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segunda-feira, 5 de abril de 2021

Novo rol de coberturas obrigatórias para os planos de saúde

Acaba de entrar em vigor, agora em abril, a Resolução Normativa nº 465/2021 da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), que atualiza o Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde, uma lista de exames, cirurgias e tratamentos que, indiscutivelmente, devem ser cobertos pelos planos de saúde.

 

Essa listagem prevê diversos procedimentos relacionados à área de ginecologia e obstetrícia. Para cada procedimento previsto no rol podem ser impostas Diretrizes de Utilização (DUT), Diretrizes Clínicas (DC) e Protocolos de Utilização (PROUT), que estabelecem critérios de uso baseados nas melhores evidências científicas disponíveis.

 

A SOGESP acompanhou o processo de revisão desse rol, que se iniciou em dezembro de 2018 e se encerrou em março de 2021, e atuou de forma a atualizar e incluir novos procedimentos, com o objetivo de auxiliar médicos credenciados e cooperados a prescreverem e pacientes beneficiários de planos de saúde a terem acesso à cobertura de novos procedimentos.

 

A SOGESP entregou o documento à AMB, que participa do Comitê Permanente de Regulação da Atenção à Saúde (COSAÚDE) da ANS, manifestando-se sobre alterações ao Rol relacionadas a procedimentos ginecológicos e obstétricos, bem como participou de Reunião do Grupo Técnico para revisão do rol de procedimentos.

 

A SOGESP ainda enviou suas contribuições para a Consulta Pública 81 da ANS, que abriu para a sociedade como um todo a discussão sobre a revisão do rol de coberturas mínimas obrigatórias pelos planos de saúde.

 

Encerrado o processo de revisão e editada a Resolução Normativa, a ANS incorporou ao Rol novos procedimentos, ajustou termos de procedimentos já contemplados e criou novas Diretrizes de Utilização. Vamos avaliar as alterações no Rol atinentes à ginecologia e obstetrícia.

 

Acompanhamento pré-natal por enfermeiro obstetra ou obstetriz

 

Com relação à inclusão de inclusão no Rol do acompanhamento pré-natal por enfermeiro obstetra ou obstetriz, na Consulta Pública nº 81, a SOGESP informou à ANS que, considerando que a redução da mortalidade materna no Brasil é ainda um desafio para os serviços de saúde, é imprescindível que o pré-natal seja integralmente assistido pelo médico obstetra. A ausência do obstetra na assistência pré-natal implica graves riscos à saúde e à vida das gestantes e bebês, já que compete a esse profissional o diagnóstico adequado de doenças que podem vir a ocorrer durante a gestação.

 

A SOGESP defende que as gestantes devem ser assistidas por equipes obstétricas suficientes e qualificadas, da qual podem e devem participar enfermeiro obstétrico ou obstetriz. Por força de lei, a assistência de enfermagem à gestante, parturiente e puérpera pela enfermagem apenas pode ser feita como integrante da equipe de saúde (Lei nº 7.498/86, art. 11, II, g), não de forma privativa ou isolada.

 

Assim, a SOGESP alertou a Agência que é absolutamente descabido e ilegal autorizar que o acompanhamento das gestantes seja feito exclusivamente por enfermeiro obstétrico ou obstetriz e que, caso ela decida pela inclusão do procedimento “acompanhamento pré-natal por enfermeiro obstetra ou obstetriz” em seu Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde, imperativo que o faça com a adoção de Diretriz de Utilização firme e clara que exija a presença do médico obstetra como principal responsável pelo acompanhamento pré-natal.

 

O novo Rol da ANS contempla o acompanhamento pré-natal por enfermeiro obstetra ou obstetriz, o que o torna de cobertura obrigatória pelos planos de saúde, desde que obedeça à Diretriz de Utilização (DUT) anexa ao Rol:  

 

DUT nº 135. CONSULTA COM ENFERMEIRO OBSTETRA OU OBSTETRIZ 


1. Cobertura obrigatória de até 6 consultas de pré-natal e até 2 consultas de puerpério, quando atendidos todos os critérios abaixo: 


a. Profissional enfermeiro obstétrico ou obstetriz habilitado por seu conselho profissional para atendimento obstétrico; 


b. Atendimento de consultas de pré-natal e puerpério quando solicitado por escrito pelo médico assistente que coordena o cuidado na equipe multiprofissional de saúde.  


Obs. 1: Em caso de indisponibilidade de rede prestadora de serviço para este procedimento na localidade de ocorrência do evento, a operadora deve disponibilizá-lo na localidade mais próxima, sem a obrigatoriedade de cobertura de remoção ou transporte da beneficiária. 


Obs. 2: A frequência da solicitação do atendimento de enfermagem será definida pelo médico assistente que coordena o cuidado, devendo a mesma ser renovada no máximo a cada 3 consultas realizadas pela enfermagem.  


 

Versão cefálica externa

 

A versão cefálica externa passa a constar expressamente no Rol da ANS. Isso porque a ANS entendia que esse procedimento estava contemplado como integrante da assistência ao trabalho de parto.

 

A SOGESP, durante o processo de atualização do Rol, informou à ANS que se trata de procedimento que deve ser incluído no Rol, seguindo a mesma lógica de sua previsão na CBHPM (3.13.09.17-8), e que não se confunde nem integra a assistência ao trabalho de parto.

 

Trata-se de um procedimento a ser realizado no terceiro trimestre, com a paciente fora do trabalho de parto e necessita de internação hospitalar, em momento anterior ao parto. Este procedimento é indicado em gestações únicas e quando o feto está em apresentação córmica (transversa em relação ao útero) ou pélvica (sentado), na tentativa de posicioná-lo em apresentação cefálica, aumentando as chances de parto normal.


 

Cesárea

 

A ANS instituiu também uma DUT para cesárea, de forma que sua cobertura obrigatória pelos planos de saúde dependerá do cumprimento das regras nela estabelecidas.

 

DUT nº 145. PARTO CESARIANO


1. Cobertura obrigatória quando preenchido pelo menos um dos seguintes critérios:


a. Cesariana programada por indicação clínica materna e/ou fetal, independentemente da idade gestacional, desde que apresentado relatório médico especificando a condição clínica que ensejou a indicação do parto cesariano;


b. Cesariana por intercorrência da gravidez ou intraparto, informada em prontuário médico ou partograma (gráfico e/ou descritivo), especificando a condição clínica que ensejou a indicação do parto cesariano;


c. Cesariana a pedido, desde que comprovado que a gestante assinou Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, elaborado em linguagem de fácil compreensão, respeitadas as características socioculturais da gestante e preenchidos um dos seguintes critérios:


• realizada a partir de 39 semanas completas;


• realizada por uma indicação clínica materna e/ou fetal de interrupção da gravidez, independentemente da idade gestacional;


• realizada após o início do trabalho de parto devidamente registrado em prontuário e/ou partograma (gráfico e/ou descritivo).


