridas ou úlceras que demoram para cicatrizar e a presença de manchas avermelhadas”, destaca ele sobre sinais que podem indicar que o órgão está doente. 

Já em relação ao câncer de pênis, o especialista destaca os sintomas mais comuns. “Mudanças na pele, com área que fica mais grossa, alteração da cor, nódulo, verrugas, ferida que sangra ou não cicatriza, erupção cutânea vermelha sob o prepúcio, pequenas feridas escamosas, crescimento de manchas marrom-azuladas planas, fluido malcheiroso ou sangramento sob o prepúcio. Inchaço ou edema na cabeça do pênis e nódulos na virilha, que acontece quando o tumor alcança os gânglios linfáticos”, detalha.

 

Higiene

Esse tipo de tumor está relacionado principalmente à má higiene na região, por isso, uma boa higienização é fundamental. “É recomendado a limpeza diária do pênis com água e sabão, ela pode ser feita durante o banho ou em qualquer outro momento onde se apresente alguma sujeira na genitália e, ainda, após relações sexuais e masturbação. Durante a higienização deve-se, com cuidado, puxar o prepúcio para trás e limpar a parte inferior, bem como a glande (ponta do pênis) com uso de água e sabonete. Outro cuidado é manter o pênis sempre muito bem seco após a limpeza, o banho ou depois de urinar. Isto pode ser feito com uma toalha seca, papel toalha ou papel higiênico”, explica o médico.

Leandro Ferro diz ainda quais são os chamados grupos de risco para o desenvolvimento do câncer de pênis. “O risco aumenta com a idade. A média do diagnóstico é 68 anos e cerca de 80% dos casos da doença são diagnosticados em homens com mais de 55 anos; fimose, pois em homens não circuncidados o prepúcio pode, por vezes, tornar-se apertado e difícil de retrair dificultando ainda mais a higienização. Presença de esmegma, secreção espessa e mal cheirosa que pode se acumular sob o prepúcio intacto. Infecção pelo HPV ou pela Aids; tabagismo e praticar zoofilia”. 

O especialista revela que as principais opções de tratamento para pacientes com câncer de pênis são cirurgia, radioterapia, terapia local e quimioterapia. Em algumas situações uma combinação desses tratamentos também pode ser utilizada. Além dos cuidados de higienização do órgão sexual, para evitar a doença é recomendado não fumar e buscar avaliação de um urologista para eventual tratamento de fimose e HPV. 

Para este Dia do Homem, Leandro Ferro salienta a importância de uma avaliação médica rotineira e preventiva para o diagnóstico de doenças em sua fase inicial. “Sabemos que o preconceito é um fator que impede alguns homens de cuidar da sua saúde. Muitos dos que comparecem para consulta eletiva ainda apresentam receio de realizar uma avaliação com urologista. Assim como o ginecologista é a referência para as mulheres, o urologista se propõe a ser o médico do homem nas várias fases da vida. Não deixe que o preconceito atrapalhe você a cuidar da sua saúde. Uma barreira histórica e cultural gera no homem o receio de expor uma eventual fragilidade, associada à escassez de tempo e por julgar-se o guardião da família. Está na hora de mudarmos essa história e propiciar ao homem o mesmo cuidado à saúde que de todos é direito”.


Especialista dá dicas de como aproveitar as férias de maneira saudável

Divulgação/Herbalife Nutrition
Mestre em nutrição explica como se alimentar com equilíbrio e aproveitar o período de descanso


As férias são um momento para relaxar e fazer uma pausa em nossas atividades diárias. É também uma oportunidade para visitar e explorar lugares desconhecidos. Mas não queremos apenas passear pelos pontos turísticos, como também desfrutar de novos pratos e sabores. Não é mesmo? Afinal, quem não gosta de experimentar as iguarias locais e fazer uma pausa na dieta? 

Estar em período de férias não significa renunciar uma boa nutrição, segundo a mestre em nutrição Susan Bowerman, diretora sênior global de educação e treinamento em nutrição da Herbalife Nutrition. 

