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terça-feira, 2 de julho de 2019

Médico responde: Usar anticoncepcional preserva a fertilidade?


Especialista em reprodução humana esclarece algumas dúvidas sobre essa questão


Há um tempo, a maioria das mulheres de 30 anos já era mãe de pelo menos um filho, e hoje em dia esse cenário mudou, onde a gravidez tardia está cada vez mais comum. O avanço na idade pode possibilitar mais estrutura e planejamento para se ter um filho, mas também é um fator muito importante quando falamos sobre ter uma gestação de forma natural. Muitos não sabem, mas as mulheres já nascem com uma quantidade de óvulos determinada para toda a vida. Com o passar dos anos, a chamada reserva ovariana tem uma queda, que fica mais acentuada entre após os 35 anos, com uma diminuição importante no estoque e qualidade dos óvulos. 

Diante desse cenário,  muitas mulheres usam anticoncepcional em grande parte de suas vidas e acabam tendo dúvidas sobre a relação entre o uso de pílula e a fertilidade. E para esclarecer alguns questionamentos, o médico especialista em reprodução humana, Matheus Roque responde algumas perguntas sobre esse assunto. 


 - O uso de anticoncepcional afeta no estoque de óvulos? Como isso funciona?

Na verdade o uso de anticoncepcional  não protege, nem prejudica o estoque de óvulos. O  uso não vai postergar a menopausa, o anticoncepcional simplesmente impede que o folículo cresça e que o óvulo que está dentro dele amadureça. Então, para poder ter uma gravidez, o óvulo tem que amadurecer, e nesse processo o folículo cresce até se romper e liberar o óvulo (ovulação). E é isso que a pílula faz, evita que o óvulo amadureça e ocorra a ovulação, impedindo assim a gravidez. Mas até o óvulo chegar nesse estágio no ovário, eles passaram por um recrutamento, que é totalmente independente de hormônios. Então mesmo usando pílula, a mulher está perdendo óvulos continuamente e não está poupando a sua reserva. A pílula não protege de maneira alguma a quantidade e qualidade dos óvulos das mulheres.


- O que acontece com os óvulos de  mulheres com mais de 35 anos?  

Principalmente após os 35 anos, além da perda na reserva ovariana, ocorre um envelhecimento nos óvulos, o que acaba afetando a sua qualidade e esse processo é o que diminui a chance de gravidez de forma natural e aumenta o risco de aborto, síndromes ao bebê e mais complicações na gravidez. 


- O que as mulheres podem fazer para prevenir essa perda? Existe algum tipo de tratamento? 

Não há nada que poupe esse estoque de óvulos como medicamentos, vitaminas ou alimentação.  Tem hábitos que acabam ajudando a prejudicar a qualidade, independente da idade, como a obesidade, o tabagismo, o uso de drogas e o sedentarismo. Por isso, ter uma vida mais saudável, com exercícios e alimentação balanceada é ideal para quem está pensando em engravidar naturalmente. O único tratamento que garante a preservação dos óvulos e sua qualidade é o congelamento de óvulos,  que é indicado para mulheres que desejam postergar ou não tenha definido se quer ter uma gestação no futuro. A idade ideal para isso acontecer é abaixo dos 35 anos, apesar de não existir uma contraindicação sobre esse fator, podendo ser feito o congelamento mesmo após os 35 anos. Mesmo feito esse procedimento, há também a chance da mulher ter uma gravidez de forma natural, mas se isso não ocorrer, esses óvulos podem ser utilizados para uma reprodução assistida.


Dr. Matheus Roque
Instagram: @matheusroque_mr 

Imunoterapia: tratamento para câncer ganha nova aliada


 Entenda como o sistema imunológico pode enfrentar tumores que antes eram considerados irreversíveis


Considerada uma das doenças com mais casos no mundo, o câncer é, também, uma das que mais mata. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA) são estimados  582.590 novos casos de cânceres e mais de 200 mil óbitos no Brasil neste ano. 

Vários estudos tentam achar a cura efetiva para o câncer. Entre todos os tratamentos existentes, os holofotes estão voltados para a imunoterapia, considerada o grande avanço no tratamento do câncer nos últimos anos. 

Segundo o Oncologista do Santa Genoveva Complexo Hospitalar, Rodolfo Gadia, a imunoterapia é uma das várias formas de tratamento biológico contra o câncer. “Basicamente utilizamos o potencial do sistema imunológico da pessoa para combater o crescimento do câncer. Estão sendo testadas várias moléculas  capazes de conter especificamente as células cancerígenas. Nessa vertente, a ideia é utilizar nosso próprio sistema de defesa para ajudar no tratamento contra alguns tipos de neoplasias”, afirma. 

