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quarta-feira, 24 de maio de 2017

31 de maio - Dia Mundial Sem Tabaco



Pais que fumam dentro de casa ou do carro comprometem a saúde dos filhos

O fumo na frente das crianças também exerce influência na hora de experimentar o cigarro

Pesquisa já comprovou que o tabagismo passivo afeta 51% das crianças



Noventa por cento dos fumantes adquirem o vício até os 19 anos de idade, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Diante desta realidade, é recomendável aos pais ou responsáveis que ensinarem as crianças desde cedo os males causados pelo consumo e contato com a fumaça do cigarro, que causa cerca de 5 milhões de mortes por ano no mundo.


Estudo do Ambulatório de Drogas do Hospital Universitário da USP já revelou que 51% das crianças até 5 anos são consideradas fumantes passivas por causa do vício dos pais. Segundo a pesquisa, essas crianças desenvolvem mais otites, bronquites, rinites, asma e duas vezes mais morte súbita quando comparadas com as de pais não fumantes.

O Prof. Dr. Paulo Taufi Maluf Júnior (CRM/SP 21.769), do Instituto da Criança do Hospital das Clínicas e do Hospital Sírio-Libanês, explica que pais que fumam na presença dos filhos comprometem a saúde de toda a família. No entanto, esclarece que um dos fatores que fazem com que as crianças sejam mais sensíveis à fumaça nociva do cigarro é a frequência respiratória mais elevada.

O pediatra destaca que a revista Respiratory Research traz um levantamento exaustivo feito por autores da Universidade de Nottingham na Inglaterra, que aponta a proximidade de crianças com fumantes como tendo importância na maior incidência de bronquites e bronquiolites, e que esse risco é particularmente acentuado na relação das gestantes com seus futuros filhos. 

“Os efeitos nocivos trazidos pelo contato de crianças com fumantes próximos não se limitam às doenças respiratórias. Membros do King's College de Londres, em associação com colegas australianos, realizaram extensa pesquisa e concluíram que o fumo passivo produz alterações cognitivas que causam pior aproveitamento escolar para as crianças atingidas, e deficiências do desenvolvimento neuro psicomotor para nascidos de mãe tabagistas durante a gravidez. Já epidemiologistas da Finlândia e Austrália detectaram maior risco de distúrbios cardiovasculares dentre os fumantes passivos desde a infância”, enfatiza o Dr. Paulo Maluf.

O pediatra explica que apenas não fumar na frente das crianças é pouco para poupá-las do contato com o cigarro porque roupas, sofás, tapetes, lençóis e o próprio cabelo e a pele da pessoa que fuma são suficientes para fazê-la inalar substâncias tóxicas. Outro fator que leva ao contato é colocar a mão na boca após tocar superfícies contaminadas.

Outra pesquisa mostrou que crianças de 5 e 6 anos que habitam países de renda média ou baixa, como o Brasil, são influenciadas pelas propagandas de cigarro e pelo mau exemplo dado pelos familiares que o usam. Assim, elas correm um risco maior de se tornarem fumantes. Apenas no Brasil, 59% das crianças nessa faixa etária conhecem alguma marca de cigarro. Essa é a conclusão de um estudo realizado pela Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos, e publicado no periódico Pediatrics.
“Os adeptos ao tabagismo sabem que seu mau hábito é prejudicial, mas nem todos têm consciência da dimensão dos males a que estão sujeitos, e tampouco dos danos que podem causar aos mais próximos. A combustão do cigarro leva à liberação aproximada de 7000 compostos gasosos, muitos deles com alto potencial de toxicidade, para o fumante e para o ambiente em que ele convive”, esclarece o pediatra do HC e do Sírio Libanês.

Para o Dr. Paulo Maluf, o Dia Mundial Sem Tabaco (31 de maio) pode servir de alerta para que as pessoas definitivamente saibam que o cigarro é causador de inúmeras doenças cancerosas, vasculares, cardíacas e pulmonares. “A incidência desses males poderia ser mitigada pelo simples ato de abandonar o péssimo hábito de fumar, que acaba por sujeitar toda a sociedade a arcar com o custo que o tratamento de seus doentes lhe impõe”, completa o médico.






Crianças e as doenças de inverno



Baixas temperaturas da estação mais fria do ano deixam os pequenos mais propensos às indisposições respiratórias.

 
O inverno já começou e os termômetros estão baixando. Com o frio, a umidade é mais baixa e as bactérias e os vírus que ocasionam as doenças respiratórias ficam propícios a se proliferarem facilmente nas pessoas, principalmente em ambientes fechados e de pouca ventilação, locais usados para fugir das temperaturas geladas. Mas nesta época, são as crianças as mais afetadas. 

Gripe, resfriado, bronquite e outras indisposições ligadas ao aparelho respiratório atingem facilmente os pequenos, desde poucos meses de vida até idades mais avançadas da infância.

Segundo a pneumopediatra do Hospital Dia do Pulmão, Dra. Laura Weigert Menna Barreto, durante o inverno, as doenças infecciosas, como gripe e resfriado, são as mais comuns entre as crianças. “O organismo de uma criança é diferente de um adulto. Quando pequenos, o mecanismo de defesa, com a criação de anticorpos, ainda está em desenvolvimento, além disso, as vias aéreas também são estreitas. Ou seja, esses fatores contribuem para a manifestação dos vírus e bactérias no sistema respiratório”, explica.