Confira cinco dicas da expert e veja como é possível comer de maneira saudável, explorar novos lugares e, ocasionalmente, ainda se deliciar com guloseimas.
 

Beba melhor

Apesar dos drinks serem deliciosos, boa parte é carregada de calorias do álcool, de xaropes açucarados e de sucos. Por isso, evite exagerar nas bebidas doces, limitando seu número e mantendo-se hidratado com chá simples ou água mineral. Nos dias quentes, a hidratação é fundamental para repor o líquido perdido pela transpiração e ajudar a evitar o superaquecimento.
 

Faça lanches inteligentes

Quando você passa o dia visitando pontos turísticos ou caminhando pela cidade, é provável que encontre snacks tentadores e muita comida de rua. O problema é que vários deles são muito calóricos. Então, procure dividi-los com seus amigos e familiares, limitando-se a apenas uma ou duas mordidas. Lembre-se também de fazer um café da manhã rico em proteínas e leve alguns lanches saudáveis ​​com você -- como barras de proteína, nozes ou frutas. Assim, você terá menos fome e ficará menos propenso a comer esses alimentos.
 

Mantenha-se em movimento

Embora a ideia é relaxar, férias não significam renunciar seu exercício diário. Portanto, lembre-se de levar seu par de tênis ou maiô para aproveitar a academia ou a piscina do hotel. Alguns resorts oferecem aulas em grupo -- de ioga a hidroginástica -- como uma maneira divertida de movimentar o corpo. Algumas academias locais possuem planos diários ou de uma ou duas semanas, assim como muitos centros comunitários oferecem sessões de treino.
 

Coma mais verde

No lugar do pão com manteiga ou dos aperitivos fritos, comece cada refeição com alimentos verdes. Saladas e vegetais como acompanhamentos são uma ótima maneira de se alimentar de forma saudável antes de se jogar em outras opções. Tente fazer com que 50% de suas refeições sejam de vegetais. Isso vai permitir que você prove as iguarias locais enquanto segue a dieta.
 

Durma bem

Enquanto a fantasia de viajar nos faz imaginar a cama mais confortável do mundo em um lindo quarto de hotel, a realidade pode significar acampar em um colchão de ar com vazamento ou dormir em um ambiente com paredes finas ou ao lado de muitos membros da família. Acontece que existe uma correlação entre a falta de sono e o excesso de alimentação -- pesquisas mostram que, quando ficamos muito cansados, preferimos alimentos nem sempre saudáveis na tentativa de aumentar os níveis de energia. Por isso, se possível, tente dormir e acordar na hora habitual para não atrapalhar seus padrões de sono. Use máscara para bloquear a luz do ambiente e tampões nos ouvidos para reduzir o ruído. Caso você acorde cansado, evite os carboidratos refinados e açucarados (como sonhos, waffles e donuts) no café da manhã. Comece a se hidratar com água, café ou chá e consuma proteínas saudáveis como ovos ou iogurte.


Susan Bowerman - Diretora Sênior Global de Educação e Treinamento em Nutrição da Herbalife Nutrition. Estudou biologia com honras na Universidade do Colorado e se titulou como Mestre em Ciência e Nutrição de Alimentos pela Universidade Estadual do Colorado. É nutricionista certificada pela Academia de Nutrição e Dietética como especialista em Nutrição Esportiva, Obesidade e Controle de Peso. Também é membro da Academia e diretora assistente do Centro de Nutrição Humana da UCLA e atua como professora assistente de nutrição na Universidade Pepperdine e professora de nutrição do Departamento de Ciência e Nutrição de Alimentos da Universidade Politécnica Estadual da Califórnia.
 

Herbalife

https://herbalife.com.br/


 

Descubra por que as dores crônicas podem piorar durante os dias frios

Ortopedista explica relação entre as baixas temperaturas e as dores no corpo


Sim, você tem razão quando percebe que suas dores crônicas parecem mais intensas no inverno. E, infelizmente, você não está sozinho. Segundo a Sociedade Brasileira de Estudos de Dor, mais de 30% dos brasileiros sofrem com algum tipo de dor crônica, aquela que tem duração maior do que três meses. Geralmente são dores relacionadas às doenças, como artrite, artrose, tendinite, bursite, cefaleia, entre muitas outras.

