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sexta-feira, 8 de fevereiro de 2019

Síndrome do Túnel do Carpo é mais comum entre as mulheres


Dor e formigamento na região do punho são sintomas característicos de quem sofre com a Síndrome do Túnel do Carpo. A doença, que afeta os nervos e tendões das mãos, atinge mais as mulheres, como aponta o ortopedista do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos, Agnaldo de Oliveira Jr.

Mesmo sem uma explicação científica para o problema, sabe-se que a compressão do nervo mediano, localizado no túnel do carpo, é a principal causa dos incômodos. Oliveira esclarece que essa reação do organismo é resultado do pouco espaço apresentado na região.

"Por algum motivo, seja por esforço ou questões naturais, as paredes do túnel do carpo (que fica no punho) engrossam e pressionam os nervos e alguns tendões desta área, ocasionando, assim, sintomas, como dor e formigamento", completa.

O tratamento é direcionado conforme o nível de pressão sobre o nervo, que varia de 1 a 4. De acordo com o ortopedista, nos casos mais graves, quando as dores são praticamente contínuas, a recomendação é o procedimento cirúrgico, a fim de descomprimir o túnel.

Nos casos iniciais, que apresentam sintomas como dor apenas ao se movimentar e durante a noite, anti-inflamatórios e fisioterapia já apontam resultados. "O uso de medicamentos, até mesmo à base de corticoide, ameniza os incômodos. O quadro de inflamação tem resposta de melhora, podendo até mesmo desaparecer", reforça.

Ignorar o procedimento médico, no entanto, interfere diretamente na qualidade de vida, como salienta o especialista. "Até mesmo no nível mais grave, não ocorre uma piora do quadro, mas, sim, a queda da qualidade de vida, pois é preciso conviver com dores fortes e o formigamento intenso", finaliza.







Hospital Edmundo Vasconcelos

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Fevereiro Roxo: 7 sinais de que você pode ter Fibromialgia


Fevereiro é considerado o mês de conscientização sobre a fibromialgia, síndrome crônica que tem como principal sintoma a dor generalizada em todo o corpo – além de problemas de sono e intestinais, fadiga, distúrbios emocionais, dificuldade de concentração e falta de memória.

Conhecida como Fevereiro Roxo, a data foi criada para divulgar mais informações sobre a síndrome e conscientizar a população sobre o diagnóstico. Estima-se que, no Brasil, 2,5% da população conviva com a doença, sendo que 90% dos afetados são mulheres. Além disso, entre 30 e 50% dos pacientes possuem depressão ou ansiedade.

Ainda não existe uma causa definida para a fibromialgia. Seu diagnóstico é essencialmente clínico, ou seja, o profissional de saúde analisa o quadro do paciente, exclui outras possíveis causas dos sintomas, e chega à conclusão diagnóstica.

“O foco do tratamento é evitar a incapacidade física, amenizar sintomas e melhorar a saúde de uma forma geral, uma vez que ainda não existe cura para essa condição”, explica a farmacêutica Lívia Teixeira, idealizadora do programa De Bem Com a Fibro e pesquisadora em dor crônica na Universidade Estadual Paulista (Unesp).

Segundo Lívia, que também é paciente, o projeto foi criado com o intuito de ajudar outras pessoas com fibromialgia a conviver melhor com doença. Até o dia 11 de fevereiro, ela realiza a Semana De Bem Com a Fibroevento online e gratuito para divulgar informações e compartilhar os aprendizados que reuniu ao longo dos anos.

Abaixo, a especialista aponta sete sinais que podem ajudar a identificar se uma pessoa tem fibromialgia:

1.   Você acorda mais cansado do que quando foi dormir: a sensação de não ter descansado durante o sono é muito comum na fibromialgia – é o que chamamos de sono não restaurador;

2.   Você está com mais dificuldade de se concentrar do que o normal: existe um sintoma muito frequente na fibromialgia que se chama “fibro fog” – a névoa mental causada pela doença;

3.   Você sente dores espalhadas por todo o corpo, mesmo não apresentando nada nos exames: a dor da fibromialgia é o que chamamos de difusa ou generalizada, e persistente, ou seja, nunca vai embora;

4.   Seu intestino já não funciona como antes: a síndrome do intestino irritável, que pode alternar momentos de constipação com diarreia, gases e estufamento é bem frequente em portadores de fibromialgia;

5.   Você tem dificuldade de se lembrar das coisas: o fibro fog também pode causar problemas de memória;

6.   Você sente fadiga mesmo sem ter sono: a fadiga, essa exaustão do corpo e da mente, é muito comum em quem tem fibromialgia, mesmo que a pessoa não tenha sonolência;

7.   Seu corpo acorda muito rígido de manhã: a rigidez matinal geralmente acompanha o paciente de fibromialgia, e o corpo pode acordar muito duro. Esse sintoma vai melhorando ao longo do dia.






