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segunda-feira, 16 de agosto de 2021

Dia do Patrimônio Histórico - 17 de agosto

Vista do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros (GO) - Foto Inae Miranda/Pixabay


Fundamentais para preservar a biodiversidade, patrimônios naturais são geradores de renda para comunidades locais

 

  • Segundo estudo da Universidade de Panônia, na Hungria, eles geram mais receitas do que os culturais, por criarem maior demanda de serviços

  • A Unesco destaca que 90% dos patrimônios naturais ao redor do mundo geram emprego e renda a partir das atividades turísticas e recreacionais

  • No Brasil, seis importantes patrimônios naturais se destacam neste rol



Nesta terça-feira, 17 de agosto, é celebrado o Dia Nacional do Patrimônio Histórico, o que automaticamente remete à riqueza histórica e cultural espalhada por todo o Brasil. Mas, desde 1972, com a Convenção para a Proteção do Patrimônio Mundial, Cultural e Natural da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), as áreas naturais passaram a integrar este rol, o que lhes confere mais um recurso em favor da preservação da biodiversidade. São locais de grande relevância simbólica, que consagra uma das maneiras mais efetivas para um povo preservar seu passado, cultura e tradições.

Um estudo da Universidade da Panônia, na Hungria, realizado a partir de análises estatísticas entre os patrimônios mundiais e dados do desempenho turístico de 129 países (entre 2014 a 2017), afirma que cidades que contam com patrimônios mundiais, sejam eles culturais, naturais ou mistos, aumentam a visitação turística. Aponta ainda que enquanto os patrimônios culturais atraem mais viajantes, os naturais geram mais receitas, possivelmente por demandar maior número de serviços. “Os resultados mostram que um novo patrimônio mundial natural pode gerar 1,4 milhão de novos turistas por ano e 4,6 bilhões de dólares extras em receitas de turismo”, concluem os pesquisadores.

“A preservação dos patrimônios deve estar no centro das políticas ambientais de qualquer país, dado os impactos não apenas sobre a biodiversidade, a cultura e a ciência, mas também sobre a economia”, afirma Maria Tereza Jorge Pádua, um dos nomes mais respeitados no Brasil e no exterior quando o assunto são áreas protegidas. “Eles são ‘livros’ que trazem o registro das experiências passadas, fundamentais para transmitir a história para as gerações futuras.” A pesquisadora, que é membro da Rede de Especialistas em Conservação da Natureza (RECN), trabalhou durante 18 anos no Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal (IBDF-Ibama) - onde chegou a ser presidente -, ajudando a criar mais de 9 milhões de hectares de áreas protegidas.

De acordo com a Unesco, milhões de pessoas no mundo são diretamente dependentes dos produtos e serviços que os patrimônios naturais geram, sendo que 90% deles criam emprego e renda a partir de atividades turísticas e recreacionais. Em outra perspectiva, o Banco Mundial informava, em 2019, que 54% dos empregos no turismo eram ocupados por mulheres.


Preservação

A Convenção da Unesco criou duas categorias de patrimônio histórico: cultural e natural. Desde então, as nações signatárias se comprometem a cuidar de suas áreas naturais da mesma forma que se preocupam com monumentos, sítios arqueológicos e construções diversas consideradas importantes para o país ou até mesmo para a humanidade. 

Uma das grandes contribuições da Convenção foi justamente relacionar, em um único documento, a conservação da natureza e a preservação de propriedades culturais, reconhecendo a maneira como as pessoas interagem com o meio ambiente. “A natureza está no centro de como as sociedades nascem e se desenvolvem. A forma como elas se adaptam ao seu meio determina diversos comportamentos e hábitos culturais”, explica o gerente de Conservação da Biodiversidade da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza, Emerson Oliveira. A entidade mantém duas unidades de conservação no Brasil: a Reserva Natural Serra do Tombador, em Cavalcante (GO), protegendo uma área do Cerrado; e a Reserva Natural Salto Morato, em Guaraqueçaba (PR), dentro da Mata Atlântica, em uma área reconhecida pela Unesco como Patrimônio Natural da Humanidade.


Seis importantes patrimônios naturais do Brasil: 

Pantanal: a maior planície alagada do mundo é um dos patrimônios históricos naturais que mais representam o Brasil. Desde 2000, está inscrito na Lista do Patrimônio Natural Mundial da Unesco. O bioma brasileiro é refúgio para inúmeras espécies. De acordo com a SOS Pantanal, a região abriga pelo menos 3.500 espécies de plantas, 550 de aves, 124 de mamíferos, 80 de répteis, 60 de anfíbios e 260 espécies de peixes de água doce, sendo algumas delas em risco de extinção.


Parque Nacional Serra da Capivara: localizado no Piauí, o parque foi criado em 1979 para preservar vestígios arqueológicos da presença humana na região. Possui cerca de 130 mil hectares e entrou no Livro de Tombo Arqueológico, Etnográfico e Paisagístico do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - Iphan em 1993. Entre as espécies animais, segundo a plataforma WikiParques, destaca-se o mocó (roedor das caatingas), presente na região há pelo menos 30 mil anos. Há ainda registros de 33 espécies de mamíferos, 24 tipos de morcegos, 208 espécies de aves, 19 de lagartos, 17 de serpentes e 17 de sapos.


Grutas de Bonito: um dos destinos turísticos mais apreciados do Brasil, a cidade de Bonito (MS) é famosa por suas águas cristalinas e por suas grutas, duas delas tombadas pelo Iphan em 1978: a Gruta do Lago Azul e a Gruta de Nossa Senhora Aparecida. De acordo com o Iphan, “incrustadas em uma paisagem natural de rios de águas transparentes, as grutas integram um circuito de turismo ecológico” que envolve ações de sustentabilidade e conservação. Pesquisadores já encontraram, no lago subterrâneo da primeira gruta, fósseis de espécies já extintas que habitaram a região há mais de 12 mil anos.


Morro do Pai Inácio: monumento natural e geomorfológico do país, o morro é uma das principais atrações do Parque Nacional da Chapada Diamantina (BA), pois é dele que os visitantes podem observar toda a imensidão local. Entrou para o Livro do Tombo Arqueológico, Etnográfico e Paisagístico do Iphan em 2000. Com 1.120 metros de altura, está numa área que conta com mais de 100 tipos de orquídeas, além de outras espécies de flora, como bromélias, cactos, begônias, trepadeiras e sempre-vivas. Entre os animais, destaque para o beija-flor-gravatinha-vermelha, que só pode ser encontrado na região.


