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quarta-feira, 17 de maio de 2017

Por que é importante promover a qualidade de vida no trabalho?



Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), 62,1% dos brasileiros com 15 anos ou mais não praticaram qualquer esporte ou atividade física em 2015, ou seja, 100,5 milhões de pessoas, de um total de 161,8 milhões, nessa faixa etária não faziam nenhum tipo de exercício, de acordo com os dados divulgados nesta quarta feira (17/05/2017) pelo IBGE.

Por isso, Gostaria de saber se há interesse em falar sobre saúde nas empresas, a importância da realizações de ações que promovam o bem estar e a qualidade de vida dos colaboradores. Qual o ganho dos funcionários e qual o ganho da empresa com essas ações.

Segundo a Pesquisa dos Profissionais Brasileiros realizada pela Catho em 2014 o beneficio mais importante para 74,6% dos trabalhadores é a assistência médica, tendo em vista que passamos 60% de nossa vida produtiva no trabalho, e por isso, é importante que estejamos bem para desempenhar nossas tarefas e responsabilidades. 

Sugestões de pautas:

  • Programas de promoção e prevenção a saúde nas empresas
Dados de 2014, da Associação Brasileira de Qualidade de Vida (ABQV), revelou que a maioria das empresas brasileiras afirma ter programas de incentivo à prática de esporte, mas 70% de seus empregados são sedentários.

No mesmo sentido, pesquisas sobre qualidade de vida mostram que 10% da população saudável das organizações migram todo ano para o grupo de alto risco quando não é cuidada.

Ou seja, apesar de serem implantados programas de promoção e prevenção a saúde as empresas pecam na hora da escolha das atividades e inserção desses programas, ocasionando pouco resultados tanto para os colaboradores como para as empresas.

Os gastos com saúde nas organizações representam a segunda maior despesa da área de RH, ficando atrás apenas da folha de pagamentos. Por isso, é importante saber como realizar bons investimentos na área, que tragam benefícios a todos.

  • Doenças ocasionadas pelo trabalho
As doenças do trabalho referem-se a um conjunto de danos ou agravos que incidem sobre a saúde dos trabalhadores, causados, desencadeados ou agravados por fatores de risco presentes nos locais de trabalho. Segundo dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT), divulgados em 2013, 2 milhões de pessoas morrem por ano por conta de doenças ocupacionais no mundo.

De acordo com o ranking de auxílios-doença concedidos pelo INSS, a dor nas costas é a doença que mais afasta trabalhadores no Brasil por mais de 15 dias. Em 2016, 116.371 pessoas tiveram de se ausentar do emprego por, no mínimo, duas semanas em razão dessa enfermidade. O número representa 4,71% de todos os afastamentos.

Nos últimos 4 anos, transtornos mentais e comportamentais, como altos níveis de estresse, foram a terceira maior causa de afastamento dos trabalhadores brasileiros. Mais de 17 mil casos de concessão do auxílio-doença e da aposentadoria por invalidez foram registrados entre 2012 e 2016 com este motivo. (Dados do Boletim Quadrimestral sobre Benefícios por Incapacidade, divulgado parcialmente no último dia 26 pelo Governo Federal).




JOSEANE FREITAS - É Psicóloga, Mestra em Educação pela UNICAMP e Especialista em Desenvolvimento do Potencial Humano nas Organizações, pela PUCCAMP. Possui certificação internacional ‘Professional & Self Coaching’, junto ao Instituto Brasileiro de Coaching – IBC. Integrante da Associação Brasileira de Orientação Profissional (ABOP) e da Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH). Idealizadora e Diretora de Pesquisa & Desenvolvimento na PERFIX Consultoria Organizacional. (Principais Assuntos: Gestão de Saúde / Prevenção e Promoção á Saúde / Qualidade de Vida / Liderança / Carreira / Gestão de Pessoas / Avaliação de Potencial).