 

Para fins desta DUT entende-se:


I - Cesariana programada por indicação materna ou fetal: refere-se àquelas situações em que há um imperativo clínico, materno ou fetal, para a indicação programada do procedimento.


II - Cesariana por intercorrência da gravidez ou intraparto: refere-se às situações de urgência/emergência e intercorrências no trabalho de parto.


III - Cesariana a pedido: refere-se às situações em que a paciente solicita o procedimento.


IV - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido – TCLE: termo elaborado em linguagem acessível à compreensão da gestante, considerando os aspectos socioculturais e deve conter os riscos da cirurgia cesariana; a identificação do médico assistente pelo nome completo, número do registro profissional e assinatura; e a identificação da paciente pelo nome completo, número de documento de identificação válido e assinatura, cabendo ao médico assistente a escolha do modelo de TCLE a ser utilizado.


V – Partograma: É um documento gráfico onde são feitos os registros do desenvolvimento do trabalho de parto, das condições maternas e fetais e deverá conter, no mínimo, as informações indicadas pela Organização Mundial da Saúde - OMS, cabendo ao médico assistente a escolha do modelo de partograma a ser utilizado.

 

Durante o processo de revisão do Rol, a SOGESP sugeriu alterações à proposta apresentada pela ANS, para que fossem adotados termos adequados para a classificação desse procedimento com base no motivo para sua realização, mas que infelizmente não foram acolhidos.


 

Cirurgia de esterilização  feminina

 

A cirurgia de esterilização  feminina teve um pequeno ajuste na DUT, para deixar sua leitura mais fácil e clara, sem alterar nenhuma obrigação já existente para sua cobertura pelos planos de saúde:


 

DUT nº 11. CIRURGIA DE ESTERILIZAÇÃO FEMININA (LAQUEADURA TUBÁRIA/ LAQUEADURA TUBÁRIA LAPAROSCÓPICA)


1. Cobertura obrigatória em casos de risco à vida ou à saúde da mulher ou do futuro concepto, testemunhado em relatório escrito e assinado por dois médicos, ou quando preenchidos todos os critérios do Grupo I e nenhum dos critérios do Grupo II:


Grupo I


a. mulheres com capacidade civil plena;


b. maiores de vinte e cinco anos de idade ou com, pelo menos, dois filhos vivos;

c. seja observado o prazo mínimo de sessenta dias entre a manifestação da vontade e o ato cirúrgico para os devidos aconselhamentos e informações;


d. seja apresentado documento escrito e firmado, com a expressa manifestação da vontade da pessoa, após receber informações a respeito dos riscos da cirurgia, possíveis efeitos colaterais, dificuldades de sua reversão e opções de contracepção reversíveis existentes;


e. em caso de casais, com o consentimento de ambos os cônjuges expresso em documento escrito e firmado.



Grupo II


a. durante os períodos de parto ou aborto, exceto nos casos de comprovada necessidade, por cesarianas sucessivas anteriores;


b. através de cesárea indicada para fim exclusivo de esterilização;


c. quando a manifestação de vontade expressa para fins de esterilização cirúrgica (laqueadura) ocorrer durante alterações na capacidade de discernimento por influência de álcool, drogas, estados emocionais alterados ou incapacidade mental temporária ou permanente;


d. em pessoas absolutamente incapazes, exceto mediante autorização judicial, regulamentada na forma da Lei.


 

Ultrassonografia morfológica

 

A ANS ajustou em seu Rol o termo do procedimento "ultrassonografia obstétrica com transluscência nucal", alterando-o para "ultrassonografia morfológica do 1º trimestre". A Agência recebia um grande volume de dúvidas relativas à descrição do procedimento, visto que os médicos costumam solicitar a realização do exame de "ultrassonografia morfológica do 1º trimestre", denominação que não constava expressamente no Rol de Procedimentos, causando dúvidas sobre sua cobertura obrigatória.

 

A SOGESP informou à ANS que a alteração era importante. A ultrassonografia morfológica de 1º trimestre deve ser realizada entre 11 a 14 semanas de gestação e tem como objetivos principais a identificação precoce de más-formações fetais e a detecção de  riscos no desenvolvimento da pré-eclâmpsia, além de avaliar sinais ultrassonográficos que possam auxiliar na determinação dos riscos das principais doenças genéticas, entre elas a Síndrome de Down. Dentre os sinais avaliados estão a medida da transluscência nucal, a presença e medida do osso nasal e a dopplerfuxometria do ducto venoso que, quando dentro dos parâmetros de normalidade, demonstram uma sensibilidade de 90% de não haver síndromes genéticas. Realizar a ultrassonografia obstétrica somente com a avaliação do parâmetro transluscência nucal, não estará contemplando todos os objetivos do exame.

 

DUT para a realização de consulta médica para assistência pré-natal – proposta apresentada pela SOGESP e não acolhida pela ANS

 

A ANS não acatou a sugestão da SOGESP de criação de DUT para a realização de consulta médica para assistência pré-natal, sem esclarecer o motivo para tanto, apenas deixando de contemplá-la no normativo publicado.

 

Na Consulta Pública 81 da ANS, a SOGESP aproveitou para propor uma diretriz para a cobertura das consultas médicas obstétrica para assistência pré-natal, com base no que estabelecem os Manuais da FEBRASGO, nos seguintes termos:


 

CONSULTA MÉDICA PARA ASSISTÊNCIA PRÉ-NATAL


1. Cobertura mínima obrigatória de consultas médicas na assistência pré-natal de gestantes de baixo risco/risco habitual, na seguinte periodicidade:  


a. Até a 32ª semana de gestação, as consultas deverão ser mensais – 1 (uma) a cada 4 (quatro) semanas, sendo a primeira o mais precoce possível;


b. Até a 36ª semana, deverão ser quinzenais – 1 (uma) consulta a cada 15 dias; e


c. Até o parto, deverão ser semanais – 1 (uma) consulta a cada semana.