Chapada dos Veadeiros e Emas: os parques nacionais da Chapada dos Veadeiros e das Emas, no estado de Goiás, formam uma área que integra a lista de Patrimônios da Humanidade desde 2001. Juntas, protegem 381 mil hectares do Cerrado, um bioma tipicamente brasileiro. “Durante milênios, esses locais serviram de refúgio para diversas espécies durante períodos de mudanças climáticas e serão vitais na manutenção da biodiversidade do Cerrado durante futuras flutuações climáticas”, alerta a Unesco. Além das trilhas e cachoeiras, a biodiversidade é a grande atração dos parques, onde é possível a observação de animais como tamanduá-bandeira, cachorro-do-mato, ema, anta, onça-pintada, tatu-canastra e o lobo-guará.


Reserva Biológica Atol das Rocas: juntamente com o arquipélago de Fernando de Noronha, o Atol das Rocas é patrimônio histórico natural do Brasil reconhecido pela Unesco. O Atol das Rocas é a primeira reserva marinha do país, tendo sido criada por Maria Tereza Jorge Pádua em 1979. Fica a 130 quilômetros de Noronha e, ao contrário do arquipélago, não é aberto a visitações, servindo como santuário para a vida marinha e para fins científicos. É o único atol (coral em formação circular) do Atlântico Sul, com 35 mil hectares e gerido pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). De acordo com o WikiParques, 147 espécies de peixes já foram catalogadas ali, sendo uma delas a Stegastes rocasensis (donzela-de-rocas), batizada em homenagem ao atol.


Quais as regras de aposentadoria para as donas de casa

 

A dona de casa pode se aposentar, caso contribua com a Previdência Social na qualidade de segurado facultativo, ou seja, aqueles que não exercem atividade remunerada. 

 

O recolhimento das contribuições deve ser realizado por meio de Guia da Previdência Social, ou carnês, como segurada facultativa, com alíquota de 20% ou 11%. Se optar pela contribuição de 11%, não haverá direito à aposentadoria por tempo de contribuição, a menos que se realize complementações.

 

Faz-se possível também contribuir sobre a alíquota de 5%, caso seja segurado facultativo de baixa renda, devendo o trabalho ser exclusivamente doméstico, no âmbito da residência, cujos requisitos obrigatoriamente cumulativos são: não possuir renda própria de nenhum tipo (incluindo aluguel, pensão alimentícia, pensão por morte, entre outros valores); não exercer atividade remunerada e dedicar-se apenas ao trabalho doméstico, na própria residência; possuir renda familiar de até dois salários mínimos (bolsa família não entra para o cálculo); estar inscrito no Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico), com situação atualizada nos últimos dois anos.

 

Frisa-se também que, para estes segurados, fica excluído o direito à percepção do benefício de aposentadoria por tempo de contribuição, conforme previsão legal (art. 21, § 2o da Lei nº 12.470, de 31 de agosto de 2011). Porém, caso estas pessoas preencham os requisitos para a concessão da aposentadoria por tempo de contribuição e queiram incluir tais recolhimentos efetuados sob 5%, deverão complementar a contribuição mensal mediante recolhimento, sobre o valor correspondente ao salário mínimo em vigor na competência a ser complementada, da diferença entre o percentual pago e o de 20%, acrescido dos juros moratórios.

 

 

Carla Benedetti - sócia da Benedetti Advocacia, mestre em Direito Previdenciário pela PUC-SP, associada ao IBDP (Instituto Brasileiro de Direito Previdenciário), coordenadora da pós-graduação em Direito Previdenciário do Estratégia Concursos.


A vacina obrigatória de São Paulo e os limites do Poder de Polícia do Estado

As medidas restritivas de direitos que tem sido enunciadas por gestores estaduais e municipais durante a Pandemia da COVID-19 foram objetos de inúmeros questionamentos e até mesmo taxadas por alguns como "medidas ditatoriais".

Nesse sentido, questionou-se, dentre outras providências, a restrição à circulação de pessoas, a utilização obrigatória de máscaras, o fechamento temporário de comércios, e, por óbvio, a obrigatoriedade da vacina.

É da natureza humana não gostar de se deparar com limites na sua atuação. Não por outra razão, todo o sistema que hoje se conhece da separação de poderes estatais, pensada há vários séculos por diversos filósofos, calcou-se na necessidade de se estabelecer limites aos poderes, ante a constatação de que todo aquele que tem o poder tende a dele abusar, se não tiver mecanismos de contenção. A própria existência da vida em sociedade, baseia-se na abdicação de parcela da liberdade individual, em prol da segurança que a coletividade proporciona.

Entretanto, embora pareça óbvio que a vida em sociedade pressupõe o sacrifício de parte da liberdade individual em favor do interesse coletivo, o que não é novidade em qualquer sociedade civilizada do mundo, ainda persiste uma perplexidade considerável quanto a este ponto na nossa sociedade, como se pôde constatar em vários movimento e falas contra as medidas restritivas adotadas na pandemia.

Neste diapasão, até mesmo integrantes do Poder Legislativo se insurgiram contra as medidas de contenção à pandemia, mediante a edição proposições legislativas em sentido contrário, a exemplo do projeto de lei nº 5412, de 2020, que pretendeu abolir a obrigatoriedade do uso da máscara, ao argumento da necessidade de preservação dos direitos individuais, ou seja, do livre arbítrio de cada cidadão, no tocante ao uso ou não da máscara.

Agora, temos uma nova medida que tem sido objeto de críticas por, supostamente, atentar contra a liberdade individual: o Decreto 60.442, da Prefeitura de São Paulo, publicada no Diário Oficial da cidade no último dia 07l08, o qual estabelece que os funcionários de autarquias, fundações e a administração indireta devem se vacinar contra Covid-19, sob pena de incorrer em faltar grave, que poderá resultar em aplicação das sanções previstas em leis, como repreensão, suspensão e, no limite, até mesmo demissão.

O mencionado Decreto do Executivo Estadual tem como suporte legal o artigo 3º da Lei Federal 13.979, de 6 de fevereiro de 2020, conhecida como "Lei da Pandemia", o qual dispõe que:

Art. 3º Para enfrentamento da emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus, poderão ser adotadas, entre outras, as seguintes medidas:


I - isolamento;

II - quarentena;

III - determinação de realização compulsória de:
(...)

d) vacinação e outras medidas profiláticas. (...)

Quanto ao tema da vacinação, importante frisar a posição do Supremo Tribunal Federal (STF), no sentido de que, embora o Estado não possa compelir fisicamente os cidadãos a tomarem a vacina, poderá impor medidas restritivas no caso de recusas injustificadas. Ou seja, a vacina é obrigatória, mas não é compulsória.

