Pesquisar no Blog

quarta-feira, 19 de junho de 2019

DOENÇAS RESPIRATÓRIAS EXIGEM ATENÇÃO REDOBRADA NO INVERNO


Especialistas do Hospital Leforte apontam o que deve ser levado em conta nesta época do ano


Os vírus respiratórios circulam o ano todo, porém nos meses de outono e inverno sua ocorrência se torna mais frequente devido a manutenção das pessoas em locais fechados e com pouca circulação do ar. O inverno começa oficialmente no próximo dia 21 de junho e fica o alerta: quais os cuidados necessários quando se fala em doenças respiratórias? Para a redução do risco de adquirir ou transmitir doenças respiratórias, o Ministério da Saúde recomenda a adoção de medidas denominadas “etiqueta respiratória”.


Etiqueta respiratória

“A etiqueta respiratória são algumas ações facilmente aplicadas pela população como: higienização das mãos frequente com álcool em gel ou água e sabão; utilizar lenço descartável para a higiene nasal; cobrir o nariz e a boca ao espirrar ou tossir; evitar tocar as mucosas dos olhos, nariz e boca; higienizar as mãos após tossir ou espirrar; não compartilhar objetos de uso pessoal como talheres, pratos, copos ou garrafas; manter os ambientes bem ventilados; evitar o contato próximo a pessoas com sinais ou sintomas respiratórios.

Além destas medidas, as pessoas que apresentam sintoma de gripe devem evitar sair de casa em período de transmissão da doença (até 7 dias após o início dos sintomas); restringir ambiente de trabalho para evitar disseminação; evitar aglomerações e ambientes fechados, procurando manter os ambientes ventilados; adotar hábitos saudáveis, como alimentação balanceada e ingestão de líquidos”, destaca a Dra Emy Akiyama Gouveia - Coordenadora Corporativa Médica de SCIH (Serviço de Controle de Infecção Hospitalar) do Grupo Leforte.


Vacinas

Especialistas do Hospital Leforte são unânimes quando o assunto são as vacinas. “Estamos falando de mecanismos comprovadamente eficazes na defesa do organismo humano contra agentes infecciosos virais ou bacterianos. Daí a importância de estar com a carteira de vacinação em dia, não só as crianças, mas os adultos”, ressalta a Dra Emy.

Para a prevenção das doenças respiratórias temos disponível a vacina contra o vírus da influenza (reforço anual) e a vacina antipneumocóccica que possuem indicações específicas.


Influenza

A especialista também aponta que, no caso da vacina da gripe, é importante fazer o reforço todos os anos, devido às mutações do vírus influenza e pelo fato de que a imunidade que cai ao longo dos meses: “o tempo de manutenção dos anticorpos é variável, em média dura apenas de 6 a 12 meses”.  O serviço público oferece a vacina trivalente (H1N1, H3N2 e o influenza do tipo B Victoria). No setor privado, no entanto, é possível encontrar a versão tretavante, que inclui o tipo B Yamagata. “Temos os grupos mais suscetíveis como crianças, idosos e doentes crônicos, mas  o ideal é que todos estejam protegidos”, destaca.


Bronquiolite

A bronquiolite é uma doença infecciosa viral causada pelo VSR (vírus sincicial respiratório) e acomete principalmente crianças até os 2 anos de idade. Suas complicações podem ser pneumonias e insuficiência respiratória aguda. Em alguns casos, há necessidade de internação. Não há vacina específica.

Para as crianças prematuras menores de 34 semanas, existe o Palivizumabe, que é um anticorpo monoclonal que a criança começa a tomar em fevereiro e segue até junho para a prevenção da bronquiolite.

“É bom que os pais saibam que ela é fundamental para prematuros e crianças com problemas respiratórios nesta faixa etária ou mesmo cardiopatas, a fim de se evitar a bronquiolite”, destaca  coordenador da UTI Pediátrica do Hospital, Dr Evandro Salgado.  


Bebê chiador

Tecnicamente chamado de lactente sibilante, o bebê chiador (que tem chiado no peito) é visto com um potencial asmático, mas o diagnóstico definitivo da doença só ocorre após os dois anos. “Até esta idade, o que chamamos de lactente sibilante é bebê com uma alergia que pode ser causada pela poeira do ar, ácaro ou alergias alimentares, entre outras causas. São pacientes mais propensos a contrair um quadro gripal e vírus”, explica o Dr. Salgado. “Neste caso, indicamos que os pais procurem um médico, até mesmo para evitar uma possível confusão com outra doença que é a bronquiolite”.


