Especialista desmistifica os principais erros e dá dicas para treinar com segurança
Praticar exercícios é indispensável para quem busca saúde e
qualidade de vida, mas iniciar uma rotina de treinos pode ser mais complexo do
que parece. Além dos desafios físicos, muitas pessoas enfrentam um cenário de
desinformação, com mitos que acabam confundindo e até desmotivando tanto
iniciantes quanto veteranos.
“Esses mitos persistem há décadas e muitas vezes prejudicam o
rendimento ou a segurança de quem quer começar a treinar. Entender o que é
verdade e o que não passa de uma crença ultrapassada é o primeiro passo para aproveitar
os benefícios do exercício”, explica Felipe Kutianski, professor de educação
física especialista em fisiologia do exercício.
A seguir, Kutianski esclarece três dos mitos mais populares do
universo fitness. Confira:
1. Quanto mais suor, maior a queima de gordura
Suar durante o treino é frequentemente associado a uma maior queima de gordura, mas a realidade é bem diferente. O suor é, na realidade, o mecanismo que o corpo utiliza para regular sua temperatura, não um indicador do gasto calórico.
“Você pode realizar um treino extremamente eficaz para emagrecer e
não derramar uma gota de suor, especialmente se estiver em um ambiente mais
fresco. Isso porque a sudorese está ligada à termorregulação e não ao
metabolismo de gordura”, explica.
2. Agachamento faz mal para os joelhos
O agachamento é um dos exercícios mais eficientes e completos, mas
também um dos mais temidos devido à crença de que pode causar danos nos
joelhos. A verdade, no entanto, é que o movimento é extremamente benéfico quando
realizado com a técnica correta.
“Os joelhos foram feitos para flexionar. Com a orientação adequada, o agachamento não só é seguro como fortalece músculos estabilizadores, protege as articulações e melhora o equilíbrio e a mobilidade”, afirma o especialista. “Para quem tem condições específicas, adaptações podem ser necessárias”, complementa.
3. Treinar em jejum aumenta a queima de gordura
Treinar em jejum é uma prática que ganhou popularidade nos últimos
anos como uma forma de acelerar a queima de gordura. Embora seja verdade que o
corpo utilize mais gordura como fonte de energia em treinos de jejum, isso não
se traduz necessariamente em maior perda de gordura corporal ao longo do tempo.
“O que
realmente conta para a perda de gordura é o déficit calórico diário e a consistência
nos treinos. O jejum pode até ser uma estratégia válida para alguns, mas não é
essencial e pode comprometer a performance se não for bem planejado”, alerta
Felipe Kutianski.
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