Segundo o Dr. Layron Alves, ortopedista especialista em cirurgia do ombro e cotovelo e sócio da Clínica LARC, esse fato ocorre porque o corpo é programado para se adaptar às mudanças que possam acontecer no ambiente e, assim, garantir a sobrevivência. O que nem sempre é um ponto positivo quando falamos em dores crônicas.

“O que acontece é que todo o corpo sofre um processo chamado de vasoconstrição, ou seja, os vasos sanguíneos diminuem de calibre prejudicando o fluxo de sangue para as extremidades. Isso por si só já piora a intensidade das dores. Mas, vale ressaltar que a viscosidade dentro das articulações também fica prejudicada e o paciente, que sofre com problemas articulares, tende a ter mais dor e maior dificuldade de movimento”, esclareceu o especialista.

O aumento das dores em dias frios não depende da faixa etária. Ao contrário do que muitos pensam: não são somente os idosos que sofrem com dores crônicas. Isso está relacionado ao histórico médico de doenças e tratamentos. Pacientes que passaram por intervenções cirúrgicas para colocação de pino, placa ou prótese sentem mais ainda quando o inverno chega.

Geralmente essa dor crônica acompanhada pela rigidez na articulação dificulta o movimento, interferindo na rotina da pessoa, principalmente quando afeta as grandes articulações, como é o caso do ombro, por exemplo. Além de impossibilitar a elevação do braço, é comum que toda a região do pescoço também fique inchada e inflexível.

Para o Dr. Layron a melhor alternativa é evitar todo esse sofrimento mantendo uma rotina saudável e constante de exercícios físicos. Assim, é possível melhorar a circulação sanguínea, manter o fortalecimento muscular da região e garantir uma melhor flexibilidade de movimento.

“Sempre digo aos pacientes que é possível ter qualidade de vida, mesmo diante de dores crônicas, mas que para isso é preciso disciplina. A atividade física, sem dúvida nenhuma, é uma prática que evita muitas intervenções medicamentosas. Nestes casos, recomendo que o paciente pratique exercícios de baixo impacto pelo menos três vezes na semana e com supervisão de um profissional”, indicou.

“Alguns pacientes já estão em quadros mais avançados e precisam passar por um tratamento para amenizar as dores da articulação, as dores ortopédicas. Esses tratamentos vão melhorar o quadro de dor, permitindo que o paciente consiga realizar essas atividades com mais facilidade”, concluiu.

O especialista ainda lembra que evitar exposição direta ao frio, manter as extremidades aquecidas e usar bolsa de água quente nas regiões dolorosas, também podem contribuir para melhorar os sintomas.

 

Dr. Layron Alves – ortopedista, especialista em tratamento de doenças crônicas degenerativas e em cirurgia do ombro e cotovelo, membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT) e da Sociedade Brasileira de Cirurgia do Ombro e Cotovelo (SBCOC). O especialista é preceptor efetivo da residência médica do Hospital Ipiranga SP e membro do grupo de cirurgia do ombro e cotovelo da Faculdade de Medicina do ABC.


Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul manifesta preocupação com avanço entre adolescentes e jovens do cigarro eletrônicos

 

Freepik
Mesmo com o uso proibido no Brasil, o cigarro eletrônico segue trazendo preocupação e um dos focos de maior atenção são os adolescentes

 

O alerta é da Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul que enxerga a necessidade de um olhar atento das autoridades públicas sobre o tema. A grande maioria dos cigarros eletrônicos têm em seu componente nicotina. A estratégia da indústria, porém, para agradar adolescentes o induzindo ao uso, são os aromas.