2. Cobertura mínima obrigatória de consultas médicas na assistência pré-natal de gestantes de alto risco, na seguinte periodicidade: 


a. Até a 24ª semana de gestação, as consultas deverão ser mensais – 1 (uma) a cada 4 (quatro) semanas, sendo a primeira o mais precoce possível;


b. Até a 32ª semana, deverão ser quinzenais – 1 (uma) consulta a cada 15 dias; e


c. Até o parto, deverão ser semanais – 1 (uma) consulta a cada semana.



3. Outras consultas médicas deverão ser cobertas no caso de intercorrências cuja avaliação seja necessária, mediante apresentação de relatório médico.

 

Os obstetras que atendem pacientes beneficiárias de planos de saúde sofrem com a recusa de pagamento ou a glosa de consultas de pré-natal, principalmente no final da gestação, quando a periodicidade de sua realização é inferior a um mês.  

 

Atualmente, a consulta médica está prevista no Rol da ANS, mas não há nenhuma Diretriz de Utilização para a cobertura de consultas médicas para assistência pré-natal.

 

Diante disso, a SOGESP elaborou a proposta de Diretriz de Utilização (DUT) para a cobertura obrigatória de consultas médicas mínimas obrigatórias na assistência pré-natal, que propôs fosse aprovada pela ANS nesse processo de atualização do Rol, para garantir uma assistência pré-natal adequada às gestantes beneficiárias de planos de saúde, bem como garantir a justa remuneração dos obstetras que prestam serviços a planos de saúde. 

 

Infelizmente, a proposta da SOGESP não foi contemplada nesse processo de atualização do Rol. Mas certamente será reapresentada, em momento oportuno.

 

A SOGESP continuará trabalhando para garantir melhores condições para a assistência à saúde prestada pelos médicos ginecologistas e obstetras credenciados e cooperados, bem como a ampla e atualizada cobertura às pacientes beneficiárias de planos de saúde.

 

 

Cognizant apresenta estudo sobre os 21 lugares do futuro

 Cidade de São Paulo aparece como centro de tecnologia, inovação, arte, cultura e culinária

 

Nos últimos anos, a Cognizant, uma das empresas líderes mundiais em tecnologia e negócios, vem apresentando a pesquisa 21 Jobs of the Future (“21 Empregos do Futuro”), por meio de estudos do Centro para o Futuro do Trabalho, com um olhar focado em entender quais as habilidades e competências serão necessárias para ocupar esses cargos e qual o papel do RH nesse processo. Desta vez, a análise fala sobre os 21 lugares onde esses empregos estarão.

A escolha de cada lugar não é aleatória: todas as 16 cidades, antigas ou novas, conhecidas ou não, têm em comum o desejo de criar e recriar o futuro da humanidade e do trabalho. Especialmente neste momento em que o mundo busca olhar para além da pandemia, os lugares mais inovadores, agradáveis e acessíveis serão os centros para onde as pessoas vão se deslocar. 

Além disso, o estudo traz cinco lugares que terão um papel importante nos próximos anos, com a chegada das mudanças nos sistemas de trabalho e na convivência social.  

Para a lista, foram analisados 150 lugares, e cada um precisou se encaixar em oito categorias ranqueadas de zero a dez. Entre elas, estão infraestrutura física, meio ambiente, estilo de vida (incluindo diversidade e inclusão), cultura e entretenimento, arquitetura, infraestrutura digital, qualidade da educação (para atrair e manter talentos) e custo de vida.

Conhecida como a Cidade que não Para, por seu forte apelo ao trabalho durante o dia e pela diversidade de entretenimento durante a noite, São Paulo está entre as cidades do futuro. Nos últimos dez anos, corporações, como Google, Facebook e AirBnB, têm investido em escritórios na capital paulista. Mas a inovação não para nas grandes empresas, pois São Paulo é um grande centro de startups e fintechs, com seu baixo custo e extensa capacidade de networking, uma vez que sua população é formada também por pessoas de diversos lugares do mundo.

Mesmo assim, a capital paulista ainda precisa investir em melhorias no transporte urbano, especialmente quando se fala dos congestionamentos no horário de pico. E, claro, a cidade do futuro tem no céu a solução para o problema, já que São Paulo possui a maior frota de helicópteros do mundo, e a Embraer, em parceria com a Uber, já busca investir em um sistema de táxi aéreo.

E se, durante o dia, São Paulo é sobre negócios, à noite ela se abre para jantares em restaurantes das mais diversas culinárias, eventos culturais, bares, baladas e tudo mais em que se possa pensar para um happy hour em qualquer dia da semana. A cidade mostra a arte e a cultura nos painéis a céu aberto, com artistas nas calçadas da Avenida Paulista, por exemplo.

Assim, em São Paulo “todo dia é segunda, e toda noite é sexta-feira”. Com a união perfeita entre os negócios e o lazer, a cidade com toda a certeza será um grande celeiro de cargos da lista dos 21 empregos do futuro.  

A lista traz ainda as cidades americanas de Atlanta, na Geórgia; Portland, no Maine; e Sacramento, na Califórnia. No Canadá, Toronto. Na Europa, o futuro acontece em: Dundee, na Escócia; Lisboa, em Portugal; e Tallinn, na Estônia. A África mostra seu potencial em: Lagos, na Nigéria; e Nairóbi, no Quênia. No Oriente Médio, desponta Silicon Wadi, em Israel. 

A Ásia tem representantes em: Da Nang, no Vietnã; Haidian Qu e Shenzhen, na China; Kochi, na Índia; e Songdo, na Coreia do Sul. Além de Wellington na Nova Zelândia, trazendo a Oceania para o mapa. Cada uma delas possui a tecnologia, a ciência, a arquitetura, a sustentabilidade e o investimento em pessoas como prioridades, e são verdadeiros centros de inovação e criatividade que vão atrair cada vez mais atenção nas próximas décadas.

Porém, os lugares do futuro não estão apenas no mapa-múndi. A pesquisa deste ano mostra que os espaços virtuais também fazem parte da lista, como Remotopia e Nova Hanseática – e até mesmo o espaço sideral! Isso porque a pandemia mostrou a necessidade de rever as formas de interação social, além de provar a capacidade de se trabalhar em qualquer lugar, com o advento do trabalho remoto. Ou as novas formas de lidar com problemas, sejam eles pequenos ou grandes, unindo mercados e pessoas.

 

O estudo completo está disponível no site:

https://www.cognizant.com/futureofwork/whitepaper/21-places-of-the-future.

 


Cognizant

www.cognizant.com.br

@Cognizant.