    

Esporte e baixa estatura


Como ortopedista, recebo muitos pacientes e pais ansiosos querendo saber se os filhos serão baixinhos e qual o prognóstico de crescimento dos mesmos. A ideia de falar sobre baixa estatura é esclarecer alguns aspectos e saber identificar as causas de uma possível doença.

A baixa estatura é um termo aplicado a uma criança cuja altura é de 2 desvios-padrão (DP) ou mais abaixo da média para crianças do mesmo gênero e idade cronológica (e, idealmente, do mesmo grupo étnico-racial). Isso corresponde a uma altura que é inferior ao percentil, aquela tabela que todo pediatra faz. A estatura baixa pode ser uma variante de crescimento normal ou provocada por uma doença. 

As causas mais comuns de baixa estatura no primeiro ou segundo ano de vida são familiares (genética) e retardo de crescimento (constitucional), que são variantes não-patológicas normais de crescimento. O objetivo da avaliação de uma criança com estatura baixa é identificar o subconjunto de crianças com causas patológicas (tais como síndrome de Turner, doença inflamatória do intestino, ou deficiência de hormonal de crescimento, por exemplo). A avaliação também verifica a gravidade da baixa estatura e trajetória de crescimento provável, para facilitar as decisões sobre a intervenção, se for o caso.

Variações normais de crescimento: Baixa estatura familiar; Atraso constitucional do crescimento e puberdade; Estatura baixa idiopática; e Criança Pequena para de idade gestacional (PIG).

Causas patológicas de deficiências do crescimento: Doenças sistêmicas com efeitos secundários sobre o crescimento; Subnutrição; Corticoterapia / síndrome de Cushing; Doença gastrointestinal / reumatológica; Doença renal crônica; Câncer; Doença pulmonar e/ou cardíaca; Doença imunológica; Doenças metabólicas e/ou endócrinas; Hipotireoidismo; Deficiência de hormônio de crescimento; e Precocidade sexual (puberdade precoce).

Doenças genéticas com efeitos primários sobre o crescimento: Mutações SHOX (no cromossomo X);  Síndromes: Prader-Willi / Russell-Silver / Noonan / Morquio A/ Turner; Displasias esqueléticas: há uma variedade de tipos, com fenótipos muito variáveis, incluindo a acondroplasia (nanismo), hipocondroplasia, displasia espondiloepifiseal e osteogênese imperfeita.  

Em pacientes para os quais a história e exame físico não sugerem um diagnóstico particular, testes de triagem de laboratório são indicados. Triagem para a doença celíaca também é recomendado. Um cariótipo deve ser realizado em todas as meninas com baixa estatura inexplicável e em meninos com anormalidades genitais associadas. 

As idades ósseas de raios-x devem ser obtidas e analisadas por um perito. Isto dá uma indicação do potencial de crescimento restante da criança e pode estreitar o diagnóstico diferencial. Um exame do esqueleto deve ser reservado para pacientes com suspeita de displasia esquelética, tais como aqueles com as proporções corporais anormais ou uma altura substancialmente inferior ao desvio considerado padrão. Todos esses exames devem ser escolha do especialista.

Após descartar todas essas possibilidades acima, o esporte é a melhor indicação para tratar as variações normais de crescimento. No caso de doenças, as mesmas devem ser tratadas individualmente pelo especialista. O esporte proporciona o desenvolvimento de diversos aspectos positivos, entre eles podemos citar:

- Capacidade de coordenação: neste grupo estão as ações e habilidades motoras e as técnicas desportivas que são obtidas como processo de aprendizagem sensório-motora;  

- Capacidade afetivo-cognitiva: o ápice deste processo acontece com idade entre 9 e 12 anos, quando a criança demonstra maior vontade de concentrar-se para aprender;  

- Componentes psicodinâmicos: grupo importante trabalhado para a obtenção de uma boa capacidade psicomotora, trabalhada com variação dos exercícios de aprendizagem;        

- Capacidades condicionantes e desenvolvimento: aumenta a resistência, força, velocidade e flexibilidade, aqui entra o crescimento e desenvolvimento ósseo.  

A movimentação corporal, proporciona lazer e entretenimento. A prática esportiva pode ser adaptada de acordo com as condições físicas dos participantes. Mesmo com baixa estatura é possível praticar qualquer esporte, pois isso só irá estimular mais e desenvolver todas esses aspectos.

Bons treinos! 





Ana Paula Simões - Professora Instrutora da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo e Mestre em Medicina, Ortopedia e Traumatologia e Especialista em Medicina e Cirurgia do Pé e Tornozelo pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo. É Membro titular da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia; da Associação Brasileira de Medicina e Cirurgia do Tornozelo e Pé, da Sociedade Brasileira de Artroscopia e Traumatologia do Esporte; e da Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte. Contato: www.anapaulasimoes.com.br


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