"Existe uma gama imensa de aromas, mas que servem só como um atrativo para os jovens e adolescentes. A nicotina está ali e pode, neste formato, causar um mal até superior ao cigarro tradicional. Isso tem sido usado, virou moda e, infelizmente, já se percebe a estratégia maliciosa de quem vende colocando outros ingredientes. O que os pais precisam esclarecer junto aos filhos é que eles não são seguros, como muitos pensam. O adolescente precisa ser orientado sobre isso. Já estamos vendo lesões pulmonares e problemas causados por esses dispositivos", alertou o médico pediatra da Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul (SPRS), José Paulo Ferreira.

A recomendação aos pais é que conversem com os filhos e que não permitam que sejam ingênuos ou que cometam erros por desconhecimento.

"Se é uma droga que é de venda proibida, é por alguma razão. Ao fazer uma compra, o adolescente está entrando no mesmo mercado de venda de drogas ilícitas", salientou.

O que mostram os estudos

A Sociedade Brasileira de Pediatria também fez um alerta sobre a preocupação com o tema. Estudos animais in vivo, demonstraram que os vapores produzidos pelos líquidos dos cigarros eletrônicos, especialmente com o acréscimo de aromatizantes, produzem o mesmo efeito prejudicial à estrutura pulmonar e vasculatura que o fumo do tabaco, foram demonstrados toxicidade, estresse oxidativo, resposta inflamatória em células epiteliais brônquicas, ativação de fibroblastos, hiperresponsividade, aumento do espaço aéreo distal, produção de mucina e expressão de citocinas e proteases.

Substâncias cancerígenas conhecidas do tabaco, as nitrosaminas (nitrosaminas específicas do tabaco – TSNA) e os carbonilos, foram encontrados dentro do vapor da maior parte dos e-cigs. De um modo geral, as detecções estão muito abaixo das encontradas nos cigarros convencionais, mas no caso dos carbonilos já se detectou níveis comparáveis aos do tabaco tradicional. O propilenoglicol e o vapor de glicerol, que são os componentes principais dos cartuchos de cigarros eletrônicos, são irritantes conhecidos das vias aéreas superiores. Pouco se sabe sobre as implicações para a saúde da inalação repetida destes produtos. Os aromatizantes são outro aditivo comumente encontrado nestes dispositivos, são derivados de aromas utilizados em alimentos. O efeito deletério destes produtos está sendo estudado. Pesquisas iniciais demonstraram especificamente que o aroma de canela tem potencial citotóxico.

As análises foram feitas pelos Departamentos Científicos de Pneumologia, Toxicologia e Otorrinolaringologia da Sociedade Brasileira de Pediatria.

 

Marcelo Matusiak


Pessoas com algum grau de perda de audição podem ter maior risco de desenvolver demência no futuro

pexels
Como a audição afeta a saúde do cérebro: especialista da Mayo Clinic explica

 

Pessoas que têm dificuldades para acompanhar conversas ou que estão desenvolvendo problemas com as habilidades de memória e raciocínio podem precisar verificar sua audição. A perda de audição relacionada à idade pode estar vinculada a um risco cada vez maior de declínio cognitivo, explica o Dr. Ronald Petersen, M.D., neurologista e diretor do Centro de Pesquisa da Doença de Alzheimer da Mayo Clinic.

Diversos estudos grandes mostraram que pessoas com algum grau de perda de audição, mesmo na meia-idade, têm um risco maior de desenvolver demência mais tarde. O motivo exato não é conhecido, diz o Dr. Petersen. “Pode ser que realmente existam efeitos no cérebro. Alguns estudos mostraram que se as pessoas têm perda de audição ao longo de muitos anos, determinadas partes do cérebro (em especial o lobo temporal envolvido na audição e também na linguagem e na memória), podem ser realmente menores”, diz o Dr. Petersen.

Também pode ser que a perda de audição leve ao isolamento social, o que pode levar a um risco maior de demência.

O Dr. Petersen recomenda que a audição seja verificada a cada dois ou três anos, especialmente se houver sinais de que ela pode estar se deteriorando. Isso inclui a dificuldade em ouvir conversas, especialmente em salas com muitas pessoas e pedir com frequência a outras pessoas que repitam o que disseram. 