 

Fiesp e Sesi-SP lançam campanha de arrecadação de alimentos


São 29 postos de arrecadação na Capital e Grande São Paulo.

As unidades Sesi-SP da Capital e Grande São Paulo iniciam nesta segunda-feira, 05 de abril, a campanha de arrecadação de alimentos, por tempo indeterminado. A mobilização começou no dia 23 de março e tem como objetivo recolher o máximo de alimentos não perecíveis em todo o estado de São Paulo.

O presidente da Fiesp e do Sesi-SP, Paulo Skaf, avalia que nesse momento de pandemia da Covid 19 uma das grandes preocupações é com a falta de alimentos na mesa de muitas famílias. "Por esse motivo, a Fiesp e o Sesi-SP iniciam campanha de arrecadação de alimentos não perecíveis para distribuição às famílias com maior vulnerabilidade social em todo o estado de São Paulo, sem uma data limite prevista para encerramento", afirma Skaf.

Segundo o presidente da Fiesp e do Sesi-SP, este ano, com o reinício das aulas presenciais em vários municípios e, com isso, impossibilitado de utilizar as cozinhas das escolas como no ano passado, o Sesi-SP será o ponto de recepção de alimentos nas cidades onde não houver restrições mais rígidas de deslocamento.

A distribuição dos itens para a população ficará por conta das ONGs que foram parceiras do Sesi-SP no ano passado, quando foram distribuídas mais de 9 milhões de refeições preparadas pela entidade em todo o estado - diariamente foram produzidas 230 mil refeições por dia nas 110 cozinhas industriais das escolas do Sesi-SP. No inverno, essas ONGs também foram parceiras no repasse de 100 mil cobertores.

AE Carvalho, Catumbi, Guarulhos, Osasco, Vila Leopoldina, Cotia, Santana de Parnaíba, Diadema, Mauá, Santo André e São Bernardo do Campo contam com 29 postos de arrecadações. Para saber os centros de atividades e as escolas do Sesi-SP que estão abertas para receber as doações, respeitando os decretos municipais, a partir de hoje 05 de abril, acesse a lista abaixo e confira o período de funcionamento. A lista completa no estado pode ser conferida no site da campanha: http://www.sesisp.org.br/doealimentos


Cilindros de Oxigênio

Outra situação urgente e que também está sendo acompanhada de perto por Skaf é a escassez de cilindros que acondicionam oxigênio. No dia 19 de março, Skaf foi informado de que a prefeitura de São Paulo necessitava de 250 cilindros para serem utilizados em unidades de saúde da capital. No dia seguinte, ele determinou que fosse feito levantamento em todas as escolas do Senai-SP e, assim, as 250 unidades foram disponibilizadas para a prefeitura.

Ele também determinou que seja feita uma verificação em todo estado para identificar empresas que possam ceder cilindros imediatamente. Além disso, o Senai-SP voltou a consertar, gratuitamente, respiradores de hospitais públicos. No ano passado, foram reparados e entregues em pleno funcionamento 205 aparelhos para 62 cidades.

"Nosso objetivo é fazer uma rede de recuperação de respiradores, que é um dos equipamentos essenciais no tratamento dos casos mais graves da Covid-19. É uma contribuição da indústria de São Paulo nesta guerra contra o novo Coronavírus", afirma Skaf.


Serviço:

Campanha de Arrecadação de Alimentos Fiesp e Sesi-SP.

Nos centros de atividades e escolas Sesi-SP da região.

A partir desta segunda-feira, 05/04, por tempo indeterminado.

A.E Carvalho
De segunda a sexta, 8h às 17h, exceto feriados

Centro de Atividade e Escola SESI-SP de C.A.E. Carvalho (CE 415)
R. Deodato Saraíva da Silva, 232 - Artur Alvim, São Paulo - SP, 03694-090

Catumbi
De segunda a sexta, 8h às 17h, exceto feriados

Centro de Atividade e Escola SESI-SP de Belenzinho (CE 032)
R. Catumbi, nº 318 - Belenzinho, São Paulo - SP, 03021-000

Escola SESI-SP de Vila Bianca (CEI 036) - Santana
R. Vasco Cinquini, 68 - Vila Bianca, São Paulo - SP, 02022-130

Escola SESI-SP de Vila Espanhola (CE 069)
Sítio do Mandaqui, São Paulo - SP, 02542-110

Escola SESI-SP de Vila Císper (CE 074)
R. Caiçara do Rio do Vento, 252 - Parque Cisper, São Paulo - SP

Escola SESI-SP de Ipiranga (CE 111)
R. Bom Pastor, 654 - Ipiranga, São Paulo - SP, 04203-050

Escola SESI-SP de Vila Carrão (CE 379)
Av. Guilherme Giorgi, 200 - Vila Carrao, São Paulo - SP, 03422-000

Escola SESI-SP de Lauzane Paulista (CE 388)
R. Paulo Carneiro, 8 - Lauzane Paulista, São Paulo - SP, 02441-080

Escola SESI-SP de Vila Nossa Sra. das Mercês (CE 402)
R. Júlio Felipe Guedes, 138 - Jardim Botucatu, São Paulo - SP, 04174-040

Escola SESI-SP de Vila Gomes Cardim (CE 434) - Tatuapé
R. Serra de Bragança, 990 - Vila Gomes Cardim, São Paulo - SP, 03318-000

Guarulhos
De segunda a sexta, 8h às 17h, exceto feriados

Escola SESI-SP de Guarulhos - Jardim Adriana (CE 427)
R. Benedito Caetano da Cruz, 566 - Jardim Adriana, Guarulhos - SP, 07135-38

Osasco
De segunda a sexta, das 8h às 17h, exceto feriados

Centro de Atividade e Escola SESI-SP de Osasco - Jardim Piratininga (CE 417)
Rua Calixto Barbieri, 23/83 - Jardim Piratininga

Escola SESI-SP de Carapicuíba (CE 077) - Carapicuíba
Av. Francisco Pignatari, 700 - Vila Gustavo Correia

Escola SESI-SP de Jandira (CE 440) - Jandira
Av. Emílio Guerra, s/n - Jardim Mase

Vila Leopoldina
De segunda a sexta, das 8h às 17h, exceto feriados

Centro de Atividade e Escola SESI-SP de Vila Leopoldina (CE 414)
Rua Carlos Weber, 835 - Vila Leopoldina