O dever cívico da vacina, em hipóteses específicas, bem longe de constituir uma novidade no nosso país e no mundo, é medida que visa a preservar a saúde coletiva. Dessa forma, o descumprimento da obrigação possibilita a restrição de direitos individuais, como, por exemplo, matrícula em creches e pré-escolas; entrada em alguns países e instituições etc.
Na órbita internacional, muito se tem falado nos últimos tempos no "passaporte da vacina", adotado pelo governo francês, que exigirá um comprovante da vacinação como requisito para que pessoas adentrem recintos em que há aglomeração, como museus, bares e restaurantes.

Vislumbra-se, nessa toada, que a medida adotada pelo governo de São Paulo é assente no Poder de Polícia do Estado, que autoriza a adotar mecanismos de restrição dos interesses individuais em prol da proteção do interesse coletivo. Tal medida é também consentânea com a autorização que a própria Lei do Coronavírus previu como medida de contenção da pandemia. Portanto, não se trata de medida ditatorial que atenta de forma imotivada contra o exercício dos direitos individuais dos particulares.



Marilene Matos - advogada, presidente da Comissão de Direito Administrativo da Associação Brasileira dos Advogados (ABA) e mestre em Direito Público pelo Instituto Brasiliense de Direito Público

 

ATIVISMO JUDICIAL EM GRAU SUPREMO

Ao fechar, por se haver revelado inútil, o inquérito dos atos antidemocráticos, o ministro relator abriu imediatamente outro com o mesmo perfil. Não se requer muita experiência e sensibilidade para entender que o ministro e seus colegas se agradaram do escudo protetor de que agora dispõem para coibir manifestações contra atos do poder. 

Para justificar a abertura desse novo inquérito, Alexandre de Moraes escreveu que as investigações “apontaram fortes indícios da existência de uma organização criminosa voltada a promover diversas condutas para desestabilizar e, por que não, destruir os Poderes Legislativo e Judiciário a partir de uma insana lógica de prevalência absoluta de um único poder nas decisões do Estado”. Não acreditei até ler o mesmo texto, entre aspas, em vários veículos.
 
Acumulando funções de modo até hoje indisponível a qualquer outro membro do Poder Judiciário nacional, o ministro relator identifica “indícios” de “organização criminosa” orientada por “lógica insana” que pretende a “prevalência de um único poder”. Não sei se isso existe, mas parece pouco sólida a motivação. Ademais, ao inserir em seu texto uma estranha interrogação acusatória – “desestabilizar e, por que não, destruir os Poderes Legislativo e Judiciário” – o ministro viaja na instável canoa da mera suspeita e da subjetividade.
 
Tirados os adjetivos e a imagem de “organização criminosa”, sem a qual não haveria motivo real para qualquer inquérito, o intuito descrito corresponde, em grande parte, ao que parcela expressiva da sociedade vê como sendo o caminho para onde o ativismo judicial tantas vezes arrasta a nação.
 
Nesta mesma pista da história por onde trafegamos, atrás de nós, vem um caminhão carregado de decisões em que ministros constitucionalizam seu querer e inconstitucionalizam seu não querer, alardeiam seu caráter “contramajoritário” e suas aspirações a se tornar Poder Moderador da República, função de Estado inexistente no nosso gabarito constitucional.
 
No mesmo caminhão entram, agora:


-       o absurdo comportamento de um hacker, tão curioso quanto consciencioso, que nenhum efeito ou dano causou nas entranhas dos computadores do TSE,


-        os passos desse audacioso, apagados, por descuido, durante um serviço terceirizado;


-            o caráter pouco comum do sigilo imposto pelo TSE, maior interessado em que o burlesco acontecimento de três anos atrás não chegasse ao público.
 
Até que haja sólida motivação para uma reforma institucional promovida com virtuosas intenções, assim anda e assim andará o Brasil, de crise em crise, de bolha em bolha, em conflito consigo mesmo, cativo de um sistema político feito para dar errado.

 


Percival Puggina - membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+.


Pandemia aponta novos rumos para o mercado imobiliário

Assim como já ocorreu no passado, o mercado imobiliário tem demonstrado maneiras para crescer, mesmo em meio à crise econômica que o país passa em razão da pandemia de Covid-19. Obviamente que, no caso da pandemia, a orientação de se fazer isolamento social, que fez com que muitos começassem a trabalhar em casa, foi preponderante. Aliado a isso, se tem a baixa da taxa de juros que foi aplicada pelas instituições financeiras.

O presidente da Associação Brasileira dos Mutuários da Habitação (ABMH), Vinícius Costa, observa que, com a necessidade e disposição de permanecer em casa para evitar contágio e a proliferação da doença, as pessoas passaram a ter uma maior consciência e ligação com a casa própria. “Isso porque passou a ser colocado na balança a disputa de qualidade de vida versus qualidade do imóvel.” 

Antes da pandemia, com o trabalho, sendo concentrado especialmente na sede das empresas, as pessoas não se importavam muito com o estado do imóvel. “O que mais importava, às vezes, era simplesmente uma localização para facilidade de locomoção”, justifica.

Hoje, com a alta do home office e a necessidade de se permanecer em casa, a residência acaba sendo um pouco afastada, na busca de imóveis que fornecem à família uma melhor qualidade estrutural. “Vê-se muito isso através da procura por imóveis em condomínios de casa com área verde e prédios mais estruturados com área de lazer, por exemplo”, diz Vinícius Costa. 

Ele acredita que concentração de pessoas nas grandes cidades também poderá sofrer um impacto. “Isso porque esses imóveis são mais facilmente encontrados em regiões metropolitanas ou cidades menores, mas mais próximas de grandes centros”, aponta.

Somado a esse movimento de busca de qualidade de moradia, ligada à estrutura do imóvel, tem-se a baixa na taxa de juros que privilegia a aquisição à locação. “Com a taxa de juros do financiamento baixa e a alta do IGP-M, investir recursos em parcela de financiamento, mesmo pagando juros, é algo muito mais vantajoso financeiramente a pagar um aluguel mensal”, conta o presidente da ABMH.

Mas não é só o ponto de vista financeiro que bate nessa conta, segundo Vinícius Costa. “A aquisição de um imóvel configura aumento de patrimônio, que não tende a perder valor. Já no caso da locação, todo o valor investido não vai retornar em forma de patrimônio à família.”