Atualmente, a imunoterapia é considerada uma revolução no tratamento do câncer, principalmente porque propicia uma melhor qualidade de vida à pessoa acometida pela doença. 


O médico salienta que, infelizmente, nem todos os pacientes são aptos a esse tipo de tratamento. “Ensinar o sistema imunológico da pessoa a reagir novamente não é uma tarefa tão simples. A imunoterapia vem sendo testada em vários tipos de tumores malignos, porém os resultados positivos não são vistos em todos os cânceres. Para obter sucesso é necessária uma combinação de fatores”, ressalta.

“A imunoterapia é uma aliada em alguns casos e substituta em outros. Existem muitos estudos promissores com a associação da imunoterapia com a quimioterapia e inibidores de receptores ou enzimas presentes na célula tumoral. A eficácia desse tipo de tratamento já foi comprovada no melanoma, um tipo de câncer de pele menos comum e mais agressivo; câncer renal; de bexiga; pulmão; cabeça e pescoço; tumores do trato gastrointestinal com instabilidade de microssatélite; mama; linfoma, dentre outros. As pesquisas crescem cada vez mais, pois já é considerado um dos maiores avanços dos últimos anos no tratamento do câncer”, finaliza Rodolfo Gadia. 

Mães - Você sabe o que é a coqueluche?



A coqueluche é uma doença infecciosa, altamente contagiosa, causada pela bactéria Bordetella pertussis, que compromete o aparelho respiratório humano.³ No período de 2016 a 2017, cerca de 59% dos casos confirmados da doença ocorreram em bebês menores de 1 ano de idade. Desses, aproximadamente, 79% eram menores de 6 meses, grupo mais suscetível à doença, uma vez que ainda não completaram o esquema vacinal primário contra a coqueluche.¹,6 Infelizmente, cerca de 90% desses casos evoluíram a óbito.¹

Os familiares são a principal fonte de infecção em crianças menores de 6 meses, sendo a mãe a principal transmissora, responsável pela transmissão de 39% dos casos.2 Uma das formas de proteção contra a coqueluche é vacinação durante a gestação, pois além de proteger a mãe também pode ajudar a proteger o bebê através da transferência de anticorpos que acontece durante a gravidez.5 As gestantes também podem se proteger de doenças como diftería, tétano e a gripe atraves da vacinação.6 Em 2018, a cobertura vacinal da dTpa (difteria, tétano e coqueluche acelular) em gestantes chegou a cerca de 62%.4

Lembrando que além da vacinação, manter bons hábitos de higiene também é fundamental para a prevenção da coqueluche.7

Então, agora que sabemos disso tudo, vamos nos prevenir! A prevenção é, acima de tudo, um ato de carinho.

Caso queira compartilhar essas informações e o card abaixo em suas redes sociais, vamos adorar! Afinal, quanto mais mamães se informarem e se prevenirem, mas bebês estarão protegidos.

#VacinaCoqueluche
Consulte o seu médico para maiores informações.


GSK 

*Material dirigido ao público em geral. Por favor, consulte o seu médico.


Referências:
1 - BRASIL. Ministério da Saúde. Informe Epidemiológico – Coqueluche, 2016 a 2017. Disponível em: <http://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2018/dezembro/18/Informe-epidemiol--gico-da-Coqueluche.%20Brasil,%202016%20a%202017.pdf>. Acesso em: 12 jun 2019.
2- WILEY, KE. et al. Sources of pertussis infection in young infants: A review of key evidence informing targeting of the cocoon strategy. Vaccine, 31(4): 618-25, 2013. 
3 - BRASIL. Ministério da Saúde. Boletim epidemiológico, 2015. Disponível em: <http://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2015/dezembro/08/2015-012---Coqueluche-08.12.15.pdf>. Acesso em: 12 jun 2019.
4 - Pesquisa realizada na base de dados DATASUS, utilizando os limites “REGIÃO” para Linha, “ANO” para Coluna, “COBERTURAS VACINAIS” para Conteúdo, “2018” para Períodos Disponíveis, selecionar “dTpa GESTANTE” para Imunobiológicos e “TODAS AS CATEGORIAS” para os demais itens. Base de dados disponível em:<http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/deftohtm.exe?pni/cnv/cpniuf.def>. Acesso em 07 mar. 2019.
5 - GKENTZI, D. et al. Maternal vaccination against pertussis: a systematic review of the recent literature. Arch Dis Child Fetal Neonatal Ed, 102:F456-F463, 2017.
6- BRASIL. Ministério da Saúde. Calendário Nacional de Vacinação 2019. Disponível em: <http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/documentos/geral/calendario_vacinacao_2019.pdf>. Acesso em: 12 jun 2019.
7- CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION. Pertussis (Whooping Cough). Prevention. Disponível em: <https://www.cdc.gov/pertussis/about/prevention/index.html>. Acesso em: 12 jun 2019.