Cotia
De segunda a sexta, das 8h às 17h, exceto feriados

Centro de Atividade e Escola SESI-SP de Cotia (CE 432)
Rua Mesopotâmia, 300 - Moinho Velho

Santana de Parnaíba
De segunda a sexta, das 8h às 17h, exceto feriados

Centro de Atividade e Escola SESI-SP de Santana de Parnaíba (CE 433)
Rua Conselheiro Ramalho, 264 - Cidade São Pedro

Escola SESI-SP de Cajamar (CE 438) - Cajamar
Rua das Camélias, 75 - Portal dos Ipês II

Santo André
De segunda a sexta, 8h às 11h e das 13h às 16h, exceto feriados

Centro de Atividade e Escola SESI-SP de Santo André - Santa Terezinha (CE 166)
Praça Dr. Armando Arruda Pereira, nº 100 - Santa Terezinha, Santo André

Escola SESI-SP de Santo André - Vila Clarice (CE 094)
Rua Campos do Jordão, nº 204 - Vila Clarice, Santo André

Escola SESI-SP de Santo André - Pq. Jaçatuba (CE 221)
Rua Itatinga, nº 170 - Parque Jacatuba, Santo André

Escola SESI-SP de Santo André - Jd. Santo Alberto (CE 265)
Rua Balaclava, nº 95 - Jardim Santo Alberto, Santo André

Escola SESI-SP de São Caetano do Sul (CE 222) - São Caetano do Sul
Rua Santo André, nº 810 - Portão 2 - Centro, São Caetano do Sul

São Bernardo do Campo
De segunda a sexta, 8h às 11h e das 13h às 16h, exceto feriados

Centro de Atividade e Escola SESI-SP de São Bernardo do Campo (CE 416)
Rua Suécia, nº 900 - Portaria 1 - Assunção, São Bernardo do Campo

Diadema
De segunda a sexta, 8h às 11h e das 13h às 16h, exceto feriados

Centro de Atividade e Escola SESI-SP de Diadema - Taboão (CE 426)
Rua Porto Príncipe, 117 - Taboão, Diadema

Mauá
De segunda a sexta, 8h às 11h e das 13h às 16h, exceto feriados

Centro de Atividade e Escola SESI-SP de Mauá - Jd. Zaíra (CE 079)
Avenida Presidente Castelo Branco, nº 237 - Jardim Zaira, Mauá

Escola SESI-SP de Mauá - Jd. Adelina (CE 397)
Rua Salvador Rico, nº 55 - Jardim Adelina, Mauá

Escola SESI-SP de Mauá - Jardim Itapark (CE 406)
Rua Zina Batani Bernardi, nº 800 - Jardim Itapark Velho, Mauá

Escola SESI-SP de Ribeirão Pires (CE 080) - Ribeirão Pires

Avenida Coronel Oliveira Lima, 3345 - Aliança, Ribeirão Pires - ponto de referência antiga Faculdade de Ribeirão Pires (FIRP)

Opções da lista de alimentos não perecíveis:

Arroz

Feijão

Macarrão

Molho de tomate em conserva

Farinha

Açúcar

Sal

Milho

Café

Fubá

Leite em pó

Óleo

Seis aprendizados em um ano de home office

Conciliar trabalho com o cuidado das crianças é grande preocupação entre profissionais em home office
arquivo Tecnobank


Como empresas e especialistas avaliam o primeiro ano de trabalho em casa e o que levar em conta daqui para frente


A pandemia de Covid-19 demonstrou que o home office é tecnicamente viável e veio para ficar, seja em formato híbrido ou 100% remoto. Como o início do lockdown, em muitas partes do Brasil, se deu em meados do mês de março de 2020, muitas empresas completam agora um ano de erros, acertos e muita aprendizagem. Entre especialistas em gestão de pessoas e colaboradores de empresas de diversos tamanhos e setores, algumas práticas comuns chamam a atenção e servem de lição para o presente e o futuro.


Preocupação com cibersegurança

Há um ano com pelo menos 80% da equipe de administração em home office, a construtora A.Yoshii investiu pesado em cibersegurança, aprimorando o uso de ferramentas de colaboração e digitalização de processos, além de segurança da informação para o acesso remoto, com melhorias e upgrades em VPN, firewall, licenças e ferramentas para videoconferências em grupo. De acordo com o gerente de TI do Grupo A.Yoshii, Michael Vicentim, a migração do trabalho in loco para o home office acelerou a transformação digital nas empresas, trazendo a certeza de que a tecnologia garante a eficiência no trabalho à distância. A empresa, porém, parece exceção, pois, no Brasil, com o aumento de 70% do fluxo na internet (Kantar Consulting) e grande parte dos funcionários utilizando dispositivos pessoais após a mudança para o trabalho remoto, a exposição a ataques cibernéticos se multiplicou, deixando claro que há uma fragilidade no país em questões de cibersegurança. Entre fevereiro e abril de 2020, período que representa a implementação do home office nas empresas brasileiras, ataques direcionados a vulnerabilidades de acesso remoto aumentaram em mais de 300% no Brasil em relação aos meses anteriores. 


O meio ambiente agradece

Com 100% do quadro administrativo em home office, a indústria de alimentos Jasmine registrou economia em itens básicos de funcionamento, como energia, água, papel, impressão e copos descartáveis. De acordo com o professor dos Programas de Pós-Graduação em Administração e Gestão Ambiental da Universidade Positivo, Cleonir Tumelero, além desses itens, a menor mobilidade e, portanto, menor consumo de combustíveis, de roupas e calçados, também contribui com o meio ambiente. Porém, ele chama atenção para que essa economia de energia, água e geração de resíduos seja estendida para as residências. "A digitalização dos processos já exclui a impressão e utilização de papéis. Menos roupas para lavar significa também menos uso de água e de forma mais consciente e, por fim, a energia pode ser melhor aproveitada com o trabalho em ambientes com luz natural", aconselha.