A solução pode ser tão simples como remover cera do ouvido“Se  for realmente detectada uma perda de audição maior do que o esperado com o envelhecimento, você pode obter um dispositivo de audição: um aparelho auditivo ou um implante coclear”, diz o Dr. Petersen. “A perda de audição não precisa ser um acontecimento normal no envelhecimento.” 

“Acreditamos que, se as pessoas melhorarem a capacidade de ouvir, a perda cognitiva, caso esteja relacionada, pode realmente diminuir com o tempo”, acrescenta o Dr. Petersen.

 

Mayo Clinic


Isenção do IR por doenças graves: nova decisão do STJ simplifica processo

A isenção do imposto de renda para qualquer das 16 doenças categorizadas como graves em nossa legislação, é um benefício assegurado a aposentados e pensionistas desde 1988. Sua aprovação, contudo, nem sempre é um processo simples – dificultado por certas burocracias e exigências perante as fontes pagadoras. Mas, em uma nova decisão proferida pelo STJ, esse cenário pode estar prestes a mudar.

Os procedimentos necessários para a aquisição deste direito eram extensos. Dentre eles, a apresentação de um laudo assinado por um médico pertencente à rede de saúde pública nacional era um dos maiores empecilhos – no qual o especialista deveria constatar, dentre tantas informações, a descrição da doença existente e seu grau (curado ou não).

Entre as 16 doenças listadas, estão: AIDS (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida); Alienação Mental; Cardiopatia Grave; Cegueira (inclusive monocular); Contaminação por Radiação; Doença de Paget em estados avançados (Osteíte Deformante); Doença de Parkinson; Esclerose Múltipla; Espondiloartrose Anquilosante; Fibrose Cística (Mucoviscidose); Hanseníase (antigamente, chamada de lepra); Nefropatia Grave; Hepatopatia Grave; Neoplasia Maligna (câncer ou tumor); Paralisia Irreversível e Incapacitante e Tuberculose Ativa.

Para aqueles que ainda estavam em tratamento, a isenção do imposto de renda era aprovada com mais facilidade. Mas, aqueles que já tinham se curado, enfrentavam enormes empecilhos nesta concessão, justificados pelas fontes pagadoras a não contemporaneidade da condição. Ou seja, a falta de sintomas, para alguns reguladores, era justificativa suficiente para que o pedido fosse indeferido.

Em meio a crescentes questionamentos e recursos no judiciário, um novo entendimento foi proferido recentemente pelo Superior Tribunal de Justiça, compreendendo que mesmo para os não mais portadores das 16 doenças listadas, a isenção do IR é um benefício obrigatório de ser concedido, na tentativa de abrandar o impacto da carga tributária sobre a renda necessária à sua subsistência e, ainda, sobre os custos inerentes ao tratamento de uma doença, em prol de uma melhor condição de vida.

Segundo dados divulgados pela Receita Federal, a arrecadação feita em 2021 atingiu seu recorde, totalizando cerca de R$ 1,87 bilhão. Diante de quantias cada vez maiores, é fundamental que portadores ou já curados de algumas das doenças enquadradas como graves por nossa legislação, busquem imediatamente seu direito de isenção destes valores e, acima de tudo, de restituição do que já foi pago desde o início dos sintomas.

Para evitar, ao máximo, qualquer motivo que dificulte tal concessão, é essencial adquirir um laudo médico completo sobre o problema de saúde enfrentado – assinado, sempre, por um médico do serviço público oficial. O documento deve ser o mais detalhado possível, expressando claramente a doença acometida, seu estágio e tratamento obtido. Mesmo já curado, a comprovação via estes dados é imprescindível para que qualquer fonte pagadora não tenha argumentos contraditórios para negativar a solicitação feita.