 


ABMH – Associação Brasileira dos Mutuários da Habitação


Olimpíada verde: o legado sustentável de Tóquio 2020

Os jogos olímpicos e paralímpicos são forjados na superação dos desafios e no legado para as futuras gerações. Porém, engana-se quem pensa que os desafios se limitam às práticas esportivas, pois, em essência, os jogos sempre procuraram promover a união entre os povos e celebrar a paz. Enquanto atletas e equipes buscam impor novos recordes olímpicos, os países que sediam os jogos também procuram superar seus antecessores na implementação de novas tecnologias e, mais recentemente, na defesa da sustentabilidade. Por essa razão, Tóquio 2020 se apresenta como a olimpíada mais sustentável da história.

O uso crescente de novas tecnologias impôs uma nova marcha para as sedes olímpicas, desde o uso da internet (Barcelona 1992) até a computação em nuvem e a inteligência artificial (Tóquio 2020). Com relação à sustentabilidade, é preciso destacar Londres 2012, que levantou essa bandeira ao propor critérios de construção sustentável para as sedes olímpicas, entre outros feitos exemplares em relação ao meio ambiente. No entanto, sofreu críticas ao não garantir o controle sobre a poluição e pela baixa utilização de energias renováveis.

Em 2016, os jogos do Rio de Janeiro avançaram na temática a partir de três eixos: Planeta, Pessoas e Prosperidade, reforçando compromissos firmados desde a Rio-92. Contudo, medidas como o turismo sustentável e o combate à exploração infantil, que garantiriam o lugar mais alto do pódio da sustentabilidade, foram ofuscadas pelas críticas diante dos problemas socioambientais presentes no Brasil.

Agora, os olhos do mundo se voltam para Tóquio, que apresenta medidas que focam em carbono neutro, desperdício zero, coexistência entre cidade e natureza, diversidade, parcerias e equidade. Mais que isso, o Japão compartilha com as olimpíadas outra característica relevante: ser ponte entre passado e futuro. Com o tema “A esperança ilumina nosso caminho”, a olimpíada iniciou na metade de 2021 após ter sido adiada por um ano devido à pandemia da covid-19. O Japão foi um dos países mais tecnológicos do século XX e é promissor na defesa de medidas sustentáveis para o século XXI.

A tocha olímpica, por exemplo, é feita de alumínio e possui na composição 30% de material reciclado a partir de metal originado de moradias temporárias que abrigaram vítimas do terremoto do leste do Japão, em 2011. Da mesma forma, o combustível da tocha é o hidrogênio, que emite apenas água como resultado de sua combustão.

Os organizadores lançaram um outro slogan: “Sejam melhores, juntos – pelo planeta e pelas pessoas.” Seguindo os objetivos de desenvolvimento sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU), o Japão deseja fazer uma olimpíada com emissão zero de poluentes. Para isso, um dos incentivos é o uso de modais movidos a eletricidade, como patinetes, ônibus, trens e carros elétricos. Lembrando que a energia gerada naquele país, similarmente ao Brasil, é predominantemente hidrelétrica – de nada ajudaria ao meio ambiente usar eletricidade advinda da queima de combustíveis fósseis.

Além disso, cerca de cinco mil medalhas foram feitas a partir de celulares - que possuem placas de metais como cobre e zinco - e os pódios, de plástico, dos mesmos celulares. E qual a origem dos celulares? De uma campanha que o governo local fez para que a população doasse celulares que não eram utilizados em casa. Foram arrecadadas 79 mil toneladas de aparelhos eletrônicos. E o resultado pode ser, de fato, uma olimpíada verde.

Aproveitando o diálogo proposto aqui, podemos pensar na sustentabilidade como uma maratona, que exige planejamento e disciplina para que seus resultados possam se concretizar. Os desafios ambientais devem incluir agendas de luta pela igualdade de gênero, respeito à diversidade, condições de vida digna, economia circular e redução de consumo, entre outras. O tempo provará o legado sustentável de Tóquio, mas, desde logo, é um convite para que o espírito olímpico possa ser compartilhado em busca de um mundo melhor, juntos.

 


Alexandre Nicoletti Hedlund - advogado, doutor em Meio Ambiente e Desenvolvimento (UFPR), é professor do curso de Direito e do Mestrado e Doutorado em Gestão Ambiental da Universidade Positivo (UP).

 

Alysson Nunes Diógenes - , engenheiro eletricista, doutor em Engenharia Mecânica (UFSC), é professor do Mestrado e Doutorado em Gestão Ambiental da Universidade Positivo (UP).


Aprenda se tornar um efetivado no dia do estagiário

O que as empresas buscam atualmente em estagiários e como conseguir a tão sonhada promoção

 

Antigamente, quando se ouvia a palavra “estágio”, quase automaticamente se remetia à ideia de um universitário servindo cafézinho em uma sala de conferências cheia de gestores engravatados. Contudo, o estagiário não é mais aquela pessoa tímida sentada no cantinho, anotando tudo o que vê. Quem está passando por essa situação no momento, sabe que os processos seletivos de estágio chegam a durar meses. Os candidatos passam por testes e mais testes, de aptidão, conhecimentos gerais, específicos, psicológicos, dinâmicas em grupo e por aí vai. Quando passam e finalmente conseguem entrar na empresa sonhada, são abarrotados de trabalho, fazem hora extra, cumprem prazos, perdem noites de sono e, por um minuto, desejam que seu trabalho fosse só tirar as xerox da pauta da reunião. Estagiário, hoje, trabalha de verdade.

Muitos estagiários pecam quando deixam a animação e o empenho que tinham durante o processo seletivo passar quando são contratados. Esse é o maior erro. Isso geralmente acontece quando o estudante ‘atira para todos os lados’ na procura de uma empresa para estagiar, e não se concentra nas que ele realmente quer. Acaba fazendo um trabalho mediano, porque para ele tanto faz, essa ou aquela empresa e nenhum gestor gosta disso.

É imprescindível sempre tentar superar as expectativas e ir um pouco além do esperado. A desculpa de ainda estar aprendendo a prática do trabalho não significa que irá se safar de todas as coisas erradas que fizer, ou se não houver empenho. Não basta só colocar no currículo que é proativo, tem que, de fato, ser. Pela mão de obra ser mais barata, é muito mais fácil ser demitido como estagiário. Empresa nenhuma continua empregando quem não acrescenta.