Como cuidar das alergias respiratórias, gripes e resfriados

A ida ao pronto-socorro também deve ser ponderada diante do risco de se contrair uma infecção. Por isso, é sempre bom ter, se possível, um médico de confiança e também atuar na prevenção, como o simples cuidado em lavar as mãos ou usar máscaras, em alguns casos.

“A diminuição das chuvas e da umidade do ar facilita a disseminação de partículas irritantes da via aérea, como a poeira, ácaros e poluentes como a fuligem, além de vírus e bactérias. Como pessoas também tendem a ficar mais juntas e em lugares fechados, com pouca ventilação, este cenário proporciona um risco maior de ter uma gripe ou um resfriado”, destaca Dr. Elias Lobo Braga, coordenador da otorrinolaringologia do Hospital.

Segundo ele, o resfriado é uma infecção normalmente das vias aéreas superiores, causada por vírus. O mais comum deles pertence a subtipos do rinovírus, que provoca sintomas como obstrução nasal, espirros, indisposição, dor de garganta e de cabeça leves, geralmente sem febre.

O resfriado é autolimitado e dura até 7 dias. A gripe, por sua vez, é causada pelo vírus influenza, com sintomas muito parecidos ao resfriado, embora mais intensos, com febre alta e desconforto respiratório, com duração de até 15 dias. “Com esses sintomas mais fortes e com maior duração, é aconselhável buscar uma unidade médica para fazer o tratamento adequado”, reforça o Dr. Elias.

Já em relação à alergia, o ideal é buscar se distanciar das suas causas e fazer acompanhamento com o especialista.


Como os vegetais interferem na gestação

A partir da concepção, diversas alterações hormonais ocorrem no organismo feminino para garantir o adequado desenvolvimento do embrião que dará origem ao feto. Na medida em que a gravidez avança, aumenta a demanda nutricional da mãe que deve se manter bem nutrida e fornecer todos os nutrientes e energia necessários para o pleno crescimento e desenvolvimento do bebê até o momento do parto. 

Evidências científicas crescentes ainda sugerem que os efeitos da dieta materna sobre o feto podem persistir na vida adulta do descendente com possíveis efeitos intergeracionais. Por tudo, a dieta materna requer planejamento, alimentos seguros e qualidade nutricional. 

O aumento das necessidades de vitaminas e minerais ocorre para quase todos as gestantes, especialmente para vitaminas do complexo B (tiamina, riboflavina, niacina, piridoxina, folato, cianocobalamina), vitamina A, ferro, zinco, iodo e selênio. Enquanto que se estima incremento das necessidades calóricas ao redor de 300 Kcal/ dia, a partir do segundo trimestre gestacional. 

O consumo exagerado de alimentos durante a gestação pode causar aumento excessivo de peso materno. A obesidade gestacional é uma grande preocupação obstétrica por aumentar significativamente o risco de parto pré-termo, diabetes gestacional, hipertensão arterial gestacional, pré-eclâmpsia, parto cesárea e determinadas anormalidades congênitas. 

Por outro lado, a baixa ingestão alimentar ou o consumo insuficiente de nutrientes podem causar forte impacto no curso natural da gestação e na saúde do bebê, indicando a necessidade de acompanhamento da evolução ponderal materna simultaneamente às orientações nutricionais. 

Com frequência, nos países emergentes, as pessoas, incluindo gestantes, têm apresentado dificuldade para consumir adequadamente vitaminas e minerais por razões relacionadas a fatores econômicos, bem como fatores relacionados ao estilo de vida moderno, resultando em maior risco de ganho de peso inadequado acompanhado por consumo insuficiente de micronutrientes. O consumo de alimentos com elevada densidade nutricional, ou seja, alimentos que contém elevado teor de micronutrientes relativo ao conteúdo energético pode substancialmente favorecer o alcance das necessidades nutricionais sem aumento indevido do peso corporal. 

Dentre os alimentos com maior densidade nutricional, destacam-se as frutas, legumes e verduras (FLV). As carnes, ovos, leite e derivados com menor teor de gorduras, leguminosas, sementes e castanhas também são considerados alimentos com elevada densidade nutricional.