Novos benefícios

Com o trabalho remoto, o vale transporte passa a ser menos importante que o vale internet. A startup PhoneTrack oferece ajuda de custo para que os colaboradores possam adequar as estruturas de trabalho para além dos equipamentos fornecidos pela companhia, além de contribuir também com despesas como internet e energia, que acabaram sofrendo acréscimo com os trabalhadores em casa. "No final de 2020, também fechamos uma parceria para que os colaboradores tenham acesso a terapia virtual, dando assim mais uma ferramenta para o cuidado com a saúde mental, tão importante quanto a do corpo", conta o CTO e Co-Founder da PhoneTrack, Márcio Conceição. Já a Tecnobank, empresa paulista que transferiu 100% dos colaboradores do escritório de 500 m2 na Vila Olímpia para o conforto e segurança de suas casas, percebeu que 30% deles dividiam suas responsabilidades com a maternidade ou paternidade de crianças menores de 14 anos - ou seja, que exigem mais atenção e tempo dedicado dos pais em home office. Para ajudar esses colaboradores, a empresa criou um canal interno de entretenimento educativo infantil, o TBKids, com sugestão de conteúdos, canais do Youtube, livros e vídeos divididos por faixa etária; lives de contação de histórias apresentadas por um grupo teatral e sugestões de atividades lúdicas elaboradas por uma equipe especializada em Educação Infantil.


Atenção à ergonomia

No consultório do ortopedista do Hospital Marcelino Champagnat, Francisco Zaniolo, na capital paranaense, as queixas de um em cada dez pacientes são relacionadas a dores na coluna provocadas pelo home office e pelas mudanças nos hábitos. Segundo o médico, móveis e equipamentos inadequados, a jornada aumentada de trabalho (atividades com os filhos, limpeza e tarefas de casa) e o sedentarismo estão aumentando a incidência de dores lombares e cervicais e, a longo prazo, podem gerar problemas ainda maiores, como tendinite, bursite, desgaste da cartilagem das articulações e artrose precoce na coluna, ombros, joelhos e cotovelos. Pensando nisso, a Jasmine disponibiliza aos colaboradores não apenas o Vale Home Office, como manuais de segurança em casa, orientações de forma de trabalho e cuidados com ergonomia. "Também oferecemos a possibilidade dos nossos colaboradores emprestarem as cadeiras ergonômicas que utilizam em nosso escritório pelo período necessário, até poderem organizar um ambiente em casa que seja seguro para eles", destaca Rodolfo Tornesi Lourenço, diretor de inovação e transformação da Jasmine Alimentos. 


Colaboração e cooperação

De acordo com a professora de Psicologia Organizacional e do Trabalho da Universidade Positivo, Carolina Walger, o afastamento presencial aumentou, na maior parte dos colaboradores, o espírito de equipe, a empatia, a colaboração entre trabalhadores de uma mesma empresa. "Durante o trabalho remoto, os profissionais se sentiram mais à vontade para compartilhar dificuldades, pedirem e oferecerem apoio", revela a psicóloga. Um dos aprendizados da PhoneTrack durante esse período foi enxergar que os colaboradores precisavam se conhecer melhor. "Como boa parte dos novos funcionários foi contratada já no modelo remoto de trabalho, as lideranças perceberam que aproximadamente 30% da empresa não se conhecia. Foi quando passamos a estimular reuniões entre dois membros de diferentes times, onde eles podem se conhecer, identificar interesses em comum e possibilitar trocas fora do ambiente de trabalho", conta Conceição. Para a diretora de Gente & Gestão da Tecnobank, Michaela Vicare, incentivar a realização de happy hours, cafés da manhã e treinamentos, todos feitos virtualmente, é fundamental. Com o apoio da tecnologia, isso pode ocorrer sem prejuízos ao diálogo e ao aprendizado. "Atitudes como essas, que podem ser adotadas por empresas de quaisquer portes e segmentos, contribuem diretamente com a produtividade e o engajamento nesse período e demonstram o respeito da companhia para com os seus colaboradores", enfatiza.


Burnout

Cansaço excessivo, estresse, irritabilidade, dificuldade de concentração, lapsos de memória, ansiedade, depressão, agressividade. Esses são alguns dos sintomas que podem indicar que o profissional chegou ao seu limite, o Burnout. Um dos motivos que podem potencializar a sensação de exaustão é a falta de separação entre trabalho e a vida pessoal provocada pelo formato home office. Uma pesquisa da Microsoft revela que, para 33% das pessoas que estão trabalhando remotamente, a falta de separação entre trabalho e vida pessoal está impactando negativamente seu bem-estar. Segundo a professora de Psicologia Organizacional e do Trabalho da Universidade Positivo, Carolina Walger, alguns cuidados podem ajudar na prevenção e controle do Burnout. “O ideal é separar o horário do trabalho do horário para o lazer, o tempo para interagir com a família, de cuidar da casa, e também um tempo de autocuidado", destaca. Além disso, ela também lembra que o estresse emocional por conta da própria pandemia, perda de familiares, crise econômica nacional - tudo isso influencia diretamente no estado emocional do trabalhador e contribui para o Burnout. "O estado emocional abalado faz com que o profissional perca concentração e produtividade e, para compensar, decide trabalhar mais tempo para dar conta do trabalho – o que acaba piorando ainda mais a saúde emocional e virando uma bola de neve", alerta a psicóloga.

Com mais de 30% dos colaboradores em home office, o CEO da Neodent e EVP do Grupo Straumann da América Latina, empresa líder em implantes odontológicos no Brasil, Matthias Schupp, dá prioridade a video mensagens, que tornam-se mais pessoais que comunicados escritos aos colaboradores. A empresa destaca também town hall meetings - evento on-line promovido para conversas abertas entre os colaboradores e a presidência. "Essas reuniões destinam amplo tempo para perguntas e me certifico de responder uma a uma", destaca Matthias. As mídias sociais foram mais um jeito que o CEO encontrou de se aproximar das pessoas. Através de postagens semanais, Matthias compartilha projetos, perspectivas e inspirações do seu dia a dia. Além disso, a Neodent promove mensalmente conversas on-line com pequenos grupos de colaboradores, para tomar um café e conversarem sobre assuntos diversos com o CEO. Após receber alguns relatos de profissionais que estavam muito esgotados no home office, Matthias procurou estar ainda mais próximo e conta que se preocupa genuinamente com cada um deles. Nos encontros, ele tem reforçado, por exemplo, a importância da hora do almoço para preparar refeições com calma e conseguir desligar do trabalho em um momento de relaxamento e renovação de energia. Além de reforçar a importância de evitar passar o dia inteiro em reuniões on-line, o que torna os dias menos produtivos e mais cansativos.


O emprego nunca mais será o mesmo

Trabalhabilidade deve ser o plano B na retomada econômica quando a pandemia arrefecer


Os dramas da quarentena na economia serão profundos e não há ainda como mensurar seus impactos no mercado de trabalho, mas uma coisa é certa: quando a pandemia arrefecer o emprego nunca mais será o mesmo. Não haverá mais espaço para modelos tradicionais e todos teremos que nos reinventar. As próprias companhias estão revendo seus modelos em função da crise e já consideram mudar a forma de operar com os aprendizados da dinâmica imposta. E isso não se limita ao home office propriamente dito, mas ao jeito de trabalhar e de gerir equipes, que também se tornaram mais exigentes diante dos riscos.