Como comemoração do dia do estagiário, siga essas dicas para avançar em sua carreira e se efetivar na empresa:

  1. Pontualidade. As empresas geralmente funcionam como um ‘efeito dominó’. Se o estagiário se atrasar e começar a trabalhar mais tarde, pode comprometer o rendimento das pessoas que dependem do seu trabalho feito. Não é só porque você é não é efetivado que suas atividades sejam menos importantes. Se atrase somente quando for inevitável e tente ao máximo comunicar a empresa com a maior antecedência possível.
  2. Flexibilidade. Se for pedido para que fique depois do horário e isso não atrapalhe outros compromissos, principalmente com a faculdade, fique. Seu trabalho duro será reconhecido no futuro. Não há aprendizado maior do que a prática, não se prenda muito à teoria da faculdade e não tenha tanta pressa de sair quando der o seu horário.
  3. Comunicação. Ter uma boa relação com os colegas, participar dos happy hours e outras confraternizações da empresa contam pontos com o chefe, pois mostram sociabilidade e extroversão. Mas saiba separar as coisas: o que acontece no happy hour, fica no happy hour.
  4. Redes Sociais. Hoje em dia, Facebook e Whatsapp já são usados como ferramenta de trabalho. É comum ter grupos da empresa nas redes sociais, onde todo mundo se comunica. Mas tenha bom senso, ser pego utilizando outra rede social com muita frequência não vai pegar bem para você. Deixe essas para a hora do almoço.
  5. Clareza e objetividade. Para quem está no último ano de faculdade e ainda não ficou claro que será ou não efetivado ao final do contrato, é a hora de conversar com o chefe. Seja claro e diga que quer a vaga, pergunte quais são as chances. Mostrar vontade de trabalhar, com certeza vai pesar na hora do gestor fazer a escolha. Mas é sempre importante, antes de se inscrever no processo seletivo da empresa, procurar saber qual é o plano de carreira, para não haver conflitos de interesses e gerar uma futura desmotivação. Algumas empresas deixam claro desde o início que só capacitam o candidato, mas não o efetivam.

Para os que ainda estão tentando os processos seletivos: É importantíssimo conhecer muito bem a empresa para qual você vai se candidatar. Faça pesquisas na Internet, e se tiver a oportunidade de conversar com um ex ou atual funcionário, melhor ainda. Isso ajuda na hora de se preparar para as entrevistas e de saber se você e a empresa dividem os mesmos valores. É isso que te manterá motivado a trabalhar, para conseguir futuras promoções.


 

Madalena Feliciano - Gestora de Carreira                                                                                         

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Mentir para a imigração pode acabar com as chances de viver nos Estados Unidos


Eventualmente eu trago em meus artigos algumas histórias de pessoas que tiveram problemas com a imigração, seja por falta de planejamento ou mesmo porque decidiram fazer uma mudança fora das regras imigratórias para os Estados Unidos. O intuito não é dar uma lição de moral ou dizer o que é certo e errado, apenas mostrar este lado da moeda. O que eu recomendo, é realizar esses procedimentos de forma estruturada e legalizada, evitando problemas futuros. O meu objetivo é trazer informação para as pessoas.

Normalmente as histórias são sempre parecidas. As pessoas acreditam em certos profissionais ou até mesmo empresas que oferecem um serviço, contam uma história para imigração que nem sempre condiz com a realidade e depois, quando algo dá errado, nos procuram para consertar e nem sempre isso é possível. Portanto, esse é um alerta para evitar entrar nos Estados Unidos ilegalmente, pois atualmente não há espaço para esse tipo de atividade no país. Além da deportação, existem uma série de outras barreiras.

Nosso protocolo ao receber o contato de um cliente é pedir todo o histórico dele. Pedimos a autorização e uma procuração, encaminhamos para o consulado e solicitamos todas as informações, muitas vezes o cliente nem imagina o que está nesses documentos.

O caso noticiado é totalmente atípico, trata-se de um casal com dois filhos que mora no interior do Rio de Janeiro. No dia 6 de janeiro de 2021, o marido saiu do Brasil e entrou nos Estados Unidos, em Orlando com o visto de turismo. Essas informações, além de relatadas pelo indivíduo, também constam no foia (documento que relata tudo o que acontece durante a visita ao país) enviado pela embaixada. Ao entrar, ele relatou que possuía 8 mil dólares em dinheiro e cartão de crédito. Além disso, explicou que iria para uma exposição chamada Surf Expo, que aconteceria no dia 8 de janeiro no OCC Orlando. O plano seria ficar 12 dias e, inclusive, apresentou a cópia da reserva do hotel para essas datas e entrou normalmente. O foia é encerrado nesse período.

A verdade era que ele tinha intenção de permanecer no país e para os dias seguintes ao que foi relatado à imigração, ele já havia alugado uma casa, comprado um carro, efetuou transferências do Brasil para os Estados Unidos com uma operadora de câmbio, entre outras compras.

No dia 18 de março, dois meses e doze dias depois da entrada do marido, a esposa e as duas crianças chegaram ao país também pelo aeroporto de Orlando. O marido tinha combinado de ficar esperando a esposa do lado de fora do aeroporto, dentro do carro no estacionamento em frente da área de desembarque. Ao passar pela imigração a mãe informou que possuía 7 mil dólares e alguns cartões de crédito, explicou que estava no país a turismo, que iria na Disney e passariam apenas 15 dias lá. Nessa entrevista não foi informado que o pai ou marido já estava no país há pelo menos dois meses. 

O agente então levou o restante da família e os passaportes para a salinha da imigração no aeroporto. Após questionar sobre a viagem deles, começaram a fazer perguntas sobre o marido e a esposa informou, de acordo com o foia, que ele permaneceu trabalhando. Com a insistência dos agentes, ela explicou que o marido de fato estava nos Estados Unidos fazendo compras para as lojas que eles têm no Brasil, de artigos de praia, surf etc e que voltaria ao país de origem junto com o restante da família após 15 dias.

A solicitação seguinte foi para que a esposa abrisse o celular. Vale ressaltar que nesses momentos é importante não apresentar qualquer resistência, caso algum agente imigratório solicite qualquer tipo de informação, mostre tranquilamente, afinal ele está fazendo o trabalho dele. No aparelho havia conversas com o marido, fotos da casa, fotos da cidade e ficou claro que não havia intenção de retorno. Os agentes foram buscar o marido onde ele estava aguardando para que ele pudesse contribuir com a história e então voltaram para a salinha, onde fizeram perguntas para o casal juntos e separados. Em determinado momento, ele confessou que pretendia ficar nos Estados Unidos.

Como ele já estava nos Estados Unidos, os agentes do ICE foram convocados e informaram que ele teria três dias para desocupar a casa, vender os itens que havia comprado e retornar ao Brasil sem mais problemas. O restante da família precisou voltar no voo seguinte.