Congelamento de óvulos


A procura pelo congelamento de óvulos é um procedimento cada vez mais adotado por mulheres no Brasil e no Mundo. O Sistema Nacional de Produção de Embriões (SisEmbrio) que é gerenciado e monitorado pela Anvisa, mostrou que entre 2016 e 2017 a procura por esse procedimento cresceu em 20%. 

E estudos mostram que cada vez mulheres mais jovens têm optado por essa opção de extensão da fertilidade. Afinal de contas, o envelhecimento é um dos fatores que acaba diminuindo as chances de gravidez. 

Mas, será que este é o único fator que tem feito com que as mulheres optem por esse tipo de solução para o retardamento da gestação? 

Porque o congelamento de óvulos tem sido cada vez mais procurado? 
Uma pesquisa publicada pela Human Fertility mostrou que o principal fator que influência uma mulher a optar pelo congelamento de óvulos é evitar o chamado “pânico dos pais”. 

Basicamente, é quando uma mulher entra em um relacionamento apenas tendo como objetivo ter um filho. Esse tipo de atitude pode ser prejudicial tanto para a mãe como para o bebê. 

Isso porque, não um envolvimento afetivo real entre os cônjuges, apenas a vontade de ter uma criança. E isso pode gerar vários problemas psicológicos. 

Outro motivo revelado pela própria pesquisa é que a boa parte das entrevistadas revelou a falta de um parceiro. Ou seja, para garantirem a fertilidade ao encontrarem um cônjuge, elas acabam optando pelo congelamento de óvulos. 

Para muitas delas, esse processo também é uma forma de dar mais tempo para se pensar em ter um filho. Afinal, a grande maioria das mulheres que deseja engravidar tem uma pressão terrível para encontrar um parceiro adequado, em um período de tempo relativamente curto. 

Com os óvulos congelados, e a fertilidade garantida, elas acabam tendo mais tempo para se planejarem. 

A falta de informação é um problema 

Uma das questões apontadas pelo estudo é que a informação disponível para as mulheres que têm interesse nesse processo é inadequada. Muitas inclusive, se quer fazem ideia de como buscar uma clínica de reprodução humana, que é necessária para o processo. 

Uma das maiores reclamações foi a falta de dados e discussões sobre os resultados desse processo. A probabilidade dos procedimentos darem certo no futuro, os resultados pós-congelamento, qual o tempo ideal para a utilização dos óvulos são alguns dos pontos mal discutidos, segundo as entrevistadas. 

Inclusive, muitos autores de estudos pedem um trabalho mais ativo de fornecimento de informações, principalmente por parte das clínicas. 

O que você precisa saber antes de procurar uma clínica de reprodução humana 
Antes de ir até uma clínica de reprodução humana, você precisa saber que o congelamento de óvulos varia de mulher para mulher. Para a maioria das pessoas, a idade ideal para esse processo é antes dos 35 anos de idade. 

Isso porque a partir dessa idade a fertilidade começa a cair drasticamente. Mas, isso vai depender do seu organismo, do histórico familiar e até mesmo dos seus hábitos diários. 

Logo, o ideal é sempre consultar um médico especializado, que pode ser encontrado na própria clínica de reprodução humana. 

Assim, você poderá saber exatamente se o congelamento de óvulos é a melhor alternativa para o seu caso, e quais os possíveis resultados. 





Dr. Alfonso Araújo Massaguer - CRM 97.335  - É Médico pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, Ginecologista e Obstetra pelo Hospital das Clínicas e Especialista em Reprodução Humana pelo Instituto Universitário Dexeus – Barcelona. Dr. Alfonso é diretor clínico da MAE (Medicina de Atendimento Especializado) especializada em reprodução assistida. É professor responsável pelo curso de reprodução humana da FMU e membro da Federação Brasileira da Associação de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO), das Sociedades Catalãs de Ginecologia e Obstetrícia e Americana de Reprodução Assistida (ASRM). Também é diretor técnico da Clínica Engravida e autor de vários capítulos de ginecologia, obstetrícia e reprodução humana em livros de medicina.


Clínica Mãe - www.mae.med.br


A cistite afeta tanto as mulheres como aos homens




A cistite é uma inflamação da mucosa da bexiga e pode acometer homens, mulheres e crianças. As mulheres são as maiores vítimas das cistites: aproximadamente metade delas apresentará pelo menos uma infecção urinária ao longo da vida. Isso pode ocorrer por questões anatômicas, hábitos, vida sexual e hormonal. Lembramos que a uretra é uma estrutura curta e larga, localizada na região perineal próxima ao canal vaginal e ânus, que transporta a urina da bexiga para o meio exterior.