Ter um estilo de vida diferente é uma opção que merece respeito




Estilo pessoal significa, antes de tudo, ter autoconhecimento e, consequentemente segurança nas próprias decisões. Porque o estilo vem de dentro. Ou seja, é uma consequência da construção ao longo da vida, então, depende das escolhas e das experiências de cada pessoa. Na Consultoria de Imagem, por exemplo, quando fazemos um trabalho para descobrir o estilo daquela pessoa, é isso que analisamos, o seu modo de viver como um todo, por último iremos analisar as suas roupas. É a própria pessoa que irá nos fornecer as informações para chegarmos ao resultado e falarmos se ela tem o estilo: criativo, tradicional, clássico, esportivo, sensual, dramático ou romântico. Nunca iremos criar um estilo para ela e sim descobrir a sua marca pessoal.
Quando a pessoa se permite se autoconhecer, ela não tem medo de viver aquilo que lhe faz feliz, independente da opinião do outro. E, ter um estilo de vida diferente do estilo da maioria das pessoas, seguir uma determinada “tribo” ou grupo, é um jeito livre de ser, é andar na contramão dos padrões que muitas vezes são impostos pela sociedade. E isso, é muito bacana, porque não é uma questão de certo ou errado, é um jeito daquele determinado indivíduo se comportar. Tem a ver com identidade.
Se olharmos para a história, na década de 60, muitas pessoas viviam com estilos de vida considerados fora do comum. Haviam por exemplo as Tribos Urbanas. As pessoas que se identificavam com o modo de viver, achavam ali um lugar como se fosse à extensão da família, onde tinham segurança para serem pessoas autênticas, viviam a sua verdadeira personalidade. Na Inglaterra, a pergunta “Você é católico ou protestante?” foi substituída por “Você é Mod ou Rocker?”. Dois grupos que prevaleceram por muito tempo. O estilo dos Mods tinha como referência a moda das universidades de elite dos Estados Unidos e o jeito italiano. Preferiam as Vespas e Lambrettas aos carros e motos admirados pelos seus rivais Rockers, que usavam Jaqueta de couro e imitavam os atores norte-americanos Marlon Brando e James Dean.
Em meados dos anos 70, o Punk chegou como movimento contestador por excelência e abriu caminhos no mundo todo, inclusive influenciando a moda e a música. Então, ter um estilo próprio, considerado diferente pela maioria, significa assumir os riscos de não ser aceito por esta mesma maioria, todavia, é sem dúvida um ato de grandeza e de autenticidade e até de experiência para àquele determinado momento da vida, como os cosplay e sereismo, que pode ser uma opção de vida, um hobby ou algo passageiro, porque também tem a ver com o modismo, algo que logo vai passar.
Neste caso, é de extrema importância o entendimento dos pais, quando se tratar de adolescente. Os pais precisam estar abertos à opção dos filhos, saberem o porquê, terem um diálogo franco e aberto e apoiarem, o adolescente precisa ser acolhido e respeitado. Claro, dentro de todos dos limites e combinados de cada família. Quando há esse entendimento e a fase terminar, ninguém sofreu e sim foi um período de aprendizado.
Devemos ainda saber que cada grupo, personagem, estilo diferenciado traz uma mensagem. Existe um recado sendo dado ao mundo, assim como os punks que queriam falar sobre as questões políticas daquela época e continuam até hoje. Enfim, acho que o quê de fato é fundamental é respeitar as escolhas de cada um. E quem escolher viver de forma diferenciada, que também seja em consequência do seu autoconhecimento. O importante é ser feliz e jamais fazer simplesmente porque o outro fez.



Lúcia Almeida - professora do Centro Europeu, especialista em imagem pessoal e comportamento.



Transgêneros e os desafios para a inclusão



A psicóloga e coordenadora da pós-graduação em gênero e sexualidade do Instituto de Desenvolvimento Educacional (IDE), Patrícia Amazonas, explica sobre conceitos e transfobia


Cada um carrega em si um grande universo particular, que deve ser respeitado, seja qual for seu conceito. Mas quando os mundos são diferentes, há sempre aquela parte da sociedade que tem dificuldade de aceitar o que vai de confronto ao que culturalmente foi pré-estabelecido. É o caso dos transgêneros, que sofrem com atitudes ou sentimentos negativos em relação a eles, a transfobia, e encaram desafios diários para a inclusão em diversas esferas, como na família e no mercado de trabalho.  