O marido explicou diversos pontos para os agentes, entre eles que ele teve ajuda de duas pessoas que ofereceram um serviço de assessoria, cada um deles de forma diferente. Um ofereceu ajuda para conseguir trabalho no setor de construção mediante pagamento de uma taxa e o outro ajudou com a implementação de atividades do dia a dia, como o aluguel de casa, compra do carro e outras burocracias.

Portanto, entrar em qualquer país dessa maneira não é eficiente. É importante lembrar que existe tecnologia e atualmente os agentes imigratórios e os consulados possuem todas as informações necessárias para impedir a entrada das pessoas no país. Inventar uma história acaba influindo em diversos problemas para o momento e para o futuro, por isso o ideal é fazer os processos de forma planejada e legalmente para evitar a impossibilidade de conseguir um visto para residir nos Estados Unidos.

 

 

Daniel Toledo - advogado da Toledo e Advogados Associados especializado em Direito Internacional, consultor de negócios internacionais, palestrante e sócio da LeeToledo LLC. Para mais informações, acesse: http://www.toledoeassociados.com.br. Toledo também possui um canal no YouTube com 117 mil seguidores https://www.youtube.com/danieltoledoeassociados com dicas para quem deseja morar, trabalhar ou empreender internacionalmente. Ele também é membro efetivo da Comissão de Relações Internacionais da OAB São Paulo e Membro da Comissão de Direito Internacional da OAB Santos.

 

Toledo e Advogados Associados

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Youjin Law Group

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Aberta a temporada de caça à Aurora Boreal

Aurora Boreal na Islândia
Marco Brotto
Após um longo período sem abrir as fronteiras e agora com a Covid-19 sob controle no país, a Islândia começa a receber turistas em busca da Aurora Boreal. Desde março a ilha registrou apenas 5 mil casos e 25 mortos, um case referência para outros países e que traz segurança para os visitantes.

Para entrar no país é preciso que o Certificado Internacional de Vacinação comprove que o viajante foi vacinado com as doses preconizadas pela Organização Mundial de Saúde. Também é preciso ter comprovação dos voos de ida e volta, passaporte válido por pelo menos seis meses e comprovante de renda suficiente para o período de estadia.

Os brasileiros são fiéis consumidores de viagens em busca da Aurora Boreal e a Marco Brotto Expeditions, agência especializada neste tipo de turismo, comemora esse novo momento. “Estamos com expedições abertas para ver a Aurora Boreal na Islândia e com alta procura. Já temos viagens programadas até dezembro. O brasileiro gosta de turismo de aventura, principalmente o público feminino. Acreditamos que com o avanço da vacinação o turismo no geral vai retomar com força total”, conta Marco Brotto, conhecido como O Caçador de Aurora Boreal e CEO da agência. Mais informações sobre as viagens em busca da Aurora Boreal podem ser encontradas em auroraboreal.com.br

 

Programa Jovem Aprendiz pode ser substituído por Requip

O Programa que surgiu nos anos 2000 auxiliou centenas de jovens na busca pelo primeiro emprego


A colocação no mercado de trabalho nem sempre é fácil. Pensando nisso, nos anos 2000 o Governo Federal desenvolveu o Programa Jovem Aprendiz, cuja finalidade é gerar oportunidades para adolescentes de 14 a 24 anos – no ensino fundamental e médio – que buscam ingressar no ambiente corporativo, de forma que seus estudos não sejam prejudicados.

A Legislação de Aprendizagem n° 10.097, em vigor há 21 anos, decreta que organizações de médio e grande porte têm de contratar jovens para integrar suas equipes, de acordo com a quantidade total de colaboradores. O número de jovens contratados deve corresponder de 5% a 15% dos funcionários.

Na terça-feira, dia 10 de agosto, a Medida Provisória 10.045/21 foi renovada, impactando diretamente a vida dos trabalhadores e empregadores. O deputado Christiano Aureo (PP-RJ), relator da MP, apresentou como proposta diversos programas, incluindo o chamado “Programa Primeira Oportunidade e Reinserção no Emprego” (Priore), que apoia jovens de 18 a 29 anos que buscam a inserção no mercado. O projeto também visa ajudar idosos com mais de 55 anos que não possuem vínculo formal há, no mínimo, um ano.

Outro atributo previsto pela MP é a criação do Requip, potencial substituto para o já conhecido Jovem Aprendiz. De acordo com João Esposito, economista e CEO da Express CTB – accountech de contabilidade “Esse programa visa criar oportunidades não apenas para a juventude, mas para todos aqueles que já são contemplados pelo Bolsa Família, com renda de até dois salários mínimos e sem registro em carteira há pelo menos dois anos”.

O regime especial de trabalho, qualificação e inclusão produtiva gera uma bonificação para os que cumprirem a jornada de trabalho semanal. Aqueles que participarem do programa de qualificação de 180 horas, por sua vez, receberão uma bolsa.

“Vale ressaltar que, ao contrário do Jovem Aprendiz, o valor ofertado para os jovens participantes do Requip será de, no máximo, R$ 225,00. Ele serve como um bônus pela jornada de trabalho semanal de 22 horas.  Esse programa também não conta com os benefícios trabalhistas disponibilizados pelo Jovem Aprendiz”, explica o economista.

Portanto, se o Requip for aprovado será um grande recesso, pois os jovens não terão benefícios como vale-transporte e receberão bem menos do que o Jovem Aprendiz oferece.

 


A Express CTB

www.expressctb.com.br 

 

O futuro das concessionárias: como se adaptar ao cenário pós pandemia e oferecer novas experiências ao consumidor

Divulgação
Migração da jornada de compra do offline para o on-line no mercado automotivo está obrigando concessionárias a se reinventarem

 

O processo de compra de um veículo sempre envolveu muita pesquisa e análise por parte do consumidor. Em um passado não muito distante, o mais comum era o interessado se lançar em uma peregrinação que envolvia entrar e sair de inúmeras concessionárias, numa jornada muito mais física que virtual. A pandemia e a própria trajetória de transformação digital pela qual a sociedade já vinha passando fez o cenário mudar completamente. O consumidor atual aprendeu a buscar as informações que precisa de forma muito mais rápida, com alguns cliques e, num primeiro momento, sem sair de casa. Isso está fazendo com que o cliente que entra hoje em uma concessionária já o faça munido de todas as informações que precisa e, muitas vezes, já decidido em relação ao que quer.