A cistite pode ser desencadeada por medicamentos (como os quimioterápicos) que podem causar inflamação da bexiga; radioterapia na região pélvica (Actínica); inflamação crônica de causa desconhecida e de difícil tratamento (Intersticial); uso de sonda na bexiga por longos períodos; cálculo urinário; câncer de bexiga; fungos, principalmente em pacientes diabéticos e imunodeprimidos; bactérias, que são as causas mais frequentes; e uma associação de outras condições da bexiga ou abdome inferior, tais como: câncer ginecológico, corrimento vaginal, doenças inflamatórias pélvicas, endometriose, doenças inflamatórias do intestino, lúpus, tuberculose, entre outras.

A cistite intersticial (CI) não é causada por uma infecção bacteriana e acomete aproximadamente 12 milhões de pessoas nos Estados Unidos.  As causas não são claras e admite-se ainda que possa ser provocada por um problema vesical motivado por alterações no sistema nervoso, muscular, química da urina ou alergia. Uma complicação observada na CI é a redução da capacidade vesical funcional máxima, ou seja: “a bexiga fica pequena”.

Em aproximadamente 90% das vezes a bactéria E. coli é a responsável pela cistite bacteriana. Essa bactéria coloniza a pele do períneo e habita o intestino, sem nenhum problema; mas se alcançar a bexiga e os rins, pode desencadear grandes danos, inclusive com risco de vida.

A cistite pode acontecer depois de uma relação sexual, provavelmente porque a uretra sofreu traumas (normais do próprio coito) e torna-se vulnerável à migração das bactérias, sendo mais intensa e comum na menopausa, devido ao ressecamento da vagina por deficiência hormonal (estrógeno).   

A cistite pode não ter sintomas, mas quando relatados podem ser intensos, súbitos e bastante desconfortáveis, devido ao aumento da frequência e Urgência miccional; dor ao urinar ou no abdome; urina turva, escura ou com cheiro forte; presença de sangue na urina; mal estar geral; febre; confusão mental (mais comum em pessoas idosas).

No diagnóstico, o médico identifica fatores como: o padrão miccional, hábitos miccionais, intestinais e vida sexual; doenças associadas, como corrimentos vaginais, diabetes, doenças autoimunes, etc; uso de medicamentos, alterações anatômicas, alterações em exames de Urina e Imagem.

O tratamento deve ser personalizado para cada cistite; mas nas bacterianas, o médico prescreverá além dos analgésicos o antibiótico, guiado pelo antibiograma. Ao tratamento urológico, soma-se o acompanhamento multidisciplinar (ginecologista e proctologista) em caso de infecção urinária de repetição.

Para prevenir a cistite, recomenda-se beber bastante água; evitar bebidas como chá, cítricos, chimarrão, refrigerantes e café; usar roupas íntimas de algodão; preferir duchas ao papel higiênico; fazer a higiene íntima sempre da vagina para o ânus e utilizar produtos neutros, sem perfumes; manter o períneo limpo e seco; urinar assim que você sentir desejo - não adie!; lavar a área genital antes e depois do ato sexual; evacuar pelo menos uma vez ao dia. Em caso de obstipação intestinal, converse com um proctologista; na menopausa, se a paciente tiver cistites, consulte um ginecologista, visando o uso de hormônios, caso não tenha contra indicação; evitar usar anel anticoncepcional (consulte um ginecologista); tratar os cálculos renais, caso você os tenha.

O uso de Cranberry é questionável e não há evidências claras de que vá lhe ajudar.

Homens, idosos, grávidas e crianças com sinais e sintomas de cistite devem procurar o seu médico ou um Urologista. Qualquer paciente com dor lombar e febre deve procurar um médico imediatamente, pode ser bastante grave. 





Dr. Marco Aurélio Lipay - Doutor em Cirurgia (Urologia) pela UNIFESP (Universidade Federal de São Paulo), Titular em Urologia pela Sociedade Brasileira de Urologia, Membro Correspondente da Associação Americana e Latino Americano de Urologia e Autor do Livro "Genética Oncológica Aplicada a Urologia"


Pedras nos rins: o que você precisa saber para preveni-las

 Conheça os tipos, causas, dicas e tratamentos disponíveis para cálculo renal

As pedras nos rins são formações minerais sólidas que, ocupam a via de drenagem da urina, e também podem ser chamados de cálculos urinários ou litíase urinária. Esta condição é formada quando a urina possui cálcio, oxalato e ácido úrico em excesso, que acabam contribuindo para a formação das pedras. 
Os principais sintomas para a presença dos cálculos urinários são a dor lombar em cólica e a presença de infecção urinária, porém, de acordo com o médico urologista, Dr. Marcos Tobias Machado, algumas situações podem não causar nenhum sintoma.