Em algumas situações, é comum que certos contribuintes sejam obrigados a passar por uma perícia médica, como ação de análise do estado da doença e sua geração de incapacidade para determinadas atividades. Caso solicitados a essa consulta, é importante ressaltar a proibição de sua contestação para fins de isenção, uma vez que a própria decisão do STJ deixa clara a não obrigatoriedade dos sintomas atualmente para a concessão deste benefício.

Muitas compreensões indevidas e questionamentos ainda podem ocorrer com grande frequência por aqueles que buscarem este direito. Por isso, contar com o apoio de uma empresa especializada nesta área é a ação ideal para que este processo seja conduzido com máxima assertividade. Afinal, sua expertise e conhecimentos farão toda a diferença na confiança de entrega de todos os documentos exigidos pelos órgãos para a conquista da isenção do imposto de renda.

 

Bruno Farias - sócio da Restituição IR, empresa especializada em restituição de imposto de renda.

 

Restituição IR

https://restituicaoir.com.br/


STF derruba prazo para levantamento de precatórios ou RPV's federais

Precatórios são formalizações de requisições de pagamento de determinada quantia, devida pela Fazenda Pública (União Federal, Estados e Municípios), assim como pelas suas autarquias e fundações, em razão de uma condenação judicial definitiva. Isto se dá devido à forma como a Constituição Federal tratou do cumprimento das obrigações de pagar dos entes públicos.

Os precatórios são pagos na ordem cronológica e de acordo com a sua natureza. Primeiramente, são pagos os precatórios prioritários, que são aqueles de natureza alimentícia, cujos titulares, originários ou por sucessão hereditária, tenham 60 anos de idade e, também, dos credores portadores de doença grave, além das pessoas com deficiência, assim definidos na forma da lei. 

Em seguida, são pagos os precatórios alimentares, os quais são decorrentes de salários, vencimentos, proventos, pensões e suas complementações, benefícios previdenciários e indenizações por morte ou por invalidez, fundadas em responsabilidade civil, em virtude de sentença judicial transitada em julgado (art. 100, § 2º da Constituição Federal) e, por último, todos os outros que recebem a qualificação jurídica de comum.

Em junho, o plenário do STF, por maioria, conheceu da ação direta e julgou procedente o pedido, para declarar a inconstitucionalidade material do art. 2º, caput e § 1º, da Lei nº 13.463/2017, que em seu artigo 2º estabelecia o cancelamento dos precatórios e das RPV federais expedidos e cujos valores não tenham sido levantados pelo credor e estejam depositados há mais de dois anos em instituição financeira oficial, e após o cancelamento, os valores depositados deveriam ser transferidos para a Conta Única do Tesouro Nacional, sem prévia ciência do interessado ou formalização de contraditório (art. 5º, LV, CF).

Isso porque, a lei constituía novas condições ao determinar um limite temporal para o exercício do direito de levantamento do importe do crédito depositado, impondo prazo de validade não concebido pelo Constituinte, vez que constituía violação pura e simples do artigo 100, caput e seus parágrafos. A Constituição estabeleceu, de forma exaustiva, todas as condições necessárias tanto à expedição quanto ao efetivo pagamento do precatório, portanto, somente poderia ser alterada mediante Emenda Constitucional.

Mesmo com a possibilidade de pedido de reexpedição do ofício anteriormente cancelado, a lei não obedecia aos princípios constitucionais.

No seu voto, a relatora, ministra Rosa Weber, enfatizou que, não cabia ao legislador estabelecer uma forma de cancelamento automático realizado diretamente pela instituição financeira sem a anterior oitiva da parte interessada em prestígio ao contraditório participativo. Imprescindível o respeito ao “binômio informação-reação, com a ressalva de que, embora a primeira seja absolutamente necessária, sob pena de ilegitimidade do processo e nulidade dos seus atos, a segunda é somente possível”. Afrontado foi o devido processo legal (CF, art. 5º, LIV), no que atine ao respeito ao contraditório e à ampla defesa.