Compreender isso e estar preparado para atender e conquistar esse consumidor é o papel das concessionárias daqui para frente. A migração da compra offline para a on-line também no mercado automotivo está obrigando esse segmento a se adaptar e inovar, para aproveitar todas as oportunidades que esse novo cenário oferece. A consolidação do e-commerce transformou os hábitos de consumo das pessoas, que estão concentrando a maior parte da jornada de compra na internet, segundo Marcos Pavesi, head Comercial da DealerSites. "O consumidor que entra hoje na concessionária é um consumidor diferente, não é o mesmo de antes. Então por que a loja deve continuar vendendo da mesma forma para ele?", destaca Pavesi.

Além de site, chat com inteligência artificial, presença nas redes sociais e um atendimento que priorize a prospecção e o tratamento dos contatos que chegam por meio dos canais digitais, é preciso também estar preparado para oferecer uma experiência diferenciada na loja física. "Uma concessionária que já investiu nesse processo de transformação digital e que trabalha fortemente sob os preceitos do e-commerce e da compra on-line pode apresentar um showroom diferente, que segue o conceito da chamada "prateleira elástica", ou seja, sem limitação de estoque. As concessionárias estão começando a perceber as vantagens de se trabalhar dessa forma", aponta o especialista.

A necessidade de espaços gigantescos para abrigar estoques enormes sempre limitou as concessionárias na hora de definir localização e abertura de lojas, muitas vezes encarecendo a operação do negócio. Hoje em dia, isso não é mais necessário, uma vez que o lojista pode oferecer para o cliente a experiência de visualizar um vasto portfólio por meio de recursos como vídeos 360º, que podem ser exibidos em tablets com Realidade Virtual e Ampliada, em óculos e dispositivos inovadores. "O consumidor se sente dentro do veículo sem nem mesmo chegar perto dele", destaca Pavesi. Avançando um pouco mais, o head Comercial da DealerSites acrescenta que aquele consumidor que já está pronto para fechar a compra sem pisar na loja só precisa de um site e plataforma impecáveis que ofereçam a ele todo o suporte necessário para comprar o carro desejado sem sair de casa. "Podemos imaginar uma concessionária totalmente virtual em plena Avenida Paulista, importante ponto de São Paulo? Estamos caminhando para isso. Ou uma concessionária no estilo pop up store, ou ainda, uma concessionária conceito dentro de um shopping center", avalia Pavesi.

Pesquisas apontam que os consumidores antes visitavam, em média, quatro concessionárias antes de realizar a compra de um carro. Hoje, essa média é de 1,2 visita por consumidor, até chegar o dia em que a maioria já considerará normal fechar o negócio 100% on-line, sem precisar da visita à loja física. "Quando esse dia chegar, as concessionárias terão que estar preparadas para atender o cliente exatamente do jeito que ele espera ser atendido no ambiente digital", finaliza o especialista. 

 

Perfil comportamental: qual a importância da comunicação dentro das organizações

Especialista em desenvolvimento de líderes apresenta os diferentes tipos de perfis e importância da comunicação entre eles

 

Você sabia que cada líder apresenta um estilo de comunicação de acordo com a sua personalidade e que perfis comportamentais interfere no engajamento, comunicação e construção de relacionamento profissional? Carolina Valle Schrubbe, fundadora da Quare Desenvolvimento, empresa especialista em desenvolvimento de líderes e times, esclarece que conhecer os perfis comportamentais é uma forma de mapear comportamentos predominantes. “Identificá-los, é uma interessante estratégia para o bom desenvolvimento de um time. Através deles, é possível conhecer mais profundamente os colaboradores, suas fortalezas e atividades em que, naturalmente, eles podem apresentar um melhor desempenho”.

 

Carolina informa que saber os tipos de perfis comportamentais que compõem um time é um grande diferencial quando falamos em gestão, principalmente no quesito comunicação. Os tipos de perfis comportamentais macro são: dominante, extrovertido, paciente e analítico. “Os quatro perfis comportamentais são conjuntos de aspectos que ajudam a mapear comportamentos predominantes frente às mais diversas situações no dia-a-dia profissional. Líderes que consideram tal conhecimento, são capazes de elevar exponencialmente os resultados de seu time, tornando sua comunicação mais efetiva e valorizando as habilidades naturais de cada um. Quando falamos de perfil, importante frisar duas situações: 1ª – Nós não somos apenas nosso perfil e também não estamos limitados por ele, cada um é um ser único com experiências e valores diferentes, o que torna cada pessoa singular; 2º - Não há um perfil específico ou adequado para cada cargo, dentro das organizações, todos possuem fortalezas e questões que podem ser trabalhadas para melhoria. São as diferentes tendências comportamentais que tornam as decisões e as rotinas de uma empresa mais sustentáveis”.


 

A importância da comunicação do líder

 

Carolina informa que o líder é o indivíduo que serve, atende as necessidades, entende e acolhe a equipe. “O líder, acima de tudo, precisa ser humilde. Quando falamos em comunicação do líder, é pressuposto que seja clara e com significado, para que, de fato, traga engajamento nas organizações”.

 

“A comunicação é muito mais do que a fala ou a escrita, silêncio e ações também comunicam. Não temos controle de como as pessoas nos interpretam, mas um bom líder usa estratégias para fazer com sua comunicação seja assertiva, para que seu time compreenda exatamente o que ele pretende comunicar. Exemplo de estratégia é o feedback antecipado, que nada mais é do que uma comunicação presumida, é pensar com dirigir-se ao receptor para que ele compreenda a mensagem”. 

A especialista reforça que a comunicação com foco no outro e não apenas no comunicador, engloba respeito e empatia, e que mesmo um líder experiente pode ter mensuráveis ganhos ao estar aberto a novos conhecimentos na forma de se comunicar.

 


QUARE Organizações

https://quareorg.com


domingo, 15 de agosto de 2021

De volta ao passado: pequenos vilarejos no Japão mantém tradição e contam a história do país

Casa no estilo gassho-zukuri, típica das vilas agrícolas japonesas
Shirakawa Village Office
Datadas do século XVII, as vilas históricas em Shirakawa-go e Gokayama atraem visitantes que buscam conhecer e vivenciar o Japão antigo

 

O Japão é um país de contrastes entre modernidade e tradição. Ao mesmo tempo em que as grandes cidades como Tóquio e Osaka apresentam o que há de mais atual e tecnológico no país, pequenos vilarejos antigos pararam no tempo e preservam as tradições e o modo de vida de um Japão de séculos passados.

As regiões de Shirakawa-go, na província de Gifu, e Gokayama, em Toyama, se destacam no arquipélago. Seus vilarejos, do século XVII, são como uma viagem no tempo a um Japão feudal e oferecem experiências típicas de sua época.