Além disso, há alguns fatores que contribuem para o surgimento do cálculo renal. “Homens entre 25 e 50 anos, pacientes que já tiveram pedras nos rins e pessoas que vivem em regiões quentes são mais suscetíveis a obter uma crise”, explica Dr. Marcos. 

Abaixo, o especialista detalha os processos de formação para três tipos de pedras nos rins.


- Cálculos de cálcio: normalmente são formados por um aumento na eliminação do cálcio na urina (e não do cálcio ingerido na dieta). A causa é por seguir uma dieta rica em sal e pobre em água, podendo ter um traço hereditário associado. 


- Cálculos de ácido úrico: formados através do metabolismo de proteínas em indivíduos com gota úrica (doença que acomete os rins e articulações devido ao aumento do ácido úrico no sangue).


- Cálculos de fosfato de amônio magnesiano: conhecido como coraliformes, devido ao formato de coral, se forma a partir do metabolismo de bactérias produtoras da enzima uréase, responsável por gastrite, esofagite, duodenite, úlcera e câncer no estômago. 

Para a prevenção é importante citar que depende diretamente da causa e exames mais específicos podem ser realizados em situações de suspeita de cálculos de outras origens. Com o objetivo de ajudar, o especialista separou três principais dicas. Veja a seguir:
  1. Crie hábitos simples durante o dia-a-dia como o aumento do consumo de água;
  2. Reduza o sal na alimentação, isso evitará o principal tipo de cálculos entre os pacientes: o cálcio urinário; 
  3. Fique atento (a) em obter a urina sempre clarinha.
Na maioria dos casos, com observação médica, os cálculos até 5mm podem ser eliminados espontaneamente. Caso seja necessária uma intervenção cirúrgica, a retirada das pedras é feita com procedimentos avançados, com destaque para a litotripsia extracorporea, cirurgias endoscópicas (por dentro da bexiga ureteres e rins sem incisão) e pela cirurgia percutânea (que utiliza apenas um orifício de entrada na pele).

“A cirurgia laparoscópica, por exemplo, é realizada com até cinco pequenas incisões. Esse método permite um acesso mais amplo ao rim e, atualmente, substituiu a cirurgia aberta na maioria de suas indicações”, finaliza.




Dr. Marcos Tobias Machado - Formado em Medicina pela Santa Casa, Dr. Marcos Tobias Machado acumula experiência e conhecimento em diversas instituições, como Hospital das Clínicas da USP, Universidade de Miami e H.Henri Mondor em Paris. Atualmente, atua no departamento de cirurgia minimamente invasiva da Confederação Americana de Urologia e do IRCAD Latino America, além de ser chefe do setor de uro-oncologia e cirurgia robótica em urologia do Hospital Brasil e urologista dos Hospitais da rede D’Or – Bartira, Assunção e São Caetano do Sul.


Gravidez ectópica ainda confunde mulheres


Segundo a FEBRASGO, Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia, a gravidez ectópica (fora do útero) acontece em 1% de todas as gestações do mundo, sendo que, dentro deste 1% das ectópicas, a possibilidade de nascer no ovário é de 1%. O risco de mortalidade materna é 90 vezes maior que uma gestação normal e o risco de o bebê falecer é de 95%.

Por ser rara, a gravidez ectópica ainda é uma incógnita para muitas mulheres. Para esclarecer as principais dúvidas sobre essa condição, a Dra. Karina Tafner, ginecologista e obstetra; especialista em Endocrinologia Ginecológica e Reprodução Humana pela Santa Casa (FCMSCSP) e especialista em Reprodução Assistida pela FEBRASGO; listou pontos essenciais:


O que é a gravidez ectópica

Em uma gestação normal, um óvulo fertilizado passa pelas trompas de falópio e chega ao útero, local em que se implanta e começa o processo de formação do bebê. Já na gravidez ectópica, o óvulo fertilizado se implanta fora do útero, geralmente nas trompas de falópio. Quando isso acontece, a gestação não evolui, pois não há possibilidade de um embrião se desenvolver nesta região.


Possíveis causas

- Infecção: se uma das trompas de falópio estiver infeccionada, ela pode ficar inteiramente ou parcialmente fechada. Sendo assim, o óvulo fertilizado não consegue chegar ao útero.