Mas você sabe o que é transgênero? Primeiro, é preciso entender o que é gênero e sexualidade. “Gênero é a construção cultural que determina comportamentos, papéis e valores atribuídos a homens e mulheres em cada sociedade. É a forma de organizar as relações humanas, delineando o masculino e o feminino. As expressões de gênero são plurais, subjetivas e temporais. Ou seja, conceito de gênero se refere a padrões de masculinidade e feminilidade construídos social e culturalmente”, explica a psicóloga e coordenadora das pós-graduação em gênero e sexualidade do Instituto de Desenvolvimento Educacional (IDE), *Patrícia Amazonas.

Já sexualidade é um fenômeno complexo, moldado ao longo da vida, a partir das elaborações que envolvem o eu, a identidade de gênero e sexual, a escolha do objeto e as expressões afetivas e eróticas. A sexualidade é a energia que conduz o ser humano ao prazer, aos desejos e bem-estar. “Ela é um aspecto central da vida das pessoas e envolve sexo, papéis sexuais, orientação sexual, erotismo, prazer, envolvimento emocional, amor e reprodução. A sexualidade envolve, além do nosso corpo, nossa história, nossos costumes, nossas relações afetivas, nossa cultura”, conta a professora.

Assim, nem todo mundo que nasce biologicamente fêmea vai sentir vontade de ser mulher, por exemplo. Ou seja, cada um sente uma forma diferente de ser. Os transexuais, segundo esclarece a psicóloga, são pessoas que o gênero não corresponde ao sexo biológico. “Essas pessoas podem ter dificuldade de aceitar a genitália, sentem um desconforto em ter que corresponder ao sexo, pois sua identidade de gênero, que é uma construção subjetiva, é do outro sexo. A pessoa nasce do sexo masculino, mas se sente internamente feminina, e vice-versa”.

Já os transgêneros são pessoas que vão além das fronteiras do gênero e não o expressam de forma estereotipada. Entre os exemplos, homens femininos e mulheres masculina, os/as transexuais, travestis e pessoas andrógenas. Segundo Patrícia, a própria pessoa ou família pode ajudar a perceber quem não está se sentindo bem com o próprio corpo no comportamento e nas relações sociais. “ A rejeição ao corpo, genitália ou a imagem corporal pode ser o primeiro sinal. Socialmente, as pessoas atentam quando há comportamentos contrários ao que se espera para o gênero que nasceu”.

Sobre a mudança de sexo, a professora de psicologia do IDE explica que deve vir da vontade do próprio paciente. “É o desejo dele que deve ser respeitado. Nos casos em que há um sofrimento exacerbado em relação ao corpo e a genitália, após o acompanhamento psicológico especializado, a mudança é possível”. Mesmo os que passam pela cirurgia, encarar o preconceito da sociedade ainda será desafio. “Penso que, infelizmente, ainda há muita transfobia. Mas também vejo avanços no campo jurídico, legislativo, educacional. Os desafios sociais e relacionais são intensos e vemos isso no crescimento dos embates dos que buscam barrar os avanços, justamente devido a maior visibilidade dos grupos que lutam pela diversidade”, conclui a professora de psicologia do IDE.  





 Patrícia Amazonas - mestre, coordenadora e professora da pós-graduação em gênero e sexualidade do IDE, além de psicóloga clínica e presidente da comissão de orientação e fiscalização do Conselho Regional de Psicologia em Pernambuco.





  
SOBRE O IDE – Com cerca de 5.500 alunos matriculados e 200 turmas abertas, o Instituto de Desenvolvimento Educacional (IDE) surgiu em 2006. Com sede no Recife e unidades espalhadas em sete estados, possui a maior estrutura física, administrativa e pedagógica do Nordeste voltada exclusivamente para cursos de pós-graduação em saúde; tem coordenador pedagógico exclusivo para cada curso, trabalhando para apoiar o aluno nas conquistas pedagógicas e profissionais; e consultor científico/professor particular para aprimoramento do TCC, no sentido de publicação. O IDE proporciona ainda a possibilidade de cursar em forma de curso de extensão até três disciplinas nos cursos das pós-graduações oferecidos, e é também a única instituição, em termos de pós-graduação em saúde, a ter convênio com a Secretaria de Saúde do Estado de Pernambuco para vivências, treinamento e serviços. Mais informações: (81) 3465.0002, 0800 081 3256 e www.idecursos.com.br.

INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL
Rua Manuel de Brito, 311 – Pina, Recife (PE)
Telefones: (81) 3465.0002 e 0800 081 3256




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