A arquitetura centenária dessas vilas chama a atenção. Suas casas são de madeira no estilo gassho-zukuri, comum em aldeias agrícolas do Japão antigo e que são uma obra de arte da carpintaria. As edificações são altas e foram construídas sem pregos. Seus telhados, feitos de palha e capim, formam um ângulo de 60 graus e se estendem quase até o chão. O objetivo é facilitar a limpeza da neve e manter aquecido o seu interior durante o inverno, que costuma ser severo na região. O nome gassho-zukuri significa "como mãos em oração", uma referência ao formato das casas.

As vilas estão localizadas em regiões montanhosas e foram registradas como Patrimônio Cultural Mundial da UNESCO em 1995. Os visitantes podem passar o dia experimentando a cultura tradicional e apreciando o ritmo de uma aldeia agrícola típica japonesa. Para completar a experiência, ainda é possível saborear pratos tradicionais e se hospedar em uma das pousadas locais para passar a noite em uma casa do tipo gassho.

A Organização Nacional do Turismo Japonês (JNTO) dá dicas para vivenciar o melhor de cada uma delas.

 

Shirakawa-go 

Aos pés do Monte Hakusan, uma das montanhas sagradas do Japão, em Gifu, está Shirakawa-go, lar do pequeno e preservado povoado Ogimachi, um local praticamente intocado que data do período pré-moderno japonês.

No local, muitas edificações foram transformadas em museus e em hospedarias, mas muitas ainda permanecem como residências e, algumas delas, estão abertas para o público, como a Casa Wada e a Casa Kanda. A primeira é a maior da vila, tem dois andares liberados para visitantes e está rodeada por um belo jardim japonês. Já a segunda,com mais de 150 anos, tem quatro andares que recebem os turistas e na estrutura de seu telhado há ainda a escrita original de seu carpinteiro. Também é possível visitar a Casa Nagase, que foi lar de uma família de médicos e seu interior guarda uma exposição de equipamentos, do Período Edo (1603-1867), que eram utilizados para tratar pacientes.

Os museus locais explicam e preservam a história da região. Destaque para o Gassho-zukuri Minkaen, que é ao ar livre e recria toda a dinâmica e estrutura de um vilarejo de época, com as casas, armazéns agrícolas e um templo. O Museu de Seda da Casa Tajima expõe o cultivo da seda, que era uma das principais indústrias de Shirakawa-go na era pré-moderna.

Shirakawa-go é linda em qualquer época do ano. Desde a primavera, quando as flores de cerejeira estão espalhadas pelas cidade, até no inverno, quando a cidade fica coberta de neve e recebe iluminação especial da estação. Há um mirante no vilarejo que permite uma visão panorâmica da cidadezinha formada pelas tradicionais casas gassho-zukuri, que vale ser visitado. Para os que gostam de explorar a gastronomia, a pedida é experimentar um bife de Hida, tradicional bife de Wagyu de Gifu.

A provincia de Gifu está localizada na região central do país. A maneira mais rápida de chegar a Shirakawa-go de Tóquio é utilizando o Hokuriku Shinkansen, o famoso trem-bala, até Toyama (cerca de duas horas e meia de viagem) e na estação de Toyama pegar o ônibus para Shirakawa-go, com cerca de 1 hora e meia de trajeto. É possível também chegar de ônibus, a partir de Takayama, cidade de fácil acesso de trem (JR Takayama) de Nagoia e Gifu. Os ônibus para Shirakawa-go saem do terminal rodoviário de Takayama e o trajeto leva cerca de 50 minutos.

Mais informações sobre Shirakawa-go: https://www.japan.travel/pt/spot/2031/

 

Gokayama

Toyama Tourism Organization

Em Toyama, província vizinha de Gifu, na região de Gokayama, estão as aldeias rurais Ainokura e Suganuma, que assim como Shirakawa-go preservam a arquitetura e o estilo de vida de um Japão antigo. O charme deste local está na harmonia perfeita entre a natureza, a arquitetura gassho-zukuri e a cultura da região.

Passear pelas ruas dos vilarejos é como visitar um museu aberto. A aldeia de Suganuma é um importante distrito de preservação nacional de edifícios históricos. A vila tem 9 casas gassho-zukuri. Uma delas abriga o Museu Folclórico de Gokayama que expõe aproximadamente 200 itens que mostram a vida cotidiana tradicional nas montanhas. No andar de cima, é possível ver a estrutura interna do telhado, além de ferramentas para tratar o bicho-da-seda e o “Kago no Watashi”, um antigo método de travessia do rio semelhante a um primitivo teleférico.

O vilarejo de Ainokura mantém o cenário nostálgico com as suas 20 casas típicas em meio a terras agrícolas, paredes de pedra e floresta. Assim como em Suganuma, no vilarejo tem um museu folclórico (Museu do Folclore Ainokura) com objetos usados na vida diária durante o período Edo. Há também o Museu das Indústrias Tradicionais Ainokura que apresenta as três principais indústrias de Gokayama da época: nitro (um ingrediente da pólvora), bichos-da-seda e produção de papel washi. Para se aprofundar na indústria da seda, o Museu Yusuke-o expõe artesanato popular e fotografias com os costumes de Ainokura na era Showa. Uma atividade disponível no vilarejo também é a fabricação de papel washi, no Gokayama Washi Making Experience Hall, em que os visitantes tem a oportunidade de experienciar esta cultura milenar.

Assim como Shirakawa-go, a região de Gokayama tem atividades e belezas durante todo o ano. Em março, Suganuma se ilumina durante a noite e Ainokura promove este evento várias vezes ao ano. A gastronomia local também merece ser explorada. Pratos feitos com o tofu de Gokayama, vegetais frescos das montanhas e o peixe Iwana, pescado nos riachos da região são a pedida.

O acesso à Gokayama é feito de ônibus, a partir das estações de trem de Toyama, cidade próxima, da qual também partem ônibus para Shirakawa-go. Em Toyama, da estação Shin-Takaoka parte o Ônibus do Patrimônio da Humanidade que vai diretamente à Gokayama e o trajeto dura cerca de uma hora.
Mais informações sobre Gokayama: https://www.japan.travel/pt/destinations/hokuriku-shinetsu/toyama/gokayama/


Informações sobre viagens

Devido à pandemia, as restrições de viagem estão mudando continuamente e se adaptarão conforme a situação evolui globalmente. A JNTO recomenda visitar seu site para obter as últimas notícias sobre o Japão e as restrições de viagens relacionadas à Covid-19. Acesse: https://www.japan.travel/en/coronavirus/

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