- Tecido cicatricial: o óvulo pode ter dificuldade de atravessar a trompa de falópio se o tecido cicatricial de uma infecção ou de uma cirurgia estiver bloqueando o percurso.

- O formato das trompas de falópio: algumas mulheres podem ter um problema congênito nas trompas, como o crescimento acima do comum. Nestes casos, o óvulo fertilizado pode ter dificuldades para chegar ao útero.


Probabilidade de uma gravidez ectópica

- Mulher com mais de 35 anos de idade.

- Histórico de gravidez ectópica anterior.

- Histórico de cirurgia abdominal.

- Histórico de doença pélvica inflamatória.

- Gravidez após laqueadura ou com uso incorreto do DIU.

- Fumante.

- Histórico de endometriose.


Sintomas

É possível notar sintomas diferentes de uma gestação normal, principalmente entre a 4ª e 12ª semanas. Os sintomas são:

- Dor aguda na pélvis, no abdômen ou até nos ombros e no pescoço.

- Sangramento intenso ou leve.

- Desconforto ao urinar ou defecar.

- Fraqueza, tontura ou desmaios.


Diagnóstico

Os seguintes exames solicitados pelo médico podem identificar a gravidez ectópica:

- Exame pélvico para avaliar dor, sensibilidade ou identificar massas no abdômen.

- Ultrassonografia para confirmar se a gestação está desenvolvendo no útero.

- Teste de urina ou de sangue para medir o nível do HCG, hormônio da gravidez. 
Se estiver abaixo do normal, será necessário investigar uma possível gravidez ectópica.


Tratamento

Envolve a interrupção da gravidez por meio das seguintes opções:

- Medicamento específico para absorção do tecido da gravidez ectópica.

- Cirurgia minimamente invasiva, como uma laparoscopia, para remoção do tecido remanescente da gravidez ectópica e reparação da trompa de falópio afetada.

- Remoção total ou parcial da trompa de falópio, caso tenha havido alargamento ou rompimento.

- Monitoramento médico e checagem do nível de HCG, garantindo que o tecido ectópico tenha sido completamente removido.



11 dicas para melhorar o sono das crianças com diagnóstico de autismo



O Transtorno do Espectro Autista (TEA) apresenta diversas comorbidades. Entre elas estão os distúrbios do sono, que podem afetar até 86% das crianças com esse diagnóstico. A falta de sono pode agravar os problemas comportamentais, assim como interferir na aprendizagem e diminuir a qualidade de vida da criança e da família.


Segundo a neuropediatra Dra. Andrea Weinmann, é possível melhorar a qualidade de sono em crianças com TEA por meio da mudança de hábitos. “A insônia é muito comum na infância, inclusive nas crianças com desenvolvimento típico. Porém, no dia a dia vemos que a maior parte dos pacientes com TEA sofre com distúrbios do sono”, diz.

“Na maioria dos casos, ações simples e ajustes na rotina noturna são suficientes para atenuar o problema. Algumas crianças podem precisar de medicações para dormir. Entretanto, cada caso deve ser avaliado individualmente”, explica a neuropediatra.

A melatonina, hormônio que induz ao sono, é comumente receitado para crianças com insônia. Mas, para Dra. Andrea, é muito importante que os pais usem ferramentas adicionais aos medicamentos. “Há inúmeros recursos que podem ser utilizados para mudar comportamentos e adequar a rotina da criança para melhorar a qualidade do sono”, cita.

Com a colaboração da neuropediatra, elaboramos uma lista de recursos que podem ajudar a melhorar a qualidade do sono nas crianças com o diagnóstico de TEA. Confira.

Use um cronograma visual: A previsibilidade é um fator importante para crianças com TEA. Elas precisam saber, com antecedência, o que vai acontecer. 

Para oferecer essa previsão das atividades, os pais podem preparar um cronograma visual com desenhos referentes à rotina da noite. Este quadro deve ficar acessível para que a criança consiga visualizá-lo. É importante colocar desenhos que representem a rotina que será implantada. No início, os pais precisarão incentivar a criança a usar o cronograma. 


Rotina curta: A rotina noturna não pode ser muito longa. A melatonina começa a ser produzida assim que o sol se põe. O ideal é colocar a criança para dormir entre 19h30 e 20h30. Portanto, procure estabelecer um prazo de no máximo 1 hora e meia para iniciar e terminar a rotina. 


Menos estímulos: Evite colocar atividades estimulantes após às 18h. A partir deste horário, procure manter o ambiente mais calmo, com atividades relaxantes. Vale lembrar que o uso de tablets, celulares e videogame podem excitar a criança. O melhor é restringir o uso destes dispositivos, trocando-os por livros ou jogos mais calmos. 