Trata-se de um dos principais desafios para a retomada da economia, que caiu 4,1% no ano passado, menor taxa da série histórica. A taxa de desocupação atingiu 14,2%, segundo dados do IBGE divulgados ao final de março. E pode piorar este ano, pois é preciso levar em conta que a taxa de desemprego atual está subestimada, já que parte da população que ficou sem emprego durante a pandemia não está procurando recolocação por medo de se contaminar. Como, por definição, a taxa de desemprego calculada pelo IBGE se baseia em quem está efetivamente procurando trabalho, pode-se esperar que, ao crescer o número de vacinados, haja o aumento da busca por trabalho, pressionando a taxa de desemprego.

As perspectivas no início de 2021 eram de otimismo, com crescimento do PIB acima de 4% e, consequentemente, melhora do desemprego, última variável econômica a retomar. Isso porque, tradicionalmente, as empresas precisam ter segurança para voltar a investir e a contratar colaboradores. Entretanto, a piora da pandemia neste primeiro trimestre, que provocou o retorno ao isolamento social, mudou as expectativas. Agora, é preciso lidar com o cenário incerto em que muitas empresas estão fechando as portas.

Eis a tempestade perfeita que traz à tona novamente o conceito de trabalhabilidade - competência de manter-se trabalhando e gerando renda, mesmo com fontes alternativas. Esta será a saída que amenizará os impactos da crise tanto para o trabalhador quanto para a empresa. Do lado do primeiro, há a dificuldade em encontrar vagas formais no mercado de trabalho. Do outro, existe o temor de investir no aumento da equipe sem a certeza de como a demanda se comportará.

A receita vai se manter para fazer frente aos custos? O quanto o novo colaborador agregará à empresa?

A trabalhabilidade pode quebrar esse ciclo, ao exigir capacidade de se adaptar e originar renda a partir das próprias habilidades, o que vai muito além da ideia de emprego. Há a necessidade de se desenvolver multicompetências, exigidas em qualquer função, e que representem verdadeiramente desenvolvimento humano, sem perder de vista o impacto das novas tecnologias.

Lidar com a vida sob pressão, desenvolver potenciais ainda não explorados, encontrar possibilidades que antes eram desconhecidas, a fim de conquistar independência, e proatividade para gerar receita. Todas essas são competências buscadas na hora da contratação, que também ganhou novas formas a partir da reforma trabalhista. Caso do trabalho intermitente, que também já contribuiu para aumento das vagas com carteira assinada.

A trabalhabilidade tende a provocar a sociedade a se reinventar a todo o momento, não se conformar com uma situação, e buscar novas oportunidades, mesmo diante de um ambiente adverso como o que vivemos.





Walter Vieira - CEO do Closeer, aplicativo que conecta profissionais às empresas.


Desafios da pandemia: 5 dicas para promover de forma positiva o bem-estar financeiro

Com um ano de pandemia, sabemos dos impactos nas finanças pessoais. O cenário da doença tem se agravado muito nos últimos dois meses e junto com as incertezas vieram ainda mais medidas restritivas, que já levam ao aumento do desemprego. Rebeca Toyama, especialista em bem-estar financeiro traz dicas para os brasileiros conseguirem um respiro diante de tanta incerteza e instabilidade financeira.

A instabilidade e até a ausência de uma política pública, junto da necessidade do isolamento tem gerado queda de renda e desemprego para muitas pessoas, e esses são fatores que comprometem muito o bem-estar financeiro.

Para a especialista, o tema quando não cuidado impacta a saúde física e psicológica das pessoas, além de agravar o cenário de desigualdade social, como também demonstrou o índice que avaliou o desenvolvimento sustentável de mais de 700 cidades brasileiras, divulgado na última semana pelo Instituto Cidades Sustentáveis em parceria com a ONU.

“A organização da vida financeira é uma das bases do tripé para promoção de bem-estar, mas é preciso lembrar que é comum enfrentarmos diversas crises ao longo da vida, e para passar bem por estes momentos difíceis é necessário buscar um estilo de vida saudável. ”, comenta Rebeca Toyama, especialista em bem-estar financeiro.

De acordo com um estudo do CFPB (Órgão de Proteção ao Consumidor Financeiro dos Estados Unidos), o bem-estar financeiro pode ser definido como um estado de estar no qual as pessoas:

  • Têm controle sobre as finanças do dia a dia, mês a mês;
  • Têm a capacidade de absorver choques financeiros;
  • Estão no caminho para atingir seus objetivos financeiros;
  • Têm liberdade financeira para fazer escolhas que lhes permitam aproveitar a vida.

É importante ressaltar que não existe relação direta entre bem-estar financeiro e renda, mas há uma relação ao significado que se dá ao dinheiro e a forma que se relaciona com ele.

“O bem-estar financeiro também não é algo binário, ‘tenho ou não tenho’, é uma escala que pode ser mais positiva ou negativa, de acordo com o que: eu conheço sobre planejamento financeiro; como eu aplico na minha realidade o que conheço sobre finanças pessoais e qual atitude diária eu tenho com o dinheiro. ”, explica a Toyama.

De acordo com a especialista, é necessário buscar hábitos no cotidiano que desperte a consciência de poupar e entender que mudança de comportamento é algo gradual. Muitas vezes as pessoas não seguem seu propósito por conta da indisciplina financeira, e por isso, acabam abrindo mão de sonhos, justamente por não sobrar dinheiro no final do mês.

“Para melhorar de vida precisamos procurar ajuda e perder o medo de encarar as finanças. Começar com pequenos hábitos e fazer suas escolhas a partir da sua realidade, faz muita diferença. Você pode e é capaz de mudar algumas coisas para impactar positivamente em seu bem-estar financeiro, afinal já sabemos que imprevistos acontecem. ”, afirma Rebeca Toyama.