Dra. Laura alerta que é preciso estar atento aos sintomas e agravamentos, e dobrar os cuidados com crianças portadoras de alergias e doenças crônicas, como rinite, bronquite e asma. “As doenças infecciosas podem piorar os quadros de alergias e doenças crônicas. Então, é fundamental que os pais conheçam os sintomas e tomem providências necessárias para a prevenção da gripe e do resfriado. Entre elas, está a vacina antigripal. Gestantes e crianças até seis anos se enquadram nos grupos prioritários da campanha nacional”, ressalta.


Gripe x resfriado 

Ambas as doenças são tidas como semelhantes e confundem as pessoas, mas a gripe e o resfriado possuem várias diferenças e a pneumopediatra destaca a importância de os pais entenderam cada uma delas, para que possam saber quais os encaminhamentos necessários dar em casos de as indisposições se manifestarem nos filhos. 

Enquanto a gripe debilita o corpo, causando dores nas articulações e garganta, mal estar, calafrios, tosse e febra alta, o resfriado se restringe às vias aéreas superiores, com coriza e congestão nasal entre os sintomas, além de ausência ou baixa febre.  As ocorrências de gripe se dão durante o outono e inverno, já a o resfriado pode se manifestar durante todas as estações. 

Tanto a gripe quanto o resfriado são doenças virais. De acordo com a Dra. Laura, costumam apresentar início e fim, sem a necessidade de tomar nenhuma medida terapêutica, apenas medicações para diminuir os sintomas. “Contudo, ambas as doenças merecem total atenção quando manifestadas nas crianças e precisam de acompanhamento médico”, destaca.


Cuidados

Para evitar que as consideradas doenças de inverno se desenvolvam nas crianças, é importante realizar algumas medidas de prevenção. Confira as dicas da Dr. Laura:


- Mantenha a casa e, principalmente, os ambientes mais usados pelas crianças limpos, livres de sujeiras e poeiras, e as janelas abertas, para que os cômodos tenham ventilação.  

- Evite deixar os pequenos em locais fechados, sem ventilação e de aglomeração de pessoas. Nesses ambientes, o contágio de doenças é muito mais fácil. 


- Mantenha em dia a vacinação da gripe nas crianças. 


- Evite que pessoas que estejam resfriadas ou com gripe tenham contato direto com os pequenos, para que os vírus e as bactérias infecciosas não se proliferem. 


- Não fume dentro de casa ou perto das crianças, para que a fumaça não prejudique o sistema respiratório. 


- Priorize o aleitamento materno, pois isso é importante para a transmissão de anticorpos de mãe para filho. 


- Priorize a consulta pediátrica em casos de agravamentos e para esclarecer dúvidas.




 







Doença tem maior incidência em afrodescendentes



Silencioso, o glaucoma registra maior probabilidade de acometer a população negra. O oftalmologista do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos, Flávio Dualibi, explica que o tipo mais comum é o glaucoma crônico, que atinge cerca de 80% das pessoas. “Neste caso, os negros têm quatro vezes mais chances de desenvolver o glaucoma”, salienta o médico. 

O glaucoma não costuma apresentar sintomas, além da perda lenta da visão. De acordo com o especialista, esse desaparecimento sutil não é observado pelo paciente, apenas quando já está em estágio mais avançado. “Neste momento, o indivíduo já começa a tropeçar e esbarrar em objetos, porque a percepção periférica está ausente”. 

Dualibi destaca ainda que, além da raça, histórico familiar de primeiro grau, diabetes e miopia também são fatores que aumentam as chances de desenvolver o problema. Por isso, a importância de sempre ir ao oftalmologista e realizar acompanhamento da pressão intraocular, principalmente as pessoas com mais de 40 anos ou que se enquadrem no grupo de risco. “O glaucoma é um silencioso ladrão da visão, mas nós podemos detê-lo”, garante. 

Segundo a Sociedade Brasileira de Oftalmologia, 60 milhões de pessoas no mundo são acometidas pela doença, mas apenas 50% sabem. A instituição ainda estima que até 2020 o número de pessoas sem visão possa chegar a 11 milhões.
Apesar de ressaltar que o paciente deve ter uma vida normal, o oftalmologista enfatiza que a doença ainda não tem cura, mas quanto antes diagnosticada, melhor o resultado da prevenção.
Segundo o especialista, o exame para a investigação do glaucoma consiste em testes para identificar se a pressão dentro do olho está alta, o que caracteriza a doença. Normalmente, é feito quando existem sinais de suspeita do problema como alterações no exame oftalmológico de rotina.
Entre os tratamentos mais frequentes estão os medicamentos tópicos que são colírios isolados ou conjugados, medicamentos sistêmicos e, quando não há resposta adequada, a alternativa é a cirurgia que pode ser desde laser até o implante de drenos artificiais. “É importante frisar que estas cirurgias são realizadas para interromper a perda da visão e não para restabelecer”. 

Casos em que a portadora de glaucoma esteja grávida é importante consultar o especialista para a troca de colírios. Segundo o médico, alguns desses remédios podem ser teratogênicos, ou seja, provocar dano ao feto e levar ao aborto. 

Dualibi salienta que, mesmo após a cirurgia, é fundamental manter um acompanhamento frequente ao oftalmologista com a realização de exame como, tomografias ópticas, retinografias - exame de imagem que fotografa as áreas do fundo do olho, como a retina -, ultrassom do campo visual e principalmente com o controle da pressão intraocular.




Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos
Rua Borges Lagoa, 1.450 - Vila Clementino, Zona Sul de São Paulo.
Tel. (11) 5080-4000
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