Ainda, destacou também que, ao determinar o cancelamento puro e simples imediatamente após o biênio em exame, a Lei nº 13.463/2017 afronta, outrossim, o s incisos XXXV e XXXVI do art. 5º da Constituição da República , por violar a segurança jurídica , a inafastabilidade da jurisdição, além da garantia da coisa julgada e de cumprimento das decisões judiciais, bem como separação dos Poderes, do devido processo legal, do contraditório, da ampla defesa, da efetividade da jurisdição e do respeito à coisa julgada material.

Assim, o STF define que não há prazo para levantamento de precatórios ou RPV’s federais.

 

Dra. Jorgiana Paulo Lozano - bacharela em Direito, especialista em Direito do Constitucional e Administrativo pela Escola Paulista de Direito, em 2014, especializanda em Direito Previdenciário pela Faculdade Legale e inscrita na Ordem dos Advogados do Brasil sob o nº 331.044.

 

Recursos que ajudam a combater fraude financeira na "era dos dispositivos móveis"

No último ano, houve uma grande mudança no cenário global de crimes cibernéticos. A prova disso é que as técnicas tradicionais de fraude não se resumem apenas à compra de listas de dados pessoais na dark web. Elas se tornaram mais abrangentes e podem envolver contato direto com consumidores usando, por exemplo, golpes de voz sofisticados, malware financeiro e ferramentas de acesso remoto.

Na “era dos dispositivos móveis”, tanto globalmente quanto no Brasil, um crime cibernético que ganhou bastante espaço é o de fraude de pagamentos por push autorizados (APP), que é um tipo de golpe de engenharia social em tempo real no qual um invasor entra em contato com um “alvo” e o convence a fazer login em uma conta bancária e a realizar uma transferência para o invasor. 

Esse tipo de ataque pode fazer com que o banco e seus clientes sofram perdas milionárias, visto que os pagamentos móveis estão tornando esses golpes mais fáceis e lucrativos. As transferências bancárias pelos dispositivos eletrônicos foram amplamente adotadas pelos consumidores, tendo em vista a facilidade e agilidade de execução de modo praticamente instantâneo. No entanto, essas melhorias também permitiram aos fraudadores maior rapidez de golpes devido a agilidade para movimentação de verbas.

Algo que pode ser levado em consideração e ser mais abordado para auxiliar na prevenção de fraudes é ampliar a responsabilidade das empresas de mídia social sobre os golpes de APP, uma vez que essas plataformas são as maiores impulsionadoras desse tipo de crime cibernético. No Reino Unido, por exemplo, desde quando o Google passou a exigir que as empresas anunciantes de produtos ou serviços financeiros provem que são regulamentadas, não houve mais relatos de vítimas de um golpe de investimento por meio de uma pesquisa no Google em que um pagamento foi feito após a entrada desses controles iniciais. Isso confirma que há maneiras mais avançadas para empresas de tecnologia, telecomunicações e bancos identificarem atividades fraudulentas.

Também no Reino Unido, uma pesquisa realizada pela UK Finance revelou que, em 2021, as perdas por fraude de APP aumentaram 71% – superando pela primeira vez a quantidade de dinheiro roubado por meio de fraude de cartão. Esta é uma questão internacional que serve de exemplo de quão grande pode se tornar um problema de fraude se o mesmo acontecer no Brasil, uma vez que as conexões entre fraude, crime organizado e terrorismo representam uma ameaça significativa e crescente à segurança em todos os países.

Por meio de técnicas mais aprimoradas para confirmação do beneficiário,  tais como análise de transações por meio da biometria comportamental, poderá ser criada uma imagem analítica mais rica para saber se os pagamentos são legítimos ou fraudulentos e se as contas estão sendo utilizadas como contas “mulas” (laranjas) para atividades ilegais. Isso pode, por sua vez, melhorar a detecção futura e o processo de prevenção às fraudes.

Além disso, é válido ressaltar que, quando se trata do assunto de prevenção a fraudes, se por um lado muitas vezes os profissionais se concentram em complexidade técnica, análise financeira, manutenção da conformidade e eficiência operacional, o que é muito importante; por outro, eles acabam esquecendo que, no decorrer do caminho, as vítimas que estão tentando proteger são pessoas reais. 