E para auxiliar os brasileiros neste desafio, a especialista em bem-estar financeiro, Rebeca Toyama, elaborou 5 dicas para se promover o bem-estar financeiro de forma positiva:

  1. Planeje um estilo de vida alinhado com seus valores pessoais e sua realidade financeira, encontre formas para garantir qualidade de vida sem comprometer suas finanças pessoais;
  2. Preste atenção nas suas emoções, autoconhecimento é muito importante, pois sem ele raramente conseguimos promover as mudanças comportamentais necessárias para ter os resultados necessários;
  3. Tenha objetivos e escolha os caminhos para atingi-los, guardar dinheiro por guardar é muito mais difícil do que ter disciplina para realizar um sonho pessoal ou de uma pessoa querida;
  4. Faça um orçamento familiar, seu saldo bancário ou seu patrimônio é o resultado de uma série de escolhas que quando feitas em conjunto e com antecedência trazem melhores resultados;
  5. Controle suas finanças diariamente, dinheiro é um recurso limitado, como suas 24 horas por dia, portanto, demanda organização. Lembre-se que nossas atitudes no presente trarão resultados no futuro, se positivos ou negativos, dependerá de você.

 



Rebeca Toyama - fundadora da ACI que integra competências e inteligências e transforma propósitos em carreiras e negócios. Especialista em estratégia de carreira e bem-estar financeiro. Possui formações em administração, marketing e tecnologia. Especialista e mestranda em psicologia. Atua há 20 anos como coach, mentora, palestrante, empreendedora e professora. Colaboradora do livro Tratado de psicologia transpessoal: perspectivas atuais em psicologia: Volume 2; Coaching Aceleração de Resultados e Coaching para Executivos. Integra o corpo docente da pós-graduação da ALUBRAT (Associação Luso-Brasileira de Transpessoal), da Universidade Fenabrave, do Instituto Filantropia, e da Academia GFAI.


Sebrae disponibiliza um tira-dúvidas para quem quer saber mais sobre a Empresa Simples de Crédito

Saiba mais sobre a ESC. Qual sua área de atuação, como abrir uma, quais os seus limites, entre outras informações

 

Em abril de 2019, por meio da Lei Complementar 167, foram criadas as Empresas Simples de Crédito - ESC. Essa nova modalidade empresarial tem por finalidade oferecer crédito aos pequenos negócios utilizando os recursos do próprio empreendedor.

Para tirar dúvidas sobre as ESC e ajudar a entender como funciona esse novo mercado, o Sebrae preparou uma lista de perguntas e respostas que podem apoiar os empreendedores que desejem constituir uma ESC.


Qualquer pessoa natural pode abrir uma ESC?

Sim, mas cada pessoa natural pode participar de apenas uma ESC e não são permitidas filiais. Um ponto importante é que uma pessoa jurídica não poderá ser sócia de uma ESC.


Quais os tipos de personalidade jurídica que poderão ser adotadas para a ESC?

A ESC pode ser registrada como Empresário individual (não confundir com MEI); Empresa individual de responsabilidade limitada (EIRELI) ou Sociedade limitada.


Qual a opção mais adequada para quem quer abrir uma ESC?

A Empresa individual de responsabilidade limitada (EIRELI) ou a sociedade limitada (por cotas), pois limitam a responsabilidade do sócio ao capital integralizado e não ao seu patrimônio pessoal. A recente aprovada Lei da Liberdade Econômica facultou a sociedade limitada unipessoal.


Onde a ESC pode atuar?

A atuação da ESC está limitada ao munícipio sede e aos municípios limítrofes. Para verificar os limites de cada município visite o site: https:// cidades.ibge.gov.br


Qual o objeto social da ESC?

A ESC terá como objeto social, a realização de operações de empréstimo, de financiamento e de desconto de títulos de crédito, exclusivamente com recursos próprios, tendo como contrapartes microempreendedores individuais, microempresas e empresas de pequeno porte, nos termos da Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006 (Lei do Simples Nacional).


Quanto a ESC poderá emprestar/ financiar?

O volume de operações da ESC está limitado ao seu capital social; ou seja, ela só pode emprestar com recursos próprios.


Eu posso tomar dinheiro emprestado de familiares, amigos ou outras fontes para compor o capital da ESC?

Sim. A lei estabelece que a ESC não pode captar recursos de terceiros. No entanto, a pessoa física pode fazer um empréstimo em seu nome para montar uma ESC. De qualquer forma, essa atitude deve ser muito bem avaliada pois pode inviabilizar a ESC.


Para quem a ESC poderá emprestar?

A Empresa Simples de Crédito somente poderá emprestar para pessoas jurídicas enquadradas como MEI, microempresa e empresas de pequeno porte. A ESC não poderá emprestar para pessoas físicas ou empresas de médio e grande porte.


A ESC pode vender outros serviços?

Sua fonte de receita operacional é, exclusivamente, oriunda dos juros remuneratórios recebidos das operações realizadas. Porém poderão cobrar também juros de mora pactuado entre credor e devedor e de acordo com a legislação vigente. Possui ainda receitas financeiras advindas da remuneração das aplicações do seu capital e disponibilidades de caixa.


A Lei estipulou algum limite de juros para a ESC?

Não. A ESC poderá cobrar o percentual de juros que entender necessário e suficiente para sua remuneração. No entanto, ela deve estar atenta ao mercado e se adaptar para ser competitiva. Como a ESC não pode cobrar nada além dos juros da operação dos juros de mora para operações em atraso, todos os custos envolvidos na operação de crédito deverão ser embutidos nessa taxa, tais como, despesas administrativas; imposto em geral e lucro da empresa.


Como ocorre a movimentação entre a conta da ESC e do cliente?

A movimentação ocorre exclusivamente mediante débito na conta da ESC e crédito na conta do tomador do crédito. Não existe impeditivos quanto à utilização de conta digital. Já em relação ao pagamento das parcelas poderá ser feito da mesma forma ou por meio de outras modalidades, tais como boleto bancário.


Existem limites de operação para a ESC?

Sim. A receita bruta anual não poderá exceder o limite de receita bruta para Empresa de Pequeno Porte (EPP) definido na Lei do Simples Nacional, atualmente em R$ 4,8 milhões. Considera-se receita bruta, a remuneração auferida pela ESC com a cobrança de juros remuneratórios, inclusive quando cobertos pela venda do valor do bem objeto de alienação fiduciária, deduzidas as perdas por inadimplementos e acrescidas as recuperações de créditos. Esse resultado é auferido ao final do exercício fiscal.


Quais garantias a ESC poderá exigir?

A Lei Complementar nº 167 prevê que a ESC poderá usar a alienação fiduciária. No entanto, outras modalidades também serão permitidas, como avalista e fiador, ou seja, garantias fidejussórias.

 Confira mais detalhes no documento aqui

 

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