Relaxamento: Inclua atividades que possam acalmar e relaxar a criança, como músicas, leitura, banho e massagem. 


Recompense: O reforço positivo é muito importante para qualquer criança. Assim, sempre que a criança seguir a rotina, reforce positivamente. Os pais podem criar seus próprios sistemas, como colocar estrelinhas, corações, entre outros símbolos que representem essa recompensa. 


Passe premiado: Muitas crianças têm dificuldade em dormir sozinhas, em seus próprios quartos. Acabam correndo para a cama dos pais ou ainda para a sala, por exemplo. Uma boa tática para evitar essas ‘fugas’ noturnas é criar cartões premiados. A ideia é incentivar a criança a dormir em sua própria cama. Se ela o fizer, poderá trocar o cartão por uma recompensa na manhã seguinte. Pode ser algo simples, como algum alimento especial no café da manhã. Os pais também podem criar um esquema de pontos para oferecer uma recompensa maior no final do mês ou da semana. 


Ambiente favorável: As crianças com TEA costumam ser mais sensíveis aos estímulos externos, como barulhos, sons, cores, cheiros e texturas. Adapte o quarto para o perfil da criança. No geral, recomenda-se que na hora de dormir o ambiente esteja escuro, silencioso e com temperatura amena. Garanta que a criança esteja o mais confortável possível. 


Na mesma hora: Os horários de dormir e acordar devem ser seguidos todos os dias, inclusive nos finais de semana. 


Sozinhos: Pode ser difícil para muitos pais, porém é preciso ensinar a criança a adormecer sozinha. Todos nós acordamos, brevemente, durante a noite. Porém, rapidamente voltamos a dormir. Mas se a criança precisa de um dos pais para dormir, provavelmente precisará para retomar o sono nesses despertares. 


Cuidados com a alimentação: Essa dica vale para qualquer criança: evite ao máximo oferecer doces, chocolates e bebidas com cafeína depois das 18h. Invista nos alimentos que contêm triptofano, aminoácido essencial para o cérebro que participa da produção da serotonina. Essa, por sua vez, é importante para o relaxamento e bem-estar. Banana, aveia, nozes, castanhas, peixes, feijão e tofu são alguns exemplos. 


Atenção aos cochilos: As sonecas durante o dia são importantes para crianças menores e devem acontecer antes das 16h. Para as maiores, o ideal é não ter o cochilo, pois isso interfere na qualidade do sono.


Procure um especialista


Quando os pais adotam bons hábitos e o sono não melhora, é recomendado procurar um especialista em sono, como um neurologista infantil. “Há diversas causas para a insônia, como sonambulismo, terror noturno, apneia do sono, síndrome das pernas inquietas, medicaçõesm etc. "Além da adoção de estratégias como as citadas acima, é importante também procurar um médico que possa avaliar e orientar os pais”, reforça Dra. Andrea.

O sono é essencial para a saúde física e mental de todas as pessoas. Quando a criança não dorme, acaba afetando toda a família. No caso do autismo, a falta de sono piora os sintomas comportamentais. Dormir melhor é fundamental para um bom progresso do tratamento e para a qualidade de vida dos pais e das crianças. “Muitos pais relatam melhora no humor e comportamento das crianças com TEA quando o sono melhora”, finaliza a neuropediatra.


Obesidade infantil: medidas drásticas são necessárias para conter a ingestão de refrigerantes


 Entidades médicas pedem impostos sobre o consumo e limites de marketing para crianças


Duas das principais entidades médicas americanas reivindicam impostos mais altos para os refrigerantes e a proibição de publicidade da bebida, na esperança de desencorajar as crianças a consumi-los.

Em um comunicado conjunto, a Academia Americana de Pediatria e a Associação Americana de Cardiologia endossaram uma série de recomendações que, segundo as entidades médicas, poderão ajudar a reduzir as taxas de diabetes tipo 2 e de doenças cardiovasculares, bem como a crescente epidemia de obesidade.

Segundo os autores do comunicado, “os profissionais de saúde vêm tentando e fracassando no intento de restringir a ingestão de refrigerantes, apenas por meio da educação e das escolhas individuais.  Assim como as mudanças nas políticas públicas foram necessárias e eficazes na redução do consumo de tabaco e álcool, precisamos de mudanças nas políticas públicas que ajudem a reduzir o consumo de refrigerantes entre crianças e adolescentes”.