Concluindo, é preciso ter em mente que, à medida em que o uso da tecnologia aumenta para auxiliar no processo de combate às fraudes, o lado humano deve estar envolvido nesse desenvolvimento a fim de promover maior segurança aos clientes.

 

Ricardo Calfat - Country Manager da BioCatch no Brasil


Falta de planejamento antecipado para a gestão patrimonial pode ser motivo de disputas judiciais no caso de incapacidade civil do titular

Empresário à frente de grande grupo econômico é acometido por doença incapacitante e não há consenso na família sobre a condução do patrimônio ou não há cônjuge ou herdeiros para assumir o encargo. Em razão da disputa ou da falta de pessoa habilitada, é nomeada pessoa estranha à família para conduzir os negócios de seu titular. No curso do demorado processo de interdição, medidas precisam ser tomadas, mas a prática de atos societários fica prejudicada, impedindo a tomada de decisões urgentes, o que pode importar até mesmo a bancarrota patrimonial.

Histórias como essa não são raras. Nessas condições, a gestão patrimonial deve ser confiada a quem for nomeado pelo Poder Judiciário, e a pessoa incapacitada sujeita-se à curatela (interdição). Quem exerce a administração do patrimônio é o curador, sendo sua função, inclusive, exercer direito de voto em sociedades empresárias.

A questão atinge contornos complexos se for considerado que o artigo 1.775 do Código Civil prevê a ordem de quem está legitimado ao exercício da curatela. O cônjuge ou companheiro, não separado de fato ou de direito, é prioritariamente curador. Na sua falta, são chamados pai ou mãe e, sucessivamente, os descendentes. Se não houver familiares, a escolha fica ao livre arbítrio do Poder Judiciário, que normalmente nomeia um curador dativo para administrar os bens da pessoa interditada.

Não é difícil imaginar que a previsão legal pode revelar embates familiares e prejudicar a condução patrimonial.

O legislador previu mecanismos que protejam o patrimônio da pessoa incapaz –fiscalização da curatela pelo Ministério Público, dever de periodicamente serem prestadas contas do exercício da curatela, necessidade de autorização judicial para alienação de bens – mas que, por outro lado, travam-no. E mais: esses instrumentos de proteção não tornam uma pessoa sem qualificação em expert para administração patrimonial, assim como não garantem uma gestão que vise ao melhor interesse de seu titular.

Diante disso, passou-se a reconhecer a viabilidade de instrumentos que salvaguardem a condução dos negócios durante a enfermidade de seu titular. Admite-se que, no gozo de suas faculdades mentais, o titular do patrimônio possa apontar quem ele deseja que administre o patrimônio, entre outras medidas a serem tomadas em eventual incapacidade.

Por isso, a formalização de documento para indicação de curador(es), contendo, inclusive, recomendações de medidas patrimoniais e societárias que deverão ser observadas em eventual incapacidade e a nomeação de quem deverá responder, e em qual medida, pelo patrimônio da pessoa enferma até a nomeação judicial de curador, se mostram possíveis e recomendáveis. Embora a nomeação de curador seja prerrogativa do Poder Judiciário, a manifestação de vontade do titular do patrimônio garante importante embasamento para as decisões judiciais, razão pela qual é aceita nesses casos.

Como se pode ver, a gestão patrimonial em caso de incapacidade de seu titular é tema delicado, mas que pode ser definido previamente ao surgimento de doença incapacitante. Para tanto, é recomendável que seja consultado profissional especializado para que, após verificar as peculiaridades do caso concreto, possa ser proposta solução jurídica mais adequada para instrumentalização da vontade de seu titular e perenização do patrimônio.

 

Felipe Russomanno e Julia Spinardi - advogados associados do Cescon Barrieu Advogados na área de Planejamento Patrimonial e Sucessório | Família e Sucessões 

 

Cescon Barrieu
www.cesconbarrieu.com.br


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