 Enquanto que esses últimos são fundamentais para alcance das necessidades de proteína, ferro, vitamina D e E, cálcio e ácidos graxos essenciais, o consumo de FLV possibilita o fornecimento de elevado teor de potássio, vitamina C, carotenoides, magnésio, cromo, entre muitos outros micronutrientes, com menor carga calórica equilibrando a dieta quando associados com os demais alimentos. As FLV devem fazer parte da rotina alimentar diárias das gestantes. Recomenda-se o consumo de no mínimo 3 porções de legumes e/ou verduras e 3 porções de frutas ao dia para as gestantes. 

As mulheres grávidas representam um grupo de alto risco de inadequação nutricional. Uma dieta saudável, equilibrada e variada, que inclua frutas, verduras e legumes é a maneira preferencial de atingir as necessidades nutricionais na gestação. 

Para a obtenção de vegetais com valores nutricionais adequados devemos cultivar os vegetais em solos com quantidades suficientes de nutrientes. Os solos com teores de nutrientes insuficientes devem ser fertilizados, com o objetivo de favorecer a produção em quantidade e qualidade nutricional. Assim, a qualidade nutricional de um solo irá representar a qualidade nutricional dos vegetais e, consequentemente, no fornecimento de nutrientes para a gestante e seu bebe. 




Daniel Magnoni - consultor da iniciativa Nutrientes para a Vida (NPV), diretor de Serviço de Nutrologia e Nutrição Clínica do Hospital do Coração – Hcor, Mestre em cardiologia pela Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP; especializado ainda em Clínica Médica, Nutrologia e Nutrição Parenteral e Enteral pela Associação Médica Brasileira – AMB / Conselho Federal de Medicina – CFM   

Polineuropatia Amiloidótica Familiar


A Academia Brasileira de Neurologia (ABN) inicia campanha nacional para conscientizar os cidadãos sobre uma doença genética rara conhecida como PAF, a Polineuropatia Amiloidótica Familiar. A ação também visa disseminar informações para a própria classe médica, já que muitos sintomas são também comuns a outros males, dificultando diagnóstico e tratamento adequado. 

Entre as cidades que receberão a ação está Porto Alegre. A capital gaúcha será palco de palestras e interações junto à comunidade acadêmica, com o objetivo de disseminar conhecimento sobre a PAF e suas promissoras formas de tratamento.  

 O evento acontecerá em 04 de julho, na Associação Médica do Rio Grande do Sul, e visa atingir estudantes de medicina e profissionais da área, tanto residentes, como especialistas. Carlo Domênico Marrone, neurologista e coordenador da ação, enfatiza a presença dos palestrantes Pablo Wickler e Marcelo Raffo, além da alta expectativa em relação ao encontro “A iniciativa é muito boa em termos de divulgação sobre a doença”, comentou.   

A PAF provoca a perda progressiva de movimentos e atrofia muscular. Caso não seja tratada nos primeiros dez anos após o surgimento de sintomas iniciais, pode levar à morte.   

Mais comum em descendentes de portugueses, tem prevalência importante no Brasil, se comparados os dados de outros países. É decorrente de uma falha de um gene que possui a função específica de condensar a proteína transtirretina (TTR), no fígado. Enfim, o estopim é o acúmulo desbalanceado dessa proteína em várias partes do organismo, como rins e nervos. 

A PAF é popularmente chamada de “doença dos pezinhos”. Isso porque os pés acusam a consequências primeiramente, com perda de sensibilidade à temperatura, formigamento e dor intensa.  

Ela traz outras consequências como diarreia, falta de apetite, desidratação, perda de peso, além de certa dificuldade para andar. Em seguida, meio que repentinamente, surgem outros distúrbios, como diarreia e outras alterações gastrointestinais.  

Após cinco anos, parte dos enfermos já demonstra enorme dificuldade de se locomover. Transforma-se em real risco de morte quando rins e coração são atingidos.  

São centenas as suas mutações. Comumente, os portadores brasileiros manifestam a predominante também entre os portugueses, a V30M. Em 2018, o Ministério da Saúde incorporou o primeiro medicamento específico para PAF na rede pública.  
​​​​​​​
Mundialmente, junho é destacado como Mês de Luta contra a PAF. É uma reverência ao neurologista lusitano Mário Corino da Costa Andrade, falecido no dia 16/ano 2005, seu descobridor nos idos de 1950.  


Posts mais acessados