A taxa de obesidade infantil triplicou desde a década de 1970, afetando uma em cada cinco crianças nos EUA, de acordo com os Centros para Controle e Prevenção de Doenças. A obesidade infantil é hoje a principal preocupação de saúde entre os pais, nos EUA, superando o abuso de drogas e o tabagismo. E após a infância, a obesidade continua a atormentar mais de um terço dos adultos norte-americanos. Os especialistas alertam que essa proporção só crescerá entre as gerações mais jovens, pois muitos fatores contribuem para isso: pouca atividade física e aumento no consumo de junk food e de refrigerantes.

“O consumo de muito açúcar tem sido associado a vários problemas de saúde como asma, cáries, aumento dos níveis de colesterol ruim (LDL) e aumento do risco de pressão alta e doenças cardíacas”, explica o pediatra e homeopata, Moises Chencinski.

Nos EUA, as crianças consomem uma média de 30 litros de refrigerantes por ano, o equivalente a cerca de meia banheira cheia de açúcar. Embora o consumo de refrigerante tenha diminuído no país, crianças e adolescentes ainda somam às suas dietas cerca de 143 calorias por dia, provenientes dos refrigerantes.

A Associação Americana de Cardiologia recomenda que as crianças não consumam mais do que seis colheres de chá de açúcar ou 100 calorias por dia. “Para as crianças, a maior fonte de açúcar adicionado frequentemente não é o que comem, é o que bebem. Como pediatra, sei bem que os refrigerantes representem riscos reais e evitáveis ​​à saúde das crianças, incluindo cárie dentária, diabetes, obesidade e doenças cardíacas, diz o pediatra.

É por isso que, entre muitas recomendações, as duas entidades médicas americanas pedem que os legisladores aumentem o preço dos refrigerantes em nível local, estadual e federal, via cobrança de impostos.

Em março de 2015, Berkeley, na Califórnia, tornou-se a primeira cidade do país a impor um imposto de 1% sobre os refrigerantes. Um ano após a introdução do imposto, as vendas caíram 9,6%, enquanto as vendas nas áreas vizinhas aumentaram 6,9%, segundo um estudo de 2017. As vendas de água aumentaram 15,6%, após o aumento dos impostos e as vendas de outras bebidas não tributadas, como chás sem açúcar, leite e sucos de frutas também aumentaram.

Desde então, várias cidades dos EUA estão seguindo esse exemplo, incluindo São Francisco, Oakland e Albany, na Califórnia; Filadélfia, Pensilvânia; Boulder, Colorado; Condado de Cook, Illinois; Portland, Oregon; e Seattle, Washington. Segundos os autores do estudo, o aumento de impostos é uma ótima medida, pois ele realmente diminui o consumo de refrigerantes.

A indústria dos refrigerantes

A indústria de refrigerantes gastou bilhões de dólares fazendo campanha contra os impostos e tentando influenciar a pesquisa a ser mais favorável aos refrigerantes. “Apoiamos pais que querem menos açúcar nas dietas de seus filhos, produzindo mais bebidas com menos ou nenhum açúcar. Hoje, 50% de todas as bebidas vendidas contêm zero açúcar. Buscamos, ainda, reduzir as calorias em 20% até 2025", diz o comunicado da Associação Americana de Bebidas.

Restrições e proibições

Mas as entidades médicas querem muito mais. No comunicado conjunto, elas também incluíram a exigência de que a quantidade de açúcar adicionada aos refrigerantes seja exibida nos rótulos nutricionais e cardápios dos restaurantes, e que o leite e a água sejam as opções padrão de bebidas nos cardápios infantis. Também estão pedindo regulamentações federais que reduzam a quantidade de publicidade de junk food na TV, on-line e em outdoors.

Vários estudos mostram que crianças negras e hispânicas veem uma parcela desproporcional de anúncios de refrigerantes em comparação com seus pares brancos. Enquanto isso, 26% dos jovens hispânicos e 22% dos jovens negros são obesos, em comparação com 14% dos jovens brancos.

Alguns profissionais de saúde reivindicam proibições generalizadas semelhantes à forma como os anúncios de cigarro foram banidos do rádio e da televisão, em 1971, enquanto outros propuseram legislação para acabar com a dedução fiscal federal do refrigerante para crianças.

A declaração conjunta vem na esteira de um estudo divulgado pela Escola de Saúde Pública de Harvard, que descobriu que o consumo de refrigerantes e bebidas esportivas estava associado a um risco 30% maior de morte prematura entre adultos dos EUA.

“Beber água no lugar de refrigerante é uma escolha saudável que pode contribuir para a longevidade. O refrigerante diet pode ser usado para ajudar os consumidores frequentes de bebidas açucaradas e os diabéticos a reduzirem seu consumo, mas a água é a melhor e mais saudável escolha”, orienta Moises Chencinski.





 Moises Chencinski
  

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